fbpx

A CERTEZA DO JULGAMENTO

A CERTEZA DO JULGAMENTO

Num mundo onde tudo é relativo, restam poucas certezas absolutas. Três verdades nos acompanham ao longo da vida:

1. Eu nasci…
2. Eu estou vivo…
3. Eu vou morrer…

Infelizmente, os mais inteligentes entre os seres humanos costumam estar distantes de Deus. A sabedoria que Deus deseja conceder a todo aquele que pedir com fé é muitas vezes negligenciada por aqueles considerados inteligentes. No entanto, é fundamental compreender que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Provérbios 9:10).

Deveríamos ter a mesma certeza da salvação que temos da morte. Embora a morte seja uma conquista humana, sua aura de incerteza cria expectativas frustrantes, semelhantes à complexidade da vida. Quando os objetivos se limitam a acumular riquezas, posses ou deixar um legado, a falta de propósito surge, resultando em frustrações e dúvidas.

Uma certeza relacionada à morte e à salvação deveria ser a segunda vinda de Cristo e o julgamento. Mesmo entre os cristãos, há dúvidas sobre se Ele retornará e de que maneira. Antes de discutirmos a certeza de Sua volta, é essencial reconhecer a fonte desta certeza.

DEUS ESTABELECEU UM DIA EM QUE JULGARÁ O MUNDO COM JUSTIÇA, POR MEIO DE UM HOMEM QUE ESCOLHEU E DEU CERTEZA DISSO, RESSUSCITANDO DOS MORTOS (Atos 17:31).

A certeza é clara: haverá um julgamento. Contudo, muitos se esquecem disso. A prova está na passagem mencionada, indicando que Deus julgará o mundo com justiça. Embora o dia exato seja desconhecido, a certeza do julgamento é inegável. Até mesmo Jesus, durante sua vida terrena, desconhecia esse momento, como registrado em Mateus 24:35,36:

“Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.”

A primeira vinda de Jesus foi marcada por amabilidade, cura e palavras transformadoras. Sua certeza de que o céu e a terra passariam reflete também a certeza de um julgamento futuro. Jesus, agora na condição divina, mantém a certeza de sua volta.

A Bíblia afirma que Jesus retornará uma segunda vez, porém, sua chegada não será amistosa como na primeira. Sua ressurreição é a garantia dessa volta, que será para executar a justiça contra aqueles que não obedecem ao evangelho. O evangelho, segundo a Bíblia, abrange a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Obedecer a esse evangelho implica morrer para os pecados, crer no sacrifício de Jesus, ser batizado por imersão e receber o Espírito Santo pela fé, simbolizando a ressurreição de Jesus. Obedeça o evangelho através da fé pelo batismo e não tenha mais dúvidas ou medo da frustração que a expectativa da morte traz.


UM ESBOÇO PARA MENSAGEM COM BASE NESTE TEXTO ACIMA:

A CERTEZA DO JULGAMENTO

Introdução:

No universo de incertezas que caracteriza nossa existência, algumas verdades fundamentais permanecem inalteradas. Nascer, viver e morrer são marcos incontestáveis que acompanham cada ser humano. Contudo, a busca por sabedoria e propósito muitas vezes se perde na complexidade da vida. Este ensaio explora a relação entre a certeza da morte, a busca pela salvação e a expectativa da segunda vinda de Cristo, destacando a relevância do evangelho nesse contexto.

I. Certezas da Vida e Morte

A. A inevitabilidade do nascimento.
B. A experiência da vida como conquista humana.
C. A incerteza em torno da morte e suas implicações.

II. Sabedoria e Propósito

A. O afastamento dos mais inteligentes de Deus.
B. A importância do temor do Senhor para a sabedoria (Pv 9:10)
C. A falta de propósito gerando frustrações e dúvidas.

III. A Segunda Vinda de Cristo

A. A certeza do julgamento divino (At 17:31)
B. A inconsciência do momento do julgamento, conforme Mateus 24:35,36.
C. A promessa da segunda vinda de Cristo e sua ressurreição.

Conclusão:

Ao refletir sobre as certezas da vida e morte, a busca pela sabedoria divina e a expectativa da volta de Cristo, percebemos a interconexão desses elementos na formação de um propósito significativo. A compreensão do evangelho, que abrange a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, emerge como a chave para encontrar significado e certeza em meio à jornada incerta da vida.

