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Smile

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Você conhece as batatas “Smile”? São aquelas batatas que costumam ser vendidas congeladas, com o sorriso.

Essas batatas, além de agradar as crianças têm uma característica, apesar de irem para o forno, ficarem assando, enfrentarem uma brusca mudança de ambiente, saindo do -0ºC para uns 200ºC, elas continuam sorrindo!

Então essas batatas nos ensinam a passar por provações! Como assim? Tiago nos diz:

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.” (Tg 1:2-8)

Como cristãos não temos a promessa de uma vida sem dores e dificuldades nesta terra, mas quando olhamos para Tiago vemos a chance de sorrirmos em momentos de provação. De mantermos o nosso ânimo, esperança e certeza da volta de Jesus. Temos a chance de crescermos na provação, de nos tornarmos mais fortes e próximos de Deus, mais sábios e resilientes. Temos a chance ainda de motivar outros por coisas pelas quais passamos

Pedro, o apóstolo nos dá motivação semelhante:

“Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (I PE 1:6,7 (ARA)

Interessante que Pedro fala do ouro e do fogo, ou seja mesmo provado pelo fogo, o outro mantém sua essência, da mesma forma que batata assada continua sorrindo e nós que somos cristãos, filhos de Deus estamos prontos para enfrentarmos aquilo que prova? Será que nós estamos prontos até para sorrirmos em momentos que aos olhos do mundo são difíceis?

Estamos aqui para fazer a diferença! E mais do que isso, para termos a certeza de que depois dessa vida temos uma coroa prometida, um local onde não haverá choro, então lembremos também desta promessa!

A Base de Lares Felizes e Fortes 4 – Ter o Fruto do Espírito Santo

Este é o quarto artigo da série: “A Base de Lares Felizes e Fortes“. Se você não leu o artigo anterior, CLIQUE AQUI para ler.

E finalmente, para termos famílias fortes e felizes, precisamos ter o fruto do Espírito Santo. Eu mencionei no início e acredito com todo o meu coração, todo mundo deseja um lar feliz.

Você vai a Singapura, os chineses lá desejam um lar feliz. Você vai à República Checa, onde está minha filha com o marido como missionários; os checos anseiam por lares felizes. Vai à Alemanha, desejam lares felizes.

Mas o que é um lar feliz? Eu acho que um lar feliz é um lar onde existe amor. Não acha? Eu acho que é onde existe alegria. Sou muito grato a Deus por ter uma esposa feliz e alegre.

Posso chegar em casa deprimido, meio zangado, e ela está feliz, graças a Deus, e ela me faz feliz. Desejamos lares onde existe amor, alegria, paz, longanimidade, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Onde posso sair de manhã sem me preocupar com o que minha mulher vai fazer enquanto estou fora de casa. E onde posso pegar um avião ontem à noite, vir para cá e ficar fora vários dias, e minha mulher não se preocupa com o que vou fazer enquanto estou longe?

Porque ela pratica o domínio próprio e eu também pratico.

Agora, se eu pudesse garantir que você voltasse para o seu lar e encontrasse lá o amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, você não seria o homem mais feliz do mundo?

E sabe onde peguei essas características? Vocês sabem! Em Gálatas:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22, 23)

Acredito que Karl e Paul Faulkner, aqueles dois irmãos que entrevistei, tinham razão. Perguntei o que poderia fazer como pregador para fortalecer os lares na minha congregação. Eles responderam “Pregue o exemplo de Jesus Cristo”.

Hoje, irmão, digo que se desejamos famílias fortes e felizes, precisamos da mentalidade de Jesus, do caráter de Deus e do fruto do Espírito Santo. Que Deus nos conceda lares cada vez mais felizes e fortes.

Todos os artigos desta série você encontra nos links abaixo:
1. A Base de Lares Felizes e Fortes – Introdução
2. A Base de Lares Felizes e Fortes 2
3. A Base de Lares Felizes e Fortes 3
4. A Base de Lares Felizes e Fortes 4 é este artigo que você leu…

Para este artigo, agradeço especialmente ao irmão Nélio Ferreira por disponibilizar o vídeo com esta mensagem.

Tocados Pela Graça e a Alegria

Falar sobre dinheiro não é fácil. Dizem os especialistas que uma lei só pega quando dói no bolso. Também nota-se facilmente que a generosidade está ligada ao que motiva o coração a se abrir. Jesus já disse: “…onde estiver o tesouro de vocês, aí estará também o seu coração.” (Lucas 12:34).

Guiados Pelos Sentidos

Como nos guiamos muito pelos nossos cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato), depositamos nossa confiança no que podemos ver, ouvir, sentir,  cheirar e tocar. Então, se um dos cinco sentidos é estimulado, isto também nos leva a abrir nossos corações. Aprendemos e somos tocados pelo exemplo de outros que, em situações piores do que a nossa, fazem o que nós, em situação tão confortável, deixamos de fazer. A vergonha é justificada pela mudança de atitude.

O mundo todo estava passando por uma situação difícil. Em pleno ano 3 mil, aproximadamente, da humanidade na terra. Estavam vivendo uma época nada humana. Perseguições, fome, injustiças, guerras, invasões, dificuldade para ganhar o pão de cada dia, impostos altos, etc. Claro que nem todo mundo sofria tudo isso, dependia muito da sua origem. Se você fosse um cidadão romano, sua vida seria um pouco mais confortável, mas ainda assim você teria que sofrer com políticos corruptos do império. Os irmãos da Macedônia eram gregos e enfrentavam muitas dificuldades. Eles viviam “no meio de muita prova de tribulação” (2 Coríntios 8:2). Além disso, para piorar as tribulações, eles viviam em profunda pobreza. Hoje eles seriam considerados cidadãos abaixo da linha de pobreza.

