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JÁ CONTOU PARA DEUS O SEU VEXAME?

JÁ CONTOU PARA DEUS O SEU VEXAME?

“Deus lembrou-se de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda. Ela engravidou e deu à luz um filho. Então disse: — Deus tirou de mim o meu vexame.” – Gênesis 30:22-23

Deus é o juiz e vingador dos desamparados e oprimidos.

Uma decisão errada de Labão levou a essa luta entre Raquel e Lia. A primeira era a preferida de Jacó, mas, em compensação, os filhos do patriarca vieram por meio da segunda, a desprezada.

Imagino os sentimentos de Raquel ao ver sua irmã dar ao seu marido 6 filhos e ela nenhum. Mesmo utilizando sua serva para ter filhos, provavelmente Raquel não deixou de pedir a ajuda de Deus, de insistir com o Senhor por um filho. E esse dia chegou.

O texto diz que Deus lembrou-se de Raquel, a ouviu e agiu e, como resultado, ela engravidou e deu a luz a José, o famoso futuro governador do Egito.

O comentário de Raquel resume bem como até então ela se sentia: “Deus tirou de mim o meu vexame”. Com certeza Raquel se sentia inferior a irmã, mesmo com o amor do marido, talvez se sentisse até mesmo desprezada por Deus.

No Novo Testamento, especialmente no livro de Lucas, Deus é o protetor daquele que vive em vexame, é desvalorizado. Naquele evangelho a viúva é destacada, o samaritano é o herói da história, ao contrário do sacerdote e do levita.

Sim, meu irmão, nosso Deus é “pai dos órfãos e juiz das viúvas”, conforme o salmo 68:5. Ele é aquele que tira o nosso vexame, que faz do último o primeiro, como fez com o caçula Davi entre 8 filhos. 

Por isso o Senhor Jesus nos ensina a buscar, bater e pedir, pois nosso Senhor, como ninguém, conhece o Pai Amoroso que temos (Mateus 7:7-8).

E você? Há algo que o envergonha ou causa vexame? Já contou ao seu Justiceiro e Vingador, o Senhor dos Exércitos?


O Pacto

O Pacto

Samuel, já era idoso e respeitado pela igreja. Era evangelista há alguns anos. Já tinha enfrentado muitas situações com a igreja e pela graça de Deus, pensava ele consigo mesmo, sempre conseguiu manter a igreja reunida.

Desta vez estava sentindo que o problema poderia agravar-se ainda mais por conta de algumas discussões que começaram no grupo de WhatsApp da igreja. Em sua experiência sabia que não devia se pronunciar muito pelo grupo da igreja porque sempre é uma comunicação delicada a comunicação à distância. Lembrava de uma comunicação da sua esposa com um primo dela em outra cidade. Eles tinham ido visitar e se hospedaram na casa de irmãos e o primo questionou o porque, pois tinha família na cidade e tinham se hospedado em outro lugar. A comunicação começou a desvirtuar quando o primo, sabiamente, disse numa mensagem:

– Prima, vamos conversar pessoalmente, esse negócio de conversar por mensagem pode dar muito problema.

Desde aquele dia em diante, ele aprendeu a resolver as coisas de uma forma diferente e evitar mensagens à distância em assuntos importantes.

Samuel chegou mais cedo e sabia que o problema já estava instalado. O grupo da igreja estava silencioso como se houvesse uma espera por uma solução ou um receio de alguém se manifestar. Ao abrir a porta do prédio da igreja encontrou um envelope que deveria ter sido deixado por baixo da porta. Pegou o envelope e foi para o seu escritório. Sentou-se enquanto abria o envelope e orava ao mesmo tempo enquanto lia uma carta. A carta era de um membro da igreja que havia saído recentemente, citando a falta de amor entre os membros do corpo da igreja. Samuel ficou profundamente triste.

