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Cristão Ateu: Sou Eu?

Cristão Ateu. Você já ouviu essa expressão? Há alguns anos, em meu ensino médio, li um livro com esse mesmo título. Falava sobre crentes em Deus que viviam como se Ele não existisse. Ainda bem que nos dias de hoje isso não existe mais! Será? Infelizmente é algo muito comum. Definirei aqui cristão ateu como aquele que vive longe dos planos de Deus.
Será que nós somos assim? Esse texto é um convite a auto análise. Vivemos numa era em que ao mesmo tempo que o número de adeptos à fé cristã cresce consideravelmente, nunca houveram tantos céticos e descrentes. Numa era onde ter verdades absolutas é uma ofensa e o relativismo repousa em todas as questões. Onde o homem é o centro de tudo (sempre foi assim, né?) e a busca pelo prazer é o deus reverenciado. Era de libertinagem, confusão religiosa, inversão de valores, doutrinação política.
Sejam tempos calmos ou caóticos como os que vivemos, ser cristão nunca será algo que alguém pode ser pela metade.

Ou todo o nosso ser é convertido ou somos uma completa farsa. 

O cristão segundo a Palavra de Deus é alguém que está continuamente buscando a semelhança de Jesus. É tanto que o próprio nome cristão surge daí: não foi algo que eles se auto intitularam, mas que foram chamados (At 11:26), pois se pareciam com o próprio Cristo. Eis um ponto importante: se pareciam com o Cristo Filho de Deus, do qual a fonte confiável do seu caráter é a Bíblia. Reforço isso pois diariamente me deparo com os cristos criados pelo homem que não passam de filósofos, humanistas, defensores dos direitos humanos e da paz universal. Bonito. Porém fantasioso.
Quais as características principais então de um cristão ateu? São 3: 
1. Reconhece Cristo como salvador, mas não como Senhor.
Para ele é fácil encher o peito e dizer ”Cristo me salvou”. E eu me recordo de uma frase que li certa vez. Se você continua o mesmo depois de ter sido salvo, Ele o salvou de quê? O novo nascimento bíblico é um resgate das trevas para a Luz (Cl 1:3, Gl 2:20). É sobre vida nova (1 Co 5:17), crescimento (2 Pe 3:18), renuncia (Tt 2:11), comunhão com Deus e Seu corpo. O cristão ateu quer um Cristo que salva mas não um Senhor a qual me submeto à sua boa, agradável e perfeita vontade. Ele acredita fielmente que pode viver sua vida apenas crendo em Cristo, que isso é suficiente, sem buscar conhecê-lO e fazer Sua vontade.
2. Carrega sua fé no bolso, para usar quando for conveniente.
Confiar em Deus e lhe entregar seu coração? Apenas quando a coisa estiver tensa. A sua fé não é algo que lhe acompanha no dia a dia, mas um plano B nas situações de emergência. Esse é um tipo tão comum. Crer em Deus mas só lembrar de buscá-lo quando é a última saída. Louvor? Apenas quando estiver numa crise de ansiedade. Bíblia? Se for parar para ler, será apenas os versículos que falam sobre conforto ou amor de Deus. Culto? Só se não for pela manhã cedinho, pois vou estar muito cansado. Posso acordar cedo todos os dias para a faculdade ou trabalho, mas no domingo… você está pedindo demais, seu religioso! A noite? Puxa! Domingo a noite pede um rolê para extravasar. Oração? Hoje não, obrigada, não estou precisando de nada. Jesus? A qual você se refere? O da Bíblia ou o que eu inventei que é mais legal? E por aí vai…
3. Cristo não está nos seus planos nem em sua conduta.
Para o verdadeiro cristão, Cristo é o início, o meio e o fim de todas coisas (Rm 11:36). Para Ele é toda a honra e toda a glória. Sua vida é construída nEle. Mas não é assim para o cristão ateu. Ele não pensa em Deus em nenhum dos seus planos. Desde o tempo de Davi há pessoas assim: ”Em sua presunção o ímpio não o busca; não há lugar para Deus em nenhum dos seus planos” (Sl 10:4). É o jeito mais fácil de ser crente: não preciso me preocupar em agradar a Deus no meu trabalho, posso ser hostil, desonesto e desleixado. Nos meus relacionamentos, posso ser mentiroso, imoral e vingativo. Nos meus princípios… que princípios? Nos meus planos, escolho sempre o que me fizer mais feliz. Na faculdade? Sem essa caretice dos evangélicos. Pra mim é bar, ficar, e falar mal dos professores. Sozinho? Aí é que eu não devo nada a ninguém mesmo. Afinal, ninguém viu, não aconteceu!
Prazer, sou o cristão ateu. Com certeza você conhecerá muitos como eu. E se você se identificou comigo, você tem um grande problema para resolver. É bem provável que nem se importe com isso, pois você pensa: Deus é amor e me ama como sou. Mas se você se incomodar, há esperança! Pois Cristo veio para salvar pecadores e não aqueles que se consideram justos (Mc 2:17). Cristo convida você para calcular o preço de ser discípulo antes de segui-lO (Lc 9:23-26). Ele promete que você será chamado Filho amado de Deus (Jo 1:12-13; 1 Jo 3:1) e conhecerá de perto o amor constrangedor que vem do trono do Pai. Um amor que salva, restaura, nos quebra, confronta e faz tudo novo!
Eu garanto a você: Vale a pena!