A Graça e a Alegria

Apesar deste quadro social, Deus interveio e concedeu Sua graça às igrejas da Macedônia. Quando Deus agiu dando-lhes sua graça: “…manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles transbordou em grande riqueza de generosidade.” 2 Coríntios 8:2. A POBREZA DEIXOU DE SER O PROBLEMA OU A DESCULPA.

A alegria foi o outro fator com o qual Deus os abençoou. Por causa dos problemas mundiais, os pobres, principalmente os irmãos da Judéia, estavam passando fome. Foi uma grande oportunidade para a união da igreja. Paulo promoveu uma oferta entre todas as igrejas de Cristo e todos estavam ofertando, mas por causa das tribulações e profunda pobreza dos Macedônios, eles foram poupados de participar, porém, de alguma forma, eles souberam da grande oferta e, por causa da graça, da alegria eles estavam vivendo vidas transbordantes que os problemas e a profunda pobreza não podia conter e eles se voluntariaram pedindo com insistência para participar.

Deus Quer o Seu Coração

Generosidade não é apenas participar, mas é fazer como eles fizeram. Eles deram acima das suas posses. Por acaso você já ofertou uma vez na vida acima das suas posses? Lemos com vergonha este exemplo tão tocante. Na verdade, eles foram tocados primeiro. Paulo explica porque eles eram tão generosos mesmo sendo pobres:

“E não somente fizeram como nós esperávamos, mas, pela vontade de Deus, deram a si mesmos, primeiro ao Senhor, depois a nós.” (2 Coríntios 8:5)

Deus sabe como nós somos e tocou a vida deles. Eles transbodavam a graça e a alegria de Deus nas vidas deles e com todos os sentidos viviam vidas novas. Vidas transformadas a ponto de transformar as vidas de outras pessoas.

Aprendemos dos irmãos pobres em bens e ricos em graça e alegria que Deus não quer o seu dinheiro se você não deu o seu coração primeiro para Ele. Só quando nós abrirmos os nossos corações para Deus é que Ele nos faz realmente ver, ouvir, sentir,  cheirar e tocar a Sua imensa graça que transborda. A verdadeira bênção só acontece não quando você é financeiramente abençoado, mas quando você sente a graça de Deus e isto só é possível com um coração aberto.

Quando abrirmos os nossos corações e deixar Deus nos tocar, é que então vamos ter vidas transformadas e podemos transformar o mundo mesmo se estivermos abaixo da linha de pobreza. O que transforma o mundo não é a condição financeira, mas a graça e a alegria que vem de Deus.

Faz todo sentido quando, pouco depois, o apóstolo Paulo diz: “Deus ama quem dá com alegria.” 2 Coríntios 9:7)

FESTA NO CÉU

E também no coração do evangelizador.

INTRODUÇÃO

A palavra é: alegria. Como é bom nos sentirmos assim, alegres. Há momentos que são marcantes.

Consigo lembrar de várias das minhas alegrias: meu casamento com Silvia em 2007, o nascimento do meu filho Josué em 2008, o início das reuniões da igreja nos Pimentas em 2004, quando tomei posse no meu cargo no Tribunal de Justiça em 1995 e, claro, meu batismo, em 1988. São apenas algumas delas na minha vida.

E você? Tem um rol de alegrias? Tem datas na sua cabeça? Eu tenho várias e poderia citar muitas outras.

I – MINHA MAIOR ALEGRIA HOJE

Porém, há uma alegria, que já há alguns anos, é a que mais enche o meu coração de exultação e ela repetiu-se no último dia 10 de abril. Depois de cerca de 8 meses de estudo da Palavra de Deus, aos poucos, Jesus foi nascendo no coração de Naiana e lágrimas brotaram dos meus olhos quando ela disse: “Valdir, quero ser batizada. Você pode me batizar?”

Mas não foi somente a Naiana. Tenho tantas pessoas, os meus “causos de evangelismo”. Lembro dos meses de estudo na casa de Bete, os grupos da Escola da Bíblia que trouxeram como resultado as conversões de dona Alice e um entendimento maior da Palavra de Deus por parte de Itamar, Elisabete e seu filho Filipe, os recentes estudos on-line que resultaram na conversão de Lincoln e Ingrid.

Estes são alguns dos meus “causos” e sei que muitos de vocês têm os seus e meus próprios causos podem ser divididos com outros, utilizados por Deus na salvação das pessoas citadas: Aline, minha sobrinha, e sua dedicação em falar de Jesus a Naiana, tantos irmãos passaram na vida de dona Alice, Itamar, Elisabete e  Filipe antes de nós…

Sim, temos a alegria da salvaçao em Cristo, da vida sempre  melhorar a partir do momento em que nos convertemos, mas há uma ALEGRIA, a alegria da encenação da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus.

Quando alguém diz: “Quero ser batizado” novamente este fato é reencenado. Há uma grande alegria no céu, mas também no coração daquele ou daqueles envolvidos nessa grande obra, cujo Patrocinador é Jesus Cristo com sua morte na cruz. Ele fez o impossível, mas delega para cada um de nós, o possível, a grande responsabilidade na missão de “buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10).

Vamos ler mais sobre esta alegria em Lucas 15. Convido-o a ler todo o capítulo, mas vou destacar alguns:

“Digo a vocês que, assim, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” – Lucas 15:7

“Eu afirmo a vocês que a mesma alegria existe diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” – Lucas 15:10

“Mas era preciso festejar e alegrar-se, porque este seu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” – Lucas 15:32

Deus e seus anjos alegram-se demais quando um pecador se arrepende e aceita o caminho, Jesus, que o leva para o céu. Ele é paciente e não quer que ninguém se perca.

“Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” 2 Pedro 3:9

II – FESTAS NO CÉU E TAMBÉM NO CORAÇÃO DE TODO EVANGELIZADOR

Há uma festa no céu, mas também no coração de todo evangelizador pelo pecador perdido, que não sabia que estava perdido, pois julgava-se comparando-se com alguém que tinha um comportamento pior que o seu, até ter seus olhos abertos pelo evangelho de Jesus. “Estou perdido”, disse Vitor. Quem te falou?, eu perguntei “Eu vi na Palavra de Deus!”, disse ele. Oh!, glória! Que alegria imensa!

