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QUANDO DESANIMADOS, VOLTEMOS ÀS ESCRITURAS

QUANDO DESANIMADOS, VOLTEMOS ÀS ESCRITURAS

“Naquela mesma hora, Jesus curou muitas pessoas de doenças, de sofrimentos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.

Então Jesus lhes respondeu: — Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho.

E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.” – Lucas 7:21-23

No texto da semana passada vimos que parece que João Batista ficou na dúvida se Jesus seria mesmo o Messias prometido. Ele fez a seguinte pergunta: “Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?” – Lucas 7:19

Talvez a ideia que João tinha sobre Jesus fosse a expectativa da maioria: um líder político que libertaria o povo de Israel do jugo romano. A própria prisão do profeta poderia tê-lo deixado frustrado e desanimado. Algo que pode acontecer conosco também.

A resposta de Jesus chama muito a atenção: realiza várias curas e cita textos do profeta Isaías (35:5-6 e 61:1) que apontavam a sua missão de pregar o evangelho do reino.

Jesus age com João da mesma maneira que agiu com o diabo. Não fica discutindo, mas cita as Escrituras. Ele parece querer abrir os olhos de João para que o profeta volte às Escrituras Sagradas e amolde-se a ela. Não é por menos que ele também voltará a Malaquias 3:1, texto que descreve a própria missão do Batista.

Costumo dizer que a Bíblia são as lentes de Deus para vermos a realidade quando nossa visão física embaça nosso discernimento e passamos a olhar tão somente do ponto de vista humano. E quando fazemos isso podemos ficar desanimados, pois parece que o caos e o mal reinam e Deus parece tão distante.

Como exemplo, quero citar o capítulo 4 do livro de Apocalipse. Enquanto aqui na terra parecia que o imperador romano estava no trono, perseguindo a igreja e matando cristãos, Deus mostra a João na visão descrita naquele capítulo a realidade: Deus reinando no trono, tendo Jesus ao seu lado e os 24 anciãos que representam o povo de Deus em todas as épocas reinando em 24 tronos. Ou seja, quem reinava era Deus, mesmo parecendo aos olhos humanos que a grande autoridade era o imperador.

Esse exemplo da frustração de João Batista nos traz uma lição: por mais utilizados que sejamos por Deus, por mais tempo de vida cristã que tenhamos, há momentos que passamos por crises na fé, que ficamos desanimados, pois parece que Deus está tão longe. Aconteceu com pessoas grandemente utilizadas por Deus como o profeta Elias, que parece ter passado por uma grande depressão em razão da perseguição de Jezabel. Leia 1 Reis 17-19.

Nesses momentos precisamos voltar às Escrituras Sagradas para que nossa visão desembace e olhemos do ponto de vista de Deus, amoldando-nos a Ele. 

Sim, Deus reina sempre, mas, em toda a história bíblica isto não significa que não passaremos por perseguições, que às vezes parecerá que o mal reina. Especialmente hoje quando somos bombardeados, com pessoas utilizando a própria Bíblia, para dizer que um cristão fiel não passa por problemas e dificuldades na vida.

Já passou ou está passando por um momento semelhante ao do Batista de desânimo, frustração, com a visão embaçada? Utilize as lentes de Deus, a Palavra, volte a ela e, com certeza, enxergará novamente. E pelas lentes de Deus, até sofremos, mas no final, a vitória é certeza. Daí a importância de conhecermos toda a verdade de Deus, e não apenas parte dela, revelada em Sua Palavra. 

Sabe a razão de todos os dias eu passar tempo na Palavra e escrever essas reflexões? Em primeiro lugar é para alimentar a minha alma, olhar pelas lentes de Deus e reforçar a minha fé. Pois passou também por momentos de desânimo e frustração. E depois, claro, tentar de alguma maneira reforçar a sua fé, querido leitor, que lê essas minhas reflexões diárias há algum tempo publicadas neste portal.

Finalmente, feliz é aquele que não encontra em Jesus e na sua Palavra motivo de escândalo e tropeço.

QUANDO A DÚVIDA QUER ASSALTAR NOSSA FÉ

QUANDO A DÚVIDA QUER ASSALTAR NOSSA FÉ

“Todas estas coisas foram relatadas a João pelos seus discípulos. E João, chamando dois deles, enviou-os ao Senhor para perguntar: — Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?” – Lucas 7:18-19

Esta pergunta de João feita a Jesus sempre me causou certo espanto. Afinal, com certeza, seus pais tinham contado a visita do anjo Gabriel a Zacarias e posteriormente a Maria. Da missão que João teria como profeta do Altíssimo (1:76). Sua mãe deveria ter relatado a alegria que o próprio João, ainda no ventre materno, demonstrara com a visita de Maria grávida.