Se o áudio não estiver funcionando acesse o arquivo clicando na imagem abaixo:

EZEQUIAS: E SE DEUS NOS CHAMASSE HOJE?

“Por esse tempo, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e lhe disse: — Assim diz o Senhor : “Ponha em ordem a sua casa, porque você morrerá; você não vai escapar.” Então Ezequias virou o rosto para a parede e orou ao Senhor . Ezequias disse: Ó Senhor , lembra-te de que andei diante de ti com fidelidade, com coração íntegro, e fiz o que era reto aos teus olhos. E Ezequias chorou amargamente.” – Isaías 38:1-3

“A sepultura não pode te louvar, nem a morte glorificar-te; os que descem à cova não esperam em tua fidelidade. Os vivos, somente os vivos, esses te louvam, como hoje estou fazendo. Os pais darão a conhecer aos filhos a tua fidelidade.” – Isaías 38:18-19

Continuo minha viagem na leitura das Escrituras Sagradas, agora no livro do profeta Isaías. Esta semana cheguei no capítulo 38, que relata a doença e posterior cura de Ezequias.

No início de minha vida cristã sempre pensei no pedido do rei para que Deus lhe concedesse mais tempo de vida de uma forma positiva. Hoje, três décadas depois, penso um pouco diferente.

Por algum motivo Deus entendeu que o tempo de Ezequias na terra já tinha sido o suficiente e o comunica através do profeta Isaías. Ele, então, faz uma oração cheia de emoção para Deus, pedindo que o Senhor se lembrasse de como tinha procedido bem e, desta forma, mereceria mais tempo de vida. Deus atende o seu pedido e concede ao rei mais quinze anos de vida. Nessa época Ezequias deveria ter cerca de 29 anos, portanto, ainda bem jovem.

Analisando a maneira como Ezequias utilizou esses 15 anos, percebemos que, em parte, utilizou de maneira correta, especialmente quando lembramos que o livramento de Judá da Assíria ocorreu após esse episódio na sua vida. Portanto, cronologicamente, o capítulo 38 é anterior aos capítulos 36 e 37.

Por outro lado, durante os 15 anos, Ezequias teve um filho, Manassés, que foi um dos piores reis de Judá, não somente idólatra, mas também perverso, pois chegou a oferecer seus próprios filhos aos ídolos das nações (2 Crônicas 33:1-7).

Também, o texto sagrado diz que Ezequias tornou-se orgulhoso e o fim da sua vida foi bem melancólico.
“Mas Ezequias não correspondeu aos benefícios que lhe foram feitos, pois o seu coração se exaltou. Por isso veio grande ira sobre ele e sobre Judá e Jerusalém.” – 2 Crônicas 32:25
O contrário teria acontecido se ele tivesse aceitado o desígnio de Deus. Teria morrido no auge do seu reinado. Creio que Deus é tão poderoso e tão bom que, ao perceber que um servo seu pode se desviar (ele conhece muito nosso coração) às vezes Ele pode antecipar sua partida exatamente para que não se desvie dos seus santos caminhos.

Outra frase de Ezequias, equivocada, mas compreensível em razão da falta de conhecimento naquela época da ressurreição dos justos:

“A sepultura não pode te louvar, nem a morte glorificar-te; os que descem à cova não esperam em tua fidelidade.”.

Isto não é verdade, pois no Novo Testamento vemos o contrário:

“Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício mais excelente do que Caim, pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio da fé, mesmo depois de morto, ainda fala.” – Hebreus 11:4

A fé de Abel ainda é grande exemplo para nós, que a utilizamos com frequência, especialmente quando queremos utilizar o exemplo de alguém totalmente consagrado a Deus. Algo autenticado nas palavras do próprio Senhor Jesus:

“Para que recaia sobre vocês todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abelaté o sangue de Zacarias,filho de Baraquias, a quem vocês mataram entre o santuário e o altar.” – Mateus 23:35

