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O CRISTÃO NA POLÍTICA?

INTRODUÇÃO

Há algumas semanas publiquei o vídeo “O cristão e o governo” no canal da Igreja de Cristo nos Pimentas, no qual descorri sobre a responsabilidade que o discípulo de Jesus tem de ser obediente aos governantes, mesmo os maus, pois todo governante tem a chancela divina e quando usurpa da concessão que lhe é dada pelo Todo-Poderoso, prestará contas a ele. Para maiores detalhes, sugiro que assista o vídeo mencionado.

No dia em que o vídeo foi compartilhado, um irmão em Cristo me perguntou: E o cristão na política? É correto? Até que ponto a igreja deve engajar-se politicamente? Pode utilizar de seus recursos para eleger um dos seus membros para um cargo político? E, uma vez eleito, essa pessoa deve trabalhar somente pela igreja ou pela sociedade em geral?

Pensando nessas perguntas sinceras, gravei novo vídeo através do qual respondi essas questões tomando como base, claro, as Escrituras Sagradas.

A POLÍTICA FAZ PARTE DA VIDA

“— Vocês são o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte.” – Mateus 5:13-14

Queiramos ou não, a política faz parte de nossa vida. A própria palavra “política” significa “algo relacionado a grupos sociais que integram a Polis (cidade)” Polis eram as cidades-estados da Grécia antiga. O ser humano vive em grupos, se relaciona, então, mesmo não sabendo, ao relacionar-se, está fazendo “política”.

O discípulo de Jesus precisa ser sal da terra e luz do mundo, isto é, ele deve agir de tal maneira que influencie a sociedade de sua época. Temos dupla nacionalidade, celestial e terrena, mas viveremos bons anos aqui na terra (que não se compara a eternidade na Jerusalém celestial) e precisamos, sim, agir como sal e luz para que a terra não apodreça (como o sal fazia para preservar a carne) nem caia na escuridão.

Desta maneira, o cristão deve, sim, posionar-se no tocante aos grandes tema de sua época. Deve, primeiro, viver o evangelho de Jesus, mas, depois, também proclamar este evangelho. Não deve se omitir sob a alegação de que está esperando a volta de Jesus quando, então, estará em casa.

O filho de Deus deve, por exemplo, votar, acompanhar o seu eleito, cobrar, fiscalizar e manifestar-se através dos meios corretos, claro que sempre de maneira cortês e educada. Eu, por exemplo, vez ou outra escrevo para jornais manifestando-me quanto a temas atuais como as reformas do atual governo, serviços públicos que não estão funcionando na cidade, temas como aborto, pena de morte, a questão dos homossexuais perante as Escrituras Sagradas, entre outros.

NOSSA PÁTRIA É CELESTIAL


“Jesus respondeu: — O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas agora o meu Reino não é daqui.” – João 18:36

“Mas, agora, desejam uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porque lhes preparou uma cidade.” – João 11:16
“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” – Filipenses 3:20

Por outro lado, não podemos cavar fundo nossas raízes neste mundo. Como Jesus, nosso reino não é daqui, é celestial. Desta maneira devemos investir no espiritual, naquilo que é eterno.

A maneira de contribuirmos para um mundo melhor é, primeiro agindo como discípulo de Jesus, em obediência aos seus ensinamentos. Um discípulo do Senhor é um cidadão melhor, respeitador, cumpridor das leis, é um trabalhador mais dedicado, consegue ter uma família mais equilibrada.

Desta maneira, a melhor maneira de contribuirmos para um mundo melhor é gastarmos o melhor de nossas energias na pregação do evangelho. Quando reservamos tempo para os perdidos, para aqueles que estão buscando Deus, além de estarmos tirando uma alma do inferno e transportando-a para o reino de Jesus (Colossenses 1:13) também estamos trazendo à sociedade um cidadão melhor, que poderá ser conhecido como ex: ex-ladrão, ex-desonesto, ex-mentiroso, ex-sonegador de impostos, ex-fofoqueiro e assim sucessivamente (1 Coríntios 6:9-11). Sim, o evangelho transformador (Romanos 1:16) pode sim, fazer com que tenhamos uma sociedade muito melhor. E para isto, não preciso me candidatar a qualquer cargo público. Como discípulo, vou atingindo o mundo. E como a igreja é uma coletividade, muitos discípulos fiéis que vivem e pregam o evangelho podem ser uma influência muito positiva no local onde habitam.

Por outro lado, como diz o apóstolo João, este mundo jaz no maligno (1 João 5:19) e seu sistema é governado por Satanás, o príncipe deste mundo e deus deste século (João 14:30 e 2 Coríntios 4:3-4). Este mundo também está reservado para ser destruído (2 Pedro 3:10-13) e JAMAIS haverá uma conversão de toda a humidade (ou todo o Brasil) aos pés do Senhor Jesus em razão do livre arbítrio que o Senhor nos dá.

Às vezes ouço frases, como “o Brasil é do Senhor Jesus”. Infelizmente, é ingenuidade imaginar a conversão dos 210 milhões de brasileiros, pois, como o próprio Senhor Jesus disse “o caminho dele é estreito e a porta da salvação também é estreita” ao contrário do caminho da salvação. E Ele mesmo diz que a maioria irá escolher o caminho largo, da perdição (Mateus 7:13-14). Dos 4 solos na parábola do semeador, somente um deles aceita a Palavra e produz frutos (Marcos 4:1-20).

Daí a razão para evitarmos investir nossas energias em projetos neste mundo, passageiro, que derreterão quando o Senhor Jesus destruir esta terra, mandar os rebeldes e desobientes para o inferno e os seus seguidores para seu reino eterno no céu (2 Tessalonicenses 1:7-9).
“Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças em favor de todas as pessoas. Orem em favor dos reis e de todos os que exercem autoridade, para que vivamos vida mansa e tranquila, com toda piedade e respeito.” – 1 Timóteo 2:1-2

O que podemos, fazer, então? O texto escrito por Paulo nos orienta. Orar por todas as autoridaes e procurar viver vida mansa e tranquila, esperando inteiramente em Deus que, no momento certo, fará toda a justiça.