João também se lembrava de como o Espírito Santo descerá sobre Jesus no momento do batismo, exatamente como a ele fora avisado que aconteceria e desta forma reconheceria o Messias prometido a Israel (João 1:29-34)

Por que, então, João pergunta: “Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?”

Eu creio que a resposta seja a mesma que levou Maria e os irmãos de Jesus irem prendê-lo por pensarem que estava louco (Marcos 3:21). É quase certo que a ideia que Zacarias, Isabel e a própria Maria tinham a respeito da missão de Jesus no mundo fosse apenas local e política: livrar o povo de Deus do julgo romano.

Não é por menos que no cântico de Maria e de Zacarias há menção de livramentos nesse sentido:

“Derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes.” – Lucas 1:52

“Para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam.” – Lucas 1:71

Além disso, pode ser que João pensasse que seu papel no futuro reino de Deus fosse mais importante. A prisão do profeta pode tê-lo deixado confuso e até certo ponto decepcionado, pensando que tinha se enganado quanto ao que pregara aos seus discípulos. Pois o próprio João indicara Jesus para que seus discípulos o seguissem (João 1:35-37).

Essa dúvida de João nos ensina algo importante: há um Jesus que nem mesmo as palavras nas Escrituras captaram totalmente. Há um Jesus que, por mais que estudemos a Bíblia, não compreenderemos na sua totalidade. Isso acontecerá somente no céu (1 João 3:2)

E a maneira de Jesus trabalhar em nossa vida nem sempre compreendemos. Qual a razão para termos momentos de dúvidas e desânimo? Na realidade nunca houve na terra alguém que se aproximou de Deus e compreendesse na total plenitude seu modo de agir.

Vemos dúvidas em diversos profetas como Moisés, Abraão, Elias, Davi, nos homens de Deus no Novo Testamento como Paulo. Até mesmo o próprio Jesus parece ter tido seu momento de dúvidas no Getsêmani.

Paulo entendeu que ainda não conhecia completamente Jesus:

“O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte.” – Filipenses 3:10

Portanto, a dúvida de João deve, até certo ponto, nos ajudar a não nos cobrar demais quanto nossa fé parece vacilar, quando ficamos desanimados e especialmente não entendemos a maneira de Deus trabalhar em nós e através de nós. Às vezes parece que fizemos tudo certinho, dentro do script de Deus, mas o retorno não parece ser aquilo que imaginávamos.

Hoje quero nos chamar a pensar sobre as vulnerabilidades que existem ainda em nossa fé, talvez momentos de desânimos por não compreendermos totalmente a ação de Deus.

No próximo artigo veremos a resposta de Jesus dada a João. E, com isso, tenhamos certeza, o Senhor não nos julgará por causa de nossas dúvidas, podemos, sim, levá-las a Ele. E no momento certo, no tempo oportuno de Deus, seja nesta vida ainda, seja já morando nas regiões celestiais, compreenderemos perfeitamente.

Nosso papel é manter nossa confiança, mesmo em meio aos sentimentos e dúvidas que vem, especialmente quando estamos sofrendo por fazer o que é certo.



TIRE A TRAVE DO OLHO PRIMEIRO – O EVANGELHO DE LUCAS

TIRE A TRAVE DO OLHO PRIMEIRO

“Jesus lhes contou também uma parábola: — Será que um cego pode guiar outro cego? Não é fato que ambos cairão num buraco?

— O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem-instruído será como o seu mestre.” – Lucas 6:39-40

Um cego pode guiar outro cego? A resposta é óbvia: claro que não!

Olhando o contexto, Jesus refere-se àqueles que são severos em ver os erros dos outros, conforme comentei em outro artigo neste espaço, mas cegos para reconhecerem os seus próprios. Tanto que o Senhor ilustra:

“Por que você vê o cisco no olho do seu irmão, mas não repara na trave que está no seu próprio olho?” – Lucas 6:41

De fato, na vida cristã, quanto mais dura a pessoa é com os pecados (ou os ciscos no olho do próximo), normalmente maior é a trave que tem no próprio olho. Já presenciei escândalos no reino de Deus na vida de pessoas tão prontas para apontar o erro do outro.

Dessa forma, para uma pessoa guiar outra, precisa primeiro tirar a trave do próprio olho e, desta forma, verá claramente para ajudar o outro com o seu cisco.

“Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu olho e então você verá claramente para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.” – Lucas 6:42

No entanto, esse texto não proíbe totalmente a correção. Apenas nos adverte da importância de uma autocorreção primeiro.

