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Da Teoria à Prática

Desde quando eu era criança e depois adolescente, respondia para os meus pais quando me chamavam: – Já vou! E demorava para ir até que sofria as consequências disso. Depois, com o tempo, vi a necessidade de eu mesmo ter atitude e, sem ninguém precisar falar nada ou me chamar a atenção, fazer o que era necessário, isso chama-se maturidade. A maturidade chega em tempos diferentes de pessoa para pessoa. Conheço algumas pessoas e vejo tantas outras que, mesmo estando na idade em que estou, ainda não chegaram na maturidade. Ainda tem muitas coisas para as quais eu mesmo não amadureci, acredito, ainda, que é um processo, talvez continue acreditando isso para me justificar dizendo para eu mesmo que ainda vou responder sem Deus precisar chamar minha atenção. Gostaria de estar plenamente maduro, mas, como disse, deve chegar a qualquer momento.

A gente aprende muito pela repetição e Deus sabe o quanto nossa memória esquece fácil ou não presta atenção até que um dia uma faísca pode fazer toda diferença. Um lápis e papel é mais confiável que a nossa mente, então, Deus resolveu, há milhares de anos atrás, deixar suas palavras registradas para que tenhamos mais chance de encontrá-la um dia e realizar a mudança. Acredito também que ninguém nasce pronto, mas que também morre incompleto.

Depois de quase 40 anos na fé, ainda encontro muitas passagens como se fossem novidade e outras que me envergonham por ainda não ter conseguido chegar lá. Não sei dizer quando foi a primeira vez que ouvi ou vi a passagem de Tiago que fala sobre ouvir e praticar ou mesmo Jesus quando disse várias vezes nos evangelhos sobre isso.

“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando- vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” (Tg 1:22-25)

Então, ouvir chamar o seu nome e não atender ou ter atitude sem ninguém precisar falar é normal porque somos egoístas e estamos procurando satisfazer, em primeiro lugar, o nosso desejo. A oração que Jesus ensinou é: “Seja feia a vossa vontade”, sabemos que não estava falando sobre a nossa vontade, mas por causa da falta de maturidade, é isso que praticamos.

O autor de Hebreus falou sobre isso também e, aplicando o que ele disse para nós, ele nos chama de ‘tardios em ouvir”. Ainda é difícil ser maduro porque
realmente não queremos prestar atenção. Procuramos o caminho mais fácil, mais prazeiroso e temos necessidade de alguém que nos ensine de novo e de novo.

“A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.” (Hb 5:11-14)

A solução para isso? O autor de Hebreus, assim como outros autores, também nos deram. Ele nos diz o que devemos fazer tanto no texto citado acima como posteriormente. Acima ele disse que devemos ouvir com mais atenção, deixar dos princípios elementares dos oráculos de Deus, que devemos deixar de nos alimentar de leite deixando de ser crianças espirituais (imaturos) e isto acontece pela prática da palavra. O alimento sólido não é estudar mais, mas colocar em prática o que já sabemos, o básico, discernir não somente o bem, mas também o mal. Depois, na continuidade da passagem que sei que você vai procurar por si mesmo, ele repete que devemos deixar os princípios elementares e até cita quais são. Permitindo Deus, vamos amadurecer…

Sempre faço esta pergunta e sempre a aplico para eu mesmo: quantas pessoas você trouxe para Jesus nos últimos 5 anos? Se a gente não tiver um alvo e planejar, continua olhando para o próprio mundo egoísta que vivemos, procurando nossos próprios interesses. Qual o seu alvo para amadurecer? Quando amadurecer, devemos dar frutos. Então, começemos já pensando nos frutos e isto vai nos levar a maturidade.