Claro que minha oração pelas autoridades é, primeiro, que o Senhor dê a elas sabedoria pois governar não é fácil. Assim, precisamos ter misericórdia e compaixão das autoridades. Por outro lado, quando vemos um governante que de propósito quer perseguir os cristãos, os mais fracos e cometer injustiças, especialmente com os mais vulneráveis, devemos orar ao Senhor pedindo que Ele faça a justiça dele, como fez com Herodes quando ele usurpou a autoridade que lhe foi concedida pelo Todo-Poderoso (Atos 12:20-23).

E O CRISTÃO POLÍTICO? PODE?

Muitos utilizam como exemplo José, Daniel e Neemias que, de fato, foram políticos no seu tempo, José como governador do Egito, Daniel como um dos prefeitos escolhidos por Nabucodonosor e Neemias administrou Israel na volta do exílio.

No entanto, o contexto histórico era outro: José foi colocado por Deus como governado para preservar Israel e a nação se multiplicar, Daniel foi utilizado por Deus para a preservação do seu povo no Egito e Neemias também num momento importante, a volta do exílio babilônico. Nenhum deles “candidatou-se”, nem existiam eleições naquela época. Foi o próprio Deus quem os colocou lá.

Não há nada na Bíblia que proíba um cristão de candidatar-se. No entanto, ele precida estar bem alicerçado espiritualmente e biblicamente pois o sistema político hoje, em especial o brasileiro, é totalmente corrompido. Um discípulo de Jesus que queira ser eleito terá que fazer acordos, primeiro com o chefe do seu partido (sem um partido político ninguém é eleito no Brasil), depois fazer o jogo das casas legistativas, seja como um membro, no caso de vereador, senador e deputado ou relacionando-se com elas, caso faça parte do executivo.

Os exemplos de “cristãos” na política têm mostrado o quanto é difícil preservar-se incontaminado e, por isso, entendo que um cristão serve melhor na sociedade como um cidadão comum do que como um político. Alguém pode argumentar: “mas um cidadão comum também está sujeito a corromper-se”. Isto é verdade, todos os dias somos desafiados a nos mantermos incontaminados deste mundo (Tiago 1:27). Porém, as oportunidades de se contaminar no mundo políticos são maiores em razão da disputa do poder e do dinheiro (Mamon, Mateus 6:19-21 e 24). E estes são poderosos e já corromperam pessoas que, quando candidatas, agiam e falavam de uma maneira e, uma vez eleitas, mudaram totalmente. Por este motivo, mesmo que eu tenha oportunidade, jamais me candidatarei a um cargo público.

Acredito que posso contribuir melhor para o plano de Deus como discípulo de Jesus, um evangelista que faz questão de ensinar o evangelho, do que como um vereador, deputado ou qualquer outro cargo político.

Creio que a igreja deveria utilizar toda a energia para salvar o maior número possível de pessoas da perdição no inferno e, uma vez salvas, estas pessoas contribuirão para tornar a sociedade melhor.

Claro que um discípulo fiel pode contribuir para que hajam leis mais justas como, por exemplo, um deputado. No entanto, nos três primeiros séculos, a igreja não participou do poder político, pelo contrário, foi por ele perseguida e foi nessa época que a igreja mais influenciou o mundo. A escravidão foi abolida da maioria das nações, leis foram feitas para proteger os mais pobres, exatamente como resposta a crescente influência do evangelho de Cristo.

Outra coisa que depõe contra os chamados “políticos evangélicos” é que agem como despachantes de suas denominações e patrocinam leis vergonhosas como esta que anistia as “igrejas” que não pagaram os impostos. Chegaram até mesmo a chantagear o Presidente da República para que não vetasse a lei. Interessante que o Presidente vetou sob pena de cometer crime de responsabilidade, mas, em seguida, trabalhou pela derrubada do seu próprio veto, o que mostra o quanto a aproximação religião e Estado é danosa para a sociedade.

Um político cristão pode, sim, claro, defender seu grupo religioso de eventual perseguição, mas deve trabalhar para toda a coletividade, não apenas o seu grupo.

CONCLUSÃO

Um cristão pode entrar na política e candidatar-se a cargos eletivos? Sim, não há nada na Bíblia que incentive ou proíba.
Porém, olhando os valores bíblicos, entendo que o discípulo de Cristo será muito mais útil gastando sua energia cumprindo o mandamento que Jesus nos deu pouco antes de subir aso céus:

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” – Mateus 28:19-20

Podemos lutar por direitos trabalhistas, sociais, por uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, a maior luta que um seguidor de Jesus fará e trará reflexos não somente na sua época, mas reflexos eternos, será compartilhar o evangelho. Cada pessoa que se arrepende dos seus pecados, é batizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e passa a fazer parte da igreja, o reino de Deus aqui na terra, está saindo de um “barco furado”, isto é, deste mundo, e entrando na arca de Jesus (1 Pedro 3:20-21), a igreja, que o levará são e salvo para as mansões celestiais na volta gloriosa do Senhor.

Este mundo não tem jeito, jaz no maligno, será destruído. Por que investir tanto em algo cujo destino final é a destruição? Por que investir tanto neste “barco furado”. Vamos nos salvar e salvar a maioria possível, levando-os a fazer parte da arca de Jesus, a igreja, o reino dele aqui na terra, que nos levará sãos e salvos às regiões celestiais.

Que Deus ilumine nossas mentes e corações!

Discussões Políticas na Igreja (Parte 1)

Um homem morreu e foi-lhe concedida a escolha entre céu e inferno. Chegou primeiro no céu e viu tudo branquinho, anjos cantando, pessoas bebendo leite e comendo mel, uma paz só. Ele pensou consigo que tava muito branquinho e sossegado demais. Foi para o inferno e lá, sim, ele viu diferença. Um calor que dava praia, churrasco (aproveitando as brasas), festa e libertinagem o tempo todo. Funk tocava numa parte e na outra música eletrônica. Tinha até uns gospel em alguns lugares. Na hora de escolher, escolheu como viveu, o inferno. Chegando lá no inferno ele viu o sofrimento, choro e ranger de dentes, a morte era clamada, mas ninguém a encontrava e o tormento era real. Então ele perguntou:
– Cadê aquele lugar que eu visitei ontem e tinha festa, churrasco e danças?
– Ah, ontem? Ontem a gente estava em campanha…

Achei melhor começar este artigo com humor porque o resto do texto é bem sério!