Desta forma, a partir do conhecimento e da prática da Palavra de Deus, estaremos prontos para ensinar e corrigir outros que, sim, estão cegos para as verdades de Deus.

Há um risco quando não conhecemos a Palavra de Deus e não a praticamos e queremos guiar outros: podemos cair no buraco, junto com o outro, e, na Bíblia o buraco tem um nome: inferno.

“Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês percorrem o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornam filho do inferno duas vezes mais do que vocês!” – Mateus 23:15

Por outro lado, em nossa busca de crescimento espiritual, nosso limite é nosso Mestre, o Senhor Jesus. Desta forma, enquanto vivermos, estaremos em contínuo processo de aprendizagem e correção de nossas falhas e pecados, até sermos cada vez mais parecidos com Cristo.

Sim, a partir de nossa vivência com o Senhor Jesus e Sua Palavra, as pessoas que nos rodeiam devem ver em nós traços dele, como aconteceu com os apóstolos no início da igreja:

“Ao verem a ousadia de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, ficaram admirados; e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” – Atos 4:13

No texto acima, há alguns dias o Senhor tinha sido interrogado por aquele Sinédrio. E agora os líderes daquela casa notavam como aqueles homens tinham traços do seu Mestre.

Que cresçamos de tal maneira, de glória em glória (2 Coríntios 3:18) que traços do caráter de Jesus sejam vistos em nós de uma forma cada vez mais visível.

A COTA DE MISERICÓRDIA. SEMPRE NECESSÁRIA! – O EVANGELHO DE LUCAS

A COTA DE MISERICÓRDIA. SEMPRE NECESSÁRIA!

“Não julguem e vocês não serão julgados; não condenem e vocês não serão condenados; perdoem e serão perdoados; deem e lhes será dado; boa medida, prensada, sacudida e transbordante será dada a vocês; porque com a medida com que tiverem medido vocês serão medidos também.” – Lucas 6:37-38

Aqui Jesus não condena o bom discernimento entre o bem e o mal, mas a tendência que temos de ver o pior nas pessoas.

Este texto é a aplicação dos textos anteriores:

“Façam aos outros o mesmo que vocês querem que eles façam a vocês.” – Lucas 6:31

“Sejam misericordiosos, como também é misericordioso o Pai de vocês.” – Lucas 6:36

Às vezes cometemos certos erros sem querer e estamos tão arrependidos, ou o fizemos dentro de um contexto que somente Deus sabe o que nos levou aquilo e gostaríamos de ser compreendidos naquele nosso momento de fraqueza, mas o que encontramos são palavras de condenação, olhar desaprovador ou meneios de cabeça.

Fico imaginando quando Pedro caiu em si após ter negado Jesus, o sentimento de culpa, arrependimento e a tristeza. Gosto de um acontecimento que somente Lucas nos conta:

“Então, o Senhor voltou-se e fixou os olhos em Pedro. E Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: ‘Hoje, antes que o galo cante, você me negará três vezes.” – Lucas 22:61

Que olhar Jesus lançou para Pedro naquele momento de queda de seu fiel, mas também arrogante apóstolo? De reprovação? De condenação? Provavelmente não. Acredito que de compreensão e esperando que Pedro se lembrasse de suas palavras:

“Simão, Simão, eis que Satanás pediu para peneirar vocês como trigo! Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando voltar para mim, fortaleça os seus irmãos.” – Lucas 22:31-32

Somente Deus conhece de forma integral os “bastidores de nossa vida”, o que nos levou a cair ou ter aquela atitude indevida. Por isso esse ensino para que não julguem, não condenamos, mas estejamos sempre prontos para perdoar, as 70 x 7 de Mateus 18:21-22 ou as 7 vezes por dia ensinadas nesse evangelho (17:3-4).

A ilustração que Jesus deixa é que precisamos ter sempre uma cota de misericórdia e perdão para os outros. Ele nos ensina através da maneira como devemos encher um recipiente de grãos.

Imaginemos um copo que vamos encher de grãos de feijão. Começamos enchendo até a boca, isto é, a chamada boa medida. Lembro no interior quando fazíamos um pedido: “enche essa garrafa de grãos de arroz em boa medida”, isto é, até a boca. 

Voltando ao exemplo do copo, a ideia é preencher todos os espaços, como também da garrafa. Alguém pode dizer: “pronto, está cheio”. Não, há mais espaço, vamos cobrir a boca do copo ou da garrafa e sacudi-los com violência, várias vezes. Pronto! Aparecerão novos espaços que poderemos preencher com mais grãos, até a boca. Está bom? Ainda não, que tal mais uma sacudida forte? Na realidade, poderemos sacudir e preencher com grão mais duas ou três vezes, até não haver mais espaço para novos grãos, mesmo após a última sacudida. 

