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COMO ANDA A VIDA DE CASADA?

Certo dia, ainda sem conhecer as regras do condomínio pro qual me mudei, eu estava cortando a grama da frente com um tesourão e me sentia muito feliz com isso. De repente escuto uma senhora chamando: Vizinha, vizinha! – era comigo. Então ela disse: é duro né?! Pra quê que a gente paga condomínio?! Eu sorri, sem entender o porquê ela estava falando aquilo. Dias depois, descobri que aparar a grama da frente das casas era responsabilidade dos funcionários do local. Qual o motivo dos meus sentimentos estarem tão diferentes da vizinha com a mesma situação? A expectativa.

Você aprendeu contos de fadas na sua infância? Consegue fazer o resumo de quase todos eles, não é? Eu também. Você tem alguma novela, série ou filme preferido em que o final é o casamento dos protagonistas? Eu também tenho. Mas, eu não me lembrava muito bem das histórias de Jacó e Raquel, Davi e Ziba, Abigail e Nabal. Eu não lembrava, porque eu não conhecia.

Estou falando isso para te contar o que aprendi até agora com a vida de casada. A verdade é que eu queria viver uma criação de Deus, o casamento, entretanto meu inconsciente carregava a mensagem subliminar que todas as criações mundanas mencionadas acima têm o objetivo de passar: casamento é o final feliz. Satanás faz isso, seu prazer é deturpar o que Deus criou.

O SENHOR estabelece o casamento como início da família, já o pai da mentira traz a ideia contrária. “Final feliz” não é criação de Deus, porque frente ao erro do outro no casamento a gente se frustra de uma tal maneira que o maligno vem com seu “cardápio” para escolhermos o que fazer. E no menu principal está a indiferença e o divórcio.

“Nenhum dos que esperam em ti ficará decepcionado” – Salmos 25:3.

Esse era um versículo que, enquanto estava solteira, renovava minha esperança em realizar o sonho de me casar. O problema é que na realidade eu achava que Deus não ia me decepcionar concedendo um cônjuge que não me decepcionaria. NÃO É ISSO QUE DAVI ESTAVA DIZENDO.

Quem não nos decepciona é Deus, porque todas as vezes em que meu marido me decepcionou, o SENHOR esteve comigo. Todas as vezes que eu decepcionei o meu marido, Deus esteve com ele. Em meio aos erros do caminho, nosso Pai nos consola, corrige e ensina com seu amor e justiça.

“Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade” – Hebreus 12:10.

Se você quer se casar, eu sugiro que PARE de consumir conteúdos que cegam a nossa visão para o que Deus constituiu como casamento. Festa ou cerimônia, isso não é casamento. No plano de Deus o casamento não é “final feliz”. Casamento é uma vida de união entre duas pessoas que caminharão juntas para santificação – Hebreus 10:14.

Se você gosta de assistir algo como lazer, assista reproduções bíblicas. Se tem a leitura como hobbie, leia as histórias reais da Palavra de Deus. Conheça casamentos de homens e mulheres de Deus que acertaram em muitas coisas, mas também pecaram contra Ele e contra o outro. Desfrute o relacionamento amoroso de coração e fale sobre erros e pecados. Sendo assim, você verá que a diferença está em como lidar com os ataques do inimigo. Preste atenção em como o outro lida com a realidade da vida, se busca verdadeiramente ser parecido com Jesus em ações, isso é importante.

Todos nós precisamos analisar bem a origem de nossas frustrações, elas vêm sempre de expectativas não supridas. Quais expectativas são essas? Estão alinhadas à vida real? A maioria delas pode estar sendo alimentada em nosso inconsciente por todas as criações não bíblicas que tivemos acesso. No fundo, esperamos viver um relacionamento que o outro é “quase que perfeito sempre”, e quando isso não acontece chega a comparação, insatisfação, reclamações e o amor vai se esfriando. Claro, não aceite a permanência em pecados (sua ou do cônjuge), porque “todo o que permanece nEle não vive pecando; todo o que vive pecando não O viu nem O conhece.” – 1 João 3:6. Ele quer que estejamos sempre alegres, inclusive no casamento, mas pautados na Sua verdade.

Olha esse exemplo bíblico: em 2 Reis 5:1-19, Naamã, comandante do exército do rei, estava leproso. Ele foi até o profeta Eliseu, conhecido como homem de Deus, buscando ser curado. Chegando em frente à casa do homem de Deus, esperava que este viria atende-lo pessoalmente. Contudo, não foi o que aconteceu. Eliseu apenas envia um mensageiro para lhe dizer que se banhasse no rio Jordão por sete vezes. Naamã ficou indignado e furioso. Ele assim ficou, pois sua esperança não estava em Deus, o SENHOR. Sua esperança estava no homem de Deus. Os sentimentos chegam e eles podem dizer muito mais sobre nós do que sobre o outro.

Meus irmãos e irmãs, tenhamos histórias reais como referências de casamento com a fé em Deus de ser possível acertar onde eles erraram. Não podemos permitir que contos, séries, filmes e novelas formulem nossos sonhos e dirijam os passos, mas que Deus e Sua palavra sejam o suficiente para nós!

