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SERVIR OU SER SERVIDO

SERVIR OU SER SERVIDO

Certamente você já teve um dia em que resolveu almoçar ou jantar fora. Assim que você chega no restaurante já escolhe a mesa, se senta, escolhe o cardápio e, passado algum tempo, o garçom vem trazer o prato que escolheu. Se for um restaurante ou churrascaria com sistema de rodízio, é só sentar na mesa e rapidamente o garçom começa a servir. 

Você já se imaginou chegando nesse mesmo restaurante, mas você sendo o garçom? Ao passar pela porta a dentro do restaurante não passa pela cabeça do garçom que ele vai sentar na mesa e esperar que alguém vá servi-lo, porque esse não é o papel dele ali. O papel dele vai ser o de servir às outras pessoas.

No primeiro exemplo você vai no restaurante para ser servido. No segundo, você vai ao restaurante para servir.

Quero convidar você a pensar nesse exemplo, mas aplicando à igreja. Quando você passa pela porta a dentro do prédio, você está esperando ser servido ou você está lá para servir? Qual é a sua disposição mental e espiritual naquele momento? Servir ou ser servido?

Gálatas 5:13 nos dá essa resposta: –“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. ” Nós devemos ser servos uns dos outros. Quando estamos reunidos como igreja do Senhor, o papel que cada um de nós deve buscar é o de ser servo.

Mas como isso funciona na prática? E esse é um outro problema que encontramos. Colocar aquilo que aprendemos na Bíblia (a teoria) em prática. E a diferença entre essas duas coisas, teoria e prática, é imensa. 

Usemos alguns exemplos práticos. Se formos para a reunião da igreja com a mentalidade de que queremos ser servidos, nós iremos confortavelmente nos sentar nos bancos e esperar que venham nos servir com o que de melhor possam ter. Os melhores hinos, a melhor oração, os melhores louvores, a melhor mensagem, etc. Quando, por qualquer motivo, achamos que não foi isso que recebemos, ficamos reclamando e murmurando como se disséssemos “hoje o culto não foi legal”; “achei que os hinos hoje estavam fracos”; ou ainda “hoje a mensagem não foi tão boa”.

Quando você vai para a reunião da igreja com o sentimento de servir aos irmãos, você começa a enxergar de uma outra maneira. Você começa a pensar “o que eu posso fazer para melhorar isso” ou “como posso ajudar para que aquilo possa ficar melhor”?

É claro que nós devemos sempre buscar o melhor para Deus quando nos reunimos para O adorar e também é claro que sempre vamos esperar o melhor hino, a melhor oração, o melhor louvor, a melhor mensagem. Mas o que me refiro é à atitude de nossos corações quando estamos reunidos. Se achamos que estamos lá só para sermos servidos pelos outros e não para servir aos outros teremos uma visão distorcida de Gálatas 5:13.

E isso se aplica a todo tipo de exemplo dentro do servir. Seja como nos exemplos acima (cantar, orar, ensinar) mas também nas coisas mais simples como na limpeza do prédio, na hora de receber os visitantes, fazer um café para os irmãos, etc.

Sempre haverá uma oportunidade de servir, quando se procura uma. E também sempre haverá uma oportunidade de reclamar do que foi feito, quando estamos no papel de só querer ser servidos. Onde queremos ficar vai depender de cada um de nós. Porém lembre-se das palavras de Jesus em Marcos 10:45: – “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. ”



FIEL NO POUCO E NO MUITO

FIEL NO POUCO E NO MUITO

Quando lemos as passagens de Lucas 16:10“Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito” e 2 Coríntios 9:6“E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará” normalmente acabamos às associando ao momento da oferta e relacionadas a dinheiro.

Não deixa de estar certo, mas devemos observar que essas passagens trazem um sentido mais profundo para nossas vidas espirituais. Ao não tentarmos utilizar a Palavra inspirada de Deus para a totalidade de nossa vida, reduzindo-a a uma pequena aplicação, perdemos ensinamentos preciosos.

Afinal, o que é ser “fiel no pouco” e “semear pouco”, além desse lado de oferta e dinheiro? Quais outras utilizações podemos fazer dessas passagens? Quais outros ensinamentos conseguimos garimpar?

Lembremos do exemplo da viúva pobre de Lucas 21:1-4 e Marcos 12:41-44. Para além do exemplo óbvio de oferta, a atitude dela demonstra muito mais do que um lado material. Aprendemos como podemos ser absolutamente confiantes em Deus e dependentes da vontade Dele em nossas vidas, já que essa viúva deu tudo o que ela tinha. Ela não ficou preocupada como iria se alimentar no outro dia ou sequer se iria se alimentar no outro dia, mas simplesmente deu a Deus tudo o que tinha.