O Quadro na Parede

O Brasil é uma terra incrível! Temos os mais diversos climas, nosso solo é fértil e considerado como o celeiro do mundo, as nossas frutas são doces, as riquezas naturais nos tornam um dos países mais ricos do mundo, não temos vulcões, tufões e terremotos, mas o povo… (esta era uma outra piada que já perdeu a graça por ser real demais). Nosso caráter ainda está em construção. Nos comportamos como crianças quando deixadas sozinhas sem supervisão. Se nos faltam os agentes de segurança pública, vemos que a oportunidade faz… faz a gente morrer de vergonha. Uma das frases publicitárias que nos define como povo é: “O negócio é levar vantagem em tudo, certo?”.

Olhando para Brasília temos exatamente quem nos representa. Nosso representantes querem levar vantagem em tudo. Não entendemos o comportamento deles, mas somos exatamente nós quando nos dão poder e até oportunidades. As opiniões deles são como se estivessem anônimos ou escondidos por uma rede social. Assim como nós, eles acham que têm razão em tudo e se alguém discordar, bloqueamos. Afinal, quem os elegeu? Quem os colocou lá? Generalizando, através do voto, fomos nós, o povo… O quadro na parede é a nossa foto.

Sim, estou exagerando o que mais ressalta. Sim, eu acredito que tem muita gente boa e honesta neste país. Eu vejo que a maioria não sai às ruas aproveitando as oportunidades. A maioria procura ser bons cidadãos. Estudam, trabalham, pagam seus impostos.

Então você pode perguntar por que estou ressaltando tanto nosso lado negativo e generalizando? Bem, porque são estes os argumentos usados por nós e contra nós olhando para quem nos representa. E também estou fazendo um resumo para falar sobre o comportamento de alguns na igreja.

Ouvimos a tempos falar que não se discute religião, sexo, política e futebol. Na prática só não ouvimos falar muito de religião (religar-se a Deus). Do resto estamos cansados de ouvir discussões e argumentos. Estranho, justamente a fé que poderia nos ajudar a resolver todos os outros conflitos. Por outro lado, no país como está, até mesmo as religiões estão corrompidas pela facilidade de vender e comercializar a alma. Isso sem contar as denominações que estão envolvidas com política e políticos corruptos.

Quem está certo? Como reagir quando vemos tantas coisas e gente a favor ou contra…
Este artigo continua. Confira a 2º parte…

Os Cristãos e o Momento Político

Estamos vivendo em um mundo conturbado onde cada indivíduo quer dar sua opinião e alguns não aceitam opiniões divergentes. Cada um colocando sua confiança naquilo que acredita se esquecendo muitas vezes que Deus tem o controle de tudo.

É o que diz Deus, o senhor, aquele que criou o céu e o estendeu, que espalhou a terra e tudo o que dela procede, que dá fôlego aos seus moradores e vida aos que andam nela Isaías 42:5

alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do senhor nosso Deus“. Salmos 20:7

E isso nós podemos ver no momento político que o Brasil está vivendo, cada um confiando em seu candidato favorito, mesmo que para isso precise até mesmo eliminar o adversário.

Nos últimos meses, temos visto isso, onde as ideias divergentes se transformaram, de um lado, em agressões físicas contra o candidato a Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

E os cristãos está no meio desse conflito que não foi criado por eles. Mas também é o momento sim de se posicionar nas urnas através do voto; não necessariamente ter que expor seu voto; lamentavelmente, os ânimos estão acirrados, às vezes, que tem até mesmo irmãos se posicionando uns contra os outros.

Precisamos orar a Deus para que ele nos dê sabedoria em nossas escolhas. É o momento de escolha de vários governantes e precisamos estar sujeitos a elas.

Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas”. Romanos 13:1

Confiança: nossa confiança e sujeição está em Deus em primeiro lugar que nos dá segurança para aceitar aquilo que ele nos prometeu dizendo que jamais nos deixariam desamparados. Aquele Deus que fez a promessa é o mesmo de ontem, hoje e sempre.

O próprio senhor irá à sua frente e estará com você; ele nunca o deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não se desanime!” Deuteronômio. 31:8.

Diante dessa confiança entregamos nas mãos do Senhor nossa caminhada nessa terra onde somos peregrinos, estamos apenas de passagem sabendo que nosso alvo não é este mundo, mas sim o paraíso celestial onde não haverá dor nem tristeza. Vamos continuar agindo diferente da maioria, somos separados, povo santo, nação exclusiva de Deus.

Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a deus no dia da sua intervenção“. 1 Pedro 2:12

Aceitamos as suas palavras e cremos que é por elas que seremos julgados no último dia onde o destino de cada um será decidido.

Se alguém ouve as minhas palavras, e não as guarda, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia“. João 12:47-48

Diante da nossa confiança, entrega, aceitação e esperança em nosso Deus sabemos que não será em vão nosso trabalho no reino.

Apeguemos-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel”. Hebreus.10:23

Confio, entrego, aceito e espero… O resto é Deus trabalhando ao meu favor e fazendo acontecer sempre o melhor! E você, crê nisso?

Considerações Para Votar

Um princípio bíblico que temos negligenciado é a honra. Torcemos o nariz sempre que vemos algum reconhecimento por mérito. Estamos vivendo num tempo de livro expressão atrás dos nossos perfis na Internet e qualquer um, tenha ou não o que dizer, tenha ou não razão, expõe-se como autoridade. Discordamos da autoridade na política e, por isso, acreditamos que precisamos discordar de tudo com o que não concordamos. Porém contrariamos o bom senso.