“Se você transmitir essas instruções aos irmãos, será um bom ministro de Cristo Jesus, nutrindo com verdades da fé e da boa doutrina que tem seguido. Rejeite, porém, as fábulas profanas e tolas, e exercite-se na piedade” – 1 Timóteo 4:6-7.

Me Adaptando…

Me Adaptando

João está sentado no sofá, lendo a Bíblia. Maria entra na sala com uma xícara de chá e se senta ao lado dele.

João parece curiosamente intrigado com o que está lendo, então, parecendo roer a unha do polegar ele se ajeita e olha para Maria e diz:
– Maria, eu estava lendo uma passagem que realmente me tocou hoje. Em Gênesis, quando Deus trouxe a mulher para o homem, Adão disse: “Isso é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2:23).
– Sim, e o que tem demais? – Perguntou Maria sem dar muita importância para as palavras de João, e continuou:
– Eu lembro dessa passagem. O que você achou tão especial?
– Caramba, Maria, a gente não pode nem ter uma conversa um pouco amistosa, você logo já vem respondendo com grosseria… me poupe.

A relação deles estava um pouco desgastada talvez pelo tempo ou pela rotina da vida. Eles já estavam casados há 13 anos e ainda sentiam que eram estranhos. De vez em quando, cada um no seu canto, pensavam secretamente como tinham chegado tão longe.

Nada como um dia atrás do outro e, depois de um tempo, João voltou àquele assunto novamente.
– Sabe aquela passagem que eu estava lendo outro dia que você me cortou, eu ainda estava pensando nela. A leitura me fez pensar em como somos uma só carne. Depois, outro dia, lendo outra parte agora no Novo Testamento, vi que Jesus destacou isso em Mateus 19: “O que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19:6). É como se Ele estivesse nos dizendo que, em vez de nos separarmos, precisamos nos adaptar um ao outro.

João e Maria estavam pensando, sim, em divórcio. Nunca tinham falado abertamente sobre isso, mas nem precisava. Sempre colocavam panos quentes nos problemas, mas de vez em quando pequenas coisas era motivo para eles levantarem a voz e tanto perder o respeito quanto enfraquecer o amor.

Maria não podia ser tão indelicada como foi da última vez e desta vez se esforçou para ser e parecer gentil. João reclamava disso de vez em quando e ela dizia que ele era dodói demais, ele sempre achava que ela não era muito gentil, mas ela se defendia dizendo que ele é que era dramático, mas isso não ia acontecer desta vez, ela se controlou e mediu bem as palavras para manter um diálogo amistoso.
– Nos adaptar um ao outro? Isso faz sentido. Como se nosso casamento fosse parte de nós mesmos, como nosso corpo. É isso que você está pensando?
– Isso! – Disse o João animado em conseguir comunicar.

João e Maria, cada um no seu canto, secretamente estavam pensando que precisavam fazer alguma coisa para nutrir este relacionamento. Afinal, tinham ouvido num desses encontros de casais que eles estavam educando o tipo de marido que o filho deles seria e isto influenciava diretamente na felicidade dele e, consequentemente, a própria felicidade deles como sogros um dia.

Lucas estava servindo a igreja como evangelista por cerca de 12 anos. Atendia os casais uma vez por semana. Tirava o dia inteiro só para isso. Raramente um casal chegava para investir no casamento, geralmente era para salvar quando pouca coisa poderia ser feita. Lucas e Sofia também enfrentaram dias difíceis. Como evangelista e modelo para a igreja, muitas vezes dedicava-se mais ao aconselhamento para outros casais do que nutria o seu próprio casamento. Isso começou a mudar quando Sofia disse para ele que precisava se ouvir quando convidava os casais para chegarem durante aquele dia da semana para conversar. Lucas procurou um mentor, coisa que relutava a anos com muitas desculpas que, para ele, faziam todo sentido, mas depois de ouvir Sofia, ficou pensativo e decidiu tomar atitudes começando por ouvir a si mesmo. Entraram numa certa estabilidade e até os aconselhamentos eram feitos com mais autoridade, pois ele estava colocando em prática em casa.

João e Maria atenderam ao convite de Lucas e estavam sentados no sofá do escritório no prédio da igreja, buscando orientação. João estava realmente convencido de que tinha descoberto a roda para fazer girar o seu casamento e comentou entusiasmado:
– Lucas, estamos tentando entender melhor como fortalecer nosso casamento. Lemos que devemos nos adaptar um ao outro, como Jesus se adaptou quando veio à Terra.

Finalmente um casal chegou antes de pôr fogo em tudo para investir no casamento deles. Lucas estava animado com a possiblidade de ajudar de alguma maneira.
– Ah, essa é uma lição poderosa. – Disse Lucas – Pensem no sacrifício de Jesus. Ele se adaptou à vida humana, obedeceu seus pais terrenos, mesmo sendo divino (Lc 2:51-52). Ele se submeteu a todas as limitações humanas por amor a nós.