Claramente não estamos falando sobre a quantia que a viúva deu, já que nos valores do salário mínimo na data deste artigo a oferta da viúva seria correspondente a R$0,73. O que aprendemos da viúva é a demonstração de total dependência a Deus. Aqueles ricos que depositavam grandes quantias logicamente deram muito mais do que a viúva se formos considerar o lado financeiro, mas o coração e a dependência deles para com Deus estavam quilométricamente distantes da viúva. 

A viúva estava sendo fiel no “pouco” se estivermos falando de dinheiro, mas como ela era fiel no “muito” em todas as outras áreas de sua vida e de seu coração.

Aqueles ricos estavam sendo “fiéis no muito” em se tratando de dinheiro, mas como estavam sendo “pouco” em todo resto.

A mesma ideia se aplica quando falamos no semear. Quem semeia muito, colhe muito no sentido literal da palavra, mas colocando em prática esse maior entendimento do que é verdadeiramente pouco ou muito e o que é esse semear, as ideias se ampliam. 

Quando olhamos isso no lado espiritual, costumamos dar muito ou pouco? Costumamos semear muito ou pouco? Qual a quantidade do seu tempo que você dedica a Deus? Muito ou pouco? Quanto de suas preocupações diárias são em favor das coisas referentes ao Reino? Muito ou pouco?

Quanto você semeia a Palavra de Deus nos corações das pessoas que te cercam? Se semear muito, vai colher muito; se semear pouco, vai colher pouco.

 Quanto você semeia paz, amor, bondade, benignidade e tudo mais que vemos sobre o fruto do Espírito de Gálatas 5:22-23? Se semeia muito, vai colher muito. Se semeia pouco…

Fiel no pouco e no muito e como semear e colher vão muito além do que inicialmente pensamos. Graças a Deus que Ele quer nos ensinar a cada dia.



DE ONDE NOS VIRÁ O SOCORRO?

“DE ONDE NOS VIRÁ O SOCORRO?”

Nos livros de Reis e Crônicas encontramos a história dos reis de Judá e Israel. Cada rei teve sua trajetória e suas decisões, e acabamos aprendendo muito analisando como eles procederam.

Uma dessas histórias nos mostra a história de Asa, rei de Judá, em I Reis 15:9. Começou seu reinado muito bem, venceu o exército de Zerá, o etíope, com um exército de 580.000 contra 1.000.000 do inimigo fazendo uma linda oração a Deus (II Cr 14:11).

Foi advertido pelo profeta Azarias com uma admirável frase “O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará” – 2º Crônicas 15:2. Começou a abandonar Deus quando foi ameaçado por Baasa, rei de Israel e, ao invés de buscar auxílio divino, preferiu buscar ajuda do rei Ben Hadade da Síria (2º Cr 16:1-6) tendo sido advertido pelo profeta Hanani mas, ao invés de ouvi-lo, se indignou e prendeu o profeta (2º Cr 16:7-10). No fim de seu reinado veio a adoecer gravemente, mas novamente não confiou em Deus, mas sim nos médicos (2º Cr 16:12).

Qual a razão desse resumo da vida do rei Asa? Podemos tirar lições? Sim, claro, sempre podemos aprender com as histórias das Escrituras seja para seguir o bom exemplo ou para evitar o mau exemplo.

Aprendemos que quando nos submetemos à vontade de Deus e deixamos que Ele guie nossos passos as chances de sucesso são muitas. Fazer aquilo que O agrada vai sempre nos trazer alegria. No caso do rei Asa ele venceu um exército inimigo muito mais

Quando o profeta lhe disse as palavras de Deus, o rei poderia e deveria ter levado isso em consideração, prestando atenção ao que Deus queria lhe dizer. Quando buscamos Deus, Ele se deixa achar. Quando O deixamos, Ele nos deixa. Notem que não é Deus quem se afasta de nós, e sim o contrário. Somos nós que deixamos de querer ter comunhão com o Pai, através de nossos pecados e erros que não queremos abandonar.

Ao ser ameaçado pelo rei Baasa, ao invés de pedir ajuda a Deus que já o havia livrado de um exército muito mais poderoso que o dele, resolveu fazer uma aliança com outro rei. Mostrou assim falta de confiança em Deus, que já o havia livrado. Preferia confiar mais em homens do que em Deus.

Ao adoecer, ao invés de confiar em Deus e colocar sua vida nas mãos Dele, preferiu confiar nos médicos. Outro erro desse rei.

Perceberam como podemos aprender muito? Quantas vezes Deus está pronto para nos socorrer e nós colocamos nossa confiança em tantas coisas, menos no Pai. Buscamos ajuda e apoio em várias coisas, mas esquecemos de procurar o Único que realmente pode nos salvar.

