Sara viveu cento e vinte e sete anos. Morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã. Abraão veio lamentar Sara e chorar por ela.” – Gênesis 23:1-2
Um dado curioso é que Sara é a única mulher cuja idade ao falecer é relatada na Bíblia, numa época patriarcal em que a mulher era tratada quase como objeto.
Não foi o caso de Sara. Ela era uma mulher de personalidade, mas também submissa. Mesmo diante dos erros e fragilidades do marido, respeitava-o dentro dos padrões bíblicos e, por isso, foi tão protegida por Deus.
No Novo Testamento, Sara é utilizada pelo apóstolo Pedro (1 Pedro 3:1-7) como exemplo para as discípulas de Jesus, que são incentivadas a se tornarem “filhas de Sara”.
Faz sentido. Sara acompanhou o marido para onde ele foi, mesmo saindo de sua terra sem destino certo, confiando apenas em Deus. O Senhor havia falado com Abraão, não com Sara, e isso exigiu dela confiança no marido.
Sara é o tipo de mulher que todo homem precisa: leal, que respeita e valoriza o marido, disposta a seguir voluntariamente sua liderança. Essa submissão não se baseia nas qualidades do marido, mas em sua própria fé em Deus, ciente de que o Senhor a abençoará ao cumprir seu papel.
Se há uma coisa que nós, maridos, precisamos muito de nossas esposas, é cooperação, respeito e muita generosidade com nossos erros. Afinal, infelizmente, nenhum de nós chegou a ser o marido que Deus deseja que sejamos, mesmo nos esforçando para isso.
Abraão lamentou a morte da esposa. Uma mulher como Sara é, de fato, uma grande perda. Foram muitos anos de casamento – naquela época, pelo menos 110 anos. Que aprendamos com Abraão e Sara a envelhecer ao lado de nossa esposa, numa parceria que deve durar a vida inteira.
Através de Sara, quero homenagear minha “Sara”, Sílvia Rodrigues, em quem vejo muitas das características da mulher de Abraão. Tem sido maravilhoso estar ao seu lado. Que Deus continue abençoando muito você.
Que você, meu irmão, valorize durante a vida a sua “Sara”. E, caso ela ainda não tenha chegado ao nível dela, ore ao Senhor, ame-a e valorize-a para que ela se torne, como diz Pedro, uma “filha de Sara”.