Este assunto tinha sido tema de uma das mensagens da série sobre família e, finalmente alguém tinha ouvido. João e Maria continuaram a falar animadamente sobre adaptação no casamento e Lucas deixou que pensassem que a descoberta era deles. Maria até parecia mais animado do que João e disse:
– Quer dizer que, assim como Jesus se adaptou, nós também devemos fazer o mesmo no nosso casamento?
– Isso mesmo, Maria! Jesus nos mostrou que a adaptação é essencial. Ele lidou com os apóstolos, apesar de suas falhas e egoísmo. Se Ele pôde fazer isso, por que nós não podemos nos adaptar aos nossos cônjuges?
– Uma ilustração que gosto muito ouvi uma vez de um irmão chamado John Pennisi. Ele disse que todo mundo tem uma parte do corpo que não gosta, mas nem por isso a corta, antes, se adapta. Legal quando ele fez a gente pensar que, se a gente se adapta a este corpo que não escolhemos, por que não nos adaptar ao nosso cônjuge que nós escolhemos? Basicamente, a gente tem que escolher amar, porque amar é uma decisão e não sentimento. Sentimento é paixão e paixão passa, amor, é amor, é de Deus e Deus é este amor inclusive o amor entre homem e mulher é o amor de Deus, o resto é paixão.

Eles conversaram por uma hora e o tempo voou. Lucas voltou para casa à noite e contou para Sofia tudo o que aconteceu naquele dia.
– Nem pareceu que era um aconselhamento Sofia. Você precisava ver o brilho nos olhos deles por terem descoberto – Lucas ressaltou com os dedos – a lição de adaptação no casamento!
– É, acho que eu consigo ver o brilho dos olhos deles nos seus olhos, Lucas – Disse Sofia estendendo a mão e levantando da mesa para irem ao sofá.

Novamente na casa de João e Maria a vida continuava a mesma, mas diferente. As palavras deles e as reflexões que Lucas compartilhou com eles ainda ecoava.
– João, eu estava pensando – Maria quebrou o silêncio da sala antes de ir para a cama dormir. – Eu já te disse que estou muito orgulhosa de você? – Até ela estranhou estas palavras saindo espontaneamente dela. Por um segundo ela pensou que nunca tinha falado isso para João e ao mesmo tempo falava com receio de que no dia seguinte tudo voltaria ao normal.
– Eu acho que a gente poderia sentar um dia e fazer uma lista de atitudes que a gente pode mudar ou tentar aqui em casa. Eu estou disposta a mudanças.
– Ah, não sei, esse negócio de lista não funciona. Acho que a gente deveria ser mais espontâneo.

Maria sentiu uma brisa de decepção, mas não comprou a briga. A adaptação estava começando mesmo. Fossem alguns dias atrás, eles iriam dormir brigados, mas não essa noite.

João ficou na sala vendo televisão, sem assistir, ele estava realmente pensando e fazendo uma lista mental de coisas que ele faria para surpreender Maria. De manhã, Maria acordou e viu uma lista de 5 coisas que João tinha escrito no papel. A primeira coisa da lista era uma frase curta: “Me Adaptando…”

NÃO ESCOLHA SEU CONJUGE SÓ PARA VOCÊ

Você já deve ter conhecido alguma família a qual tem aquele genro ou nora que só dá desgosto para os sogros, ou os pais que vivem se lamentando pela escolha do cônjuge da filha/o. Sabia que existe uma história assim na Bíblia?

“Tinha Esaú quarenta anos de idade quando escolheu por mulher a Judite, filha de Beeri, o hitita, e também a Basemate, filha de Elom o hitita. Elas amarguraram a vida de Isaque e de Rebeca” – Gênesis 26:34-35.

Ainda naquele tempo era comum e normalizada a ideia de se ter mais de uma esposa. O problema é que as mulheres escolhidas por Esaú, tornaram os últimos anos da vida de seus pais, Isaque e Rebeca, mais difíceis do que deveriam ser. A única esperança que os dois tinham era a escolha de Jacó, seu filho mais novo.

“Então Rebeca disse a Isaque: “Estou desgostosa da vida, por causa dessas mulheres hititas. Se Jacó escolher esposa entre as mulheres desta terra, entre mulheres hititas como estas, perderei a razão de viver” – Gênesis 27:46.

Fortes as palavras de Rebeca, não é mesmo? Imagine só o que ela estava passando! Tudo por uma má escolha de seu filho. Já parou para pensar que ao escolher alguém a fim de se relacionar, é necessário também pensar em seus pais? Eles também terão que lidar e se relacionar, a certa maneira, com essa pessoa.

“Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. Honra teu pai e tua mãe – este é o primeiro mandamento com promessa – para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra” – Efésios 6:1-3.

Podemos honrar nossos pais com a escolha do nosso cônjuge. Temos a oportunidade de aliviar suas preocupações parecidas com “será que ela/ela vai cuidar bem do meu filho/a?”, “será que essa pessoa vem para somar ou causar divisões, abençoar ou causar dano?”, “vai valorizar todos esses anos que cuidei da pessoa que ama?”.