– Senhor, nosso Cordeiro de Deus, nós pedimos que nos guie através deste momento difícil como já fez tantas vezes. – orava Samuel, e continuou: – Nos ensine como amar um ao outro, tal como Jesus nos amou. – Lembrou-se de João 13:34 imediatamente. – Em nome de Jesus, amém…

A carta dizia:

– Samuel, você sabe que eu tenho um profundo respeito por você, mas não é esta a igreja que eu quero para os meus filhos e netos quando eles chegarem. Vejo você tentando e fazendo sacrifícios para unir a congregação, mas falta amor na igreja e você sabe disso. As mulheres acham que mandam em tudo e, se elas não fizerem mesmo, nada seria feito, por isso elas tem tido muito poder e isto não está certo. Admiro a atitude delas e sei que também sou parte do problema.

– Nós homens estamos deixando as coisas acontecerem e alguém tem que fazer, sobrecarregamos, assim, as mulheres. Nós homens não temos nem sequer amizade entre nós, por isso não temos também amor entre nós. Quando um fala, é realmente um corajoso, viu… pois fala com medo da oposição.

– A igreja deveria estar sendo dirigida por dons e não por quem tem mais argumentos ou fala mais alto e sem receio de magoar os irmãos e o dom supremo é o amor.

– Como eu não tenho a solução e nem estou disposto a lutar por algum poder, me retiro. Numa luta eu perco, porque a igreja, como aprendi e a gente até ouve nos domingos no púlpito, não é disputa por poder, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

– Com amor em Cristo, Antonio

Samuel não perdeu tempo e marcou um encontro com Antonio para saber mais sobre o conteúdo da carta. Foi uma conversa amistosa e relativamente longa. Antonio expressou todas as vezes que foi tratado sem amor e porque estava desistindo de frequentar e levar a sua família para a igreja. Samuel foi só para ouvir, sem julgar ou condenar, mas para entender os motivos de perder mais uma família. Parecia um filme que ele já tinha visto antes…

Cenas no Salão da Igreja na Escola Dominical

Samuel, no próximo domingo, durante a Escola Dominical sentiu aquele clima pesado e não ia conseguir dar continuidade ao seu tema sobre a igreja verdadeira. Não fazia sentido falar sobre outro assunto sem abordar aquela questão. Foi ali mesmo com todos os membros da igreja que começou a discutir o problema e encontrar soluções. Durante a reunião, ele compartilhou a carta que recebeu e pediu aos presentes para compartilharem seus sentimentos sobre a situação atual da igreja.

Maria era uma irmã que tinha aceito Jesus alguns meses atrás e ela disse:

– Eu acredito que o problema é que nós não amamos um ao outro como devemos. Por causa dos acontecimentos, comecei a ler a Bíblia e procurar referências que me ensinassem e li 1º João capítulo 4 versísculos 7 e 8 que diz: “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. Estou cansada de ver a divisão e o mal entre nós e olha que eu não estou aqui há muito tempo.

– Eu concordo com Maria – Disse Pedro, e continuou: Nós precisamos voltar às nossas raízes, lembrar-nos do amor que Jesus nos ensinou quando disse: “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei” no evangelho de João capítulo 15 versículo 12.

Samuel não só não conseguiu nem sequer entrar no assunto da série de aulas que estava dando na Escola Dominical como ficou o resto da manhã, antes do culto, ouvindo os irmãos falarem. Esta foi uma decisão muito sábia, pois ele conseguiu ver a profundidade do problema e ao mesmo tempo notou a preocupação da igreja e cada um tinha um trecho da Bíblia para citar e isso foi também instruindo uns aos outros. Ele até teve que interromper as pessoas dizendo:

– Muito bem, irmãos, vamos continuar conversando outro tempo, pois precisamos nos preparar para o culto,

Aquele culto o clima estava mais leve, a adoração mais centrada e, propositadamente, o regente escolheu vários cânticos sobre amor fraternal. Os irmãos expantanêamente se abraçavam e um grupo de irmãos até cantou outros cânticos abraçados.