“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas.” – Hebreus 12:1

A nuvem de testemunhas do livro de Hebreus são os heróis da fé citados no capítulo 11. Interessante que dos reis de Israel, somente Davi é citado. Sim, hoje, os mortos em Cristo são grande exemplo para nós e mesmo depois de anos apos sua partida, a vida deles continua a nos inspirar, como nos ensina Hebreus 13:7.
Há os heróis da fé do Velho Testamento, do Novo Testamento e dos nossos dias como gosto de citar David Meadows, Abramo Lucarelli, Miriam Rodrigues, Alaor Leite e tantos outros.
Finalmente, o desespero de Ezequias com a morte é um contraste com a atitude de Paulo:

“Estou cercado pelos dois lados, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” – Filipenses 1:23

Olha só que atitude bela, de fé, na certeza de que algo muito melhor o aguardava. Hoje em dia vejo esta atitude em poucos cristãos, grande parte desesperados ante a possibilidade da partida.

Talvez eu seja mal compreendido, mas se Deus falasse hoje comigo, hoje, 09 de março de 2022: “Valdir, seu tempo acabou, prepara sua casa, que você vai partir”. Juro que minha resposta ao Senhor seria: “Senhor, demorou! Estou ansioso para entrar na eternidade”, mesmo tendo que me afastar de pessoas que eu amo aqui na terra. Até porque conheço minhas vulnerabilidades e pode ser que ao fazer isso, Deus estaria me poupando de tentações e provações que talvez eu não resistisse. Por esse motivo aceitaria o desígnio do Senhor de bom grado.

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” – Filipenses 1:21

Sim, viver é muito bom, quantas alegrias, especialmente pelas oportunidades que temos de servir a Deus, ao seu Reino e ao próximo. Porém, nada, mas nada mesmo, é melhor do que partir sabendo que entraremos na eternidade, ao lado de Deus, seja no Paraíso, seja direto no céu. O importante é estar com o Senhor.

Que a reflexão desta semana nos ajude a viver intensamente para Jesus, preparados todos os dias para o nosso encontro com o Senhor, ao contrário do que quis Ezequias. Seja na nossa morte, seja na volta do Senhor.

Permitindo Deus, no artigo da semana que vem, mais uma análise dos 15 anos vividos concedidos por Deus e a Ezequias e a maneira como ele viveu esse tempo.

O QUE APRENDI COM MINHAS PERDAS

Um ano complicado

Nunca imaginei que 2021 fosse o ano em que perderia ao mesmo tempo meu pai e minha mãe. No dia 1º de março, ao atravessar uma movimentada rua da cidade onde moro, Guarulhos, meu pai foi atropelado. Não se sabe se por falta de atenção dele, culpa do motorista ou um pouco de ambos, o acidente deixou meu pai em coma por 15 dias no hospital, falecendo no dia 16. 

Em razão disso, minha mãe foi morar com minha irmã em Goiânia. Por 15 dias esteve muito bem quando, em razão de um AVC, foi internada. Pouco mais de duas semanas depois, em 14 de junho, também partiu.

A dor da perda de um ente querido

Às vezes, num velório, já falei para quem perdia seu ente querido: “imagino a sua dor”. Não, depois dessas 2 perdas, ninguém imagina a dor em perder uma pessoa amada. 

Quando perdi meu pai, durante o processo, fiquei anestesiado. Porém, depois de alguns dias, a dor foi forte, período de muita tristeza e angústia. Mas, com o tempo, foram diminuindo. Agora, perder os dois me dá uma sensação de abandono. Mesmo não dependendo mais deles em termos físicos, emocionalmente perder pai e mãe parece que tirou minha segurança. Uma sensação de abandono de que estou sozinho no mundo. Assim, entendo que somente quem sofre a situação pode mesmo confortar outro que passa por aquela experiência, conforme nos ensina Paulo.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!

É ele que nos consola em toda a nossa tribulação, para que, pela consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que estiverem em qualquer espécie de tribulação.” – 2 Coríntios 1:3-4

Cada um reage de uma maneira

Sempre que algum irmão, amigo ou conhecido perdia alguém amado, colocava-me a disposição para conversar. Oferecia meu ouvido para ouvir a pessoa falar de sua dor e achava estranho quando alguns diziam que preferiam sofrer sua dor sozinhos.

Agora entendo isso. Durante minhas perdas, vários irmãos ofereceram ajuda, queriam visitar-me, se dispuseram a me ouvir. E sempre precisei ser ouvido em meus momentos de dor. Desta vez foi diferente. Não fiz questão de ter pessoas por perto e preferi sofrer minha dor em minhas caminhadas de manhã e abri-me para Deus durante elas. Nem eu mesmo me reconheci, pois normalmente estaria carente de ser ouvido por pessoas.