Não quero que você me entenda mal, não devemos escolher a pessoa que vamos casar baseado apenas nas opiniões e preferências dos nossos pais. O que vemos no caso de Rebeca e Isaque é um sofrimento em suas vidas causado por uma escolha equivocada de seu filho, ou melhor, duas escolhas.

Que a nossa escolha honre nossos pais. Preste atenção aos detalhes de como a pessoa que você se relaciona trata os seus pais e as situações que os envolve. Faça isso antes de casar, pois o casamento deve ser honrado por todos (Hb. 13:4) e ele deve ser uma bênção na sua vida para a glória de Deus!

“Esforcem-se para viver em paz com todos” – Hebreus 12:14.

DESAFIOS DA ESPERA – Cobranças e comentários

Em mais este artigo falaremos de um grande desafio da espera tanto para os solteiros/as, quanto para os que estão em um relacionamento. Como é desagradável ter que lidar com certas perguntas e comentários sobre nossa vida amorosa. Se não temos namorado/a, perguntam “cadê?” ou falam que estamos muito exigentes. Se estamos namorando ou noivos as perguntas começam a ser de quando será o casamento e os comentários giram em torno de “ah…vai demorar muito, ein!?” ou “nossa tá muito longe, você vai conseguir esperar?!”. Pois é, as perguntas e comentários não cessam, mas podemos lidar com isso de maneira leve.

O primeiro ponto que devemos considerar é que independentemente do que alguém falou, é uma escolha nossa aquilo se tornar uma verdade, entrar em nosso coração e tomar nossos pensamentos.

“Acima de tudo, guarde o seu coração (os seus pensamentos), pois dele depende toda a sua vida” Provérbios 4:23.

Mantenha a sua fé em mente. A fé durante a espera é o alimento que te mantêm de pé. Deus está no controle e Ele não precisa dos comentários e aprovação das pessoas, então por que você vai pegar isso pra si e remoer em sua mente se não te trouxe edificação e incentivo na fé? Mas atenção, não tomar para si as falas desmotivadoras não significa que precisamos tratar desrespeitosamente a pessoa que nos trouxe isso.

“Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento” Provérbios 21:23.

Sabemos que a resposta tranquila desvia a raiva, traz calma ao momento evitando brigas e desentendimentos (Pv.15:1). Então nessas situações devemos respirar fundo e vê-las como uma oportunidade de testemunhar nossa fé e o poder de Deus, pois lá na frente quando a sua benção chegar essas pessoas comprovarão junto a você que vale a pena esperar e confiar no SENHOR.

Se eu puder te dar uma dica prática de como lidar com isso, digo para você responder citando a Palavra. Em Efésios 6 na descrição da armadura de Deus, o cinto, os calçados e a espada são mencionados como a verdade, o evangelho da paz e a palavra de Deus. Olha só os versículos abaixo se não são boas respostas que podemos dar.

__ É o SENHOR que garante o meu futuro – Salmos 16:5.

__ Nenhuma pessoa que espera em Deus ficará decepcionada – Salmos 25:3.

__ No tempo certo o SENHOR vai responder a minha espera – Salmos 38:15.

__ Quem Deus tem para mim está escondido/a nEle – Colossenses 3:3.

 

“Livra-me da afronta que me apavora, pois as tuas ordenanças são boas. Como anseio pelos teus preceitos! Preserva a minha vida por tua justiça! Que o teu amor me alcance, Senhor, e a tua salvação, segundo a tua promessa; então responderei aos que me afrontam, pois confio na tua palavra. Jamais tires da minha boca a palavra da verdade, pois nas tuas ordenanças coloquei a minha esperança” Salmos 119: 39-42.

 

Se dedique a conhecer mais o que a Bíblia fala sobre você e para você. Isso vai te dar força e paz durante a espera e te ajudará a responder às pessoas tranquilamente com a palavra de Deus.

DESAFIOS DA ESPERA – A espera sem ver

Seja você solteiro/a ou em um relacionamento este artigo pode falar contigo. Durante a espera por um namoro ou casamento eu considero três maiores desafios e quero compartilhar orientações bíblicas e dicas práticas de como lidar com eles. Nesta leitura vamos refletir sobre o primeiro: A espera sem ver.

“Mas, esperança que se vê não é esperança. Quem espera por aquilo que está vendo?” Romanos 8:25.

Eu me lembro até hoje do dia que meditei nesse versículo em uma pregação de domingo. De lá pra cá a minha espera teve um outro significado. Mas vamos lá, esperar por um relacionamento cristão sem ver “possibilidades” não é fácil né? Eu sei como é. Mas a espera e confiança em nosso Pai é isso, depositarmos toda nossa confiança Nele, mesmo sem vermos. Antes de ressuscitar Lázaro, Jesus apenas olhou para o céu e disse: “Pai, eu te agradeço porque me ouviste.” João 11:41.

Nosso Deus é um Deus que “dá vida aos mortos e chama à existência coisas que não existem como se já existissem” Romanos 4:17. Talvez eu e você só precisamos agir segundo o poder do nosso Pai. Precisamos viver como se Ele já tivesse feito o que de fato o fará. Agradecer tem muito poder, pois quando você agradece, sente e visualiza como uma realidade, foi o que Jesus fez. Isso pode se aplicar à nossa vida amorosa com certeza, pois Deus se importa com todas as nossas necessidades (Fl 4:19).