No Jardim do prédio da Igreja

Samuel e alguns membros da liderança mais envolvidos decidiram reunir-se no jardim para orar, conversar e para que Samuel pudesse atualizar os irmãos dos últimos acontecimentos e discutir como puderem reavivar o amor entre os membros. Durante a conversa, eles reconheceram que eles mesmos não tinham o exemplo para dar para a igreja. Raramente se encontravam a não ser para apagar algum incêndio na igreja, sito é, eram os últimos a saber do rebanho de Deus e não estavam fazendo o trabalho como convinha. Concordaram que precisavam fazer um pacto de amar um ao outro sem condições.

Fred era um homem que tinha conhecido a igreja através dos seus pais. Ainda na infância, lembrava ele, conheceu o amor de Cristo e isto mudou a sua vida e agora era hora dele replicar, mas coimo? Decidiram marcar alguns encontros entre eles para orar e lerem a Palavra de Deus sobre o amor fraternal que precisavam construir na igreja.

Toda semana um deles trazia uma referência bíblica e uma meditação sobre o amor fraternal. Fred foi o primeiro na escala para trazer algo na próxima semana.

Os homens chegaram cedo no sábado. Fred nem tinha tanta experiência de falar em público, evitava, se pudesse, mas sentiu que nem precisava nenhuma técnica para compartilhar seus pensamentos naquela manhã. Depois da abertura e duas orações, ele leu:

– Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos. Efésios capítulo 4 versículos 2 ao 6.

Fred sentou-se e o silêncio explicava a leitura por si. Ele nem precisou comentar e começou a orar. Enquanto orava, se emocionou e outros com ele.

Samuel concluiu aquela manhã dizendo:

– Irmãos, vamos unir-nos em um pacto de amor e unidade. Nós prometemos a Deus e uns aos outros que vamos amá-los como Jesus nos amou, sem distinção de raça, idade ou posição e opinião.

Ao que todos disseram: Amém!

O Interior do Templo

Passaram alguns meses e a igreja estava renovada. Os membros se abraçavam, sorriam um ao outro e compartilhavam o amor de Jesus entre si. Samuel recebeu cartas de membros que retornaram à igreja, agradecendo pela mudança e prometendo ser melhores seguidores de Cristo juntos. Inclusive Antonio apareceu num daqueles domingos.

No fim do culto Samuel orou assim:

– Senhor, nós te agradecemos por guiar nossa igreja através deste momento difícil. Nós prometemos amar um ao outro sem condições e mostrar o amor verdadeiro de Jesus a todos que nos rodeiam. Em nome de Jesus, amém.

A cada domingo depois do culto dentro do prédio, continuava com os membros da igreja se reunindo em círculos pequenos, alguns orando juntos e compartilhando o amor de Cristo, outros ficavam horas conversando e alguns promoviam almoço no prédio mesmo. Eles sabiam que ainda teriam desafios, mas agora estão unidos pelo amor verdadeiro que Jesus ensinou: “Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”.

Samuel não sentia mais que estava lutando sozinho, ele tinha muitas orações de agradecimento a Deus por aqueles problemas que passaram. Estava começando a pensar que tinha sido muito bom enfrentarem aqueles problemas e quase torcia que novos problemas viesse para que outras coisas fossem resolvidas, mas ele estava gostando de ter uma trégua.

O Velho Testamento – “O Seu Papel Hoje” – Parte 2

O Velho Testamento é uma parte fundamental da Bíblia e desempenha um papel crucial na história da salvação e no desenvolvimento da fé cristã. Compreender seu propósito e aplicação é vital para aqueles que desejam crescer espiritualmente e aprofundar seu conhecimento bíblico.

O Velho Testamento Guiou Até Cristo

Todos os profetas e escritores falaram de Jesus direta ou indiretamente. Jesus é o assunto de toda a Bíblia. Os escritos do Velho Testamento apontam para Jesus Cristo.

