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A PALAVRA DE DEUS É MINHA MAIOR AUTORIDADE?

A PALAVRA DE DEUS É MINHA MAIOR AUTORIDADE?

INTRODUÇÃO

Qual é a pessoa neste mundo que tem maior autoridade sobre sua vida?

Aquela pessoa que fala e, você, mesmo nem sempre concordando, reflete a respeito e muitas vezes muda de ideia com base no que essa pessoa falou.

No meu caso é a minha esposa Silvia, a pessoa cuja palavra, mesmo nem sempre parecendo, eu reflito e penso a respeito.

Todos nós temos pessoas assim em nossas vidas – para o bem e para o mal.  Exemplo: O rei acabe aconselhado por Jezabel, que o instigava a praticar o mal (1 Reis 21:25).

Outro exemplo: rei Joás, bem influenciado pelo sacerdote Joiada:

No sétimo ano do reinado de Jeú, Joás começou a reinar. Ele reinou quarenta anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Zíbia e era de Berseba. Joás fez o que era reto aos olhos do Senhor, todos os dias em que o sacerdote Joiada o dirigia.” – 2 Reis 12:1-2

Deus nos abençoa com pessoas que nos dão bons conselhos, precisamos recorrer a elas – no geral são pessoas submissas à autoridade da Palavra.

E no tocante à Palavra de Deus, o quanto somos submissos a ela e o quanto é, de fato, autoridade em nossa vida?

Num mundo onde muitos dizem “ninguém manda em mim, sou dono do meu nariz”, você que passou pelos passos da fé, ao fazer isso, abdicou de sua vontade e declarou Jesus como o dono não somente do seu nariz, mas dos seus bens, do seu corpo, dos seus sentimentos, de todo o seu ser…

Jesus não fará com você o que fez com o apóstolo Paulo muitas vezes, falando diretamente a ele, mas Ele fala diariamente a nós, através da Sua Palavra, que é a voz de Deus nos ensinando a tomar as decisões que nos levarão a viver nas regiões celestiais quando Cristo voltar e uma vida muito melhor enquanto vivermos nessa terra.

Mas, afinal, quem é a autoridade maior na sua vida? Uma pessoa? Seus sentimentos? Suas conveniências? Os seus próprios desejos? Ou a Palavra de Deus?

Neste artigo veremos 4 sinais da autoridade (ou não) da Bíblia, a Palavra de Deus. 

SINAIS DA AUTORIDADE DA PALAVRA DE DEUS NA VIDA

  1. Quanto tempo eu passo lendo, refletindo, meditando e buscando a verdade de Deus na minha vida na Bíblia?

Comparando com quanto tempo eu passo olhando o celular…

Comparando com quanto tempo eu passo assistindo televisão…

Comparando com quanto tempo eu passo lendo outros livros…

Claro que após anos de vida cristã, porções consideráveis da Bíblia devem estar em minha mente, mas isto não me desobriga de ter a atitude Esdras:

Quando chegou o sétimo mês e os filhos de Israel já estavam morando nas suas cidades, todo o povo se reuniu, como um só homem, na praça, diante do Portão das Águas. E pediram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés, que o Senhor havia ordenado a Israel. Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei diante da congregação, composta por homens, mulheres e todos os que eram capazes de entender o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês. Esdras leu o livro em voz alta, diante da praça que fica em frente ao Portão das Águas, desde o amanhecer até o meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e dos que podiam entender. E todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei.” – Neemias 8:1-3

Eles iam lendo o Livro da Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que o povo entendesse o que se lia.” – Neemias 8:8

“Por esta razão, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.” – Efésios 5:17

  1. Busco na Bíblia resposta para minhas decisões, especialmente as mais importantes?

Qual é a nossa maior decisão na vida? Onde passaremos a eternidade. Ao lado de Deus ou afastado de Deus e somente a Palavra tem a resposta.

As religiões não têm essa resposta…

As autoridades eclesiásticas não têm essa resposta…

Nossos sentimentos não têm essa resposta.