Se ainda solteiro/a, aja e se organize como alguém já comprometido, respeitando e tendo cuidado com pessoas do sexo oposto, por exemplo. Reservando momentos da sua rotina para investir no relacionamento. Mas se ele não existe, como faço isso? Use esse momento para orar pela pessoa que você espera, clamar ao SENHOR que prepare você para recebê-la a fim de que tudo seja de acordo com a vontade e padrões de Deus. Quando eu ainda não tinha namorado reajustei minha agenda deixando mais tempo livre no sábado e domingo, porque eu já imaginava que seria alguém de outra cidade (já que na minha congregação não havia rapaz cristão).

Se você já está em um relacionamento, mas está esperando pelo casamento com muitas dúvidas e receios, traga à sua mente a realidade que deseja viver em seu lar. Ore e agradeça ao SENHOR pelo casamento forte, saudável e puro que vocês terão como se já o tivessem. Peça ajuda de Deus para que você consiga desempenhar bem seus papéis e responsabilidades, os quais vêm juntos à essa grande benção. E agradeça pela transformação que Ele já está fazendo em você, isso é fé. Precisamos agir pela fé.

Lembre-se, porém, que há uma espera ainda maior e inegociável: a vida eterna nos céus.

“Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança: Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade! Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança” Lamentações 3: 21-24.

 

Vale a pena obedecer ao SENHOR, esperar e confiar nEle!

A PESSOA CERTA EXISTE SIM!

Quando criança, a maioria de nós achava estranho o sexo oposto, mais estranho ainda era ver um beijo entre casais, não era? Bom, mas o tempo passa e nasce em nós, ou na maioria de nós, o desejo de compartilhar a vida com alguém. Então começamos a esperar pelo namoro e, após esse período de relacionamento amoroso, ansiamos chegar ao casamento.

Como eu já disse em outros artigos, casar sempre foi um grande sonho em meu coração e eu estou prestes a realiza-lo. Eu e meu noivo temos ouvido bastante as perguntas: “como você sabe se ela/e é a pessoa certa?” e “você tem certeza que é a pessoa certa?”. Então, decidi compartilhar uma reflexão sobre isso. A pessoa certa pra você existe? Certamente você já ouviu dizer que a pessoa certa não existe, mas eu te asseguro que existe sim. Na verdade, a palavra de Deus te garante isso. Vamos lá!

Rebeca não podia ter filhos. Isaque orava por ela (Gênesis 25:21).

Maria precisava ser instrumento para cumprir a promessa de uma virgem dar à luz o Filho de Deus. José esperou os 9 meses para ter relações com ela (Mateus 1:24-25).

Zacarias, por duvidar das palavras do anjo, precisava de uma esposa fiel, perseverante e que confiasse nele mesmo com as consequências de sua falta de fé. Izabel, sua esposa, soube obedecer, esperar e agir mesmo com o marido impossibilitado de falar (Lucas 1: 57-64).

Não viva em um relacionamento que vai contra as orientações do SENHOR pra você, mesmo se o seu coração diz o contrário (II Coríntios 6:14-18). Permita-se desfrutar da bondade e fidelidade dele na sua vida. Apresente seus pedidos a Deus com um coração sincero. Você acredita que a pessoa certa tem que ser de um determinado jeito para o seu casamento honrar a Deus? Então peça a Ele! Apenas certifique-se de pedir com o objetivo de agradar ao SENHOR e não apenas por se satisfazer.

“Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá.” I João. 5:14.

Além disso, a pessoa certa vai colaborar com os propósitos do Pai na sua vida. A pessoa certa é aquela que te ajuda e te apoia na maneira como você coloca os seus dons espirituais em prática. Essa pessoa vai te amar como você é e te incentivar a crescer e ser transformada/o por Deus, ou seja, vai te ajudar em sua santificação. A pessoa certa é aquela que se une a você espiritualmente primeiro. E tudo isso refletirá em um casamento abençoado e agradável a Deus, como o de Priscila e Áquila

“Saúdem Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus. Arriscaram a vida por mim. Sou grato a eles; não apenas eu, mas todas as igrejas dos gentios. Saúdem também a igreja que se reúne na casa deles.” Romanos 16:3-5

E posso deixar uma última dica? Fique atento/a aos sinais: a pessoa certa é tudo isso que eu mencionei por amor a Deus, pois se ela for assim ou tentar ser apenas por você, ela não é a pessoa certa para um filho amado ou filha amada do SENHOR.

“Da mesma maneira, encoraje os jovens a serem prudentes […]. Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.” Tito 1: 6; 11-13.

Então, seja você a pessoa certa primeiro. Através do amor que Deus tem por nós, podemos ser assim. E por amor a Ele você deve esperar e escolher a pessoa certa para compartilhar a vida. Ele está sempre com você!