Hoje, para compreendermos todo o Velho Testamento, precisamos encontrar o fio da meada e começamos sem erro quando ouvimos o que Jesus disse em Lucas 24:44-45:

“São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos.”

Quem conhecia bem ou não o Velho Testamento, quando conheceu Jesus só teve um testemunho a dar:

“Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.” (João 1:45)

Para aquele que só tinham o Velho Testamento e também estavam buscando a salvação de suas almas, Jesus disse:

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39)

Estas passagens mostram que todas as Escrituras do Velho Testamento são um testemunho sobre Cristo e sua vinda.

Quem Acredita na Lei de Moisés, Deve Seguir a Cristo

O Velho Testamento nos leva a uma só conclusão: Jesus é o Messias do qual falaram os profetas, Jesus diz:

“Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele.” (João 5:46)

Este versículo sublinha a continuidade entre a fé no Velho Testamento e a fé em Cristo. Aqueles que acreditam na lei de Moisés são chamados a reconhecer Jesus como o cumprimento dessas escrituras e seguir a Ele.

O Velho Testamento Cumpriu o Seu Papel

O V.T. guardou e protegeu os Judeus. O Velho Testamento serviu como uma salvaguarda para o povo judeu. Em Gálatas 3:23, Paulo escreve:

“Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.”

A lei atuou como um guardião, protegendo e preservando o povo judeu até a vinda de Cristo.

O V.T. Serviu para Guiar Até Cristo

Paulo conhecia bem o Velho Testamento. Era exemplar na obediência da Lei de Moisés e ele mesmo, ao conhecer Jesus pessoalmente, dissuadiu os discípulos a não voltarem para o Velho Testamento. Ele esclarece seu pensamento nestas palavras:

“De maneira que a lei nos serviu de aio [guia], para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio.” (Gálatas 3:24-25)

A lei, portanto, teve um papel temporário de guiar e preparar o caminho para a vinda de Cristo, cumprindo sua função ao levar os fiéis à justificação pela fé.

Devemos Saber Como Usar o Velho Testamento

O Novo Testamento é claro ao dizer que o Velho foi abolido, mas nem por isso ele deixou de ser a palavra de Deus e tem sua utilidade. Em 2 Timóteo 3:16-17, Paulo afirma:

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”

Esta passagem reforça que o Velho Testamento continua sendo a palavra de Deus e é útil para o ensino e a instrução na justiça. Estas palavras foram escritas num tempo em que ainda não tínhamos o Novo Testamento como o conhecemos hoje.

Não Devemos Obedecer às Leis do V.T.

O Velho Testamento continua sendo a Palavra de Deus, mas ele não tinha a intenção de ser um mandamento para todas as pessoas Gálatas 5:1-4 nos adverte sobre a observância das leis do Velho Testamento:

“Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.”

Paulo argumenta que os cristãos não devem se submeter novamente às práticas da lei mosaica, pois agora estão sob a graça de Cristo.

O V.T. Nos Serve Como Ensino, Advertência e Exemplo

Em 1 Coríntios 10:1-11 e Romanos 15:4, Paulo mostra como os eventos do Velho Testamento são exemplos e advertências para nós:

“Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.”

Esses relatos servem para nos instruir e advertir, fornecendo lições valiosas para nossa caminhada espiritual.

O V.T. É Bom e Tem que Ser Usado Direito (Legitimamente)

Um machado ou uma faca te a sua utilidade, mas quem manuseia estes objetos tem que saber como usar, caso contrário, será a primeira vítima. Paulo escreve para  Timóteo e destaca:

“Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente.” (1 Timóteo 1:8)

Este versículo nos lembra que, embora o Velho Testamento não seja mais um código legal para os cristãos, ele é bom e deve ser usado de maneira correta, reconhecendo seu valor contínuo como parte da revelação divina. Devemos estudar o Velho Testamento, mas sempre olhando para o Novo.