Criando Espaço Para o Pecado

Há um espaço entre nós e Deus. Esta lacuna é, na verdade, um abismo chamado pecado. Não é que Deus não está nos ouvindo, Deus não está de costas para nós. O problema é o nosso pecado que está abrindo um espaço para que nos sintamos em paz para viver no pecado.

“Vejam! O braço do Senhor não está tão curto que não possa salvar, e o seu ouvido tão surdo que não possa ouvir. Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dele, e por isso ele não os ouvirá.” (Isaías 59:1,2)

 

A sociedade, principalmente alguns movimentos liberais, estão pregando, e não só aos domingos, que Deus não existe. Desafiam os costumes e as tradições, principalmente se forem ligadas às instituições divinas, como o casamento e a família. Até mesmo os símbolos cristãos eles contaminam.

Por que estão atacando a Deus? Porque Deus é puro e representa tudo o que há de bom. Eles que querem praticar a impureza, precisam se sentir aceitos e desimpedidos. Quando você desqualifica Deus ou faz com que Ele não exista, então você fica livre de qualquer lei e moral.

“Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios engolem os que são mais justos do que eles?” (Hc 1:13)

Tirar Deus do seu lugar ou da própria existência para poder, com consciência cauterizada, praticar o pecado libertinamente. Porém desde o passado vemos este comportamento humano. Não estamos vivendo ainda a era mais imoral da história. Se lembrarmos os gregos e os romanos, por exemplo, vemos que a coisa já foi bem pior. Nossa luta é manter a fé, a esperança e o amor, porque nós, que mantemos estas virtudes, somos os pregadores desta geração e “os pregadores desta geração serão responsáveis pelos pecadores desta geração”.

Devemos ter compaixão dos pecadores por vários motivos. Primeiro porque Deus teve compaixão de nós e nos fez Seu povo, escolhidos, geração eleita, sacerdócio santo, nação exclusiva. Segundo porque os que vivem na ignorância precisam ajuda para enxergar. Terceiro, porque as consequências serão tão tristes quanto a frase “não desejo isso nem para o meu pior inimigo”. Quarto, porque eles não são nossos inimogos. Nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra as forças espirituais do mal (Efésios 6:12).

Já o profeta Isaías advertia o povo sobre as consequências do pecado. Ele disse:

“Ai dos que se prendem à iniqüidade com cordas de engano, e ao pecado com cordas de carroça, e dizem: “Que Deus apresse a realização da sua obra para que a vejamos; que se cumpra o plano do Santo de Israel, para que o conheçamos”. Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo. Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião. Ai dos que são campeões em beber vinho e mestres em misturar bebidas, dos que por suborno absolvem o culpado, mas negam justiça ao inocente. Por isso, assim como a palha é consumida pelo fogo e o restolho é devorado pelas chamas, assim também as suas raízes apodrecerão e as suas flores, como pó, serão levadas pelo vento; pois rejeitaram a lei do Senhor dos Exércitos, desprezaram a palavra do Santo de Israel. Por tudo isso a ira do Senhor acendeu-se contra o seu povo, e ele levantou sua mão para os ferir. Os montes tremeram, e os seus cadáveres estão como o lixo nas ruas. Apesar disso tudo, a ira dele não se desviou; sua mão continua erguida” (Isaías 5:18-25 – a ênfase é minha).
Isaías fala para todos ouvirem e serem avisados, inclusive os que se dizem povo de Deus. Apoiar o pecado pelo simples fato de que é um direito humano viver em pecado também nos faz cúmplices do pecado. Funciona como você já sabe: “Se a polícia parar você e um conhecido seu juntos, ele está usando drogas e com uma quantidade considerada tráfico, se você está junto dele, apenas parou para apertar a mão dele, é cúmplice. Vai ter que explicar qual a sua associação com ele”. Se você apoia o pecador ao invés de pregar o evangelho para ele, você também é culpado.
Não se precipite em impor as mãos sobre ninguém e não participe dos pecados dos outros. Conserve-se puro” (1 Tm 5:22)
“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5:11).
Tá, as pessoas têm direito e vão pecar mesmo, mas isso não significa que elas vão ter meu apoio, pelo contrário, sou contra o pecado, mas as apoio para saírem do pecado.Vou ter compaixão, vou ter amor, vou ter uma palavra de Deus para compartilhar enquanto me vigio para não cair no mesmo pecado (1 Co 10:12).
Irmãos, não demos espaço para o pecado porque as consequências do pecado são sem misericórdia. Não apoiemos o aborto, a homossexualidade, o direito de falar palavrões, etc. Se não corrigirmos as crianças teremos adultos incorrigíveis. Se não tratamos do pecado como pecado e não como direito, vamos sofrer as consequências batendo à nossa porta.
Os que tiram Deus do seu lugar para darem espaço ao pecado sofrerão as consequências. Os que apoiam os direitos ao pecado, mesmo que seja constitucional e legal, se torna cúmplice dos pecados dos outros. Os que dizem que Deus não existe, não têm nada a ganhar.
“Se o ateu estiver certo, ele não ganhará nada. Se estiver errado, perderá tudo”
Jesus é a religação (religião) entre nós e Deus. Ele se pôs numa cruz para que, por sua morte, possamos chegar à vida. Aceite Jesus na sua vida através de ouvir o evangelho, crer em Jesus como Filho de Deus, arrependa-se dos seus pecados e ore pelos pecados alheios, confesse Jesus como seu Salvador, procure uma nova vida através do batismo e viva esta novidade de vida com fidelidade restaurando a igreja de Cristo.