Este texto é utilizado pelos religiosos para incentivar seus seguidores a ofertarem. Mas o contexto aqui fala na misericórdia que devemos ter para com todos, “boa medida, prensada, sacudida e transbordante”. Por isso, há textos que nos ensinam sobre o que devemos pensar dos outros. 

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.” – Filipenses 4:8 

Por que tomar a atitude do outro sempre da pior maneira possível? Por que pensar que a pessoa quis o nosso mal ou teve aquela atitude com a pior intenção? Por que pensar naquela palavra que a pessoa nos disse sempre do lado mais negativo? E ficar sofrendo, “curtindo” uma mágoa ou ressentimento que só irá nos fazer mal.

Vejamos ainda outro texto que falam sobre a motivação de quem ama:

“O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” – 1 Coríntios 13:7

Vejamos este texto na versão NBV:

“O amor tudo sofre, sempre crê, sempre espera o melhor, tudo suporta”.

Pensemos: não é esta atitude que esperamos das pessoas quando falhamos? Que elas continuem acreditando em nós, que caímos, mas podemos nos levantar? Que aquilo não é o fim? Por que não a ter com aqueles que falham conosco?

Só o Senhor Jesus mesmo, com seu ensinamento tão sábio, nos ensina a viver de uma forma mais leve, deixando o julgamento final nas mãos de Deus, perdoando e acreditando no melhor das pessoas.

Desta maneira viveremos melhor, leves e muitos dos nossos problemas físicos como gastrite, úlcera e até mesmo certos tipos de cânceres, serão prevenidos. 

E desta forma nos parecermos cada vez mais com o nosso Amado Pai celestial.



O PADRÃO DE JESUS É ALTO – O EVANGELHO DE LUCAS

O PADRÃO DE JESUS É ALTO

“Digo, porém, a vocês que me ouvem: amem os seus inimigos, façam o bem aos que odeiam vocês. Abençoem aqueles que os amaldiçoam, orem pelos que maltratam vocês. Ao que lhe bate numa face, ofereça também a outra; e, ao que lhe tirar a capa, deixe que leve também a túnica.” – Lucas 6:27-29

O padrão de Jesus para a maneira de viver dos seus discípulos é alto e revolucionário. Na verdade, inverte o padrão do mundo sem Deus.

Em textos anteriores Jesus elogia os pobres, os que passam fome e os que choram porque serão enriquecidos, saciados e terão a alegria que vêm de Deus.

Agora o Senhor Jesus afirma que seus seguidores amam e abençoam os seus inimigos, não praticam retaliação com aqueles que lhes fazem mal.

Foi algo presente primeiro na vida do próprio Senhor Jesus e relatado somente por Lucas:

“Mas Jesus dizia: — Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, para repartir as roupas dele, lançaram sortes.” – Lucas 23:34

Posteriormente Lucas mostra essa mesma atitude em Estêvão, o primeiro discípulo de Jesus morto em razão de sua fé:

“Então, ajoelhando-se, gritou bem alto: — Senhor, não os condenes por causa deste pecado! E, depois que ele disse isso, morreu.” – Atos 7:60

Estas palavras de Estêvão foram ditas enquanto ele era apedrejado por seus opositores, entre eles Saulo, futuro apóstolo Paulo (Atos 7:58)..

Depois é o próprio Paulo quem repete esse ensino do Mestre:

“Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem.” – Romanos 12:14

Comentando a instrução “Ao que lhe bate numa face, ofereça também a outra.”, penso que poucas vezes passamos literalmente por essa situação. Eu mesmo, apenas uma vez passei por isso e lamento não ter obedecido a ordem de Jesus.

No entanto, diariamente, passamos por situações em que somos desafiados a oferecer a outra face. E a maioria das vezes não é exatamente com inimigos, mas até mesmo com pessoas que amamos como, por exemplo, nosso cônjuge. É oferecer a outra face ao não respondermos aquele insulto ou crítica ou mesmo não darmos um “gelo” a quem faz algo que nos magoa. É não termos uma lista mental de pessoas e colocarmos nela para fim de retaliação, aqueles que, de alguma forma, nos prejudicaram.

Qual é a razão de deixarmos a vingança nas mãos de Deus? A mesma razão que levou Jesus a não revidar ao ataque dos seus inimigos:

“Pois ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas se entregava àquele que julga retamente.” – 1 Pedro 2:23

Deixar a vingança de lado significa deixar nas mãos de Deus, como Jesus fez, esperando que Ele, se quiser, nos vingue, como ensinado por Paulo, inspirado por Deus, claro.