No céu haverá tanta gente ruim, com um passado terrível, porém que, em determinado momento, levantou a bandeira branca, rendeu-se e disse: “Senhor, sou um pecador, tem misericórdia de mim”. Leia Lucas 14:31-32 e 18:13-14.

No inferno haverá até gente boa, talvez com um compartamento melhor que este primeiro, mas que sempre negaram-se a participar da morte, sepultameno e ressurreição de Jesus.

Nesta pandemia, mais de 500 mil brasileiros morreram. Sofremos juntos, pois a morte sempre é difícil. Mas a grande tragédia é morrer sem confessar que Jesus é Senhor e ter participado, no batismo, da encenação da sua morte, sepultamento e ressurreição. E ter o advogado Jesus ao lado no momento do Juízo Final.

III – FESTA POR UMA DECISÃO COM REFLEXOS ETERNOS

Digo para os casais de noivos e namorados: sua decisão é a segunda mais importante na vida – pelos próximos 30, 40 ou 50 anos, seguindo a ordem de Jesus, terão que conviver um com o outro.

Porém, a decisão mais importante acontece quando descemos às aguas do batismo – terá reflexos nesta vida, sim, a vida será melhor, com mais desafio, sua família e amigos poderão ser impactados – mas o reflexo maior é eterno, onde você passará a eternidade – com Deus ou longe de Deus.

IV – FESTA POR ALGUÉM QUE VOLTA AO LAR

Olhando os textos citados, vemos o exemplo da ovelha, talvez teimosa, quis viver por um tempo do seu jeito, até perceber que estava errada – o Pastor, Jesus e seus representantes foram atrás – por isso, não podemos jamais desistir de uma pessoa – sei que às vezes é difícil, mas é importante.

Ou aquele filho que resolveu sair de casa, mas volta arrependido. O pai não foi atrás, respeitou a decisão dele, mas, ao voltar, o filho foi recebido com festa – o mesmo deve acontecer conosco.

“Além das coisas exteriores, ainda pesa sobre mim diariamente a preocupação com todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não fique indignado?” – 2 Coríntios 11:28-29

V – COMO FAZER PARA TERMOS ESTAS FESTAS MAIS CONSTANTES EM NOSSO CORAÇAO

1. Valorizar cada vez mais o que Deus valoriza e cada vez menos o que Ele não valoriza. Sim, Jesus não morreu por coisas, por bens materiais, por um mundo justo politicamente. Ele morreu e abriu o céu para que todos tenham a oportunidade de se arrepender e morar no céu.

Você e eu somos alistados nisso tudo: viver a vida cristã, ser um bom exemplo de seguidor de Jesus, buscar oportunidades para falar, para cada alma que se salva, por causa da festa que há no céu, quero ser participante desta festa.

2. Empenhar-se no nosso trabalho aqui na terra, buscar e salvar o perdido, sem tempo ruim, sem preguiça, sem colocar outras coidas e prioridades no lugar. 

Alguém quer ouvir do evangelho, sempre estar a disposição. “Ninguém deixará de ir para o céu, no que depender de mim”, deve ser o pensamento de cada cristão.

A vida cristão não resume-se às nossas reuniões: é tempo integral – sempre dispostos a sermos utilizados por Deus – um encontro, uma conversa, um ouvido atento – cumprindo o maior mandamento, amar a Deus, amando ao próximo, servindo as pessoas em suas necessidades, sendo a salvação proporcionada por Jesus a maior delas.

3. Sermos mais gratos pelo que temos, pois assim sobrará tempo para dedicarmos aos perdidos.

“O pão nosso de cada dia” (Mateus 6:11) é o que precisamos. Uma casa para morar, nosso sustento diária. Contentamento com a vida que temos nos levará a valorizar mais e mais o que é espiritual. Não seremos encantados pelos bens materiais dessa sociedade consumista.

4. Esmurrar diariamente nossas vontades que não estão de acordo com a vontade de Deus. Livremente, fazer de nós mesmos, mais e mais, um escravo de Cristo e sua vontade (1 Coríntios 9:27).

CONCLUSÃO

Qual é a sua maior alegria hoje em dia? O que faz seu coração vibrar de alegria e chega a tirar lágrimas dos seus olhos?

Sua alegria é a mesma que existe no céu quando um pecador se arrepende? 

Se não é, o que precisa mudar para que seja?

São os seus valores, suas prioridades, uma conversão maior a Jesus e seu projeto para este mundo? O que precisa mudar?

Quais são os seus “causos de evangelismo”. São poucos? Todo evangelizador, ao ensinar sobre a importância do evangelismo deve ir além do estudo da Bíblia, deve ter os seus próprios causos para contar.

Não somente de sucessos, mas também de fracassos. Eu, por exemplo, durante várias semanas, estudei a Bíblia com um grupo de pessoas, que chegou a ter 12 participantes, mas, que eu sabia, resultou em nenhuma conversão.

E você que está lendo este artigo. Tem muitos casos a contar? Poucos? Nenhum?

Talvez a respota a esta pergunta mostre a razão de seu coração vibrar ou deixar de vibrar de alegria, ao buscar uma alma, como Deus e seus anjos e fazer uma festa quando ela se arrepende e volta para o Senhor.

Festa na terra, festa no céu e também no coração dos evangelizadores. Tudo por causa de uma alma arrependida.