Que a história desse rei nos ensine a sermos mais fiéis e confiarmos no nosso Senhor.

PRESENTINHOS DE SATANÁS

Dias atrás fui convidado para levar a mensagem para irmãos de uma outra cidade e eles pediram que eu falasse sobre uma ideia que eu já havia pensado sobre ela anteriormente, daí aproveitar e decidir trazer isso aqui também, nesse artigo.

O verdadeiro servo de Deus sabe que a vida cristã, quando vivida de forma correta e de acordo com a vontade de Deus, não é fácil. Jesus nos alertou em Mt 7:13-14: – “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela. ” 

Também sabemos pelas Escrituras que o servo de Deus precisa ser ao mesmo tempo simples e humilde, mas também prudente: – “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. “ Mt 10:16

E qual a razão de todo esse cuidado? Porque vivemos num mundo que jaz no maligno (I Jo 5:19) onde Satanás é “o deus desse século” (II Co 4:4). Portanto, cabe aos servos de Deus tomar todos os cuidados contra as ciladas de Satanás, pois o objetivo dele é afastar todos quantos ele puder da presença de Deus.

Sabendo disso, precisamos ficar atentos com as coisas que acontecem à nossa volta e, sendo prudentes como Jesus nos ensinou, passamos a examinar todas as coisas que acontecem em nossa vida. Inclusive estando muito atentos às coisas que, aparentemente, são de Deus, mas após um exame mais criterioso, passamos a ver que pode ser uma armadilha preparada por nosso inimigo.

É claro que não se discute aqui que o servo de Deus está sob a proteção Dele e que o inimigo não pode nos atingir, mas o que quero alertar é o fato de, achando que estamos fazendo a vontade de Deus e achando que Deus está nos abençoando, nos esqueçamos de continuar fiéis e sermos presas fácil.

A Bíblia traz diversos exemplos daquilo que estamos aqui chamando de “presentinhos de Satanás”. José, quando estava servindo na casa de Potifar, poderia achar que a esposa de Potifar, ao se oferecer para ela, fosse um presente por tudo que ele havia passado (Gn 39). Ao ver que aquilo não era a vontade de Deus, fugiu.

O rei Davi poderia achar que Bate-Seba fosse um presente, mas depois de todos os acontecimentos advindos desse pecado, descobriu que nem sempre aquilo que parece bom é realmente bom (II Sm 11).

Salomão começou seu reinado de forma muito boa, cheio de riqueza, paz e com a sabedoria dada por Deus. Com o passar do tempo começou a se afastar de Deus, não prestando mais atenção às coisas à sua volta e nem se estava sendo fiel. Todas as coisas materiais que Salomão tinha, suas riquezas, mulheres, aparente paz ao redor eram bênçãos de Deus. A atitude dele, mesmo sendo um homem admiravelmente sábio, foram “ferramenta de Satanás” na vida dele, já que Salomão há muito havia se afastado de Deus.

Traga essa ideia agora para as nossas vidas. Será que tudo que nos é oferecido são bênçãos de Deus? Será que não estamos, muitas vezes, com os olhos tapados e recebendo esses presentinhos, achando que nós os temos porque é Deus quem nos dá? De novo quero deixar claro que sim, Deus pode dar a seus filhos fiéis bênçãos sem medida, mas me refiro aqui às pessoas que, se esquecendo de examinar as coisas, não sendo prudentes, aceitando tudo o que aparece em seu caminho como se fosse de Deus, acabam por serem enganadas por Satanás, que é astuto e quer nos afastar de Deus.

Você já orou a Deus pedindo um emprego, uma oportunidade melhor em sua carreira, fazer aquele curso ou aquela faculdade tão sonhada, uma esposa ou um marido e, quando recebeu, aceitou sem ser antes prudente, orar a Deus para ver se isso realmente era a vontade Dele? Será que aquele trabalho, aquela oportunidade tão esperada de promoção na carreira, aquele relacionamento tão desejado, realmente são bênçãos de Deus? O local onde apareceu essa oportunidade de emprego é um bom local para um servo de Deus trabalhar? É um ambiente minimamente bom para ser frequentado por um cristão?

Como saber disso? Fazendo aquilo que todo servo fiel de Deus deve saber. Procurar saber qual é a vontade de Deus para aquela situação. 

Será que a carga horária desse trabalho tão esperado, os horários que terão que ser obedecidos, irão te afastar de suas obrigações com Deus? Quantas vezes você terá que deixar de estar com seus irmãos em Cristo para poder satisfazer essa nova função no trabalho?

Talvez possamos pensar: -“mas faz tanto tempo que estou desempregado; ou ainda, esse salário será tão bom para minha família” – mas será que é o melhor a fazer para um servo de Deus? Será que nossa fé não é o bastante para que possamos confiar que Deus irá nos abençoar realmente com alguma coisa que possa nos satisfazer tanto no lado profissional quanto no espiritual?