A Bíblia diz claramente que não devemos nos opor às autoridades por serem ministros de Deus. Logicamente está dizendo que não devemos nos opor quando ela busca fazer o bem e vai de acordo com a moral divina. Não devemos falar mal dos nossos governantes, pelo contrário, devemos falar para o Senhor deles que os colocou lá e RECLAMAR ATRAVÉS DA ORAÇÃO e não em rede social. Quando você reclama de alguém ou de alguma coisa está falando mais sobre você do que sobre o assunto que você levanta. “Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo.

“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada [arma] sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência. É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. Dêem a cada um o que lhe é devido: Se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra” (Romanos 13:1-7 – a ênfase é minha)

Precisa de uma passagem mais explícita do que esta? Qual foi a última vez que você orou pelo vereador, deputado, governador, presidente, funcionários públicos, etc? Outro problema que precisamos reconhecer é que eles representam o seu povo. Se eles são corruptos, antes de mais nada, eles foram eleitos e são corrompidos por pessoas que também são do meio do povo. Hoje os políticos e empresários anônimos (talvez ainda são crianças e jovens), serão diferentes no futuro? As nossas mães brasileiras estão balançando berços que dominarão o Brasil. Sim, e como dominarão? Ainda devemos olhar no espelho e ver onde nós erramos, pois os erros estão lá presentes no poder. Sim, nós mesmos que nos dizemos discípulos de Cristo. Como temos eleito os nossos representantes? Sempre digo nestas épocas que devemos escolher representantes para serem servos de Deus na prefeitura, senado, governo e presidência como se estivéssemos escolhendo presbíteros para a igreja, afinal, são servos de Deus ou não? O que acontece é que muitos, inclusive do nosso meio, escolhem ideologias ao invés de capacitação. Ficamos discutindo olhando sempre na horizontal ao invés de olhar para a vertical e ver Deus acima de tudo e de todos. Devemos nos abster da discussão política para não sair perdendo principalmente quando ganhamos no argumento.

Decidi minha posição: meu candidato é Jesus e meu partido é a igreja. Se vale a pena lutar a dar a vida é por Ele, Jesus e pelo Seu corpo do qual fazemos parte. Se alguém se candidata para servir a Deus seja como vereador, na prefeitura ou na presidência, preciso ver quais as qualificações devo usar para votar. Ele pode não saber que é um serviço para Deus, mas eu sei. As qualificações, então, têm que ser bem altas (como para presbíteros), não devemos nivelar por baixo. Quem disse que existe o mundo real e o espiritual? Nós é quem fazemos do mundo espiritual real e, afinal de contas, todos morrem e um dia vão comparecer perante o tribunal de Cristo para responder por tudo o que fez por meio do corpo e, finalmente veremos que, o mundo é espiritual. Ninguém vai sair vivo daqui e não vai levar nada para a eternidade.

Finalmente não sou a favor nem contra este ou àquele. Confio que Deus tem um plano para a minha vida, para todos nós e para este país e o mundo todo. Acredito mesmo que o plano de Deus está correndo muito bem. Se vivo, vivo pela fé de que Ele sempre esteve no controle desde o começo até o fim. Então, se algum irmão escolheu ideologia ao invés de qualificações, tudo bem também, no sentido de, não vou me voltar contra o irmão e muito melhor falar mal dele, pois pertencemos ao mesmo corpo e, acima de tudo, colaboramos para o bem maior. Se o erro é grave, novamente serve a instrução lá no início: RECLAME ATRAVÉS DA ORAÇÃO PARA O SENHOR DELE. A oração tem um poder incrível de respostas poderosas. Vivamos uma vida de propósitos para Deus.

“Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão.” (Romanos 14:13)

“Quanto ao mais, tenham todos o mesmo modo de pensar, sejam compassivos, amem-se fraternalmente, sejam misericordiosos e humildes. Não retribuam mal com mal nem insulto com insulto; pelo contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança. Pois, “quem quiser amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade. Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas o rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal”. (1 Pedro 3:8-12)

Busquemos conselhos do Senhor e sejamos amorosos e unidos em Cristo Jesus.

O Cristão e o Governo – Vivendo Como peregrinos

2018 é ano eleitoral. Daqui a 7 meses iremos mais uma vez às urnas, desta vez para escolhermos o futuro Presidente da República, dois senadores, deputado estadual e deputado federal

Fossem outras épocas, neste momento, eu estaria já pesquisando quem são os candidatos e em alguns meses já teria o meu escolhido e tentaria convencer meus amigos e conhecidos a votar neles, bem atento ao assunto.

Sim, procuro informar-me, votarei em alguém (entendo que, como cristãos, devemos evitar o voto nulo), mas o assunto não me desperta mais tanto interesse e muito menos paixão. É praticamente impossível alguém me ver afixar um adesivo de um candidato no meu carro, um banner no meu portão, distribuir folhetos ou fazer “boca de urna” (até porque é ilegal). A razão desta minha mudança se encontra nos textos da Bíblia que seguem, aliado a minha experiência de alguém que desde pequeno (uns 12 anos) muito se interessou pela política:

“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” – João 18:36.

Em primeiro lugar, como cristão, entendo que não mais faço parte deste reino, cujo sistema é governado por Satanás. O próprio sistema político, em especial o brasileiro, é corrupto e qualquer candidato que entrar nele tem que, no mínimo, ser conivente com certas injustiças existentes. Assim devemos nos identificar com nosso Mestre e entender de uma vez por todas que estamos por aqui de passagem e que nossa verdadeira pátria não é aqui.

A Bíblia diz que “o mundo jaz no maligno” (1 João 5:19) e assim não haverá mudança substancial neste mundo, injustiças sempre existirão, minha esperança está em Deus, na Pátria celestial que estou aguardando (Hebreus 11:16) e não neste mundo e seu sistema política.

“Não há um justo, nem um sequer…” – Romanos 3:10b.