Dia desses um amigo me disse: “Eu sinto que faço a vontade de Deus e vou para o céu”. Eu perguntei: “Qual a sua base bíblica para isso?” Ele respondeu: “Eu sinto”.

Nossos sentimentos enganam, não são suficientes para responder uma pergunta tão importante.

Já buscou nas Escrituras Sagradas o modo de Deus para passar a eternidade ao lado dele?

Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” – 2 Timóteo 3:14-15

A salvação vem por meio de Jesus, mas são as sagradas letras que mostram o Jesus bíblico e o evangelho bíblico.

Segunda maior decisão na vida – com quem passarei 30, 40, até mais que 50 anos dividindo a vida e vai influenciar onde eu passarei a eternidade – meu cônjuge.

Onde você busca conselho na escolha do seu companheiro de vida?

Apenas em seus sentimentos?

Apenas na estabilidade financeira que ele ou ela pode dar?

Apenas na beleza física que um dia acabará?

Ou nas Escrituras Sagradas.

Não se ponham em jugo desigual com os descrentes. Pois que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão existe entre a luz e as trevas?” – 2 Coríntios 6:14

As Escrituras ensinam que um jovem cristão deve buscar uma pessoa cristã para dividir a vida. Você, jovem cristão, topa deixar a autoridade da Escritura pela autoridade de suas emoções?

Olha só o que a própria Palavra ensina a respeito do coração humano?

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto. Quem poderá entendê-lo?” – Jeremias 17:9

  1. Eu submeto minhas emoções/sentimentos à autoridade da Palavra de Deus?

Em termos espirituais, quando alguém me diz: “Sei que a Bíblia diz assim, mas eu sinto que…” Vai dar problema.

Eu sinto que estou no caminho certo…

Eu sinto a presença de Deus…

Eu sinto a aprovação de Deus…

Eu sei que a Bíblia diz que devo respeitar meu marido/mulher, mas você não o conhece…

Eu sei que a Bíblia ensina que o divórcio é errado, mas meu amor acabou e eu mereço ser feliz…

Eu sei que deveria congregar, mas, não estou a fim, estou desanimado, estou com preguiça…

Eu sei que esta decisão irá me afastar de Deus ou dificultar minha vida espiritual, mas, sinto que devo tomar assim mesmo.

Sejamos como Jesus ante as decisões: posso até sentir, mas “está escrito…” (Mateus 4:1-11).

“Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até ao fim.” – Salmos 119:112 (ARA)

Sim, as emoções fazem parte, os sentimentos, devemos até senti-los e confessar que estamos sentindo, como Jesus no jardim Getsêmani, mas na hora da decisão tenhamos a atitude de nosso Senhor:

Retirando-se pela segunda vez, orou de novo, dizendo: — Meu Pai, se não é possível que este cálice passe de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.” – Mateus 26:42

A maneira de Jesus, fazer o que é certo, porque é a vontade de Deus, mesmo sofrendo, fará com que…

Perdoe e não me vingue quando o desejo de vingança é grande…

Permaneça em meu casamento nos momentos de crises quando parece que a solução é o divórcio…

Romper um relacionamento antes de casar-se, quando percebe que não vai ser bom…

Na quarta-feira, no domingo, na Escola Dominical, no sábado, fazer questão de estar com os irmãos, mesmo sem vontade ou com preguiça…

Diante das grandes decisões da vida, decidir obedecer a Palavra de Deus, mesmo sem vontade.

  1. Finalmente, tenho crescido em alegrar-me na vontade de Deus.

“Quando o que eu quiser não for a tua vontade, me livra da minha”, é uma boa oração ao Senhor. Mas precisa de uma primeira decisão nossa. Até um momento que Romanos 12:2 faça parte de nós:

E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Quanto mais obedecemos, mesmo sem vontade, mais vamos percebendo, pelos frutos colhidos, que a Palavra de Deus é boa, perfeita e agradável. Nunca nos daremos mal no final quando decidimos deliberadamente obedecer a Palavra.