Desta forma, entendo agora que cada pessoa tem uma forma de reagir diante sua perda e devo respeitar e compreender. Não podemos julgar alguém por chorar muito ou outro por quase não chorar. Cada um sofre suas perdas de uma forma.

A importância do corpo de Cristo nessa hora

Mesmo conversando com poucas pessoas, recebi centenas de mensagens no WhatsApp e no Facebook. Pessoas a quem conhecia apenas de nome, mandaram suas condolências, seu apoio e sua palavra de carinho.

Entre todos esses, destaco os irmãos em Cristo que, por me conhecerem melhor, falaram palavras que tanto tocaram o meu coração. Aconteceu exatamente o que Paulo diz.

“De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, todos os outros se alegram com ele.

Ora, vocês são o corpo de Cristo e, individualmente, membros desse corpo.” – 1 Coríntios 12:26-27

Sim, precisamos do corpo de Cristo, uns dos outros, em todos os momentos, especialmente nas tristezas que a vida nos proporciona.

A presença no velório e sepultamento

No velório e sepultamento do meu pai, por ser aqui em Guarulhos, vários amigos e irmãos estiveram presentes. Já estive presente em vários velórios e chegava ali mesmo sem entender a importância da minha presença naquele momento de dor. Pois agora entendi. Cada pessoa presente, um abraço (ou quase ele, em razão da pandemia) foi de grande importância. Não são as palavras ditas (são bem repetitivas), mas a presença das pessoas, que deixaram seus afazeres para estarem comigo e minha família. 

Agora compreendo melhor ainda a importância de estar presente no velório e/ou sepultamento. A presença física é muito importante e somente quem está sofrendo a dor consegue entender.

No sepultamento de minha mãe, por ser longe, somente estavam meus familiares e isso foi muito sentido por mim. Tivemos que no consolar uns aos outros.

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã

Durante a vida dos meus pais, dentro do meu possível, estive presente, os auxiliei no que pude. No entanto, creio que especialmente nós filhos, na morte de nossos pais, sempre vem um sentimento de que poderíamos ter feito mais, amado mais, aproveitado melhor as oportunidades.

Em razão da pandemia, nos últimos encontros com minha mãe, evitei abraçá-la, apenas segurando sua mão. Esta semana tive, por vários momentos, desejo de abraçá-la e nesses momentos, lágrimas brotaram.

Não tenho sentimento de culpa quanto aos meus pais, mas, sim, claro que poderia os ter amado de maneira mais completa, honrado mais, ter aproveitado mais o tempo com eles. Por isso, o trecho da música citada acima resume bem o que precisamos fazer. Aproveitar todas as oportunidades com nossos queridos para amá-los, abraçá-los, declarar o quanto são amados, algo que fiz pouco com meus pais este ano e hoje sinto que deveria ter feito mais. O amanhã pode não existir.

Conclusão

No meio de tudo, ficam as boas recordações de momentos vividos com meu pai, dos quais, quero destacar dois.

“Doutor Marcheti, este é meu filho Valdir, um bom menino. Por favor, dê uma chance a ele”.

Este foi o texto que meu pai mandou que eu entregasse a meu futuro patrão, pedindo que me admitisse como seu funcionário. Na época, eu tinha 17 anos. E, sim, de lá para cá, muitas das vezes que deixei de fazer algo errado, foi no desejo de ser o “bom menino” que meu pai sempre enxergou em mim.

“Valdir, meu filho, não faça isso, é errado. Pessoas corretas não fazem esse tipo de coisa”.

Esta foi a repreensão de minha mãe quando, com cerca de 8 anos, fiz a ela um ato obsceno que um colega bem mais velho que eu tinha ensinado. Levei muitas surras de minha mãe, uma mulher muito enérgica. Não lembro do motivo da maioria delas. Mas, naquele dia, ela agiu diferente e aquelas palavras firmes e amorosas dela estiveram na minha mente nos últimos 40 anos, ajudando-me a procurar tomar decisões que pessoas corretas devem sempre tomar.