“Meus amados, não façam justiça com as próprias mãos, mas deem lugar à ira de Deus, pois está escrito: ‘A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.'” – Romanos 12:19

Que os ensinos de hoje nos motivam nesta manhã a vivermos este dia desta maneira, mostrando através de nosso jeito de lidarmos com quem nos quer o mal, que somos discípulos de Jesus e filhos amados de Deus (Efésios 5:1).



AS REGRAS DO JULGAMENTO FINAL

AS REGRAS DO JULGAMENTO FINAL


Uma certeza que todos deveriam ter é que haverá um julgamento final. Essa certeza decorre do conhecimento da Palavra de Deus. Todos têm a certeza de que, em determinado momento, Jesus veio para a terra; isso é indiscutível, e diversos eventos seculares atestam sua presença e vida no primeiro século. Inclusive, ao chamarmos de 1º século, delimitamos os acontecimentos antes e depois de Cristo.

Apesar das teorias que questionam a existência de Jesus como uma invenção, a esmagadora maioria dos estudiosos, sejam eles homens de fé ou ateus, considera essa tese como bobagem. A figura de Jesus pode ter incorporado elementos de mitos antigos, mas dispomos de informações historicamente confiáveis sobre Ele, provenientes de fontes cristãs, judaicas e pagãs (Artigo publicado no G1).

Jesus, então, voltará, e sua segunda vinda não será amistosa como a primeira. Ele retornará com os anjos de seu poder para tomar vingança contra aqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho (2 Ts 1:6-10). Portanto, conhecer a Deus e obedecer ao evangelho será um critério para o julgamento.

“⁷ …quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder,
⁸ em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.
⁹ Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder” (2 Tessalonicenses 1:7-9).

Quem conhece a Deus compreenderá o que Deus fez por meio de Jesus – sua vida, morte, sepultamento e ressurreição, ou seja, o evangelho (1 Co 15:1-4).

“¹ Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais;
² por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão.
³ Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,
⁴ e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:1-4).

É preciso obedecer ao evangelho por meio do batismo (Rm 6:3-11). Sim, evangelho e batismo são a mesma coisa. Paulo afirmou que o evangelho salva, e se o batismo é obediência ao evangelho, então o batismo salva. A obediência ao evangelho, conforme lemos em 2º Tessalonicenses, será necessária para a salvação. Deixe de lado a tradição e a teologia e fique com o evangelho puro, conforme está escrito.

Os discípulos de Cristo, ao lembrarem na ceia a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, recordam que também participaram desse processo. Morreram com Jesus, foram sepultados com Ele nas águas do Batismo e ressuscitaram com Ele. Agora, devem viver uma nova vida. Embora não seja fácil, tudo que é fácil carece de valor, não tem preço e não vale nada. O que é difícil, manter-se fiel, é o que possui grande valor. Não será fácil, mas por isso é precioso.

O julgamento será justo, pois Deus já estabeleceu as regras. A justiça que Ele utilizará é evidenciada nas palavras de Jesus em João capítulo 12, versículo 48:

“Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras já tem quem o julgue. As próprias palavras que tenho falado o julgarão no último dia.”

Para entender o que Deus utilizará a favor ou contra você, comece a ler os evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Comece por aí; são exatamente as palavras de Jesus que serão usadas para absolver ou condenar. Além da leitura, obedeça ao evangelho; há apenas uma maneira prática de obedecer ao evangelho.

Outra certeza que todos nós precisamos ter é que compareceremos perante o Tribunal de Cristo. Um dia, teremos uma reunião lá em cima, e embora o dia esteja marcado, não sabemos quando. Todos compareceremos perante o Tribunal de Cristo para responder pelo bem ou mal que praticamos através do corpo (2 Co 5:10).

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Coríntios 5:10).

Já que a volta de Cristo e o julgamento final é certo, garanta a sua salvação através da obediência ao evangelho e que Jesus venha para confirmar a sua certeza da esperança, fé e amor.

A POBREZA QUE DEUS ESPERA DE NÓS – O EVANGELHO DE LUCAS

A POBREZA QUE DEUS ESPERA DE NÓS

“Então, olhando para os seus discípulos, Jesus lhes disse: — Bem-aventurados são vocês, os pobres, porque o Reino de Deus é de vocês.” – Lucas 6:20

“Mas ai de vocês, os ricos, porque vocês já receberam a consolação!” – Lucas 6:24

No evangelho de Lucas o cuidado pelos pobres e a advertência sobre o perigo das riquezas é constantemente mencionado.