“Tempo da Graça” – Lm 3.22,23

                              Pense aí, você acabou de perder tudo o que tem, sua casa foi queimada, seu país invadido e escravizado, seu sagrado foi profanado, muitos de seus parentes foram mortos e/ou violentados, no lugar que você ama só tem miséria, corpos pelas ruas e um altíssima coluna de fumaça sinalizando que não, ali não é mais terra de um povo, uma cultura. Em resumo, e de maneira geral, esse é o contexto desse livro, poético e profético, que fala da tristeza de um homem que por 40 anos foi ignorado e teve a sua mensagem, mensagem de Deus, seguidamente rejeitada (Jr 52).

                              No entanto, não se desespere, esse é um livro de esperança e confiança, Jeremias não queria registrar as mazelas de Jerusalém ou de Judá, mas proclamar paz e restauração, que o povo se voltasse para Deus, visto que Ele é fiel e justo, sempre amoroso, querendo que seu povo viva e desfrute das maiores e melhores graças (2Pe 3.9).

 

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”

Lamentações 3:22,23

 

                              Apesar de não ser o foco, ou não deveria ser, do cristão, a nossa vida terrena não pode ser “sofrida” ou “miserável”, pois já temos motivo suficiente para nos alegrarmos em todas as situações (Rm 8.31-39; Hb 12.1)

                              Primeiro, Deus cumpriu sua promessa de nos abençoar por meio da genealogia de Abraão e genealogia de Davi, Jesus, “Deus conosco” é a garantia de amor e justiça eternas; e isso não apenas em letras ou palavras, mas em ação e verdade, é missão da igreja cuidar da igreja e da vizinhança (mesmo que sejam homossexuais, umbandistas, muçulmanos ou ateus), o que deve nos fazer pensar “eu estou sendo a igreja certa?” (Gn 22.18; Mt 1, 22.37-40; Ef 1.9-11)

                          Segundo, temos ainda uma esperança eterna e superior a qualquer problema terreno, assim como o atleta suporta dores e aflições para se manter na corrida, é “parte do processo” que soframos um pouco pela Glória futura; esse sofrimento é também angústia, ansiedade, abnegação, raiva, e tantos outros sentimentos humanos que experimentamos ao longo do nossa jornada de transformação de nossa mente.

                              Confiadamente podemos viver em meio a dificuldade a medida que olhamos para a cruz, o sangue, os espinhos, para o sepulcro, e vemos não dor, não tristeza, não morte, MAS amor, redenção, salvação e fidelidade (Hb 14.16; Tg 1.2-5).

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”
– Tiago 1:2-5 –

Decisões & Emoções

As emoções não são um bom guia. Podemos cometer muitos erros ao tomar decisões no calor das emoções e, invariavelmente, iremos nos arrepender daquele momento. Para nos arrepender de decisões emocionais, bastam apenas alguns segundos de emoção. Em seguida, veremos um exemplo de alguém que comprometeu toda a sua vida por fazer uma decisão emocional.

Jesus escolheu seus discípulos, treinou-os e os capacitou para espalharem a mensagem do evangelho (v. 7-11). Eles obedeceram a Jesus e saíram pregando com a autoridade que Jesus delegou a eles (Marcos 6:12, 13).

As obras de Jesus e de seus discípulos foram até mesmo onde eles não tinham chegado antes, aos ouvidos de Herodes (v. 14). Muitas pessoas não conheciam Cristo direito. Os pensamentos de então sobre Jesus era que Ele deveria ser Elias, ou talvez fosse um profeta, como os de antigamente. Mas Herodes, como muitas outras pessoas, pensavam que era João Batista ressuscitado. Herodes pensava ser João mais por dor na consciência do que por conclusão teológica, pois,, por causa da mulher de seu irmão Felipe, ele tinha mandado prender João Batista. João era um homem corajoso que os acusava de um relacionamento ilícito dizendo: “Não lhe é permitido ter a mulher do seu irmão” (Marcos 6:13-18).

Quando olhamos para Herodes, vemos que era um homem comum, como muitos de nós hoje em dia. Ele não era perfeito, mas também não era totalmente mau. Herodias odiava João Batista e queria matá-lo, mas Herodes gostava de João. Ter prendido Batista foi a forma que Herodes encontrou para protegê-lo de um eventual atentado contra sua vida. João Batista o incomodava, mas Herodes gostava de ouvi-lo (v.19, 20). Pensemos um pouco sobre o coração de Herodes e o classifiquemos segundo a parábola do semeador (Mc 4:1-9, 13-20). Que tipo de coração você acha que ele tinha?

João Batista tinha feito um bom trabalho. Ele foi um bom representante de Jesus. Quando Herodes ouviu falar de Jesus, logo pensou em João Batista. Deus o havia enviado para preparar o caminho do Senhor e ele fez seu trabalho. Quando Jesus chegou, o trabalho já estava feito e bem feito. Será que somos tão bons representantes de Jesus como foi João Batista? Quando as pessoas ouvem falar de Jesus, será que elas têm uma boa referência em nós. Será que quando elas precisarem encontrar Jesus, vão nos procurar por que orepresentamos bem?

Devemos tomar cuidado com nossas emoções, elas podem nos levar à ruína. Datas importantes são para mexer com nossa emoção. De Herodes, aprendemos que precisamos tomar cuidado com datas importantes (Marcos 6:21). Cuidado com as festas da vida, com aniversários, com os nascimentos, com os velórios, quando receber um dinheiro extra, quando faltar dinheiro, etc. Esteja sempre alerta. Certa vez, conheci um homem que disse não frequentar mais a igreja porque ninguém lembrou de seu aniversário; mesmo um adulto pode agir infantilmente.

Aprendemos que devemos ter cuidado com quem andamos (Marcos 6:21). Herodes convidou pessoas importantes para o seu aniversário. Provavelmente fez um banquete digno de um rei, estava muito alegre e recebeu como presente uma dança sensual de sua enteada. Agora, se olharmos para o caráter de Herodes, vemos um homem que vivia ilegalmente com uma mulher e cobiçava a filha dela.