Satanás é astuto, esperto e sabe dos nossos pontos fracos. Tudo que ele puder fazer para nos afastar de Deus ele vai fazer. Resta a nós estarmos a cada segundo buscando a vontade de Deus, vendo se o que temos em nossa vida é realmente aquilo que Deus deseja, mesmo que possa parecer bom aos nossos olhos. O fruto proibido também parecia bem tentador aos olhos de Eva, mas foi um “presente de Satanás”. E como todo presente de Satanás, o preço a ser pago por ele será bem pesado.

CONHECENDO CRISTO PESSOALMENTE

CONHECENDO CRISTO PESSOALMENTE

No livro de João, no capítulo 4, encontramos a história da mulher samaritana. Após o diálogo que teve com Jesus ela vai voltar e contar ao povo tudo que ouviu do Mestre sobre sua vida e sobre seu passado. 

Ao chegar à cidade ela vai ao povo e diz que havia encontrado um homem que havia dito tudo sobre a vida dela (versículo 29), fazendo com que aqueles homens, movidos pela curiosidade, vão se encontrar com Jesus.

Logo mais à frente no versículo 39 lemos que muitos dos homens que foram se encontrar com Jesus agora passam a crer nele, pedindo que Jesus ficasse com eles na cidade, o que ele atende ficando por 2 dias.

No versículo 42 encontramos a declaração desses homens que agora dizem: –“agora não é mais por causa do que você falou que nós cremos, mas porque nós mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.

Encontramos essa mesma ideia no capítulo 1 de João quando dois dos discípulos de João, ao encontrarem Jesus e perguntaram onde ele ficava, ouviram como resposta: –“vinde e vede” (v. 39). 

Nesses dois casos algo acontece que chama nossa atenção. Nos dois casos há um primeiro contato, ainda superficial, sem aprofundamento. Depois, ao se ter mais contato e buscar uma proximidade pessoal, podemos ver a mudança de atitude e de pensamento, agora sendo expresso no desejo de se conhecer a Cristo profundamente e, após isso, reconhecer toda Sua majestade e poder. 

Tanto aqueles homens samaritanos quanto aqueles dois discípulos tiveram esse processo de aproximação e logo após só lhes restava renderem-se a Jesus, vendo a importância daquele homem e de seus ensinos a ponto de mudarem de vida totalmente.

Não existe outra opção para a pessoa que, sendo sincera e honesta consigo mesma, conhece a Cristo e Suas palavras. Toda sua vida, todo seu proceder anterior e tudo aquilo que pensava se transforma radicalmente, e não porque ouviu falar de Cristo, mas sim porque se dedicou a ter um contato íntimo, ter seu coração transformado.

Nosso Senhor tem por característica principal a capacidade de fazer com que corações sejam completamente transformados, vidas sejam mudadas, pensamentos sejam virados do avesso. A pessoa que tem sua vida tocada por Cristo sabe que não pode mais ser o que era antes. Não há a menor possibilidade de alguém que, tendo ouvido o Mestre, permaneça como era antes. 

E não por causa do que os outros têm a dizer, mas por uma experiência própria e pessoal. As palavras de Paulo em Gálatas 2:20 passam a fazer todo sentido: –

“logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. ”

A mulher samaritana e João foram os meios pelos quais aquelas pessoas puderam ouvir sobre Cristo pela primeira vez, mas foi a decisão de cada um deles em buscar a Cristo de uma maneira pessoal e particular que lhes possibilitou o conhecimento da vontade de Deus para a vida deles e a decisão de aceitar Jesus. Nós podemos também ser esse meio através do qual pessoas podem ouvir sobre Jesus e é nosso papel de discípulos fazermos isso, mas essas pessoas só poderão ter suas vidas transformadas a partir do momento que se permitem conhecer esse Jesus intimamente, deixando que Ele as transformem.

Se você já teve esse contato inicial com Cristo e se permitiu conhecer intimamente, tenho certeza que concorda comigo. E agora não se esqueça que você pode ser esse meio que as pessoas precisam para conhecer a Cristo, mesmo que superficialmente em princípio. 

O segundo passo é o próprio Cristo quem fará! 

HISTÓRIAS PARECIDAS. RESULTADOS DIFERENTES

HISTÓRIAS PARECIDAS. RESULTADOS DIFERENTES.

Em Lucas 18:18-23 nós encontramos a história do jovem rico e pouco mais à frente em Lucas 19:1-10 encontramos a história de Zaqueu. Vamos analisar essas duas passagens e ver como Deus trabalha de forma maravilhosa e muitas vezes não percebemos esse agir de Deus, perdendo muito daquilo que podemos aprender do Mestre.