Conclusão

Compreender o papel do Velho Testamento é fundamental para qualquer pessoa que busca crescer espiritualmente. Ele nos guia até Cristo, cumpriu seu papel de proteger e instruir o povo de Deus, e continua sendo uma fonte valiosa de ensino e advertência. Usado corretamente, o Velho Testamento enriquece nossa fé e nos aproxima de Deus.

 

A PARÁBOLA DO SEMEADOR, PARTE 2

A PARÁBOLA DO SEMEADOR, PARTE 2

“Outra parte caiu sobre a pedra e, tendo crescido, secou por falta de umidade.” – Lucas 8:6

“Os que estão sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria. Estes não têm raiz, creem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam.” – Lucas 8:13

O segundo solo, o rochoso, representa aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a recebem com alegria. Porém, como diz o texto paralelo de Marcos, “mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo de pouca duração” – Marcos 4:17ª

Marcos ainda diz:

“Quando chega a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.” – Marcos 4:17b

Aqui no texto de Lucas é dito que: “creem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam.”

Talvez a razão esteja em não terem calculado o preço que custaria seguir a Jesus, mais bem desenvolvido pelo Senhor em Lucas 14:25-33, cuja leitura sugiro.

Estes são aqueles que dizem crer, terem se arrependido, confessam Jesus e são batizados. No entanto, não permanecem fiéis até a morte (Apocalipse 2:10), requisito essencial nos 5 passos da salvação. Lembrando que o ensino “uma vez salvo, sempre salvo” não é bíblico.

Quando penso nas três congregações da cidade de Guarulhos, que em 2023 completou 40 anos de estabelecimento na cidade, lembro que milhares e milhares de pessoas ouviram o evangelho. Destas, centenas chegaram a fazer parte do corpo de Cristo guarulhense. Hoje contamos nas congregações a existência de menos de 500 pessoas fiéis.

Umas das razões está nos 6 tipos de solos que mencionei, sendo que 3 deles não permanecem até o fim, sendo o representado pelo solo rochoso em grande quantidade: aceitam, não calcularam o preço e quando surgem as dificuldades e as perseguições do diabo e de seus seguidores “espanam” e abandonam o Senhor.

Veja a necessidade de ter uma raiz bem fincada na pessoa de Jesus e seu evangelho:

“Esse é semelhante a um homem que, ao construir uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha. Quando veio a enchente, as águas bateram contra aquela casa e não a puderam abalar, por ter sido bem construída.” – Lucas 6:48

Da mesma maneira em que nossa casa espiritual deve estar bem alicerçada na rocha que é Jesus, nossas raízes espirituais precisam estar bem firmes em Jesus e na Palavra de Deus. Caso contrário, pela raiz não ter crescido profundamente, vem o sol das dificuldades e perseguições e logo a raiz é queimada, não podendo absorver nutrientes e, por isso, morre. Ao contrário daquela pessoa mencionado no salmo 1:

“Ele é como árvore plantada junto a uma corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo o que ele faz será bem-sucedido.” – Salmos 1:3

Lembra um pouco da perseguição que o apóstolo Pedro disse que viria sobre os cristãos na época do imperador Nero.

“Amados, não estranhem o fogo que surge no meio de vocês, destinado a pô-los à prova, como se alguma coisa extraordinária estivesse acontecendo. Pelo contrário, alegrem-se na medida em que são coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vocês se alegrem, exultando.” – 1 Pedro 4:12,13

Sofrer por Jesus e seu evangelho faz parte do pacote de Deus que recebemos chamado salvação. Com certeza, na época de Pedro, pessoas representadas pelo solo rochoso não aguentaram e abandonaram o evangelho.