Aprendemos desse homem que devemos evitar a exposição às tentações (v. 22, 23). Herodes era um homem poderoso, rico, mas apenas um homem debaixo de suas vestes reais. Vamos ler Tiago 1:12-15 enquanto pensamos especificamente desse governador:

“Feliz é aquela pessoa que suporta com perseverança a provação, porque depois de ter sido aprovada, ela receberá a coroa da vitória, que é a vida que Deus prometeu aos que o amam. Ninguém ao ser tentado deve dizer: ’“Esta tentação vem de Deus’, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e Ele mesmo não tenta ninguém. Mas cada um é tentado pelos seus próprios maus desejos, quando estes desejos o atraem e o seduzem. Estes maus desejos, depois de conceber, dão à luz o pecado. E o pecado, depois de crescido, gera a morte”.

Agora podemos aplicar esta mesma passagem para as nossas fraquezas.

Devemos aprender a ter cuidado com nossas palavras (v. 23). Quando estiver muito emocionado, não prometa nada a ninguém. Isto vale para qualquer emoção, tanto de felicidade como de tristeza. Jesus disse que nossa palavra deve ser: sim, sim, não, não. Se não pudermos cumprir o que dizemos, então é do maligno. Você já não se arrependeu por ter dito algo enquanto estava emocionado?

De Herodes aprendemos a tratar hoje das escolhas erradas do passado. Mesmo que ele gostasse de ouvir João, parece que ele não tinha força ou coragem de obedecer ao que aprendia. João o acusava abertamente (v. 18), mas parece que quem mandava lá naquela casa era Herodias. Devemos agir como Herodes não agiu. Arrependa-se e deixe o pecado, caso contrário, o pecado do passado bate à sua porta.

O Novo Testamento constantemente nos fala sobre a necessidade de estarmos atentos o tempo todo. Devemos tomar cuidado com datas, com as armadilhas das emoções, com a má companhia, com as tentações, com nossas palavras e deixar o pecado o mais rápido possível.

Ofertar Nestes Tempos Difíceis

Estamos vivendo um inédito e inesperado confinamento social. O que pode acontecer não sabemos ao certo, mas prevenção nunca é demais. Talvez os receios, os medos, as notícias sejam exageradas, mas como saber? Algo que não pode ser pequeno neste tempo de notícias tão alarmantes é a fé, a esperança, o amor, a oração e ação. Confinamento social não é confinamento espiritual, pelo contrário, estamos recebendo de Deus uma prova da nossa fé e uma oportunidade de crescer ainda mais em Espírito e em Verdade.

Vamos abrir os olhos, ouvidos e coração para aprender as lições. Aprendemos que igreja não é o lugar e sim as pessoas. Aprendemos que comunhão faz muita falta, sim e é essencial. A comunhão tem um grande poder, basta olhar para esta situação que estamos vivendo.

Depois de fazer o que podemos, não devemos deixar de fazer o que devemos. Apesar do confinamento social, faltar ao culto continua sendo um pecado grave. Como assim? É isso mesmo! Afinal, não lembra que estamos aprendendo que igreja não é onde você vai e sim quem você é? Mas você também deve saber a este ponto que você não é a igreja estando sozinho. Você é um membro do corpo de Cristo, está ligado a Cristo estando ligado aos irmãos. Andar na luz é manter comunhão com os irmãos[mfn]”Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” 1 João 1:7[/mfn] e estamos aprendendo que comunhão pode ser muito mais abrangente.

Algo que é obrigatório, é o culto, porém, o que é o culto? Resumimos em algumas ações: cantar, orar, ofertar, tomar a Ceia do Senhor, a pregação da palavra e a comunhão. Nestes tempos de cerceamento social, nunca foi tão verdade que onde estiverem dois ou três reunidos, Jesus estará lá.

Quero falar sobre a oferta especificamente neste artigo. Ofertar é um ato bíblico e os discípulos do primeiro século faziam no domingo, mas não exclusivamente[mfn]Necessidades existem além das paredes do prédio da igreja e, afinal, tudo o que fazemos é administrar as bênçãos da parte de Deus. Pagar impostos e sustentar a família também são atos de oferta a Deus e não são feitas exclusivamente aos domingos.[/mfn]. Talvez você não possa estar fisicamente presente no culto no prédio da igreja, mas não deve deixar de ofertar. Até onde sei, todas as Congregações têm uma conta no banco e com a tecnologia hoje nós podemos ofertar quanto quisermos e de onde quisermos. É muito prático. Os meios tradicionais e seguros também valem como ir ao banco e fazer um depósito na conta da Congregação de onde você se reúne.

A oferta se faz mais necessária agora do que jamais foi! Esta vai ser a oportunidade da igreja responder ao mundo sobre a esperança que temos com amor, temor e boa consciência (1 Pe 3:15, 16). Como vamos poder responder se não estivermos preparados? Então, irmãos, continuem ofertando para as suas Congregações e também para o Colheita Brasil e outros trabalhos sérios que temos na irmandade. Agora é hora de generosidade e, depois de muitos dias, veremos o nosso pão de volta.

Consultei alguns irmãos sobre o assunto para saber se já pensaram sobre isso e o que vão fazer nestes próximos domingos enquanto esta situação.

Os irmãos do Guanabara em Campinas suspenderam as atividades no prédio como cursos de teologia, reuniões de homens e mulheres, reuniões de casais, etc. Eles fizeram uma ordem do culto e distribuíram aos irmãos para que todos fizessem o culto com suas famílias como se estivessem no culto no prédio do Guanabara e o irmão Allen Jr. relatou que, apesar disso, foi edificante. Quanto à oferta eles instruíram aos irmãos a fazerem a oferta no culto onde estivessem como se faz normalmente aos domingos e a fazerem um depósito na conta da igreja durante a semana (segunda se conseguirem), assim como o ministério das finanças sempre o faz. Alguns irmãos começaram a questionar e se preocuparem sobre isso e transmitiram suas preocupações aos evangelistas. Inclusive o irmão Alisson Terra, um dos evangelistas da Congregação, enviou uma mensagem de áudio aos irmãos instruindo da mesma forma ou guardar tudo para uma próxima oportunidade em que os irmãos puderem se reunir novamente.