CONCLUSÃO

Lembra da pessoa que você ouve com atenção quando lhe dá um conselho?

Porém, mais do que isso, pense em Jesus, que morreu na cruz por nós, tudo o que Ele nos deixou é para o nosso bem. Ele merece ser ouvido. E ouçamos a Palavra dita por Paulo ao seu jovem amigo Timóteo.

“Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” – 2 Timóteo 3:14-15

É permanecer debaixo da autoridade da Palavra de Deus que garantirá nossa morada, por toda a eternidade, nas regiões celestiais. Busquemos, pois, conheça e obedeça, cada vez mais.

QUEM USAR AS ESCRITURAS TEM AUTORIDADE! – O EVANGELHO DE LUCAS

QUEM USAR AS ESCRITURAS TEM AUTORIDADE

“E maravilhavam-se com a sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade.” – Lucas 4:32

Lucas inicia o relato do ministério de Jesus e destaca como sua palavra difere daquelas que as pessoas ouviam dos rabinos da época.

Os rabinos não tinham convicção própria, ela vinha da opinião de rabinos famosos como Shammai e Hillel, quando o assunto era divórcio, por exemplo (Mateus 19:3), Gamaliel (Atos 5:34) ou mesmo da Mishná, que era o resultado dos estudos dos mestres rabínicos na época. Equivalente aos nossos comentários bíblicos de hoje ou mesmo da jurisprudência do Poder Judiciário. Era o resultado dos debates que os estudiosos faziam sobre diversos assuntos.

A autoridade de Jesus vinha direta de Deus Pai e, Ele, como o Criador do Universo (João 1:3 e Hebreus 1:2), junto com o Espírito Santo, foi o responsável pela inspiração divina de todos os cerca de 40 escritores da Bíblia como, por exemplo, Lucas.

Neste sentido, ninguém jamais teve ou terá autoridade para afirmar categoricamente: “Eu, porém, vos digo…” (Mateus 19:9). Somente um homem na terra pôde dizer estas palavras e seu nome é Jesus.

No entanto, como estudiosos, isto é, pessoas que leem a Palavra de Deus e a estudam, podemos, sim, ter autoridade bíblica para fazer afirmações após um bom tempo em contato com os escritos sagrados.

Lembro de um comercial da fábrica de canos e demais acessórios, a Tigre, que mostrava uma pessoa “peitando” outra maior que ela, exatamente por utilizar o produto daquela marca, supostamente superior às demais. O comercial termina com a afirmação: “Quem usa Tigre tem autoridade”.

Neste sentido, podemos aplicar para quem diligentemente estuda as Escrituras Sagradas, reflete nelas, procura aplicar na vida e desta maneira vai tendo autoridade para dizer: “Eu obedeci, fiz do jeito que Deus manda e funcionou”. Além disso, a inspiração divina da Bíblia está na sua origem, dos céus, como bem dizem os apóstolos Paulo e Pedro:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” – 2 Timóteo 3:16-17

“Primeiramente, porém, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” – 2 Pedro 1:20-21

A autoridade em termos espirituais está nas Escrituras Sagradas e deriva para aqueles que a utilizam corretamente. Já confrontei líderes religiosos sobre assuntos bíblicos e, quando encurralados, alguns responderam: “Você sabe com quem está falando? Eu sou pastor (reverendo, ou padre, hoje existem até pessoas que se chamam equivocadamente de apóstolos) ou fiz seminário. Quem é você para me confrontar?”, diziam.

Apenas respondi: “uma pessoa que há anos está aprendendo da Bíblia e se você me mostrar biblicamente que eu estou errado, aceitarei e irei rever meu pensamento”. Sim, já fui corrigido em equívocos em meu estudo por irmãos e mudei meu posicionamento, mas, no tocante a essas “autoridades religiosas”, até hoje, elas queriam que eu aceitasse sua palavra simplesmente pelo “título” que ostentavam, o que eu não aceitei em momento algum. Ou, então, apelavam para interpretações equivocadas de textos fora do seu contexto original.