Jesus disse que no mundo passaríamos por aflições (João 16:33). O solo rochoso não estará preparado. Portanto, que o bom solo não fique escandalizado quando os rochosos abandonarem a fé e, se você vê características de solo rochoso na sua vida, ore a Deus e peça a Ele que o ajude a tornar-se um dos 3 bons solos que comentaremos nos próximos artigos. 

A Caminho da Vitória

A Caminho da Vitória

O autor da epístola de Hebreus, embora não identificado, era um mestre da palavra de Deus. Ele nos diz quem são os seus heróis da fé e desafia seus destinatários iniciais e seus destinatários em todas as eras a olhar para o que aconteceu para que, hoje e amanhã, não desistamos. Ele nos relembra do grande número de testemunhas, agora no reino eterno, que nos cerca, como se estivéssemos em um estádio com uma enorme multidão representativa da fé. Devemos fazer do nosso caminho o caminho da vitória e não estamos sozinhos nessa corrida para a vida eterna, até que chegue o dia em que estejamos lá torcendo pelos que ficarem para a luta.

O autor de Hebreus nos lembra qual é a nossa referência. Vamos lembrar quem são eles, rapidamente:

1. Abel – filho de Adão que ofereceu um sacrifício aceito por Deus (Gênesis 4).
2. Noé – construiu a Arca e salvou sua família da destruição pelo dilúvio (Gênesis 6-9).
3. Abraão – deixou seu país, parentes e todos seus bens para obedecer à promessa divina de ter um descendência incontável (Gênesis 12).
4. Isaac – filho de Abraão, que acreditou em Deus mesmo sem ver suas promessas cumpridas (Gênesis 17 e 18).
5. Jacó – Que teve a fé tão forte quando deu bênçãos a seus filhos (Gênesis 48-49).
6. Moises – Que levou seu povo, os hebreus, da escravidão no Egito à terra prometida.
7.  Salomão – rei de Israel, famoso por sua sabedoria e riqueza (Reis 3-10).
9. Gideões e seus filhos – deram fé em Deus para vencer os midianitas com um pequeno exército (Juízes 7).
10. Sansão – que teve a força extraordinária, mas perdeu sua força ao desistir da promessa feita a Deus (Juízes 13-16).
12. Davi – Rei de Israel, que se ajoelhou diante do arca da aliança e prometeu construir um templo para Deus (2 Samuel 7).
13. Sara – esposa de Abraão que, mesmo relutante e com dificuldades, finalmente acreditou em Deus mesmo sem antes ver o nascimento de seu filho Isaac (Gênesis 18:9-15).
14. Rebeca – Mãe de Jacó e Esaú (Gênesis 24:67; 35:27-29).
15. Josué – Que liderou o povo de Israel após a morte de Moises.

Estes são os que andaram no mesmo caminho que andamos hoje. Encontraram oposição, bem como as próprias fraquezas e tentações, e lutaram para continuar e perseveraram. Cristo certamente estava em todas as histórias, e Ele é a melhor motivação para perseverar e ser vitorioso.

O autor do Livro dos Hebreus insiste em que ouçamos e possamos regir aos princípios de Deus, que são sempre para o nosso próprio bem (Hebreus 12:5). Nos lembra sobre a disciplina de Deus (Hebreus 12:6), o que significa que é a voz de Deus em nossos ouvidos e, portanto, a presença de Deus. O livro foi redigido com a intenção de nos ensinar através de bons exemplos como poderíamos ser melhores discípulos de Jesus Cristo, especialmente o tendo Jesus como exemplo supremo.

Correndo para a Vitória (Hebreus 12:4-7)

Os cristãos têm que passar por muitos sofrimentos e são obrigados a lutar contra o pecado. Deus nos treina através de disciplinas para tornar nossa vida refinada e pura e para nos tornarmos pessoas perfeitas em Cristo (Hebreus 12:5, 10). O texto fala sobre como Deus nos trata como filhos. Devemos ser lembrados de que o que passamos é pequeno demais em comparação com a eterna soberania de Deus que nos aguarda.