A segunda razão é que por mais bem intencionada que seja uma pessoa, é uma pecadora, sujeita a fraquezas, assim, ao escolhermos alguém, jamais escolheremos o melhor, mas, na hipótese mais positiva, “o menos ruim” aos nossos olhos. Os candidatos a Presidente não são tão diferentes como se apresentam, são humanos, contaminados por um germe chamado “pecado”. Desde nossa expulsão do jardim do Éden temos esse problema.

Já me decepcionei muito com seres humanos, hoje quase não permito mais este sentimento. Quando alguém faz algo bom, dou graças a Deus por isso, reconheço, elogio. Porém, quando acontece o contrário, nem me surpreendo mais, o erro, a injustiça, infelizmente, fazem parte da natureza humana e sua carnalidade (Gênesis 6:2).

“Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? ‘Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada’” João 19:10-11b.

Em terceiro lugar, por pior que seja um governante, ele está sim, mesmo sem querer, debaixo da autoridade do poder que eu chamo de originário, o único poder que de fato existe, o poder de Deus. Desta maneira, devemos, sim, escolher alguém para nos representar, porém, o governante, por mais arrogante que se torne, será controlado por aquele a quem toda autoridade foi dada no céu e na terra (Mateus 28:18). Foi assim com Faraó, com Nabudoconosor, com Herodes, Pilatos, entre tantas autoridades que vemos nas Escrituras. O Senhor até permite que abusem, até para nossa disciplina, mas, quando usurpam, exageram no exercício do poder, o próprio Deus age e corrige. Aconteceu com a Assíria, no Velho Testamento, escolhida para ser a vara de correção de Deus para Israel. Porém, quando se esqueceu de sua condição de serva de Deus, o próprio Deus utilizou outra força da época, os babilônicos, para mostrar quem de fato mandava (Isaías 10:24-25).

Sim, todo o poder é originário de Deus e assim, o governante não irá além dos ditames do Senhor. Ele tem paciência, Ele espera, porém, qualquer autoridade que usurpe o poder, que abuse da autoridade e poder dados pelo próprio Senhor, será devidamente corrigida por Ele, o Poder dos poderes ou, como diz a Bíblia, o Senhor dos senhores. (Apocalipse 17:14)

“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” Filipenses 3:19.

“Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.”

Em quarto lugar, Um discípulo de Jesus é um peregrino (1 Pedro 2:11), está aqui de passagem, seus olhos estão fixados em Jesus e na nossa nova morada, que Ele está preparando (João 14:2).

Este mundo será destruído e precisamos dosar a energia, a preocupação, o tempo e o investimento que fazemos nas coisas deste reino. Um dia tudo virará cinzas e, se nossa esperança está aqui, dela também só restarão cinzas.

“Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo…” Mateus 5:13a, 14a.

Finalmente, temos um papel, como filhos de Deus, discípulos de Jesus, de sermos sal da terra e luz do mundo, vivermos procurando ser justos, honestos, pois, desta forma, nosso mundo será menos decaído. E o principal, vamos continuar compartilhando a boa nova, o evangelho de Jesus que, Ele, sim, pode tornar nosso mundo um pouco melhor e, quando for destruído, iremos nós e todos quantos atingirmos para o reino celestial.

Vamos orar pelas escolhas de outubro, orar pelos eleitos (1 Timóteo 2:1-2), porém, sem perder de vista que essa escolha pouco efeito terá sobre nossa eternidade, a verdadeira vida.

Que, enquanto vivermos neste mundo, Deus nos dê olhos espirituais para, como Moisés, vermos o invisível, o eterno, o que Ele verdadeiramente valoriza. (Hebreus 11:27)

Discussões Políticas na Igreja (Parte 3)

Este é o 3º artigo da série. Se você chegou até aqui, saiba que tem dois artigos anteriores para sua apreciação. CONFIRA O 1º ARTIGO E O 2º ARTIGO.

Os Zelotes e o Governo

Havia muitos irmãos na fé dispostos a discutir suas opiniões e fazer oposição às autoridades. Discutiam ideologias políticas, pregavam uma doutrina socialista ou mesmo capitalista e eram um mal exemplo. Não, não estou falando sobre hoje em dia, ainda que possa parecer familiar. Mesmo no tempo de Jesus haviam os zelotes que eram assim. Pedro considera que aqueles que menosprezam qualquer governo está andando segundo a carne e não temem difamar autoridades superiores, quanto mais terrenas (2 Pe 2:10). Os escritores inspirados do Novo Testamento concordam entre si de que não devemos falar mal das autoridades, antes devemos orar por elas, as respeitar e pagar os tributos (1 Tm 2:1-2; Rm 13:1-7). Mesmo que as autoridades da época deles os perseguissem este era o mandamento. Será que porque estamos 2 mil anos à frente progredimos acima da verdade?

Já pensou que quem fala mal das autoridades está falando mal daquele que permitiu que elas fossem colocadas lá?

Você pode ter uma opinião pessoal e até contrária ao governo e suas atitudes. De fato eles muitas vezes erram e até mesmo conspiram contra as necessidades mais básicas do povo, apesar disso, não devemos difamar as autoridades. Precisamos orar por eles para que tenhamos uma vida tranqüila. Mesmo os escravos dos tempos do Novo Testamento foram instruídos que deveriam ser submissos para com os senhores humanos, ainda que sofrendo injustamente, para agradar ao Senhor Jesus. O comportamento deve ser seguir os passos de Jesus que sofreu injustamente e manteve um comportamento exemplar (1 Pe 2:18-25).

Os nossos governantes são ministros de Deus e vão ter que prestar contas de tudo o que estão fazendo. Mas eles estão fazendo coisas erradas e eu não posso me calar! Concordo com você! Não se cale perante Deus. Ore por eles todos os dias para que a mudança aconteça, se não na vida deles, na sua vida. Peça perdão por eles, peça misericórdia, peça mudança para Aquele que pode mudar todas as coisas. Qual foi a última vez que você orou por um político? Eles estão precisando muito, este país está precisando muito! Eles talvez não aproveitem da misericórdia de Deus que os chama atenção através da justiça do homem para se arrependerem, mas terão que prestar contas a Deus, assim como você sobre o que falou a favor ou contra eles. Se eles estão no poder, como Pôncio Pilatos estava, é porque Deus permitiu e você confia em Deus, não é? E viu o que aconteceu na história entre Pôncio Pilatos e Jesus? Jesus saiu vitorioso por ‘não entrar na deles’, por não os condenar segundo as opiniões dos homens. Se eles estão defraudando o erário, como muitos deles realmente fazem, é para a própria destruição e ruína deles. Oremos para que eles recebam da parte de Deus misericórdia de encontrarem o arrependimento ainda nesta vida.