Consequências da Paixão

A paixão não tem dono e troca de alvo de uma forma volátil. Ninguém maduro o suficiente confia numa pessoa apaixonada. Quem já viveu algumas paixões na vida sabe como ela vem e vai tão facilmente. Não sei das suas experiências com a paixão, mas hoje dá até vergonha de lembrar do que a paixão me fez fazer quando eu a obedeci. Viver uma paixão é viver uma vida de desconfiança, porque logo o vento vai soprar em outra direção. A paixão é efêmera. Faz você cansar de estar com a mesma pessoa, ser tratado daquela mesma forma. A paixão não é confiável.

A paixão é desejo carnal. Paixão te leva a obedecer os desejos contrários ao domínio próprio, que é parte do fruto do Espírito Santo.

A paixão é fogo que arde sem se ver, planejando o poeta. E também plagiando o escritor inspirado, a paixão é como a língua, é uma pequena parte das nossas vidas e se gaba de grandes conquistas.”Vejam como uma fagulha incendeia uma grande floresta!”. A paixão é um fogo, um mundo de maldade que está em nosso corpo e contamina o corpo inteiro. “e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também ela mesma é posta em chamas” pelas consequências.

Mesmo estando casado você pode querer viver uma paixão, se apaixonar e viver casado e abrasado. As paixões no casamento não podem ser satisfeitas por sua própria natureza.

A paixão é contrária às coisas espirituais. A paixão é da natureza humana e carnal. Somos instruídos a não seguir os nossos sentimentos e paixões.

“Ora, tendo Cristo sofrido na carne, estejam também vocês armados do mesmo pensamento. Pois aquele que sofreu na carne rompeu com o pecado, para que, no tempo que lhes resta na carne, vocês não vivam mais de acordo com as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus. Porque basta que, no passado, vocês tenham feito a vontade dos gentios, tendo andado em práticas libertinas, desejos carnais, bebedeiras, orgias, embriaguez e em detestáveis idolatrias.” (1 Pedro 4:1-3)

“Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito luta contra a carne, porque são opostos entre si, para que vocês não façam o que querem.” (Gálatas 5:16,17)

A paixão é contrária à fidelidade. Por sua própria natureza, uma pessoa que quer viver uma vida apaixonada obedecendo às suas paixões, não será fiel. Precisamos voltar ao princípio e lembrar o que é o amor e o que é a paixão. Só visualmente são palavras totalmente diferentes e não pertencem à mesma família e nem sequer têm a mesma raiz.

A paixão é insustentável. Seu corpo muda, você nunca vai permanecer jovem e muitas vezes a paixão é obediência aos hormônios produzidos pelo corpo. Você não vai conseguir manter a paixão, então logo virá a frustração.

A paixão é egoísta. Quando você se apaixona, não é por outra pessoa, mas pelo ideal que você tem ou deseja ter para si mesmo. O apaixonado, por ser egoísta, deseja a pessoa como se fosse um objeto, quando conquista, perde a graça e cria-se um novo padrão ou alvo. A paixão é, por natureza, egoísta. Se você e seu cônjuge estiverem se esforçando para viver uma paixão, quem dos dois vai ser satisfeito? Ninguém! E o que você vai sentir quando seu ego não for mais satisfeito? O que você vai fazer? Viver com uma pessoa egoísta é uma vida de terror. É viver uma linha fina entre o desequilíbrio emocional e a loucura total. O que esperar de uma pessoa que procura satisfazer a si mesma? E o que esperar de um casal apaixonado? Separação à vista! Sabe os seus sentimentos e necessidades? Esquece! Será uma guerra de egos procurando satisfação pessoal. O mínimo serão os ciúmes, o controle, a desconfiança, etc.

A paixão é cega. Rapidamente podemos olhar e aprender por exemplos e veremos os muitos personagens, humanos como nós, dentro da Bíblia que contam sua história e as consequências da paixão. Já vimos tantas vezes nos outros que a paixão é cega, mas os vizinhos não são. Quem não está vivendo dentro de uma paixão, consegue ver claramente o que os apaixonados estão fazendo. Muitas vezes não só dá vergonha alheia como é, de fato, vergonhosa a atitude dos apaixonados.

Esta lista sobre a paixão está me parecendo interminável… algo que não desejaríamos para o pior inimigo, se tivéssemos um. Nem o dicionário vai te ajudar quando estiver enterrado na paixão, mas saiba que infidelidade, infelicidade e tantas outras palavras tristes são sinônimos da paixão e, como te disse, isso você não vai encontrar no dicionário.

É a paixão que confunde os sentimentos das pessoas inclusive por se apaixonar pelo mesmo gênero. Porque, como vimos acima de uma forma panorâmica, a paixão é desejo carnal, é fogo que consome o corpo, é contrárias às coisas espirituais, é contrária à fidelidade, é insustentável, é egoísta e cega.

A BUSCA PELA NUDEZ NO CASAMENTO

INTRODUÇÃO

“Ora, um e outro, o homem e a sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam.” – Gênesis 2:25

A nudez no casamento

Tenho defendido em minhas mensagens a importância da nudez na vida de um casal. Sim, em um bom casamento existe vida sexual ativa, frequente, prazerosa, onde ambos se revezam na procura por intimidade sexual um pelo outro. Ora o homem toma a iniciativa de buscar sua parceira, porém, ora a parceira também o procura para aqueles momentos maravilhosos de prazer. É desconfortável quando apenas um dos parceiros toma sempre a iniciativa em buscar o outro. Deve ser uma busca compartilhada.

