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O Pacto

O Pacto

Samuel, já era idoso e respeitado pela igreja. Era evangelista há alguns anos. Já tinha enfrentado muitas situações com a igreja e pela graça de Deus, pensava ele consigo mesmo, sempre conseguiu manter a igreja reunida.

Desta vez estava sentindo que o problema poderia agravar-se ainda mais por conta de algumas discussões que começaram no grupo de WhatsApp da igreja. Em sua experiência sabia que não devia se pronunciar muito pelo grupo da igreja porque sempre é uma comunicação delicada a comunicação à distância. Lembrava de uma comunicação da sua esposa com um primo dela em outra cidade. Eles tinham ido visitar e se hospedaram na casa de irmãos e o primo questionou o porque, pois tinha família na cidade e tinham se hospedado em outro lugar. A comunicação começou a desvirtuar quando o primo, sabiamente, disse numa mensagem:

– Prima, vamos conversar pessoalmente, esse negócio de conversar por mensagem pode dar muito problema.

Desde aquele dia em diante, ele aprendeu a resolver as coisas de uma forma diferente e evitar mensagens à distância em assuntos importantes.

Samuel chegou mais cedo e sabia que o problema já estava instalado. O grupo da igreja estava silencioso como se houvesse uma espera por uma solução ou um receio de alguém se manifestar. Ao abrir a porta do prédio da igreja encontrou um envelope que deveria ter sido deixado por baixo da porta. Pegou o envelope e foi para o seu escritório. Sentou-se enquanto abria o envelope e orava ao mesmo tempo enquanto lia uma carta. A carta era de um membro da igreja que havia saído recentemente, citando a falta de amor entre os membros do corpo da igreja. Samuel ficou profundamente triste.

– Senhor, nosso Cordeiro de Deus, nós pedimos que nos guie através deste momento difícil como já fez tantas vezes. – orava Samuel, e continuou: – Nos ensine como amar um ao outro, tal como Jesus nos amou. – Lembrou-se de João 13:34 imediatamente. – Em nome de Jesus, amém…

A carta dizia:

– Samuel, você sabe que eu tenho um profundo respeito por você, mas não é esta a igreja que eu quero para os meus filhos e netos quando eles chegarem. Vejo você tentando e fazendo sacrifícios para unir a congregação, mas falta amor na igreja e você sabe disso. As mulheres acham que mandam em tudo e, se elas não fizerem mesmo, nada seria feito, por isso elas tem tido muito poder e isto não está certo. Admiro a atitude delas e sei que também sou parte do problema.

– Nós homens estamos deixando as coisas acontecerem e alguém tem que fazer, sobrecarregamos, assim, as mulheres. Nós homens não temos nem sequer amizade entre nós, por isso não temos também amor entre nós. Quando um fala, é realmente um corajoso, viu… pois fala com medo da oposição.

– A igreja deveria estar sendo dirigida por dons e não por quem tem mais argumentos ou fala mais alto e sem receio de magoar os irmãos e o dom supremo é o amor.

– Como eu não tenho a solução e nem estou disposto a lutar por algum poder, me retiro. Numa luta eu perco, porque a igreja, como aprendi e a gente até ouve nos domingos no púlpito, não é disputa por poder, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

– Com amor em Cristo, Antonio

Samuel não perdeu tempo e marcou um encontro com Antonio para saber mais sobre o conteúdo da carta. Foi uma conversa amistosa e relativamente longa. Antonio expressou todas as vezes que foi tratado sem amor e porque estava desistindo de frequentar e levar a sua família para a igreja. Samuel foi só para ouvir, sem julgar ou condenar, mas para entender os motivos de perder mais uma família. Parecia um filme que ele já tinha visto antes…

Cenas no Salão da Igreja na Escola Dominical

Samuel, no próximo domingo, durante a Escola Dominical sentiu aquele clima pesado e não ia conseguir dar continuidade ao seu tema sobre a igreja verdadeira. Não fazia sentido falar sobre outro assunto sem abordar aquela questão. Foi ali mesmo com todos os membros da igreja que começou a discutir o problema e encontrar soluções. Durante a reunião, ele compartilhou a carta que recebeu e pediu aos presentes para compartilharem seus sentimentos sobre a situação atual da igreja.