Na conversa de Jesus com o jovem rico fica claro que esse jovem tinha muitas qualidades e conhecia e seguia a Lei de Moisés pois ele dizia que observava isso desde a sua mocidade. Podemos ver alguém que se esforçava por manter uma vida dentro daquilo que era esperado para um seguidor de Cristo. O próprio Jesus vai dizer a ele que lhe faltava apenas uma coisa.

No caso de Zaqueu ele era um publicano e, como todo publicano, odiado pelos judeus pois era considerado um traidor de seu povo pois trabalhava para o império romano, cobrando impostos de seu próprio povo, muitas vezes de forma abusiva para seu próprio benefício, enriquecendo-se em cima do sofrimento de seu próprio povo.

O jovem rico vai chegar até Jesus de uma forma direta, aparentemente sem dificuldades e, na conversa com o Mestre, vai dizer sobre sua vida e seu esforço em buscar fazer aquilo que a Lei mandava e encontramos, aparentemente, uma atitude sincera em querer saber sobre como melhorar seu relacionamento com Deus a fim de alcançar a salvação.

Zaqueu, ao contrário, já demonstra sua dificuldade nesse contato com Jesus, seja devido à sua própria limitação de altura física tendo que subir numa árvore para conseguir ver Jesus seja pela própria dificuldade em enfrentar a multidão que certamente não o via com bons olhos. Também há que se notar o inusitado da cena em que um homem rico, bem posicionado na sociedade, provavelmente usando roupas vistosas e caras, se esforçando por subir numa árvore.

Jesus, ao ser perguntado pelo jovem rico sobre o que deveria fazer para receber a salvação e, certamente olhando para dentro do coração daquele jovem, lhe diz que só faltava a ele uma coisa, que no seu caso era abrir mão da riqueza. Não preciso dizer aqui que Jesus não estava exigindo que esse jovem se desfizesse de suas riquezas em prol do evangelho (como infelizmente muitos grupos religiosos distorcem essa passagem para obterem lucros pessoais), mas sim que Jesus sabia que o coração daquele jovem tinha outras prioridades.

Zaqueu, ao contrário do jovem rico, sabia de suas limitações, seus erros e seus pecados e, ao tentar ver Jesus, na verdade foi ele que foi achado, pois é Jesus quem o encontra em cima da árvore, pede para ele descer e diz que vai até sua casa. Aquele que estava procurando foi achado pelo simples fato de colocar seu coração verdadeiramente à disposição de Jesus.

O jovem rico, ao ser colocado frente a frente com seus desejos mais íntimos, acabou por escolher continuar com aquilo que, para ele, era o mais importante, no caso foram suas riquezas. 

Zaqueu, ao ser encontrado por Jesus, teve o coração sincero e voltado para Cristo, reconhecendo seus erros, querendo ser perdoado e mostrando os frutos desse arrependimento ao se dispor a devolver aquilo que tinha defraudado e até mesmo acima daquilo que a Lei ordenava (em Levítico 6:1-7 vemos que a Lei ordenava a restituição da quinta parte do que foi roubado; Zaqueu se propôs a devolver quatro vezes mais).

No caso do jovem rico, Jesus vai dizer nos versículos 24 e 25 sobre a dificuldade de um rico entrar no reino de Deus -: “E Jesus, vendo-o assim triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riqueza! Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”.

No caso de Zaqueu, aquele que era um pecador, desonesto, odiado pelo povo, mas que se esforça por ver Jesus, tendo sido achado, demonstra arrependimento sincero, escuta Jesus falando -: “Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” 

Parece que, pelo menos no caso de Zaqueu, o camelo passou pelo fundo da agulha!

 8 OU 80

Certeza que você já ouviu a expressão “8 ou 80”. Ela significa que você ou faz o máximo ou faz o mínimo, e pode ser usada em várias situações.

Mas, onde é que podemos usar no sentido espiritual? Sem sequer dar atenção a isso, muitos cristãos acabam colocando essa expressão em uso todos os domingos, na hora de participar da oferta. Com o agravante de que acabam ficando sempre no “8”.

O que quero dizer com isso? Novamente quero deixar claro que o intuito desses artigos que escrevo têm a finalidade de fazer com que cada um de nós possa analisar melhor o que estamos fazendo e de que maneira estamos conduzindo nossa vida espiritual, inclusive (e principalmente) eu mesmo.

Todos nós sabemos o que as Escrituras dizem sobre como devemos ofertar. Sabemos que deve ser algo que fazemos conscientemente, planejando antes de fazer, ofertando com alegria e generosidade e colocando o Reino de Deus sempre em primeiro lugar.