O ato sexual no casamento

O ato sexual não é a parte mais importante do casamento, no entanto, casamento sem sexo (exceto em casos como impossibilidade física, gravidez e pós gravidez, enfermidade, entre outros) é casamento incompleto, alguma coisa está errada.

A mulher sente que é desejada sexualmente por seu marido, que ele tem sempre aquele “olhar de lobo” quando dela se aproxima no seu momento de intimidade física.

Porém, essa mulher é constantemente elogiada pelo marido, tanto a sós, como também publicamente. Seu marido evita críticas públicas, mas é generoso nos elogios públicos e sinceros.

A nudez emocional, de alma

Porém, para que haja a nudez física é ainda mais importante a nudez de alma, de espírito, isto é, que o casal tenha um ao outro como seu melhor amigo, confidente, que haja grande confiança entre os dois.

Nudez de alma é o marido, em suas decepções e frustrações, ter liberdade e coragem de falar disso com sua esposa e chegar até mesmo a chorar no ombro de sua companheira, sem medo de ser rejeitado, rotulado, diminuído.

O marido pode ser muito desvalorizado no trabalho, nos demais relacionamentos, mas sabe que sempre será o herói de sua esposa.

Da mesma maneira, a mulher sabe que pode falar com o seu amigo, o marido, sobre aquele assunto difícil, sente liberdade para corrigir seu parceiro, para falar de suas frustrações, até mesmo no casamento. E sabe que será ouvida e terá seus sentimentos valorizados e validados.

Há casais que ficam nus numa boa em termos físicos, mas dificilmente há nudez de alma, um abrir o coração para o outro.

A Bíblia ensina em Efésios 5:22-33 que a mulher deve respeitar e valorizar o marido e o marido debe buscar o bem estar da mulher como Cristo busca sempre o bem da igreja. Isto somente acontece quando existe nudez no casamento, físico e emocional. A nudez é muito importante. Tanto físico, como especialmente, de alma e espiritual.

Conclusão

É fácil chegar a esse tipo de nudez, física e espiritual no casamento? Claro que não! Eu e minha esposa ainda estamos patinando nessa área. Mas temos  consciência disso e em nossos quase 13 anos de casamento, temos crescido bastante.

Não existe casamento perfeito mas podemos sim ter, e Deus quer que tenhamos, um bom casamento, com alegria, prazeroso, uma intensa amizade entre os dois que redundará em dois amantes que, na intimidade do casal, desejam-se um ao outro e querem dar e receber prazer mutuamente.

Portanto, busquemos a nudez no casamento, tanto a física como a de alma e espírito, selando o mistério criado por Deus de marido e mulher, uma só carne (Gênesis 2:24). Amém!

Jovem, você precisa saber disso!

Durante três manhãs tive o imenso privilégio de receber grandes doses de conhecimento e sabedoria provenientes do querido senhor Howard Norton. Além das aulas sobre Jesus, nos devocionais tratou sobre sabedoria, bom senso, e como veremos aqui, sobre as 5 decisões mais importantes que um jovem tem para tomar e como ter sabedoria nelas.
Sem mais delongas, vamos lá…
1- Quem irei servir?
Temos fases em nossas vidas que oscilamos na fé, temos dúvidas, estamos ocupados demais, tentados demais. Passar por esses momentos é normal, e eles passam depois. Mas viver constantemente nesse vai e vem, não está bem. Precisamos decidir: quero servir a Deus ou ser o meu próprio Deus? Que possamos dizer como Josué: ”Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor“. (Josué 24:15) A melhor e mais sábia decisão que tomamos é escolher o Senhor, todos os dias. Seremos abençoados eternamente.
2- Como vou tratar meus pais?
Efésios 6:1-3 é uma passagem bem conhecida, onde diz que os filhos que honram seus pais viverão mais, e isso agrada o coração de Deus. Honrar inclui obedecer (quando estamos sob seu teto), ouvir seus conselhos (ainda que estejamos fora de casa), respeitar, elogiar (a sós e publicamente), cuidar dos seus interesses, servi-los, dar a eles alegria, retribuindo todo o esforço e amor dedicados a nós.
3- Quem serão os meus melhores amigos?
É muito provável, salientou Norton, que nos tornemos como nossos melhores amigos, e isso vai desde manias, linguagem, como mentalidade e condutas de vida. Devemos escolher amizades íntimas com aqueles que amam a Deus e poderemos ancorar uma amizade na beleza e graça da vontade do Senhor. Com quem andamos determina nosso futuro! 1 Coríntios 15:33 diz que as más companhias corrompem os bons costumes, e Provérbios 13:20 diz: ”Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal”.
4- Com quem vou me casar?
Não há dúvidas ou outro conselho para dar: Case-se com um verdadeiro cristão. Peça a Deus não apenas um homem ou mulher com o qual possa ir a igreja junto, mas alguém que fortaleça sua fé, seja um verdadeiro(a) companheiro(a) que ama a vontade de Deus. Tenha critérios inegociáveis! E que entre eles esteja alguém com fé cujas obras e vida a manifestem. O senhor Norton relatou que sua filha preferiu esperar para encontrar essa pessoa (não uma pessoa perfeita, pois essa não existe, e sim continuará sendo um pecador como você e eu, que isso fique claro) ao casar-se com qualquer um apenas para não ficar só, e experimentou a graça de Deus, casou-se aos 35, com alguém que a ajuda a chegar ao céu.
5- Como vou ganhar meu pão de cada dia?
Como tenho me preparado para o futuro? No que tenho me profissionalizado? Que empenho tenho tido em meus estudos? Até mesmo para pensar no item 4, é fundamental saber responder a esse. 1 Tessalonicenses 4:11-12 diz para termos uma vida tranquila, cuidarmos dos nossos negócios e interesses.
Que nosso amoroso Pai nos abençoe com sabedoria para tomarmos decisões de acordo com a sua boa, agradável e perfeita vontade em cada uma dessas questões. Que possamos ter humildade e sede de aprender com os mais experientes, e principalmente, tementes a Deus, pois possuem a sabedoria que vem do céu.