Maria era uma irmã que tinha aceito Jesus alguns meses atrás e ela disse:

– Eu acredito que o problema é que nós não amamos um ao outro como devemos. Por causa dos acontecimentos, comecei a ler a Bíblia e procurar referências que me ensinassem e li 1º João capítulo 4 versísculos 7 e 8 que diz: “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. Estou cansada de ver a divisão e o mal entre nós e olha que eu não estou aqui há muito tempo.

– Eu concordo com Maria – Disse Pedro, e continuou: Nós precisamos voltar às nossas raízes, lembrar-nos do amor que Jesus nos ensinou quando disse: “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei” no evangelho de João capítulo 15 versículo 12.

Samuel não só não conseguiu nem sequer entrar no assunto da série de aulas que estava dando na Escola Dominical como ficou o resto da manhã, antes do culto, ouvindo os irmãos falarem. Esta foi uma decisão muito sábia, pois ele conseguiu ver a profundidade do problema e ao mesmo tempo notou a preocupação da igreja e cada um tinha um trecho da Bíblia para citar e isso foi também instruindo uns aos outros. Ele até teve que interromper as pessoas dizendo:

– Muito bem, irmãos, vamos continuar conversando outro tempo, pois precisamos nos preparar para o culto,

Aquele culto o clima estava mais leve, a adoração mais centrada e, propositadamente, o regente escolheu vários cânticos sobre amor fraternal. Os irmãos expantanêamente se abraçavam e um grupo de irmãos até cantou outros cânticos abraçados.

No Jardim do prédio da Igreja

Samuel e alguns membros da liderança mais envolvidos decidiram reunir-se no jardim para orar, conversar e para que Samuel pudesse atualizar os irmãos dos últimos acontecimentos e discutir como puderem reavivar o amor entre os membros. Durante a conversa, eles reconheceram que eles mesmos não tinham o exemplo para dar para a igreja. Raramente se encontravam a não ser para apagar algum incêndio na igreja, sito é, eram os últimos a saber do rebanho de Deus e não estavam fazendo o trabalho como convinha. Concordaram que precisavam fazer um pacto de amar um ao outro sem condições.

Fred era um homem que tinha conhecido a igreja através dos seus pais. Ainda na infância, lembrava ele, conheceu o amor de Cristo e isto mudou a sua vida e agora era hora dele replicar, mas coimo? Decidiram marcar alguns encontros entre eles para orar e lerem a Palavra de Deus sobre o amor fraternal que precisavam construir na igreja.

Toda semana um deles trazia uma referência bíblica e uma meditação sobre o amor fraternal. Fred foi o primeiro na escala para trazer algo na próxima semana.

Os homens chegaram cedo no sábado. Fred nem tinha tanta experiência de falar em público, evitava, se pudesse, mas sentiu que nem precisava nenhuma técnica para compartilhar seus pensamentos naquela manhã. Depois da abertura e duas orações, ele leu:

– Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos. Efésios capítulo 4 versículos 2 ao 6.

Fred sentou-se e o silêncio explicava a leitura por si. Ele nem precisou comentar e começou a orar. Enquanto orava, se emocionou e outros com ele.

Samuel concluiu aquela manhã dizendo:

– Irmãos, vamos unir-nos em um pacto de amor e unidade. Nós prometemos a Deus e uns aos outros que vamos amá-los como Jesus nos amou, sem distinção de raça, idade ou posição e opinião.

Ao que todos disseram: Amém!

O Interior do Templo

Passaram alguns meses e a igreja estava renovada. Os membros se abraçavam, sorriam um ao outro e compartilhavam o amor de Jesus entre si. Samuel recebeu cartas de membros que retornaram à igreja, agradecendo pela mudança e prometendo ser melhores seguidores de Cristo juntos. Inclusive Antonio apareceu num daqueles domingos.

No fim do culto Samuel orou assim:

– Senhor, nós te agradecemos por guiar nossa igreja através deste momento difícil. Nós prometemos amar um ao outro sem condições e mostrar o amor verdadeiro de Jesus a todos que nos rodeiam. Em nome de Jesus, amém.