De fato, as riquezas dão uma sensação de segurança que pode levar a pessoa a imaginar que não precisa de Deus. É o que vemos nas palavras do rico chamado de tolo mencionado somente neste evangelho: 

“Então direi à minha alma: ‘Você tem em depósito muitos bens para muitos anos; descanse, coma, beba e aproveite a vida.’” Mas Deus lhe disse: “Louco! Esta noite lhe pedirão a sua alma; e o que você tem preparado, para quem será?” – Lucas 12:19-20

Também é somente neste evangelho que Jesus conta a parábola do rico e Lázaro e, mais uma vez, a riqueza é empecilho para que o rico ficasse no seio de Abraão:

“Mas Abraão disse: “Filho, lembre-se de que você recebeu os seus bens durante a sua vida, enquanto Lázaro só teve males. Agora, porém, ele está consolado aqui, enquanto você está em tormentos.” – Lucas 16:25

Também é Jesus quem adverte sobre o quanto a riqueza pode atrapalhar a salvação de uma pessoa:

“Jesus, vendo-o assim triste, disse: — Como é difícil para os que têm riquezas entrar no Reino de Deus! Porque é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.” – Lucas 18:24-25

Porém, está em Lucas a explicação de Jesus sobre o perigo das riquezas:

“Assim é o que ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para com Deus.” – Lucas 12:21

Desta forma, o problema não está na riqueza em si, mas na maneira como nos relacionamos com ela. Gosto ainda do texto paralelo de Mateus que esclarece:

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” – Mateus 5:3

A pobreza que Deus espera de nós é interna, a certeza de que não temos mérito nenhum diante de Deus. Claro que a riqueza de bens materiais pode nos atrapalhar a chegar à pobreza de espírito, mas ela não é determinante, uma vez que é o amor ao dinheiro a raiz de todos os males e não necessariamente o dinheiro em si:

“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores.” – 1 Timóteo 6:10

Claro que, ao contrário do que o mundo religioso ensina, ninguém na nova aliança ficou rico após tornar-se discípulo de Jesus. Pelo contrário basta olhar o exemplo de Zaqueu e Barnabé:

“Zaqueu, por sua vez, se levantou e disse ao Senhor: — Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguma coisa de alguém, vou restituir quatro vezes mais.” – Lucas 19:8

“Então José, a quem os apóstolos chamavam de Barnabé, que quer dizer filho da consolação, um levita natural de Chipre, vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o depositou aos pés dos apóstolos.” – Atos 4:36-37

Desta forma, a pobreza de espírito vai nos fazer generosos em repartir com os que não têm parte de nossos bens, vamos aprender a dividir nossa renda, ficando mais pobres em termos materiais e cada vez mais ricos para com Deus. 

É essa pobreza de espírito que nos fará verdadeiramente ricos.


A CERTEZA DO JULGAMENTO

A CERTEZA DO JULGAMENTO

Num mundo onde tudo é relativo, restam poucas certezas absolutas. Três verdades nos acompanham ao longo da vida:

1. Eu nasci…
2. Eu estou vivo…
3. Eu vou morrer…

Infelizmente, os mais inteligentes entre os seres humanos costumam estar distantes de Deus. A sabedoria que Deus deseja conceder a todo aquele que pedir com fé é muitas vezes negligenciada por aqueles considerados inteligentes. No entanto, é fundamental compreender que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Provérbios 9:10).

Deveríamos ter a mesma certeza da salvação que temos da morte. Embora a morte seja uma conquista humana, sua aura de incerteza cria expectativas frustrantes, semelhantes à complexidade da vida. Quando os objetivos se limitam a acumular riquezas, posses ou deixar um legado, a falta de propósito surge, resultando em frustrações e dúvidas.

Uma certeza relacionada à morte e à salvação deveria ser a segunda vinda de Cristo e o julgamento. Mesmo entre os cristãos, há dúvidas sobre se Ele retornará e de que maneira. Antes de discutirmos a certeza de Sua volta, é essencial reconhecer a fonte desta certeza.

DEUS ESTABELECEU UM DIA EM QUE JULGARÁ O MUNDO COM JUSTIÇA, POR MEIO DE UM HOMEM QUE ESCOLHEU E DEU CERTEZA DISSO, RESSUSCITANDO DOS MORTOS (Atos 17:31).

A certeza é clara: haverá um julgamento. Contudo, muitos se esquecem disso. A prova está na passagem mencionada, indicando que Deus julgará o mundo com justiça. Embora o dia exato seja desconhecido, a certeza do julgamento é inegável. Até mesmo Jesus, durante sua vida terrena, desconhecia esse momento, como registrado em Mateus 24:35,36:

“Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.”