Você deve comparar sua vida com Jesus e não com eles. Sua indignação é justa, sua oração é nobre. Lembra quando Jesus foi desafiado com uma moeda? De quem é a imagem e inscrição, perguntou Jesus. Ele concluiu julgando ou condenando o império romano? Não, ele deu uma lição profunda para que cada um olhe para si mesmo dizendo: “Portanto, dêem a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Lucas 20:25).

De que lado estavam os zelotes? Direita ou esquerda? Não importa, com Jesus eles precisavam mudar de vida e comportamento. A conversão começa pela mente. Simão, o zelote, um apóstolo de Jesus, assim como os pescadores, precisaram mudar de vida e comportamento. Aprendendo de Josué poderíamos dizer que “não devemos nos desviar nem para a esquerda nem para a direita, pelo contrário façamos todo o esforço para obedecer e cumprir tudo o que está escrito, para que você seja bem-sucedido por onde quer que andar” (Js 1:7).

Olhemos firmes para o alvo, Jesus. Ele é o exemplo, Ele é o caminho, e a verdade e a vida. Quando você perde Jesus de vista, começa a olhar para o horizonte e vê os homens e suas obras más em favo de si mesmos. Logo você vai ficar indignado. Olhe para cima onde Cristo está à destra de Deus. Olhe para a igreja, nosso partido, onde nosso candidato, Jesus, está em campanha para converter o maior número possível para o caminho da honestidade.

Direita ou Esquerda?

Num país polarizado tentam colocar até Jesus na esquerda ou na direita. Não lembram que Jesus não é deste mundo e este mundo é só uma passagem para o céu ou para o inferno. Deus fez o céu para o ser humano, não o inferno. O inferno é uma consequência de escolher um lado, escolher líderes e colocar Deus de lado, escolher uma ideologia política em detrimento do amor ao próximo.

No fim das contas só tem dois lados: o lado de Deus e o outro lado qualquer. Se você escolheu ser partidário político, escolheu fazer valer suas opiniões, então um lado em que Deus não está. Deus, usando o amor como pretexto, poderia ter nos imposto o evangelho, mas Ele nos dá liberdade para escolher.

Estes da esquerda ou da direita que você escolhe para defender hoje, vão aparecer numa foto juntos se divertindo às custas dos votos do povo. Vão conspirar segundo suas ideologias não importando com o bem estar alheio. Você briga por eles e eles fazem conchavos uns com os outros.

Pense Antes de Falar e Agir

Por último lembremos o que Jesus ensinou discorrendo sobre as nossas palavras como frutos bons ou maus:

“O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” (Mt 12:35-37).

Você só pode falar mal das atitudes de um político se você for um deles ou um fiscal das ações e intenções deles e não sem prova. Se você fosse um fiscal dos políticos você seria processado se falasse sem reunir provas materiais das acusações.

Assim como o futebol não ganha nada se colocando contra o time do outro se ele perde ou ganha e se você não ganha a vida no futebol, da mesma forma é na política. Você não ganha nada criticando as escolhas alheias, os ministros de Deus eleitos pela maioria dos votos. Ore por aqueles que não pensam nas coisas lá do alto, antes só se preocupam com as coisas que podem criticar no horizonte.

Nós que morremos para este mundo e estamos lutando por uma novidade de vida, deveríamos deixar para o mundo as coisas deste mundo: futebol, política e suas religiões. Quanto a nós, deveríamos ser conhecidos pelo profundo amor que temos uns para com os outros.

Uma passagem, entre tantas outras, deve ser lembrada e colocada em prática antes de falar e agir em prol de um líder político, uma ideologia ou um partido. A união entre os irmãos deve ser maior:

“Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês; antes, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer” (1 Coríntios 1:10)

A Conclusão é o Amor

Na prática deste amor nos nossos relacionamentos, precisamos ser pacientes, amáveis, não ciumentos, não orgulhosos, não malcriados, não procurar a satisfação dos nossos interesses pessoais, não nos irritarmos com facilidade, não guardar mágoas, não se alegrar com o mal e sim com a verdade, aceitar as pessoas como elas são (mesmo que precisem de mudança a qual só Cristo pode dar), ter confiança sempre e esperança em tudo que é bom, devemos nos manter firmes e amar verdadeiramente, praticando um amor que não acaba mesmo quando a pessoa resiste ao Evangelho, uma amor que não acaba nas horas de problemas e necessidades. Precisamos viver com fé, esperança e amor para dar exemplo às outras pessoas. Quando, então, Cristo chegar, a fé e a esperança já não serão mais necessárias, mas o amor jamais vai acabar. A única chance das pessoas de irem para a eternidade é que nós as amemos.

Nesta vida não deve ser a escolhe de um líder político e suas promessas humanas a nos seduzirem colocando o amor fraternal de lado. Nos amemos apesar de termos opiniões diferentes. Nos unamos, não para discutir opiniões, mas para nos aceitar mesmo sendo diferentes. Que nós sempre escolhamos os nossos irmãos, mesmo em virtude às fraquezas deles.

Não vamos perder a grande salvação por nos envolver de tal maneira na política a ponto de odiar o próximo, seja quem for, por causa da cor que ele escolhe vestir, o time que ele escolhe torcer, opiniões que ele escolhe defender. Vamos amar ao próximo para mudar a nós mesmos e com fé e esperança que eles mudem também para o partido daqueles que lutam pela própria salvação.