A cada domingo depois do culto dentro do prédio, continuava com os membros da igreja se reunindo em círculos pequenos, alguns orando juntos e compartilhando o amor de Cristo, outros ficavam horas conversando e alguns promoviam almoço no prédio mesmo. Eles sabiam que ainda teriam desafios, mas agora estão unidos pelo amor verdadeiro que Jesus ensinou: “Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”.

Samuel não sentia mais que estava lutando sozinho, ele tinha muitas orações de agradecimento a Deus por aqueles problemas que passaram. Estava começando a pensar que tinha sido muito bom enfrentarem aqueles problemas e quase torcia que novos problemas viesse para que outras coisas fossem resolvidas, mas ele estava gostando de ter uma trégua.

Smile

Smile

Você conhece as batatas “Smile”? São aquelas batatas que costumam ser vendidas congeladas, com o sorriso.

Essas batatas, além de agradar as crianças têm uma característica, apesar de irem para o forno, ficarem assando, enfrentarem uma brusca mudança de ambiente, saindo do -0ºC para uns 200ºC, elas continuam sorrindo!

Então essas batatas nos ensinam a passar por provações! Como assim? Tiago nos diz:

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.” (Tg 1:2-8)

Como cristãos não temos a promessa de uma vida sem dores e dificuldades nesta terra, mas quando olhamos para Tiago vemos a chance de sorrirmos em momentos de provação. De mantermos o nosso ânimo, esperança e certeza da volta de Jesus. Temos a chance de crescermos na provação, de nos tornarmos mais fortes e próximos de Deus, mais sábios e resilientes. Temos a chance ainda de motivar outros por coisas pelas quais passamos

Pedro, o apóstolo nos dá motivação semelhante:

“Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (I PE 1:6,7 (ARA)

Interessante que Pedro fala do ouro e do fogo, ou seja mesmo provado pelo fogo, o outro mantém sua essência, da mesma forma que batata assada continua sorrindo e nós que somos cristãos, filhos de Deus estamos prontos para enfrentarmos aquilo que prova? Será que nós estamos prontos até para sorrirmos em momentos que aos olhos do mundo são difíceis?

Estamos aqui para fazer a diferença! E mais do que isso, para termos a certeza de que depois dessa vida temos uma coroa prometida, um local onde não haverá choro, então lembremos também desta promessa!

Enfrentando Problemas

SIM! Somos a igreja de Cristo. SIM! Defendemos a doutrina bíblica pura, sem costumes e tradições humanas. SIM! Temos a certeza que temos que ser a igreja que estava na mente de Cristo (referindo-me ao que disse, sabiamente, nosso querido irmão Norton).

Então, podemos afirmar que não temos problema algum em nosso meio? NÃO!!!! Temos problemas sim, e muitos.

Mas não parece um contrassenso que aqueles que se dispõem a seguir a Cristo da melhor maneira possível enfrentem problemas no seio da igreja, exatamente onde, em tese, não deveria existir problemas?

Pois é, mas isso não deveria causar espanto a quem conhece as Escrituras, porque isso não é algo novo. Igrejas com problemas (e problemas nas igrejas) são recorrentes nas páginas da Bíblia. Vejam as cartas de João às igrejas da Ásia em Apocalipse 2 e 3; das 7 igrejas citadas, pelo menos 5 tinham advertências (não devemos nos esquecer que essas 7 igrejas são uma representação de todas as igrejas num sentido universal). O apóstolo Paulo por diversas vezes dirigiu-se à igreja de Corinto para repreender seus membros por diversos motivos (ciúmes e contendas em I Coríntios 3:3-9; soberba em I Coríntios 4:18-21; imoralidade e impureza em I Coríntios 5; litígio e disputa entre irmãos em I Coríntios 6:1-12; participação na Ceia de modo incorreto em I Coríntios 11), além de tentativa de mentiras (Ananias e Safira em Atos 5); reclamações quanto à possível falha na distribuição de ajuda (Atos 6:1); nova discussão entre irmãos (Paulo e Barnabé em Atos 15:36-41).