O Caminho da Vitória em Outras Escrituras

O apóstolo Paulo, uma das figuras heróicas que se convertem em uma inspiração unanime, nos lembra que a nova vida do cristão nunca será separada do amor de Deus, mesmo quando acreditamos estar sofrendo e passando por dificuldades (Romanos 8:35-39). Ainda, em outro trecho, nos diz para continuar a viver para Cristo e deixá-Lo em nós habilitar (Colossenses 2:6-7).

No começo da jornada, o exemplo revela que os apóstolos, com uma determinação incomparável apesar da resistência, continuaram a pregar o evangelho e se sacrificaram como fez Jesus (Atos 14:22). O apóstolo Pedro, outra coluna da igreja de Deus, escreve sobre as tentações e os obstáculos em nossa direção, mas exorta a depender de Deus e da oração contínua (1 Pedro 5:8-9).

Conclusão (Hebreus 12:10-13)

A última repreensão do texto é que Deus quer purificar nossas vidas para que possamos ser mais parecidos com Ele (ser santos como Ele é santo) e sejamos seguidores mais eficazes de Jesus Cristo. O livro de Hebreus nos coloca no lembrete do coração humilde e obediente quando se trata das dificuldades que passamos. Nos lembra de nossos pais que, embora não fossem perfeitos, queriam o melhor para nós e, com seus erros, tentavam nos ensinar sobre a vida com suas correções. Nos lembra de que, na época em que fomos disciplinados, não foi agradável, mas os frutos vieram.

Devemos considerar a correção de Deus como a de um pai amoroso perfeito que nos disciplina com justiça e severidade também (Hebreus 12:10-13). A mensagem é encorajadora, afinal, porque, como um pai, Deus está lá para ajudar a acertar o curso em direção à vitória.

63 Anos da Chegada da Equipe Missionária de 1961

Comemoração dos 63 Anos da Chegada da Equipe Missionária São Paulo

São Paulo, 1º de Junho de 2024 – Hoje marca o 63º aniversário da chegada da equipe missionária que estabeleceu definitivamente a Igreja de Cristo no Brasil. Em 1º de junho de 1961, 13 homens acompanhados por suas esposas e filhos desembarcaram no porto de Santos, sendo posteriormente seguidos por outros três homens, incluindo Allen Dutton, que veio sozinho. Ao todo, 16 famílias foram fundamentais na fundação e expansão da Igreja de Cristo no país.

Ainda lamentando o descanso no Senhor de irmãos que fizeram parte daquela equipe (Howard e Jane Norton, Doris Long), não podemos deixar de comemorar esta data.

Os primeiros esforços missionários começaram em 1927 com Virgil Smith e Orlando Boyer. No entanto, devido a desafios da época, essas iniciativas iniciais não prosperaram, e as congregações se desmantelaram. Mesmo assim, os primeiros missionários mantinham contato com as igrejas nos Estados Unidos, solicitando o envio de novos missionários para revitalizar o trabalho. Apenas em 1957, com a chegada de Arlie e Alma Smith em São Paulo, o trabalho missionário foi reiniciado com sucesso.

No dia 1º de junho de 1961, Arlie e Alma Smith estavam no porto de Santos para receber as 13 famílias missionárias. Acompanhados por Severino de Souza, Marcelino dos Santos e Loyde, eles alugaram um ônibus que transportou as famílias e suas bagagens até São Paulo. Inicialmente, se hospedaram no Hotel São Paulo e começaram a missão do zero, enfrentando o desafio de aprender a língua, encontrar moradias e planejar o trabalho de evangelização.

Desde o início, a equipe manteve uma doutrina consistente e uma conduta exemplar, servindo como referência e modelo de dedicação. O esforço desses missionários resultou na formação de várias congregações em São Paulo, no interior e em outras cidades e estados do Brasil. Hoje, o legado desses pioneiros da fé é evidente em cerca de 300 congregações da Igreja de Cristo em todo o país.

