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Discussões Públicas

Meu partido é a igreja, meu candidato é Jesus, minha plataforma e ‘ideologia’ é o evangelho, nossa identidade: embaixadores de Cristo, nosso comportamento como luz nas trevas e nossa pátria está nos céus.

Um jornalista sério e respeitável nunca se envolve com a notícia. Ele é ensinado e diz a ética que ele deve ser neutro. Difícil ver isso, mas se quiser respeito, é assim que ele deve se portar. Mais ainda um narrador de futebol. Ele não vai para uma partida torcer, ele vai trabalhar e deve contar os fatos que vê na partida. Um juiz também, ele não olha para a aparência do réu, ele tem que se ater aos fatos e comparar com o que diz a lei. Claro que estamos partindo dos ideais de comportamento. Como seres humanos, o jornalista erra, o comentarista esportivo deixa escapar sua torcida e o juiz também tem emoções que são envolvidas no julgamento. Agora, e um ministro do evangelho? Qual deve ser o comportamento de um obreiro de Deus, um evangelista, um professor (mestre) da igreja, um presbítero ou um irmão qualquer?

Temos a Palavra de Deus que rege o comportamento. O tudo o que um presbítero, por exemplo, deve ser, toda a igreja deve ser, afinal eles são o exemplo para a igreja. Primeiramente, eles são escolhidos pela igreja através de votação porque são considerados irrepreensíveis (1 Tm 3:2). Se a igreja não leva isso a sério, vai colher as consequências. Não é fácil ser irrepreensível. Isto não quer dizer que ele não erra e sim alguém que não é pego publicamente ou claramente cometendo erros sempre. Isso tem mais a ver com o bom comportamento constante. Também está ligado a outras virtudes que o homem de Deus deve ter como o saber se dominar, também descritos pelo apóstolo Paulo:

“2 É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; 3 não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro.4 Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. 5 Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? 6 Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o diabo. 7 Também deve ter boa reputação perante os de fora, para que não caia em descrédito nem na cilada do diabo.” (1 Timóteo 3:2-7)

E é assim que todos devem ser na igreja de Deus. Outro tipo de comportamento deve ser passível de repreensão, advertência e auxílio. Os sevos de Deus são servos de Deus porque recusaram a cidadania desta terra e receberam o reino que um dia vai recebê-los eternamente, então o nosso envolvimento com este mundo agora é como embaixadores em terra estrangeira. Nosso objetivo é basicamente um e tem muito a ver com o nosso comportamento:

“Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.” (1 Pedro 3:15,16)

Mesmo se for redundante, preciso dizer que a passagem acima diz que o nosso objetivo é responder sobre a esperança que temos com mansidão, respeito e boa consciência. Se falam mal, serão envergonhados como são envergonhados pela verdade os mentirosos. Nosso comportamento é a resposta.

Temos a quem imitar. Jesus era um homem de objetivo. Até no rosto dava para ver que Ele tinha um alvo (Lc 9:23). Tendo um só objetivo, Jesus não foi pego se metendo em negócios alheios, falando mal das autoridades, discutindo política ou ideologias deste mundo.

“19 Lá dentro, o sumo sacerdote começou a interrogar Jesus acerca dos seus discípulos e do que lhes andara a ensinar. 20 Jesus respondeu: “O que tenho ensinado é bem conhecido, pois preguei com regularidade nas sinagogas e no templo. Todos os judeus me ouviram e nada ensinei em particular que não tivesse já dito em público. 21 Aliás, porque me fazes tal pergunta? Interroga aqueles que me ouviram. Alguns estão aqui e sabem o que eu disse.” 22 Um dos soldados que ali se encontrava deu-lhe uma bofetada: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?” 23 “Se menti, prova-o!”, replicou Jesus. “Se não, porque me feres?” (João 18:19-23)

Jesus ensinava, pregava e não discutia, aliás, ninguém o contestava, pois tinha um comportamento irrepreensível, exatamente o que nós também devemos ter, e ainda, Jesus tinha bom testemunho dos que o ouviram, apesar de também ter acusações falsas. Ser discípulo de Jesus, é seguir os passos dele e não ficar como Barrabás tentando derrubar o governo. Foi por ele e por nós que Jesus morreu, foi sepultado e ressuscitou. Ser discípulo de Jesus é replicar o comportamento irrepreensível do Mestre. O apóstolo Paulo é admirado como um verdadeiro seguidor de Jesus e teve este mesmo tipo de comportamento:

“10 Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, respondeu: Sabendo que há muitos anos és juiz desta nação, sinto-me à vontade para me defender, 11 visto poderes verificar que não há mais de doze dias desde que subi a Jerusalém para adorar; 12 e que não me acharam no templo discutindo com alguém, nem tampouco amotinando o povo, fosse nas sinagogas ou na cidade; 13 nem te podem provar as acusações que, agora, fazem contra mim.” (Atos 24:10-13)

Ficar discutindo coisas deste mundo publicamente (hoje pelas redes sociais) é comportamento que devemos deixar para este mundo. O comportamento que não é reprovado por Deus, é aquele que vive na luz onde Deus está.

Finalmente, as palavras de Paulo voltam à tona agora ensinando como um servo de Deus, independente da sua idade e posição no reino de Deus. Timóteo era jovem, nem por isso deixava de ser exemplo para a igreja de Deus “na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1 Timóteo 4:12). Se isto vale para os jovens, quanto mais para os que já não são tão jovens. Então, nas questões políticas e ideológicas deste mundo, qual deve ser o nosso comportamento? Com a palavra, o Espírito Santo através do apóstolo Paulo:

“Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendasOra, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, pacientedisciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.” (2 Timóteo 2:22-26)

Não vale a pena tomar partido por A ou B. Depois, eles fazem amizade porque seus interesses mudaram e, como fica você? Lembro-me de que Herodes e Pilatos não se davam bem, mas por causa do julgamento de Jesus, se uniram novamente (Lucas 23:12). E assim age a humanidade. Bem ensinou Jesus como deve ser entre nós, quando Tiago e João queriam os primeiros lugares e os outros dez se revoltaram contra eles:

“42 Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. 43 Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; 44 e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. 45 Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Marcos 10:42-45)

A luta agora, meus irmãos, é servir como Jesus serviu. Amar, como Jesus amou. Dar nossas vidas, como Jesus nos deu.

Meu partido é a igreja, meu candidato é Jesus, minha plataforma e ‘ideologia’ é o evangelho, nossa identidade: embaixadores de Cristo, nosso comportamento como luz nas trevas e nossa pátria está nos céus.