Por tudo isso, muito obrigado, Sr. José, meu pai, e dona Dijanira, minha mãe, por todo o amor que sempre tiveram para comigo e meus irmãos. Em minhas lembranças está viva, tantas e tantas vezes, a cena de meu pai me carregando no ombro, levando-me ao hospital, pois sequer tinha dinheiro para o ônibus e, claro, acompanhado e apoiado por minha mãe.

Muito obrigado, meus pais. Sempre os amarei.

Um obreiro aprovado por Deus

“Muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” disse Jesus ao final da parábola das bodas em Mateus 22.14, salientando a importância de não neglicenciar o chamado de Deus para participar de seu reino. Entre os “escolhidos” não estavam os capacitados, mas os dispostos a serem capacitados pelo Senhor conforme sua vontade, instrução e ensino. Tiago, irmão de Jesus, em sua carta, tida como os provérbios do Novo Testamento, identifica o coração dos escolhidos, revelando um caráter aprovado por Deus.

O SENHOR chama para trabalhar em sua obra neste mundo, e todos que se apresentam, se tornam obreiros nas mais diversas funções existentes no reino. Neste artigo baseado em Tiago 1:12-18 procuramos desatacar o caráter aprovado por Deus de um obreiro, dividido em quatro tópicos: reflexão, o que palavra de Deus diz, o entendimento desta palavra, e a aplicação desta palavra. Que Deus te ilumine, guie e abençoe em seu trabalho em prol do reino celestial, e que esta mensagem possa cooperar neste sentido, espero!

Questões para reflexão:

1) Quantas vezes somos pegos de surpresa numa situação inesperada? Quando erramos ficamos tristes, pois como cristãos, sabemos que somos reprovados por Deus no erro. A nossa conduta algumas vezes não denota a piedade que professamos. O que precisamos fazer para que possamos ser aprovados pelo Senhor em toda e qualquer circunstância? O que ganharemos com isso?

2) Aquele que assume uma nova identidade perante Deus, ou seja, se torna um seguidor fiel de Jesus Cristo, passa a enfrentar com maior rigor a tentação. Será que podemos resistir às tentações que nos sobrevém? Deus pode nos provar através de uma tentação? É possível que uma tentação possa vir de nós mesmos?

3) Quando pensamos em algo, ou desejamos, estamos pecando? Isso são perguntas que chegam as nossas mentes quando estamos diante de situações que exigem uma postura firme e decidida.

4) A tentação por si só é pecado? Quando estamos passando por uma situação de risco estamos pecando contra o Senhor? Algumas vezes não sabemos ao certo se pecamos ou não. Sabemos que o pecado nos separa de Deus, por isso precisamos fugir dele.

5) O inimigo em sua astúcia pode nos enganar “floreando” o pecado impedindo que possamos ver as consequências desastrosas provocadas por ele. Em algumas circunstâncias queremos enganar a nós mesmos achando que somos fortes. Será que é possível sem a presença do Senhor?

6) A bondade, a graça e o amor vêm de Deus; sabendo disto por que procuramos algo diferente em nossas vidas em determinadas situações? Em certas ocasiões procuramos ou nos colocamos em situações que põem em risco a nossa saúde espiritual e harmonia com Deus. Por quê?

7) Somos nova criatura, e precisamos compreender isto para que possamos ter uma vida que realmente agrade a Deus.

O que diz a palavra:

12 Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. 13 Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. 14 Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15 Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. 16 Não vos enganeis, meus amados irmãos. 17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. 18 Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.” (Tiago 1:12-18)

Chegando ao entendimento (respostas as questões para reflexão):

1) A verdadeira felicidade – v. 12
Tiago nos diz que somos realmente felizes se permanecermos firmes diante das provações, porque teremos a aprovação de Deus e além dessa maravilhosa bênção receberemos dEle a recompensa da salvação eterna. Mas esta promessa é só para aqueles que realmente o amam.

2) A tentação não vem de Deus – v. 13
Nunca poderemos pensar, muito menos dizer que uma tentação que passamos vem de Deus. Ele não tenta ninguém e a Bíblia é clara sobre isso. Neste verso é comprovado. A tentação é algo maléfico, que pode nos destruir. O Senhor que não pode ser tentado pelo mal, pelo contrário, quer o melhor para nós e Ele aperfeiçoa a cada dia as nossas vidas.