Já a Congregação do Rebouças em Curitiba reconhece que a falta de comunhão como a igreja toda, afetará a coleta. Eles ainda não decidiram sobre suspender as atividades como o culto. Eles ainda iriam se reunir nesta quarta (dia 18 de Março) para decidir como proceder, informou o irmão Mauro Francisco.

Nosso irmão Daniel Morgan relatou o que a igreja está fazendo por lá. Ele congrega em Saturn Road, no Texas, onde tem mais de mil membros, mas em congregações menores com 200 a 250 eles não tiveram a restrição de se reunirem, mesmo assim naquelas Congregações os presbíteros receberam os irmãos que chegaram e distribuíram ‘kits’ para a igreja e os orientaram a ficarem em pequenos grupos. A oferta foi feita naquele dia numa cesta separada de todos para não passar entre as pessoas para evitar contatos pessoais. Em Saturn Road os pequenos grupos continuam com no máximo 12 pessoas. Eles tiveram um culto online e ouviram a mensagem e tomaram a ceia em pequenos grupos familiares.

Devemos continuar as nossas ofertas porque não sabemos o futuro, mas a igreja deve estar preparada para poder ajudar a todos os que precisam, mas principalmente aos membros em primeiro lugar (Gl 6:10). Deus vai usar a igreja que estiver preparada. Este é o momento ideal para os líderes da igreja estarem prontos para dar respostas sábias. Peçam esta sabedoria para Deus e nos preparemos para testemunhar que Deus é o Senhor e que Jesus Cristo pode curar.

Esta é uma maneira da igreja responder ao medo, incertezas, notícias alarmantes ou mesmo notícias realistas e ameaças. Devemos responder sempre com os recursos que temos e devemos ser perseverantes nisso, mesmo que não vejamos os resultados imediatamente. Nossa resposta deve ser com fé, esperança, amor, oração e ação.

 

Alegrias e Tristezas de Um Evangelizador

“Meus filhos, por quem, de novo, estou sofrendo as dores de parto, até que Cristo seja formado em vocês.” – Gálatas 4:19

– “Valdir, quero estudar a Bíblia, mas não me venha com essa história de batismo, pois já fui batizada”, foi o que me disse Elisabete, depois de nos visitar algumas vezes e desejar “conhecer um pouco” da Bíblia.
Eu respondi:
– “Claro, vamos ler e estudar a Bíblia, porém, é você quem decide o que fará depois do estudo.

Começamos. Semana após semana, eu, junto com uma irmã, mostrávamos o plano de Deus trazido para todos nós na pessoa de Jesus Cristo. Falamos da Bíblia como autoridade, do chamado de Jesus para sermos seus discípulos, do reino de Deus, entre outros estudos.

Passaram-se meses de estudo, Elisabete foi se interessando mais e mais e certa quarta-feira, após a reunião, ela me procurou dizendo: “Valdir, quero ser batizada”. Que alegria, creio não existir alegria maior na vida do que ver Jesus sendo formada na vida de uma pessoa.

Tenho várias histórias como estas que me emocionam quando lembro: Vítor, Bruna, Jheniffer, Alice, Itamar, Elisabete, Filipe, entre tantos outros. Junto com outros irmãos dedicados, vi Jesus entrando na vida desses irmãos e graças a Ele, somente Ele, permanecem na caminhada cristã.

Porém, lembro de outros nomes, que, infelizmente, causam tristeza: Natan, Jhonathan, Mateus, Saulo, Rebeca e tantos outros. A história iniciou da mesma maneira: ouviram falar sobre Jesus, quiseram conhecer melhor e em determinado momento pediram para serem batizados, confessando Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.

Sim, crer, arrepender, confessar e batizar são os passos que levam uma pessoa à salvação em Cristo. Porém, existe o passo seguinte, tão importante quanto os outros, a perseverança:

“E, por se multiplicar a maldade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo.” – Mateus 24:12-13

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. “ – Atos 2:42

O que faz uma pessoa abandonar o presente tão maravilhoso que é a salvação em Cristo Jesus, que garantirá a ela uma vida melhor, com mais qualidade aqui na terra, mesmo com as dificuldades, e a vida eterna no final?

São muitos os motivos, porém, o roteiro é bem semelhante. O novo irmão, inicialmente tão alegre com a salvação, presente em todas as reuniões possíveis, que vai vencendo seus pecados e permitindo a transformação que somente Jesus pode dar, de repente, vai se esfriando…

Seja porque passa por uma crise na vida (desemprego, doença, um relacionamento desfeito, são tantas as crises), pode ser por uma desobediência pontual à Palavra de Deus (começa um namoro com alguém que não tem Jesus como Senhor, um trabalho que o afasta de Deus ou mesmo uma amizade que vai lhe afastando de Jesus e Sua igreja).

A presença nos cultos e reuniões diminui, o irmão já não quer mais contato com a irmandade, torna-se arisco, às vezes responde as indagações sobre sua ausência com violência, já não aceita visitas (tenho experiência da pessoa baixar o som da tv e ficar quietinha esperando eu e um irmão ir embora e até o exemplo cômico da pessoa pular o muro de sua casa e ir para a casa de sua vó, somente para não conversar).

Da mesma maneira que o evangelizador sente alegria quando alguém se converte, sente tristeza quando um irmão querido se afasta, pois sabe que sua vida sem Jesus irá de mal e pior e, se não houver arrependimento, perderá sua salvação conquistada por Jesus na cruz do calvário.

“Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não fique indignado?” – 2 Coríntios 11:29

Esta é a vida de um evangelizador, isto é, de todo aquele que é tão grato pela salvação que tem em Cristo que faz questão de contar a todos a quem tem oportunidade.