Também sabemos que não somos mais obrigados a dar 10 por cento do que ganhamos pois isso fazia parte da lei de Moisés e referiu-se aos judeus e nós não vivemos debaixo da lei e sim pela graça e nossas ofertas devem ser de acordo com o nosso coração.

Mas, mesmo sabendo dessas coisas, será que realmente fazemos isso? Ao ofertarmos todos os domingos, agimos sempre da forma que sabemos que deve ser feito?

Essas perguntas são importantes para que possamos analisar como entendemos esse momento de ofertar. E é exatamente nessa oportunidade de ofertar aos domingos que, mesmo inconscientemente, acabamos usando esse “8 ou 80”.

Para ser mais específico, vamos usar um exemplo. Quando recebemos nosso salário costumamos fazer as contas e ver quais serão os nossos gastos. Assim, reservamos aquilo que vamos gastar com as contas de água, luz, celular, internet, condução, aluguel e assim por diante. Depois de fazermos essas contas aí é que vamos nos preocupar em separar algo para dar na oferta (e o pior, fazemos isso “quando” sobra alguma coisa).

Como sabemos que não temos a obrigação de ofertar 10 por cento já que o dízimo não é uma “lei” para nós, simplesmente (na grande maioria das vezes) acabamos por ofertar aquilo que está sobrando ou que, no mínimo, não “vai nos fazer falta”. E assim acabamos nos “esquecendo” de tudo aquilo que a Bíblia ensina sobre como deve ser nossa oferta, como vimos acima (com alegria e generosidade, colocando o Reino em primeiro lugar, etc). 

Quando agimos assim, queridos, será que realmente estamos colocando o Reino em primeiro lugar? Será que estamos realmente obedecendo a Deus nesse sentido quando, sabendo o que devemos fazer, simplesmente fazemos diferente? E, como sempre, vamos nós tentar justificar dizendo que temos que pagar as contas, que a Bíblia ensina que o cristão não pode dever nada a ninguém, que é mau testemunho um servo de Deus não pagar suas dívidas. E tudo isso é verdade, realmente! 

Mas a pergunta que deveria ser feita antes de tudo isso é “eu preciso realmente fazer tal dívida? ”; “eu preciso realmente ter tal bem material? ”; “eu preciso realmente assinar aquele determinado canal por assinatura? ”.

Nossa vida é feita de escolhas. Todos os dias estamos fazendo escolhas nas mais variadas áreas. E quando escolhemos utilizar nosso dinheiro de forma que, no final do mês, não “sobra” nada para colocarmos na oferta porque todo nosso salário já foi usado para cobrir nossas dívidas, realmente estamos servindo a Deus como Ele merece, no tocante ao que vamos ofertar a Ele?

É óbvio que não estou aqui me referindo ao valor que você está contribuindo, mesmo porque não devemos esquecer que Deus não precisa de nosso dinheiro, e nem estou querendo que esse artigo seja visto como se fosse um apelo para darmos mais dinheiro, parecendo um discurso de pessoas que pregam a teologia da prosperidade ou coisa parecida (aliás, isso poderia ser assunto para outro artigo pois, muitas vezes, com receio de parecermos com tais pessoas, acabamos por não falar nada sobre dinheiro e finanças dentro do Reino, o que acaba causando exatamente o que estou falando nesse artigo) mas precisamos sim analisar a maneira de como estamos sendo melhores servos ou piores servos de Deus, quando tratamos sobre isso. Deus não se importa com o valor que você está ofertando, mas como também bem sabemos, Ele olha para o seu coração no momento de sua oferta. É só lembrar o exemplo da viúva pobre de Lucas 21:1-4.

É errado passearmos com nossa família, irmos num shopping center, comermos uma pizza, assistir um filme no cinema? É claro que não, aliás, é muito recomendável esses momentos de união e contato com a família. O errado passa a ser quando se num passeio desses nós gastarmos, por exemplo, R$ 100,00 (e olha que esse é um exemplo de valor bem baixo) e, na hora de ofertarmos, colocarmos na coleta uma moedinha de R$ 1,00 porque foi isso que nos “sobrou”!

Minha oração é para que possamos aprender e colocar em prática aquilo que já sabemos. Dar o nosso melhor para Deus, sempre colocar o Reino em primeiro lugar, servir nosso Pai da melhor maneira que conseguimos. Esse deve ser o objetivo do verdadeiro discípulo.

HERÓIS

Heróis

Ao longo do tempo e da caminhada cristã de cada um de nós, inevitavelmente acabamos escolhendo aqueles personagens bíblicos com que mais nos identificamos e acabamos meio que escolhendo um “personagem favorito”, mesmo sabendo que todos nós são igualmente inspiradores e nos servindo de exemplos de vida.

Assim sendo, alguns irão se identificar mais com Moisés, outros com Daniel, ainda outros com Paulo, Pedro, Abraão, Davi e assim por diante.