3) A tentação vem pela cobiça – v. 14
A cobiça, que é o desejo ardente de possuir; é uma dos maiores inimigos para se ter uma consciência limpa perante Deus. Ele conhece nossos pensamentos e sabe qual são as nossas verdadeiras intenções (veja Hebreus 4:12,13). Precisamos tomar cuidado, pois a cobiça pode nos enganar e levar para algo pior.

4) O pecado é algo mortal – v. 15
Se deixarmos levar pela cobiça, ela frutifica e gera o pecado, quando nessa situação fica praticamente impossível não cair, pois os impulsos carnais se tornam ainda mais fortes, e dependendo do envolvimento é difícil resistir. Pecando nos afastamos de Deus, pois Ele não pode contemplar o pecado. Se não houver arrependimento permaneceremos sem Deus, ou seja, mortos em nossos pecados. Com o pecado vem a necessidade do arrependimento.

5) Não se engane – v. 16
As situações ou caminhos fáceis em nossas vidas nos levarão ao fracasso. Nosso coração engana nos fazendo achar que podemos enfrentar sozinhos os obstáculos. Satanás “embrulha” as coisas ruins com um “lindo papel de presente” para que pensemos que são boas. Ele nos oferece gratuitamente “algo maravilhoso” que satisfaz prontamente os nossos desejos carnais, mas ao abri-lo percebemos que fomos profundamente enganados. Tarde demais. Não podemos cair nessa!

“Sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16b).

6) Deus nos dá o que é bom – v. 17
Quando recebemos um presente, não quer dizer que o mereçamos. Alguém nos dá um presente como uma forma de demonstrar o seu carinho por nós. Assim é Deus, pois Ele nos presenteia com sua graça e toda sorte de bênção espiritual pelo Seu amor por nós sem merecermos. O Senhor não muda a cada instante para satisfazer os nossos desejos. Pelo contrário, Ele já preparou desde a fundação do mundo um plano perfeito para a redenção do homem, que vem pela obediência ao Seu Filho Jesus Cristo. Quem não obedece ao Senhor Jesus, não pode agradar a Deus.

7) Somos feitura dEle – v. 18
Estávamos nas trevas do pecado e Deus nos gerou em Cristo Jesus para andar na Sua luz em perfeita harmonia com Ele, como na fundação do mundo quando tudo que o Senhor criou era bom e estava em Sua santa presença, livres do mal e do pecado (Gênesis 1:31).

Aplicação:

1) Permaneça firme para ser feliz (Romanos 5:1-4; Colossenses 1:11; Hebreus 10:36)
2) Vença o mal com o poder de Deus (Efésios 6:10,11; Judas 1:24,25)
3) Não se deixe vencer pelos seus desejos (Provérbios 21:25; 1 Tessalonicenses 4:4,5)
4) Diga não ao pecado (1 João 3:9; Ezequiel 3:21)
5) Esteja atento para não vacilar (Colossenses 4:2; Hebreus 10:23; Is 32:3)
6) Tome posse das bênçãos que vem de Deus (1 Timóteo 6:12-14; Efésios 1:3-10)
7) Viva em unidade com o Criador (João 17:22,23; 1 Tessalonicenses 5:8-10)

Leitura de encorajamento:

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2:15)

Onde Estão as Pessoas que Partiram?

“Aconteceu de morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; também morreu o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seio de Abraão”. Lucas 16:22-23