Sim, o evangelizador tem uma vida muito abençoada, cuidada por Deus, que o protege e guia nos santos caminhos dele. É tanta alegria quando vemos as almas sendo salvas, porém, tristeza quando não aceitam ou, mesmo aceitando, depois desistem.

Porém, no meio de tudo isto existe a garantia e promessa feita por Deus.

“Portanto, meus amados irmãos, sejam firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o trabalho de vocês não é vão.” – 1 Coríntios 15:58

Sim, pregando o evangelho, o evangelizador manterá a si mesmo salvo, pois está calçando os pés com a preparação do evangelho da paz (Efésios 6:15) e ao pregar a outros, ele mesmo vai sendo transformado de glória em glória (2 Coríntios 3:18), mais e mais parecido com Jesus, esmurrando o seu corpo (suas vontades) e reduzindo-o à escravidão a Cristo (1 Coríntios 9:27).

E no último dia poderá, como Paulo, dizer:

“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.” – 2 Timóteo 4:7-8

Aleluia!

Deus Nos Dá Motivos Para Rir

“E Sara disse:
— Deus me deu motivo de riso. E todo aquele que ouvir isso vai rir comigo.” – Gênesis 21:6

Eles sorriram em sua falta de fé de que na sua velhice poderiam ainda ser pais. Neste versículo Sara confessa que agora seu riso é de extrema felicidade pois com 90 anos e seu marido com 100, ambos se tornaram pais e Isaac.
O nome Isaac foi escolhido pelo próprio Deus e mostra que o Senhor tem senso de humor. Abraão e Sara riram da promessa de que seriam pais e quando Deus ordena que coloquem no seu filho o nome de Isaac (17:19), que significa riso, parece que Deus está querendo lhes dizer: “Vocês riram na sua falta de fé, agora quero que vocês riam para mostrar-lhes que para mim, o Senhor, não há nada impossível.
Este texto enche meu coração de alegria e esperança quando penso nos meus próprios momentos de incredulidade e quantas vezes o Senhor me fez rir, me abençoando de uma forma que eu não merecia e nem esperava.

Esta semana completei 46 anos e vejo quantos e quantos motivos de riso o Pai celestial tem me dado, motivos que até cheguei a duvidar que seriam possíveis.

Quando penso em minha família (meus pais, meus irmãos e, claro, especialmente Silvia, Josué e Bárbara), penso que houve um momento em que pensei que não mais teria essa alegria, que tudo tinha acabado.

Quando penso no meu ministério na igreja de Jesus, nos amigos e irmãos que lá tenho, no meu trabalho no Tribunal de Justiça, em quantas pessoas Deus tem permitido que de alguma maneira eu sirva, fico emocionado, meu coração se alegra e minha boca se enche de riso.

Quando lembro de quantas pessoas preguei o evangelho e de quantas ouvi dizer: “Valdir, entendi a mensagem de Jesus, quero ser batizado e seguir ao Senhor”, impossível não escorrer uma lágrima de emoção por ter sido instrumento de salvação.

Irmãos, em nossa incredulidade (e eu ainda tenho muitos momentos dela, infelizmente), Deus nos dá nossos “isaac’s”, isto é, Ele age de maneira poderosa para mostrar que a força, o poder, o conquistar não está em nós, mas nEle e, quando fazemos dele nossa força e alegria, o Senhor de tempos em tempos, ao conhecer nossa fraqueza e falta de fé, nos dá motivos de riso, de alegria, de contentamento. São presentes que muitos chamam de “mimos” de Deus.

Pense, meu irmão, minha irmã, nos “isaac’s” que Deus tem presenteado você, especialmente após momentos de dor e angústia, quando parecia que não havia mais força, talvez até para que possamos dizer, como alguns profetas no Velho Testamento “A alegria do Senhor é a nossa força”.

Que hoje seja um dia de alegria e sorriso para você que está lendo esta reflexão pelos “isaac’s” que Deus tem constantemente presenteado a você, meu irmão, minha irmã.
Que Ele seja sempre louvado!

Ofertar Com Generosidade

Tá certo! 80% das pessoas não ofertam na coleta! Talvez por falta de ensino (incentivo) e tradição (bons exemplos). Talvez porque falta objetivos visíveis para a igreja que as pessoas possam ver e apoiar financeiramente ou talvez seja a simples falta de ação por parte da liderança que não inspira as pessoas a se envolverem completamente na obra. Ok, tá justificado perante você mesmo e, você tem certeza que todas estas desculpas justificam perante Deus? Você sabe a resposta!

“Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá. O povo amaldiçoa aquele que esconde o trigo, mas a bênção coroa aquele que logo se dispõe a vendê-lo.”‭‭ (Provérbios‬ ‭11:24-26‬)

Ofertar esporadicamente é errado tanto quanto ofertar o que sobra é errado. Precisamos aprender a nos tornar generosos, afinal, este é o exemplo de Jesus que deixou tudo para assumir a forma de servo.

“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos”. (2 Coríntios 8:9)

Generosidade é a marca do Evangelho. O apóstolo Paulo, um dos ou talvez o maior evangelista de todos os tempos, ouviu pessoalmente de Jesus algo que nem sequer nos evangelhos a gente lê literalmente. Graças a Deus que ele compartilhou conosco através dos registros de Atos dos Apóstolos.

“Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’ “. (Atos 20:35)

Se você ouviu o evangelho, creu, se arrependeu, confessou Jesus como Senhor, nasceu de novo para novidade de vida e está perseverando, então tem que colocar o evangelho em ação para você e todos os que podem ser beneficiados por sua fidelidade. Talvez você não saiba pregar ou ensinar, talvez você não tenha tempo, então você pode fazer parte da conversão de alguém sendo generoso. Você trabalha arduamente já e por que? Será que justifica para que tenhamos mais e mais e os fracos fiquem cada vez mais fracos? Vamos lembrar das palavras de Jesus para Paulo e colocá-las em prática. Se você quiser realmente ser feliz, então tem que aprender a dar e não só a receber. Ah, você já recebeu o evangelho, agora está na hora de ofertar com generosidade.