O mesmo Paulo relata a ocasião em que ele e o também apóstolo Pedro tiveram uma acirrada discussão (Gálatas 2:11-14). Enfim, exemplos desse tipo não faltam e devem ser vistos como uma demonstração da veracidade da Bíblia, pois a mesma não “esconde embaixo do tapete” os problemas, o que seria, aos olhos humanos, algo natural. Afinal, é comum no mundo secular a valorização daquilo que é feito de maneira correta e a tentativa de ocultar aquilo que nem sempre é bom. Na Palavra de Deus isso não existe, pois tanto o certo quanto o errado são colocados “em cima da mesa” e são usados para exemplo e aprendizagem.

Porém, o fato de a Bíblia mostrar problemas que ocorrem no meio da igreja não pode ser visto por nós como algo “normal”, ou ainda para que pensemos: – “bem, já que problemas existiam desde o início da igreja, então não tem nada de errado com os problemas de hoje” -.

Sim, é fato que existem problemas, mas também é fato que a solução deve ser buscada e o problema eliminado (I Coríntios 11:19; Filipenses 2:1-4).

Reconhecer que existem erros e problemas em nosso meio, procurar as soluções baseados na verdade e na Palavra e buscar sempre a unidade ensinada por Jesus são indicativos de uma igreja saudável e madura, e deve ser o objetivo de cada congregação e cada cristão, individualmente.