Sempre que parte um irmão amado, a edição seguinte do boletim Amo Jesus acaba por fazer várias referências ao ocorrido. Quando penso nas igrejas de Cristo na cidade de Guarulhos, onde moro, lembro rapidamento de diversos irmãos amados que partiram (Davi Meadows, Miriam Rodrigues, Ezequiel, Sr. Bernardo, dona Josefina, Cláudio, entre outros). Afinal, nos seus quase 35 anos de existência, o corpo de Cristo guarulhense já presenciou a partida para os braços do Pai de aproximadaente 30 irmãos.
Mas, voltando à pergunta anterior, onde estarão os nossos irmãos neste momento?
É uma pergunta um tanto difícil, tendo em vista que a Bíblia fala muito pouco a respeito.
Uma coisa é certa: eles estão em um bom lugar, seja no céu ao lado do Pai celestial, seja no Paraíso ao lado dos heróis da fé. Esta segunda situação é a opinião de boa parte dos estudiosos da Bíblia. Tomando por base a parábola do Rico e Lázaro, quando uma pessoa morre não vai direto ao céu ou inferno, mas ao Paraíso ou ao seio de Abraão. Os que morrem sem Cristo vão para o hades, uma palavra grega que nossas Bíblias traduzem como inferno, porém seria a “antessala” do inferno, um estado de tormento.
Claro que essa é uma interpretação e outras podem ser aventadas. Por exemplo, Paulo em Filipenses 1:23 diz que gostaria de partir e estar logo ao lado de Cristo. E nós sabemos que Jesus já estava no céu, ao lado de Deus Pai, intercedendo por nós (Romanos 8:34 e Hebreus 7:25). Entretanto, alguns irmãos entendem, baseados em Apocalipse 20:4-5, que os mártires em Cristo tiveram o privilégio de ir direto para o céu e entre estes estaria o apóstolo Paulo. Faz sentido.
Como disse há pouco: não importa, no céu ou no Paraíso, nossos irmãos que morreram fiéis estão bem, como estava Lázaro no Paraíso, ao contrário do rico, que representa os que morrem sem Deus, que estava sofrendo.
Outra questão é se nossos irmãos estão conscientes ou dormindo. Em alguns textos a morte é mostrada como o sono, um descanso (João 11:11-14, Atos 7:60 e 1 Tessalonicenses 4:13-14). No entanto, não podemos esquecer que a morte representada como um sono pode significar não a falta de consciência na situação que estão (Lázaro e o rico estavam bem conscientes), mas a falta de consciência do tempo, uma vez que entraram na eternidade. Dormir é muito gostoso, e quando acordamos parece que acabamos de deitar. Olhando o relógio percebemos que já se passaram 7, 8 horas. Aquele tempo parece que não existiu para nós. Faz 10 anos que o sr. Davi partiu e para nós já é um bom tempo. Para ele o tempo não passou. Nesse sentido está dormindo, mas, consciente, sendo consolado no seio de Abraão. Quando alguém falece, entra na eternidade, não estando mais sujeito ao tempo, como nós.
Quero concluir dizendo que, mais importante do que saber os pormenores da vida após a morte, é viver de tal maneira que estejamos sempre preparados para entrarmos na eternidade, seja na nossa morte, seja volta do Senhor. Que todos os dias, como Paulo, possamos ter uma vida que clame: “Maranata! Vem, Senhor Jesus!”

O Dia da Minha Morte

Existem datas que preferimos esquecer. Outras fazemos questão de lembrar e a data do nosso nascimento é uma delas. Falando em nascimento, sou muito jovem! Minha esposa também é uma jovem, nascemos no mesmo dia.

Pois é, ontem eu e minha esposa fizemos aniversário, nem lembrávamos, também, com essa idade não dá pra lembrar-se de nada mesmo. O interessante é que lembro perfeitamente o dia em que morremos. Nascemos em 2014, naquele dia, levantamos bem cedo, já estávamos esperando a morte há mais de uma semana e naquele dia ela veio. Morremos para o mundo.

Não tínhamos nenhuma doença que pudesse ser diagnosticada por médicos. Estávamos, aparentemente, sadios, porém, nossa doença não era física mas a morte estava próxima. Na verdade, nós marcamos o dia da nossa morte. Saímos de casa, logo decididos a morrer para o mundo e viver para Deus e não avisamos ninguém!

Chegamos ao local indicado, e como seria a nossa morte? O local não  tinha muita gente, mas logo foi cheio enchendo, como se pode ver pela imagem. Subimos alguns degraus de escada e olhamos para aquela plateia que aguardava ansiosa. Ah, primeiro, precisávamos, antes de morrer, fazer algumas declarações e assim fizemos.

Está difícil entender né! Eu explico, eu minha esposa vivíamos no mundo, ou melhor, éramos do mundo. Apareceu alguém e nos trouxe uma mensagem que dizia que se quiséssemos viver precisávamos morrer. Achamos a proposta um pouco estranha, como assim? Morrer pra viver! Aquilo parecia loucura e era realmente loucura para o mundo.