Quanto Ofertar

Outra questão é a quantidade. Generosidade quer dizer, sim, quantidade. A qualidade da oferta é segundo a quantidade de cada um. Claro que o que define a quantidade que você deve ofertar não é o quanto os outros ofertam, mas o quanto você se sente abençoado. A coleta é uma ordem ao povo de Deus e devemos seguir os ensinamentos que Paulo deu às igrejas da Galácia. Ele ensina que dia devemos contribuir, quem deve contribuir, como proceder e quanto deve-se contribuir. Leia abaixo:

“Quanto à coleta para o povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar.” (1 Coríntios 16:1,2)

Na leitura aprendemos que domingo é o dia de contribuição. Se ele definiu um dia, fica, automaticamente, proibido outros dias para se fazer oferta, assim como a ceia é feita aos domingos, dia do Senhor, a coleta deve ser feita somente no domingo. Vemos uma grande inversão na obediência quanto a isso e isso também pode servir de dica para saber se uma ‘igreja’ é a igreja de Deus.

Ainda na leitura aprendemos que todos devem contribuir. Paulo diz “cada um de vocês separe uma quantia”. Este é o momento para falar quanto deve ser. O que Paulo escreveu define um valor entre você e Deus. Ele ordena “de acordo com a sua renda”. O parâmetro para ofertar é o quanto você ganha. Precisamos complementar esta informação com generosidade. Duas passagens bem conhecidas vêem à tona. A primeira é um excelente exemplo para os que pensam que não têm nada a ofertar.

Mesmo Com Problemas

“Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.” (2 Coríntios 8:1-5 – o negrito é meu)

Aprendemos com os irmãos Macedônicos que mesmo que tivermos problemas, a alegria e a generosidade devem ser maiores. Devemos, a exemplo deles, dar de acordo com a nossa prosperidade e até mais do que podemos. Eles é quem pediram insistentemente para participar. Tinham sido deixados de lado por serem financeiramente pobre, mas eram os mais ricos de alegria e generosidade dentre os irmãos. Outros talvez deram porque tinham, os Macedônicos deram mesmo acima do que podiam. Lembramos facilmente da viúva pobre que não deu o resto, deu acima do que podia. Alguma vez na vida você já fez isso? Alguma vez na vida nós vamos fazer isso? Por que não? A nossa justiça deve exceder a dos religiosos.

Agora, por que os irmãos Macedônios, mesmo sendo extremamente pobres, deram acima das suas possibilidades? Tem uma explicação que deve nos inspirar para fazer o mesmo:

  1. Eles eram felizes pela salvação. A salvação imerecida gerou felicidade e generosidade;
  2. Eles acreditavam que ofertar era um privilégio, e;
  3. Eles deram os seus corações primeiro a Deus, depois aos irmãos

Com Confiança em Deus

Outra passagem relevante e bem conhecida, mas pouco praticada, é aquela passagem que é lida como se não tivéssemos outras para a coleta.

“Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra. Como está escrito: “Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados; a sua justiça dura para sempre”. Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come, também lhes suprirá e aumentará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça. Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus.” (2 Coríntios 9:6-11)

Quase não precisa comentar, mas… Vou tentar ser breve. A regra é a mesma de sempre. Plantou pouco, vai colher pouco. Planou muito, acreditando que Deus ia abençoar, vai ser abençoado mesmo! Só Deus pode cumprir estas palavras. Deus não quer que você faça por obrigação ou pensando com tristeza onde poderia usar a oferta. Deus quer que nós contribuamos com generosidade e com fé. Acredite que Ele não vai deixar faltar nada, pelo contrário, vai multiplicar a sua plantação. Tá, não é uma barganha ou um negócio da China, mas Deus está disposto a cumprir o que promete. Ele faz isso até com pessoas que são generosas por outros motivos, imagina se não vai ser bom com que faz por fé, generosidade, amor e pela obediência ao Evangelho.

Conclusão

O procedimento para a coleta era conforme o que as pessoas recebiam. Antigamente pagava-se o trabalho por dia ou por semana. Ainda hoje em dia muitos países ou até mesmo profissões no Brasil são remuneradas diariamente ou semanalmente. É muito mais comum ver-se que as pessoas recebem quinzenalmente ou mensalmente. Na minha opinião as pessoas deveriam ofertar conforme a periodicidade em que recebem, isto é, se recebe diariamente ou semanalmente, deveriam ofertar todos os domingos. Se recebem quinzenalmente ou mensalmente, deveriam ofertar de acordo. Eu acredito que esta é a diferença entre a ceia e a coleta que, embora o mandamento seja para o mesmo dia, os recursos que a compõem e os motivos não são os mesmos. Se você discorda, tudo bem, faça de acordo com a sua consciência e não criemos o costume de criticar ou condenar os que pensam de modo diferente.

A igreja de Cristo precisa mudar neste ponto. A igreja tem muito dinheiro, o problema é que está no bolso dos irmãos. Agora tá faltando gratidão pela graça da salvação que nos faz felizes e generosos. Quando mostramos a gratidão na oferta, outros serão levados a louvar a Deus pela obediência que acompanha a confissão que fizemos no evangelho de Cristo pela nossa generosidade em compartilhar os bens com os que precisam (2 Co 9:13).

A liderança da igreja precisa ser mais séria no sentido de ensinar, motivar e administrar os recursos ofertados. Quem vai querer ofertar só para a manutenção do prédio? É isso é necessário, mas onde está o trabalho para ganhar almas e ajudar aos necessitados, principalmente os próprios irmãos de fé?