Vamos respeitar nossas autoridades, tenhamos votado diretamente neles ou não, acima de tudo por respeito a Cristo que os colocou lá. Vamos reclamar deles, sim; vamos nos opor às decisões erradas deles, sim; vamos falar sobre eles, sim, mas vamos falar com quem pode resolver. Falar com os seus semelhantes só causa efeitos indesejáveis como reações contrárias, opiniões exacerbadas, concordância na indignação, mais indignação ainda, falta de esperança até em Deus, questionamentos da própria fé. Fale com o justo juiz que julga todas as coisas.

Para terminar eu quero pedir perdão a Deus dos meus maus pensamentos sobre nossas autoridades mesmo quando me dão motivo. Isto não me justifica. Quero pedir perdão por ter ofendido meus irmãos com minha opiniões partidárias e ideológicas. Quero pedir por misericórdia para eu e por nossos governantes e aqueles que têm autoridade. Quero pedir que Deus toque no coração dos políticos e do povo para que tenhamos mais gente honesta se envolvendo na política para que possamos eleger servos públicos que pensam em agradar a Deus.

Deus, nosso Senhor, seja louvado acima de todas as coisas.

Discussões Políticas na Igreja (Parte 2)

Nesta série de artigos você tem um pensamento sobre nosso comportamento em face ao nosso cenário político. Se você chegou neste artigo, sugerimos que você leia o artigo anterior para poder acompanhar o raciocínio. CLIQUE AQUI E CONFIRA O 1º ARTIGO.

Não Entre em Discussões

Ninguém nunca ganha uma discussão. Se você já entrou numa discussão você sabe quais são as regras. Cada um defende o seu ponto de vista com todos os recursos possíveis e inimagináveis; os que estão dispostos a discutir, estão prontos para apelar para qualquer recurso. É como aquele pseudo-esporte chamado ‘vale tudo’ ou UFC (talvez você discorde de mim nisso também). Uma discussão é assim, não tem regras, ‘vale tudo’. Muitas vezes os argumentos são emocionais e não necessariamente racionais. A verdade pouco importa quando eu fico nervoso. O que você pode esperar de uma atitude emocional proveniente de uma discussão? Discussões emocionais dão vazão aos crimes passionais onde assassina-se, em primeiro lugar, a razão, depois a verdade e como último recurso a pessoa a quem deveríamos amar incondicionalmente. Mesmo que seja um assassinato emocional ou espiritual.

Uma discussão sobre política pode ser um homicídio espiritual também, mas não deixa de ser um suicídio ao mesmo tempo. Quem ganha, fecha o coração do outro com o último argumento. Alguns recursos de uma ‘discussão vale-tudo’ são irritações, gritos, ironias, deboches, gargalhadas, mentiras, etc. Uma pessoa que grita, debocha ou dá gargalhadas numa discussão, mesmo que esteja com a razão e com a verdade, acaba perdendo a razão e colocando a verdade em descrédito.

Numa discussão há apenas dois lados: ataque e defesa. Se já entraram numa discussão, nenhum lado está certo. Ou você está no ataque ou está na defesa. O resultado imediato numa discussão é a criação de uma defesa ao ataque, muitas vezes uma defesa intransponível, mesmo se atacada com a verdade. A verdade fica encoberta pelo comportamento errado de se entrar numa discussão.

Numa discussão os dois lados saem perdendo. Ninguém sai ganhando. Nosso ego e orgulho terão uma história vantajosa para contar mas o reino terá uma ou duas almas a menos. Onde está, numa discussão, a mansidão, o temor e a boa consciência, segundo o ensinamento dado por Pedro para quem quer proclamar as virtudes de Deus?

Ao contrário de entrar em discussões, precisamos criar um relacionamento. Relacionamento é uma ponte construída pelo tempo que garante a entrada de Deus através de você no coração das pessoas.

“Meu candidato é Jesus, meu partido é a igreja, minha ideologia é o evangelho, meu mundo não é aqui.”

Mesmo na nossa vida social e civil no comportamento em relação à política, o apóstolo Pedro ensina que a igreja não é uma anarquia ou um partido político contra o governo. Então seja rei, presidente, governador, prefeito, vereador, policiais ou mesmo diretores, professores nas escolas; devemos nos sujeitar a toda instituição humana, por respeito a Jesus. Isto é comportamento exemplar!

Falando em comportamento exemplar, Jesus é nosso exemplo. Veja como Ele agiu pregando o evangelho, sim, o evangelho e não uma reação ou ideologia política passageira:

“[…] Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disso em oculto. Por que me interrogas, pergunta aos que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse.” (Jo 18:19-21)

Jesus não entrava numa discussão, antes Ele preferia ir embora, se retirar (Mc 8:11-13). Mesmo que para Jesus fosse uma questão de fé, já eles, os fariseus, transformaram a fé em política e a pregação da verdade ameaçava o cargo político deles e isto os fez querer matar Jesus (Jo 11:48). Quem se envolve com política ou com políticos pode ser tentado a matar Jesus. Lembra de Judas? Com isto não estou dizendo que política é pecado, mas é a tentação. Gostaria até que tivéssemos mais pessoas comprovadamente honestas na política, mas…

O apóstolo Paulo teve o mesmo comportamento que Jesus (Atos 24:12). Nós também devemos ter este comportamento. O mesmo apóstolo Paulo escreveu para Tito sobre este assunto:

“Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis. Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada” (Tito 3:9-11)

Notei que discussão não funciona nem com o meu filho ainda quando era criança. Se dou espaço para uma discussão, logo ele vai tornar-se desrespeitoso ou até debochado. Se nos envolvemos numa discussão com nossos filhos estamos ensinando um mal comportamento para eles. Logo eles não vão mais dar ouvidos a nós depois a Deus. Terão argumentos que, mesmo não sendo a verdade, se convencerão de que estão certos.

A Bíblia nos ensina a sabedoria, vamos tomar uma decisão de procedimento sábio no relacionamento. Então, ao invés de discutir, veja o que diz a sabedoria de Deus: “Se o homem sábio discute com o insensato, quer este se encolerize, quer se ria, não haverá fim” (Pv 29:9). Só num momento de insensatez o sábio entraria numa discussão que não tem fim. Sabedoria é não entrar numa discussão.