Consequentemente, a fé vem por ouvir e nós tínhamos fé ouvimos a mensagem da cruz e a palavra de Cristo. Diz ainda, que a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. Se aquela mensagem chegou até nós é porque alguém que para o mundo era considerado louco teve a coragem de pregar essa loucura:

“Que Cristo morreu na cruz, segundo as Escrituras, foi sepultado, segundo as Escrituras e ressuscitou, segundo as escrituras”. (1 Coríntios 1:18
“Antes vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando-nos uns aos outros”. (Tito 3:3)

Hoje procuramos viver de acordo com o que a Palavra de Deus nos ensina; a ser bondosos e vivermos o amor de Cristo manifestado em nós. Confessamos que a partir daquele momento teríamos Jesus Cristo como nosso único Senhor e Salvador e que seriamos fieis a eLe até o dia da sua volta.

Assim foi nossa morte e ressurreição, morremos com Jesus e ressuscitamos com eLe. Naquele mesmo dia também nascemos e hoje somos filhos de Deus, que pregam aquela mesma loucura que um dia alguém pregou nós. Se você que está lendo e ainda não teve a coragem de morrer, está esperando o que para tomar uma decisão? Morra agora para o mundo e viva para Deus.

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente”.  (João 11:25,26) Você crê nisso?

A Morte: Assunto Que Não Deve Nos Assustar

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” – João 11:25

“Crês isto?”, foi a pergunta feita por Jesus a Marta quando esta lamentava a morte de seu irmão Lázaro. Depois de garantir que seus discípulos não passarão pela morte eterna, ou seja, o afastamento eterno de Deus, o Mestre insiste em saber se aquela promessa cabia no coração de Marta.
Às vezes falo sobre a morte com amigos, familiares e irmãos em Cristo e noto que o assunto causa certo constrangimento, como se fosse proibido. Ora, o fato de que um dia morreremos é uma certeza absoluta que cedo ou tarde alcançará a todos nós. Assim, por que temer falar de um assunto que todos nós já vivenciamos, seja entre amigos, parentes, conhecidos, muitos de nós com pessoas que amávamos muito e cuja partida causou muito sofrimento?
Para o cristão fiel, a morte não deve ser um tabu, um assunto aterrorizante, mas a certeza de que é uma das portas de entrada para a eternidade que passaremos ao lado de nosso Pai celestial, nosso irmão mais velho Jesus e toda a corte celestial. A outra porta, através da qual não passaremos pela morte, é a volta de Jesus, e todos nós, vivos, podemos a qualquer momento viver esse privilégio.
O cristão fiel deve encarar a morte com segurança e esperança de que algo melhor está por vir. Lembro da passagem na primeira carta aos Coríntios, onde o apóstolo Paulo, até zombando da morte escreve:

“Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão? ” (1 Coríntios 15:55)

Sim, para os que ainda não são discípulos de Cristo, e não estão alicerçados no Senhor Jesus, – o primeiro a ressuscitar de uma vez por todas – a morte e o que nos espera após, pode causar mesmo uma desesperança ou mesmo temor. Mas não para nós, que sabemos que já passamos da morte para a vida e que nossa morada celestial está nos aguardando.
O mesmo Paulo, em Romanos 8:38, afirma categoricamente:

Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8:38-39)

Assim, ao contrário do que o mundo diz, que “para tudo há solução, menos para a morte”, para o cristão, até a morte tem solução e esta solução se chama Jesus. Por isso o apóstolo estava na dúvida se desejava viver ou partir logo.  Por que, então a dificuldade de lidar com ela?
Lembro-me com saudade da última vez que o Sr. Davi Meadows pregou nos Pimentas, no dia 08 de julho de 2007, menos de três meses antes de sua partida. Suas palavras são tocantes:

“vivi muitos anos com saúde, por que não aceitar este meu estado hoje. Estou pronto para a morte”.

O Sr. Davi era uma das poucas pessoas que falava da morte sem constrangimento, sem medo, sem meias palavras. Ainda hoje é um exemplo de fé na certeza de que após a morte há algo bem melhor.
Viver é muito bom, ninguém deseja entrar na “fila” dos que vão morrer. Porém, que vivamos de tal maneira, seguindo e servindo a Jesus e Sua igreja, para que a morte seja apenas a maneira mais rápida para entrarmos na eternidade ao lado de nosso Senhor.