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Alegrias e Tristezas de Um Evangelizador

“Meus filhos, por quem, de novo, estou sofrendo as dores de parto, até que Cristo seja formado em vocês.” – Gálatas 4:19

– “Valdir, quero estudar a Bíblia, mas não me venha com essa história de batismo, pois já fui batizada”, foi o que me disse Elisabete, depois de nos visitar algumas vezes e desejar “conhecer um pouco” da Bíblia.
Eu respondi:
– “Claro, vamos ler e estudar a Bíblia, porém, é você quem decide o que fará depois do estudo.

Começamos. Semana após semana, eu, junto com uma irmã, mostrávamos o plano de Deus trazido para todos nós na pessoa de Jesus Cristo. Falamos da Bíblia como autoridade, do chamado de Jesus para sermos seus discípulos, do reino de Deus, entre outros estudos.

Passaram-se meses de estudo, Elisabete foi se interessando mais e mais e certa quarta-feira, após a reunião, ela me procurou dizendo: “Valdir, quero ser batizada”. Que alegria, creio não existir alegria maior na vida do que ver Jesus sendo formada na vida de uma pessoa.

Tenho várias histórias como estas que me emocionam quando lembro: Vítor, Bruna, Jheniffer, Alice, Itamar, Elisabete, Filipe, entre tantos outros. Junto com outros irmãos dedicados, vi Jesus entrando na vida desses irmãos e graças a Ele, somente Ele, permanecem na caminhada cristã.

Porém, lembro de outros nomes, que, infelizmente, causam tristeza: Natan, Jhonathan, Mateus, Saulo, Rebeca e tantos outros. A história iniciou da mesma maneira: ouviram falar sobre Jesus, quiseram conhecer melhor e em determinado momento pediram para serem batizados, confessando Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.

Sim, crer, arrepender, confessar e batizar são os passos que levam uma pessoa à salvação em Cristo. Porém, existe o passo seguinte, tão importante quanto os outros, a perseverança:

“E, por se multiplicar a maldade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo.” – Mateus 24:12-13

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. “ – Atos 2:42

O que faz uma pessoa abandonar o presente tão maravilhoso que é a salvação em Cristo Jesus, que garantirá a ela uma vida melhor, com mais qualidade aqui na terra, mesmo com as dificuldades, e a vida eterna no final?

São muitos os motivos, porém, o roteiro é bem semelhante. O novo irmão, inicialmente tão alegre com a salvação, presente em todas as reuniões possíveis, que vai vencendo seus pecados e permitindo a transformação que somente Jesus pode dar, de repente, vai se esfriando…

Seja porque passa por uma crise na vida (desemprego, doença, um relacionamento desfeito, são tantas as crises), pode ser por uma desobediência pontual à Palavra de Deus (começa um namoro com alguém que não tem Jesus como Senhor, um trabalho que o afasta de Deus ou mesmo uma amizade que vai lhe afastando de Jesus e Sua igreja).

A presença nos cultos e reuniões diminui, o irmão já não quer mais contato com a irmandade, torna-se arisco, às vezes responde as indagações sobre sua ausência com violência, já não aceita visitas (tenho experiência da pessoa baixar o som da tv e ficar quietinha esperando eu e um irmão ir embora e até o exemplo cômico da pessoa pular o muro de sua casa e ir para a casa de sua vó, somente para não conversar).

Da mesma maneira que o evangelizador sente alegria quando alguém se converte, sente tristeza quando um irmão querido se afasta, pois sabe que sua vida sem Jesus irá de mal e pior e, se não houver arrependimento, perderá sua salvação conquistada por Jesus na cruz do calvário.

“Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não fique indignado?” – 2 Coríntios 11:29

Esta é a vida de um evangelizador, isto é, de todo aquele que é tão grato pela salvação que tem em Cristo que faz questão de contar a todos a quem tem oportunidade.

Sim, o evangelizador tem uma vida muito abençoada, cuidada por Deus, que o protege e guia nos santos caminhos dele. É tanta alegria quando vemos as almas sendo salvas, porém, tristeza quando não aceitam ou, mesmo aceitando, depois desistem.

Porém, no meio de tudo isto existe a garantia e promessa feita por Deus.

“Portanto, meus amados irmãos, sejam firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o trabalho de vocês não é vão.” – 1 Coríntios 15:58

Sim, pregando o evangelho, o evangelizador manterá a si mesmo salvo, pois está calçando os pés com a preparação do evangelho da paz (Efésios 6:15) e ao pregar a outros, ele mesmo vai sendo transformado de glória em glória (2 Coríntios 3:18), mais e mais parecido com Jesus, esmurrando o seu corpo (suas vontades) e reduzindo-o à escravidão a Cristo (1 Coríntios 9:27).

E no último dia poderá, como Paulo, dizer:

“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.” – 2 Timóteo 4:7-8

Aleluia!