Confira a 3º parte deste artigo

Oremos Pelos Governantes

Estamos vivendo momentos históricos no Brasil. Poderia ser para que nos orgulhássemos dos acontecimentos, mas vemos uma parte da nossa imagem. Nos envergonhamos ou seguimos a multidão que grita “FORA”? Como filhos de Deus, ficamos à direita ou à esquerda? Como filhos de Deus, que bandeira devemos empunhar e levantar até que tudo isso acabe e o justo prospere? Rapidamente lembro de uma guerra do povo de Deus em que chegaram à conclusão: “o Senhor é minha bandeira” (Ex 17:8-16).

Nossa Identidade

Antes de qualquer coisa, precisamos pensar quem somos nós. Nós fomos chamados das trevas para a maravilhosa luz. Nós estamos de passagem para este mundo e cada um de nós fazemos parte de um plano maior que, colaboremos ou não, vai dar certo no final. Se quisermos fazer parte do plano de Deus, seremos beneficiados, se nos recusarmos vamos nos arrepender, mas será tarde demais.

Estamos neste mundo, mas somos embaixadores de um lugar onde não existirá mais sofrimento, nem choro. A morte lá já foi vencida e ela representa a vitória daqueles que morreram na presença do Senhor. Por isso mesmo vivemos nesta terra cheios de esperança e compartilhando o convite estendido a todos àqueles que, como nós, o aceitaram pela graça.

“Portanto, não participem com eles dessas coisas. Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade” (Ef 5:7-9)

Nossa Lei

Deixando o romantismo e o ideal de lado, a vida aqui está dura, mas não deixa de ser passageira. Abra o jornal hoje, abra aquela site de notícias. Leia sobre as pessoas que morreram só hoje: um ator, 50 soldados na Síria, pessoas com Ebola no Congo, um executivo de uma grande corporação, etc. Segundo um levantamento da ONU 146.880 morrem por dia no mundo. Se não tivermos esperança e um ideal, comamos e bebamos que amanhã morreremos. Agora é hora de brilhar a ponto das pessoas que nos rodeiam perguntar por que reagimos diferente e com esperança, fé e amor mesmo em face às ameaças políticas, morais e sociais.

“Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão.” (1 Co 15:19)

Tendo dito isto, precisamos brilhar agora em que as trevas se manifestam. Nosso comportamento em relação às notícias recentes e, piores coisas podem vir, deve ser conforme a vontade de Deus. Afinal, temos um encontro marcado com Ele. Enquanto neste mundo o Senhor nos lembra:

“Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” (Rm 14:8).
“Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus.” (1 Pedro 2:16)

Eu aceitei o acordo e preciso me adequar, mesmo com dificuldade, ao Testamento selado com sangue. Não nos igualemos aos homens e suas desesperanças. Afinal brilhamos ou fazemos parte do mar de trevas que marcha contra ou a favor de homens e seus interesses? Mesmo vivendo aqui, nossa luta é feita com outros recursos:

“Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos.” (2 Coríntios 10:3)

Nossos Governantes

Quanto ao nosso comportamento em relação às notícias e aos nossos governantes, vamos fazer o que funciona e só vamos saber que funciona se fizermos e tivermos fé o suficiente (um grão de mostarda) a ponto de transportar montanhas. Ao invés de se juntar às multidões com pedras e paus nas mãos, de procurar o culpado (não precisa procurar muito), vamos fazer o que nossa lei nos diz.

Em primeiro lugar, recapitulando, você acredita que foi chamado por Deus para a Luz e que Ele tem um plano maior que está se desenvolvendo para o bem daqueles que o amam e obedecem os seus propósitos? Então você deve se sujeitar às autoridades, pois eles estão lá porque Deus assim quis. Deus estabeleceu nossas autoridades Brasileiras para cumprir o seu propósito (Rm 13:1). Não devemos criticar, xingar, amaldiçoar. Quanto ao mal que estão fazendo? Vão ter que responder diretamente a Deus, assim como você também vai ter que responder. Quando? Você também não sabe quando… melhor é pedir por misericórdia tanto para eles quanto para você, porque quem não é misericordioso, não receberá misericórdia.

Se você se rebelar e eles usaram as armas que têm para se defender, estão dentro do seu direito, pois foram instituídos por Deus (Rm 13:2). Quem deve ter medo das autoridades, é quem pratica o mal. Quanto a você, fique na sua atitude a qual foi chamado. No final das contas, as autoridades foram instituídas por Deus para o seu bem. Afinal, você confia ou não em Deus? (Rm 13:4). Sua atitude deve ser em relação à sua consciência a Deus e não à uma ideologia ou partido (Rm 13:5). Claro que você deve discordar da corrupção, da mentira, dos crimes, mas a forma é tão importante quanto o como fazer isso. Existe, sim, uma forma que funciona muito bem. Qual foi a última vez que você a usou?

Nossos governantes precisam agora da sua oração. Não, não estou dizendo que eles merecem, como nós também não merecemos benção nenhuma. Eu disse que eles precisam. Você vai ler uma passagem abaixo em que o contexto era de perseguição e morte contra os filhos da luz. Compare com sua condição hoje. Você também precisa orar por eles para o seu próprio bem. Então, leia esta passagem abaixo, depois faça a sua oração:

Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis [presidente] e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2:1-4 – a ênfase é minha)

Faça sua oração…

Nossos Irmãos e Semelhantes

Finalmente, quanto às demais pessoas que têm crenças ideológicas diferentes dos nossos pensamentos, temos também bom conselho da parte de Deus para nós. Depois que tudo isso passar, nós estaremos ilesos e prontos para receber os amigos:

“Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. Façam todo o possível para viver em paz com todos. Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor. Ao contrário: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer;
se tiver sede, dê-lhe de beber.
Fazendo isso, você amontoará brasas vivas
sobre a cabeça dele”.
Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.” (Rm 12:17-21)

Deus te abençoe ao brilhar como Jesus!