Os 16 missionários que desempenharam um papel crucial na fundação da igreja no Brasil foram: Glenn Owen, Leon Tester, Glenn Looper, Jerry Campbell, Howard Norton, Robert Humphries, Ted Stewart, Jack Hill, Ellis Long, John Pennisi, Walter Kreidel, David Mickey, Lynn Huff, Don Vinzant, Jerry Edwards e Allen Dutton.

A Deus, toda a glória, honra e poder. Inspirados por esses desbravadores da fé, a Igreja de Cristo continua a crescer e a servir. Que possamos todos buscar a visão e a dedicação desses missionários, honrando o trabalho que começou há 63 anos e continua vivo até hoje.

“Porque Deus não é injusto para se esquecer do trabalho que vocês fizeram e do amor que mostraram para com o seu nome, pois vocês serviram e ainda estão servindo aos santos.” (Hebreus 6:10)

DEIXEMOS QUE DEUS SEJA O NOSSO JUIZ

DEIXEMOS QUE DEUS SEJA O NOSSO JUIZ

“Então os presidentes e os sátrapas começaram a procurar um pretexto relacionado com a administração do reino, para poderem acusar Daniel. Mas não conseguiram encontrar esse pretexto, nem culpa alguma, porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa. Então esses homens disseram: — Nunca acharemos um pretexto para acusar esse Daniel, a menos que procuremos algo relacionado com a lei do Deus que ele adora.” – Daniel 6:4-5

“O rei disse a Daniel: — Daniel, servo do Deus vivo! Será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, conseguiu livrá-lo dos leões?” – Daniel 6:20

“Daniel prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa.” – Daniel 6:28

O capítulo 6 do livro de Daniel relata como o profeta prosperou na Babilônia durante os 70 anos do povo de Deus no exílio. No capítulo de hoje ele não é mais aquele homem com cerca de 15 a 20 anos que foi levado como cativo. Agora é um senhor com cerca de 80 anos. No entanto, a fidelidade de Daniel a Deus é a mesma.

Algo que quero destacar no capítulo de hoje foi a incapacidade dos inimigos de Daniel de encontrar algo que o incriminasse, a não ser sua fé em Deus. Sim, o servo de Deus pode até ser contestado, jamais será unanimidade. Porém, as acusações contra ele, como aconteceu com Daniel, devem ser falsas ou tenha a ver com sua fidelidade e dedicação ao Senhor dos Exércitos.

É o que diz o apóstolo Pedro no Novo Testamento:

“Se são insultados por causa do nome de Cristo, vocês são bem-aventurados, porque o Espírito da glória, que é o Espírito de Deus, repousa sobre vocês. Que nenhum de vocês sofra como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se mete na vida dos outros. Mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por causa disso.” – 1 Pedro 4:14-16

A pessoa de Deus às vezes é acusada de exagerada ou mesmo fanática por causa de sua fé. Vindo da boca dos pagãos deve ser recebido até como elogio, pois, como aconteceu com Daniel, não conseguiram provar nada contra nós.

Finalmente, a maneira como Deus livrou Daniel dos leões sempre me emociona. Mas, sua fé no Senhor o faz vencedor antes mesmo de ser salvo, pois permaneceu fiel ao Deus Todo-Poderoso. O nome Daniel significa “Deus é meu juiz” e, de fato, o livramento foi Deus mostrando que Daniel era inocente naquelas acusações falsas.

Que nós, como seguidores de Jesus, não sejamos unanimidade, mas que, quando acusados, sejam estas acusações falsas, pois ninguém conseguiu encontrar algo contra nós, a não ser nossa dedicação ao nosso Deus e Pai.

Foi o que aconteceu com os grandes heróis da fé “os quais, por meio da fé, conquistaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões.” – Hebreus 11:33.