Ato contínuo, ao escolhermos nossos favoritos, passamos a olhar para a vida deles e desejamos ter a mesma trajetória. Mas, invariavelmente, acabamos por nos concentrar apenas nos melhores momentos das vidas deles, aqueles em que terminaram recebendo suas recompensas ou foram elogiados pelo que fizeram. 

E dessa maneira nos lembramos de Abraão sendo chamado de amigo de Deus (Tiago 2:23) e sendo conhecido como o pai da fé; mas acabamos por deixar de lembrar que, para chegar nesse ponto, Abraão teve que abandonar sua terra para ir para uma outra que nem conhecia e nem sabia onde era, além de ter que quase sacrificar seu filho Isaque, o filho da promessa.

Se escolhermos Daniel, gostamos de lembrar como era dedicado e fiel a Deus, mas também deixamos de lado o fato de que ele foi levado cativo ainda jovem, viveu numa terra distante longe de seu povo e seus costumes, abrindo mão de aproveitar os finos manjares da Babilônia, colocando sua vida em risco ao não se sujeitar a adorar outros deuses senão o único Deus verdadeiro, mesmo num ambiente totalmente idólatra e pagão.

Se for Moisés, lembramos de seu contato direto com o Senhor, ouvindo e falando diretamente com Deus, recebendo as tábuas da Lei e tendo o privilégio de ver a glória de Deus passar por ele (Êxodo 33:18-19); e deixamos de lembrar todo o sacrifício de viver 40 anos no deserto como pastor de ovelhas, mais 40 anos também conduzindo um numeroso povo pelo deserto junto com todos os problemas que isso causa, deixar de ser considerado filho da filha de Faraó para se tornar um perseguido por Faraó e também não ter entrado na terra prometida de Canaã por causa de um lampejo de rebeldia.

Ah! Você escolheu Davi. Rei poderoso, rico, chamado de “o homem segundo o coração de Deus” (Atos 13:22). Mas lembrou-se dele enfrentando um gigante? Ou sendo implacavelmente perseguido por Saul para ser morto, escondendo-se em cavernas? Ou ainda sofrendo amargamente por seu pecado com Bate-Seba, após a morte de seu filho?

Se for Paulo, podemos nos apegar à sua inteligência, cultura e impactante orador e divulgador do Evangelho. Mas não nos esqueçamos de suas chibatadas, prisões, sofrimento e morte em Roma para que esse mesmo Evangelho fosse conhecido e divulgado por todo o mundo.

E ainda poderíamos escolher outros vários, mas a história será sempre a mesma. Todos aqueles que chamamos de heróis na Bíblia tiveram sua grande parcela de sofrimento e resiliência para pequenos momentos de vitória. Porém, essas “pequenas vitórias” foram o motivo suficiente em suas vidas para que pudessem hoje estar ao lado do Pai, pois cumpriram com as missões para as quais foram chamados. Pequenos momentos de reconhecimento em meio a uma vida inteira de lutas, mas a recompensa é imensamente superior ao que passaram.

Resta a nós, também, cumprirmos nossos papéis de servos, mesmo em meio a lutas e dificuldades, para que possamos receber a nossa recompensa que é a mesma que a deles. Viver eternamente ao lado de nosso Senhor e Salvador após “combater o bom combate, completar a carreira, guardar a fé” (II Timóteo 4:7-8).

COMO ANDA SEU SEMBLANTE?

SEMBLANTE

Depois de aceita a oferta de Abel e desagradando a de Caim a Deus, o Senhor fala com Caim, alertando sobre o perigo de permitir que os sentimentos de rejeição e ódio dominem seu coração (GÊNESIS 4:5-7).

A frase de Deus para Caim nos versículos 6 e 7 é intrigante: “Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”

Note como Deus quer alertar Caim sobre o perigo de deixar seus sentimentos saírem de controle. Também é evidente que Deus deixa claro que Caim é responsável por suas decisões.

Ao usarmos a história de Caim como exemplo para nossas vidas, podemos aprender muito. Primeiro, como diz nosso título, como anda seu semblante? O que as pessoas veem quando olham para você? Seu rosto transmite alegria, confiança, contentamento? Ou tristeza, mágoa, ira? O filósofo romano Cícero dizia que “o rosto é o espelho da alma”. Ele parece ter razão!

Caim estava com o “semblante caído”, evidenciando seu estado emocional. Deus ainda quer que Caim analise a fundo o que planejava fazer. Caim estava permitindo-se ser levado por um caminho marcado pelo rancor e pela raiva, mas ainda tinha a escolha. Procedendo bem, seria aceito; procedendo mal, daria lugar ao pecado.