Pensamentos sobre a cerimônia de casamento

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” – Gênesis 2:24

Tudo o que Deus criou é bom. E o casamento é uma criação de Deus, logo é algo muito bom. Infelizmente, como todo o restante da criação de Deus, o casamento também foi danificado pelo pecado e os resultados são vistos nos dias de hoje, sendo cada vez mais desvalorizado por nosso mundo.

Há uma magia quando um homem e uma mulher (o único tipo de casamento reconhecido por Deus) decidem entrar no plano original do Senhor de viverem juntos até a morte. Em todas as civilizações algum tipo de celebração era feita e nós, fortemente influenciados pelo judaísmo, precisamos não cair nos extremos, nem na informalidade ou formalidade excessivas.

Quando um homem e uma mulher decidem viver juntos, não é somente cada um sair de suas casas e passarem a “morar juntos”, não obstante hoje em dia legalmente a união estável ser considerada quase um casamento.

Assim, como pessoas que obedecem as leis do Estado (Romanos 13), o cristão fiel deve obedecer a maneira do Estado dar legitimidade ao casamento. Logo, ao contrário do extremismo religioso do século passado, o casamento civil é, sim, válido aos olhos de Deus.

E a cerimônia religiosa? É necessária? No judaísmo, na época de Jesus, uma grande festa, que durava dias, era realizada. É obrigatória hoje? Entendo que não. O importante é a firme decisão do casal em permanecer junto por toda a vida e dar publicidade desse objetivo através do casamento civil. Porém, utilizando o princípio de que a Palavra de Deus e a oração santificam (1 Timóteo 4:4-5), e muito do que fazemos (um aniversário, uma apresentação das crianças na igreja, entre outros) seguimos de orações, é aconselhável que o casal realize uma cerimônia, dentro de suas possibilidades financeiras, seja na casa de um dos noivos, com a presença de amigos mais íntimos e familiares, seja num salão alugado ou no prédio da igreja. O importante é que alguém dirija algumas palavras de incentivo, que orações sejam feitas e que os noivos, diante de Deus, proclamem seu desejo firme de fazer parte do plano que o Senhor tinha quando criou o casamento.

O dia de casamento é dia de celebração, não é um culto no sentido formal que conhecemos, logo, nada impede que haja músicas, comes e bebes, tudo em um senso de gratidão a Deus pela nova família que surge.

Finalmente, para nós, que fazemos parte da família de Deus, para Jesus mais importante até mesmo que nossa família carnal (Marcos 3:34-35), creio ser interessante mostrar ao mundo essa visão de Cristo sobre a família dele. Assim, não importa o lugar, porém, se possível, que a família de Deus possa participar e se alegrar junto com os noivos. Antes de pensar num local público, creio ser cristão pensar onde toda a família cristã local possa ser convidada. Não é bom pensar num lugar onde será necessário fazer distinção entre os irmãos, uma vez que, em Jesus, somos todos especiais para Deus e uns para os outros. Não adianta declarar amor aos irmãos em Cristo e nos momentos em que esse amor deve ser reafirmado mostrar-se serem apenas palavras vazias (1 João 3:18).

No mais, os noivos têm liberdade de escolher a maneira, o formato da cerimônia, as músicas e tudo o mais. Com ordem e decência.

E que o amor de Jesus seja demonstrado numa ocasião tão especial como esta.

Sei de irmãos amados que não concordam com algumas ideias aqui colocadas. No entanto, como diz o título do artigo, são pensamentos sobre a realização de um casamento. Eu já tive o privilégio de dirigir a cerimônia de alguns deles, senti-me honrado com o convite dos noivos. Por este motivo, decidi publicar esses meus pensamentos, tirados de experiências que passei com os noivos e, se, de alguma maneira, ajudar casais e celebrantes, tomando-os como conselhos, que podem ou não serem seguidos, já me darei por satisfeito.