A primeira vinda de Jesus foi marcada por amabilidade, cura e palavras transformadoras. Sua certeza de que o céu e a terra passariam reflete também a certeza de um julgamento futuro. Jesus, agora na condição divina, mantém a certeza de sua volta.

A Bíblia afirma que Jesus retornará uma segunda vez, porém, sua chegada não será amistosa como na primeira. Sua ressurreição é a garantia dessa volta, que será para executar a justiça contra aqueles que não obedecem ao evangelho. O evangelho, segundo a Bíblia, abrange a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Obedecer a esse evangelho implica morrer para os pecados, crer no sacrifício de Jesus, ser batizado por imersão e receber o Espírito Santo pela fé, simbolizando a ressurreição de Jesus. Obedeça o evangelho através da fé pelo batismo e não tenha mais dúvidas ou medo da frustração que a expectativa da morte traz.


UM ESBOÇO PARA MENSAGEM COM BASE NESTE TEXTO ACIMA:

A CERTEZA DO JULGAMENTO

Introdução:

No universo de incertezas que caracteriza nossa existência, algumas verdades fundamentais permanecem inalteradas. Nascer, viver e morrer são marcos incontestáveis que acompanham cada ser humano. Contudo, a busca por sabedoria e propósito muitas vezes se perde na complexidade da vida. Este ensaio explora a relação entre a certeza da morte, a busca pela salvação e a expectativa da segunda vinda de Cristo, destacando a relevância do evangelho nesse contexto.

I. Certezas da Vida e Morte

A. A inevitabilidade do nascimento.
B. A experiência da vida como conquista humana.
C. A incerteza em torno da morte e suas implicações.

II. Sabedoria e Propósito

A. O afastamento dos mais inteligentes de Deus.
B. A importância do temor do Senhor para a sabedoria (Pv 9:10)
C. A falta de propósito gerando frustrações e dúvidas.

III. A Segunda Vinda de Cristo

A. A certeza do julgamento divino (At 17:31)
B. A inconsciência do momento do julgamento, conforme Mateus 24:35,36.
C. A promessa da segunda vinda de Cristo e sua ressurreição.

Conclusão:

Ao refletir sobre as certezas da vida e morte, a busca pela sabedoria divina e a expectativa da volta de Cristo, percebemos a interconexão desses elementos na formação de um propósito significativo. A compreensão do evangelho, que abrange a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, emerge como a chave para encontrar significado e certeza em meio à jornada incerta da vida.

Se o áudio não estiver funcionando acesse o arquivo clicando na imagem abaixo:

A ORAÇÃO NA VIDA DE JESUS – O EVANGELHO DE LUCAS

A ORAÇÃO NA VIDA DE JESUS - O EVANGELHO DE LUCAS

“Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.” – Lucas 6:12

Mais uma vez Lucas ressalta a importância da oração, como é praxe nos seus escritos. Em diversos momentos importantes na vida de Jesus, a oração tem lugar de destaque conforme já mencionado nessas reflexões do evangelho de Lucas.

Quero acrescentar mais dois nos escritos do médico amado:

“E, orando, disseram: — Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual dos dois escolheste.” – Atos 1:24

O texto acima mostra a escolha do substituto de Judas como apóstolo e como os primeiros discípulos de Jesus, cerca de 120, fizeram a escolha de Matias.

“Enquanto eles estavam adorando o Senhor e jejuando, o Espírito Santo disse: — Separem-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.” – Atos 13:2

Na escolha de Barnabé e Saulo para a primeira viagem missionária a igreja passou um tempo orando e jejuando, pedindo a Deus que indicasse as pessoas corretas.

Lembro que a igreja onde eu congrego, Pimentas, há alguns anos escolheu homens que serviram como evangelistas. É digno de nota que além da igreja ser ensinada quais deveriam ser as qualificações desses homens, bem como de suas famílias, passamos um bom tempo orando, pedindo a orientação divina.

O exemplo de Jesus nos mostra que nas grandes decisões da vida precisamos passar um tempo com Deus, pedindo a Ele orientação. Na segunda maior escolha da vida, isto é, com quem dividiremos a vida aqui na terra, a escolha de nosso cônjuge, é sábio orar a Deus pedindo a Ele que nos ajude. 

Além das orientações divinas, precisamos orar a respeito, e ainda é sábio ouvir os pais e pessoas experientes que podem nos ajudar. A escolha sem essas importantes ajudas, baseadas apenas em nossas emoções, têm feito com que muitos fizessem más escolhas e passassem a vida ao lado de alguém não apropriado. E pior, alguns passaram pela amarga experiência do divórcio.