Como Lidar e Resolver Conflitos na Igreja

Sempre lembro de uma mensagem que o irmão Bryan Bost fez no Enoc. Ele contou de um problema que houve entre irmãos, o que não é novidade, e então os irmãos com a intenção de resolver o problema, marcaram uma reunião para conversar sobre o assunto. Quando se encontraram na reunião, um irmão abriu a Bíblia e ia começar a ler uma passagem que os ajudaria a ter um conselho divino para a questão. Outro irmão interrompeu e disse:
– Este assunto não tem nada a ver com a Bíblia. Vamos conversar e resolver.
Contou o irmão Bryan na palestra que o assunto nunca foi resolvido.
Por que temos problemas?
A fonte dos problemas pode ser a permissão de Deus quando quer que sejamos felizes e nos testa a fé. Tiago diz: “Feliz é aquela pessoa que suporta com perseverança a provação porque, depois de ter sido aprovada, ela receberá a coroa da vitória, que é a vida que Deus prometeu aos que o amam” (Tg 1: 12). Problemas podem ser provação de Deus, sim. Se não formos perseverantes na ocasião  por confiar mais na sabedoria humana do que na sabedoria de Deus, então seremos reprovados. Acabamos mostrando que não amamos a Deus o suficiente para deixar que Ele participe e resolva os nossos problemas. Todo problema pode e deve ser resolvido com bases na Palavra de Deus. Provação vem da parte de Deus que quer nos aprovar e recompensar.
Problemas também podem ser tentações. Quando desejamos coisas incompatíveis à nova vida em Cristo, então a este mal desejo chamamos de tentação. Tentação é o nosso próprio desejo de ter o que não precisamos, de satisfazer a nossa vontade, de nos vingar, de ver o mal das pessoas, etc. Tiago ensina sobre a tentação e a fonte: “Ninguém ao ser tentado deve dizer: “Esta tentação vem de Deus”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e Ele mesmo não tenta ninguém. Mas cada um é tentado pelos seus próprios maus desejos, quando estes desejos o atraem e o seduzem” (Tg 1:13, 14).
Satanás conhece os seus maus desejos porque ele vem junto com o mal. Ele sabe que quando os nossos desejos maus nos dominam eles nos atraem e seduzem, isto é, eles baixam nossa imunidade contra o pecado. Satanás se aproveita dos seus maus desejos, então, quanto maior for sua cobiça, com mais força você permite que satanás o ataque.
Tentação não vem de Deus! Libertação, sim, vem de Deus. Você, isso é, seus maus desejos, são a fonte da tentação é isso é um prato cheio para satanás te manipular, te chantagear e ameaçar sua salvação e relação com Deus.
Formas amargas de resolver os problemas
Quando vamos ao médico é porque precisamos. Acreditamos que ele pode nos ajudar e nos submetemos aos remédios mais amargos e até deixamos que cortem o nosso corpo se acharem que esta é a solução. Por que, então, não confiar em Deus da mesma forma? Se o médico nos passa um remédio ruim, com horários certos e rigorosos nos prometendo a cura, seguimos. Vamos ver três maneiras amargas ou difíceis de resolver nossos problemas e como faz um médico, deixar Deus operar:
1. Devemos ser unidos
Imagine se você tiver um problema qualquer com um irmão. A vontade de Deus é que o amor e a união sejam maior que o problema. Se formos unidos a tal ponto que, mesmo com problemas, permaneçamos unidos, o mundo vai acreditar que Jesus é filho de Deus e que nós somos verdadeiros discípulos (Jo 13.34,35; 17:18-21).
Neste ponto não estamos falando de problemas doutrinários graves. Muitas crenças do mundo podem e vão atacar a igreja. Quem se deixar vencer pelos argumentos e deixa a palavra de lado deve ser notado. Irmãos com problemas de comportamento também devem ser repreendidos e se não quiserem mudar o comportamento, devem ficar sem a comunhão, mas mesmo assim devem ser tratados com amor de irmão para que voltem.
2. Devemos levar o prejuízo
Se um irmão te fez algum mal, ter e nutrir problemas já é considerado completa derrota, pois devemos saber que Deus vai nos usar como parâmetro para julgar os anjos e o mundo. Devemos procurar resolver o problema dentro da igreja. É uma vergonha não ter nem sequer um sábio dentro da congregação para resolver. Que vamos ter problemas já sabemos. A questão é, vamos ter sábios para nos ajudar? Desde já, então, antes de identificar os problemas, vamos orar por sabedoria porque sabemos pela Palavra que Deus quer nos dar sabedoria ilimitada.
A maneira de resolver os problemas, segundo o que Paulo instrui usando um exemplo da igreja de Corinto, é como um remédio amargo. A maneira é levar o prejuízo, ficar com o dano. Se alguém te deve e você perdoa, não resolve? Sim, resolve! (1 Co 6:1-8).
3. Até a última consequência
Nosso amor deve ser tão profundo e verdadeiro a ponto de estarmos prontos a nos sacrificar pelos irmãos. Não de palavra, na da boca para fora, mas de fato e de verdade. Porque, afinal, amor é o que Jesus fez na cruz e tudo o que nos leva a dar nossa vida pelos irmãos, dar o braço a torcer, não vai ser fácil, mas é isso que resolve nossos problemas (1 Jo 3.11-18). Sacrifício é um remédio amargo, mas infalível!
Finalmente, vamos voltar ao princípio do que aprendemos antes mesmo de nascer em Cristo ou logo depois que nascemos enquanto éramos crianças em Cristo. Lembra quando você estava sentado aos pés de Jesus admirado com a palavras Dele? Lembra o que Ele disse se teu irmão pecar contra você? Sentemos novamente aos pés Dele e vamos ouví-lo:

“Se o seu irmão pecar contra você, vá e repreenda-o. Mas faça isso em particular, somente entre vocês dois. Se ele lhe der atenção, você terá ganho um irmão de volta. Se ele, porém, não lhe der atenção, pegue e leve uma ou duas pessoas com você. Assim, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda acusação será confirmada. Mas se ele não der atenção nem mesmo a elas, informe a igreja. E se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como um pagão ou como um coletor de impostos” (Mt 18:15-17)

Irmãos, devemos evitar os problemas, mas se eles aparecerem, vamos tomar o remédio amargo, isto é, vamos resolver com amor, prejuízo e sacrifício. Confesso, por experiência própria, que nos arrependeremos se tentarmos tratar do nosso jeito. Afinal, quem não tem uma pendência do passado e não faria de tudo para resolver com a ajuda do Senhor?

“E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos.” (Lucas 17:1,2)

Se a fonte dos problemas é provação vinda da parte de Deus, persevere firme. Se o problema é a sua tentação, fique atento, pois Deus sendo fiel, sempre permite que você seja tentado, mas dá, junto com a tentação, um escape para você se libertar (1 Co 10:13).
Que Deus nos abençoe em nossa busca na resolução dos problemas.