Ele deveria dominar o desejo de fazer o errado, que lutava contra ele, mas dependia somente dele esse controle. Infelizmente, não o fez, permitindo que o desejo por fazer o mal fosse maior que o desejo de se dominar e procurar fazer o certo. Sua escolha trouxe pecado, morte e tristeza.

Enfrentamos esse conflito inúmeras vezes. Controlar nosso desejo para fazer o mal e sermos aceitos por Deus, ou deixar que esse desejo nos vença e nos leve a consequências terríveis.

Podemos ouvir Deus falando as mesmas palavras dirigidas a Caim para nós nesses momentos: “se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” Essas palavras deveriam ecoar em nossa mente a cada momento que nos vemos em situações difíceis.

Conhecemos as consequências do ato de Caim. O primeiro homicídio da história humana foi de um irmão contra seu próprio irmão, causado por um desejo não controlado e uma não aceitação do conselho de Deus. E tudo começou com um semblante caído!

Aprendemos que Deus não quer que nos deixemos vencer pelos nossos desejos. Ele nos adverte sobre o que se passa em nosso coração e como terminaremos. Resta a nós aprendermos a lição de Caim, começando por não deixar “cair nosso semblante”. Que nosso rosto reflita sempre a alegria por sermos filhos de Deus e a glória de nosso Pai.

“ONDE ESTÁS”?

"ONDE ESTÁS"?

A pergunta do título deste artigo foi a que Deus fez a Adão em Gênesis 3:9, logo após ele comer o fruto proibido e se esconder. Ao analisarmos mais a fundo esse acontecimento, podemos notar algumas coisas que nos trarão ensinamentos para colocarmos em prática em nossa vida e que nos ajudarão a entender melhor a natureza maravilhosa de nosso Pai.

Primeiro, devemos prestar atenção à pergunta que Deus faz a Adão, “onde estás”. Não é razoável supor que Aquele que é Onisciente, Onipotente e Onipresente não soubesse onde estaria escondido Adão, como se fosse possível alguém brincar de esconde-esconde com Deus! Claramente, essa pergunta refere-se muito mais a uma situação espiritual do que a uma situação meramente geográfica.

A pergunta de Deus tinha o objetivo de fazer com que Adão pudesse raciocinar sobre o mal que ele tinha feito e todas as consequências advindas daí. Se observarmos o contexto, veremos que, até o cometimento do pecado do primeiro casal, eles e Deus tinham um constante contato, e a presença de Deus lhes era um privilégio. Ao pecarem, esse contato foi rompido, e aquilo que era um prazer tornou-se um motivo de medo e tentativa de fugir de Sua presença.

Podemos usar uma licença poética e imaginar a cena, com Adão e Eva, talvez, escondidos atrás de uma árvore, com Adão com o dedo sobre a boca pedindo a Eva que ficasse quietinha a fim de Deus não os achar, como tantos de nós já fizemos ao brincar de esconde-esconde com alguém. Mas, como diz o ditado, “seria cômico se não fosse trágico”, se entendermos a gravidade do que havia acontecido. Uma cena que tanto nos lembra nossos momentos de infância estava, a partir de então, eternamente ligada ao terrível momento do ser humano deixando de ter comunhão com seu Criador por causa da desobediência e pecado.

E é isso que o pecado traz. Medo, vergonha, tentativa frustrada de fugir. E a cada pecado, o homem vai buscando maneiras de se esconder de Deus, seja ficando atrás de uma árvore, enfiando a cabeça na areia ou buscando desculpas para se justificar (como o próprio Adão, ao acusar Eva). E a cada tentativa de fuga, só ficamos cada vez mais distantes, mais afastados, mas cheios de culpa, medo e vergonha.

E nessa vergonha, deixamos de prestar atenção ao que Deus quer nos proporcionar ao nos chamar, a dizer a cada um de nós após pecarmos, “onde estás, meu filho”? Deixamos a vergonha do pecado sobrepor à voz amorosa de Deus, como a nos dizer que é só nos apresentarmos diante Dele para que possamos nos socorrer e nos oferecer seu ombro de Pai.

A história de Adão mostra que a cada dia nós também podemos escolher entre continuar tendo a comunhão e a presença de Deus ou buscarmos uma tentativa patética de nos escondermos Dele. O nosso Pai sabe exatamente onde nós estamos, mas essa Sua pergunta visa fazer com que nos encontremos a nós mesmos, perdidos em nossos próprios erros. A bondade e a misericórdia de Deus são tão mais amplas e infinitas que nem sequer conseguimos imaginar.

Não permita, meu irmão, que o pecado te faça imaginar que “ficar atrás de uma árvore ou da cortina da sala” seja suficiente para se esconder de Deus. Não foi para Adão, não será para nós. Nossos pés sempre ficarão aparecendo.