Portanto, aprendamos com Jesus a, antes de qualquer escolha ou decisão, especialmente aquelas muito importantes, passarmos tempo em oração pedindo a orientação divina.

Escolhas como a profissão que exercemos, o lugar onde vamos morar ou eventual mudança nesse sentido, a igreja local onde vamos congregar ou mudança de congregação, quantos filhos teremos, entre tantas decisões importantes na vida, devem ser precedidas na busca humilde da sabedoria que somente o Senhor pode nos dar.

Tomando essa precaução de consultar a Deus antes, seremos livres de sofrimento e do arrependimento e decepção das escolhas erradas que fazemos.

Às vezes, respondendo se arrepende-se de alguma decisão, ouço de alguém: “não me arrependo de nada que fiz e decidi”. Desculpe, é arrogância, pois limitados e imperfeitos como somos, se fizermos uma retrospectiva da vida, sempre haverá decisões tomadas que hoje faríamos diferentes. E muitas dessas, seriam diferentes, se pudéssemos voltar atrás.

Que este exemplo do Mestre nos ajude a, antes de qualquer decisão, buscarmos sabedoria no Pai celestial.



ARMADURA DE DEUS

Em Efésios 6:10-17 encontramos a descrição da armadura que Deus fornece a seus servos para que possamos lutar contra Satanás –

Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. ” 

Mas, para que usar uma armadura? A resposta mais correta é também a mais lógica. Usamos armadura porque estamos em guerra! Só pessoas que estão em uma batalha usam armaduras.

A própria passagem de Efésios acima já nos dá a resposta. Temos que ficar firmes contra as ciladas do diabo, e nossa luta é contra as forças espirituais do mal.

O apóstolo Pedro nos alerta dizendo que o diabo é como um leão andando ao nosso redor só esperando um vacilo para nos atacar (I Pedro 5:8). O versículo 16 do próprio Efésios 6 diz que o diabo está sempre lançando seus dardos malignos contra nós. 

Então, a Bíblia diz que estamos em uma luta contra um adversário que anda como um leão ao nosso redor e fica atirando dardos contra nós. Isso não é descrição de uma batalha? Quem está numa batalha não precisa de armadura?

O problema é quando o cristão não reconhece que está constantemente numa batalha, sendo atacado por um adversário incansável que fica procurando nossos pontos frágeis. Portanto, a importância de usar essa armadura é fundamental. Sem armadura o soldado morre numa batalha.

Note, na passagem de Efésios, que a armadura é de Deus. E por que é que é Deus quem nos dá a armadura? Porque ninguém melhor do que Ele sabe onde fica nossos pontos fracos e, ao “confeccionar” nossa armadura, sabe quais são os pontos a serem protegidos. 

Mas a armadura só tem eficácia quando usada! De nada adianta termos uma armadura e deixá-la guardada no armário, ou só a usarmos de vez em quando, já que a luta é constante e incessante. Pode parecer estranho, até ridículo, a ideia de que um soldado, em plena batalha, deixe a armadura em casa ou a tire por alguns momentos, com a guerra acontecendo naquele exato momento. Fazer isso é pedir para ser morto ou, na melhor das hipóteses, ficar gravemente ferido.

Entendemos agora a importância do servo de Deus usar, 24 horas por dia, a armadura que seu Deus lhe preparou? Cada parte dessa armadura tem importância fundamental para nos manter vivos, prontos para a batalha, lutando contra nosso adversário. É só usando essa armadura que temos chance contra o diabo, que é um adversário muito mais poderoso do que qualquer um de nós que ousemos querer enfrentá-lo apenas com nossas próprias forças, achando que somos autossuficientes. 

A batalha espiritual está acontecendo agora, nesse segundo, e não há como não a enfrentar. Um exército não luta contra si próprio, mas contra um inimigo verdadeiro e real. Se não decidirmos lutar no exército de Cristo, usando a armadura que Deus nos dá, isso quer dizer que estamos no outro exército, aquele que pertence a Satanás.

Você tem se lembrado que está em batalha constante? Que é um soldado de Cristo numa batalha contra o diabo? Que não defender o exército de Cristo já faz de você um soldado do exército inimigo?

Use sua armadura, querido irmão. Lute, batalhe, resista. A recompensa é extraordinária e o exército ao qual pertencemos é comandado pelo general dos generais, aquele que nunca perdeu nenhuma batalha.

Só quem desiste dessa batalha será perdedor. Que não sejamos nós!