Sim, não temos e não teremos jamais a autoridade que Jesus teve. Nesse sentido, Ele foi o único. Porém, podemos, sim, ler diariamente a Bíblia, estudar, refletir e ler outros comentários a respeito para termos a nossa própria convicção. Sempre digo para as pessoas que estudam comigo: “Quando alguém lhe perguntar: ‘como você tem certeza desse ponto?’. Não diga: ‘Valdir me disse’. Depois de ouvir de mim, faça seu próprio estudo, questione, reflita e, aí, sim, tenha as suas próprias convicções, baseadas nas Escrituras Sagradas.

Utilizando a frase do comercial da Tigre como exemplo: “Quem estuda e utiliza as Escrituras tem autoridade!”. Autoridade para ensinar, repreender, corrigir e instruir as pessoas na Palavra de Deus. Deve ser bem instruído, como seu Mestre Jesus para não correr o risco de ser um cego guiando outro cego (Lucas 6:39). Se isso acontecer, ambas cairão no buraco e o buraco na Bíblia se chama inferno. Nossa alma é muito importante para terceirizarmos nossa fé nas mãos de outro ser humano (João 12:47-48). Devemos ir direto à fonte.

“O servo do Senhor não deve andar metido em brigas, mas deve ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem a ele, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem a verdade.” – 2 Timóteo 2:24-25. 

É DEUS QUEM DÁ A ESPADA ÀS AUTORIDADES

“Fortalecerei os braços do rei da Babilônia e porei a minha espada na mão dele. Porém quebrarei os braços de Faraó, que, diante dele, gemeu como geme quem foi mortalmente ferido.

Levantarei os braços do rei da Babilônia, mas os braços de Faraó cairão. Saberão que eu sou o Senhor, quando eu puser a minha espada na mão do rei da Babilônia e ele a estender contra a terra do Egito.” – Ezequiel 30:24-25

Quase na mesma época de Ezequiel, Daniel, outro profeta utilizado por Deus durante o exílio de Israel na Babilônia irá dizer:

“É ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.” – Daniel 2:21

Ao proferir estas palavras, Daniel estava se referindo à sucessão de reinos que dominaria o mundo por cerca de 500 anos, que antecederam o nascimento de Jesus e o estabelecimento da igreja, o reino de Deus: babilônios, persas, gregos e romanos.

Antes de subir ao céu, o próprio Jesus disse: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra”. (Mateus 28:18).

E Paulo afirma: “Que todos estejam sujeitos às autoridades superiores. Porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” – Romanos 13:1

Quando Paulo escreveu essa palavra, reinava o perverso Nero, que, inclusive, seria o responsável por ordenar a decapitação do apóstolo anos depois.

A Bíblia é repleta de exemplos assim: no texto de hoje o Senhor diz claramente que entregará sua espada nas mãos do rei da Babilônia, para que a utilize contra o Egito. E o próprio Senhor Deus quebraria os braços de Faraó, monarca egípcio.

Assim, o Senhor levanta autoridades e as utiliza, inclusive para disciplinar, mas derruba também, quando a autoridade por Ele estabelecida usurpa o seu poder, persegue o seu povo, utiliza mal da concessão de divina e, especialmente, fica arrogante e começa a achar que é a fonte do próprio poder. Vejamos o que aconteceu com Herodes Agripa I, quando aceitou uma honra que pertencia somente ao Todo-Poderoso.

“E o povo gritava: — É voz de um deus, e não de um homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor feriu Herodes, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, morreu.” – Atos 12:22-23

Herodes embriagou-se com a bajulação do povo e se deu mal. É o mesmo que acontece com as autoridades humanas hoje quando se embriagam com o poder e com o dinheiro.

Eis o motivo de, constantemente, eu clamar ao Senhor: “Senhor, derruba o perverso, o explorador, o mentiroso, o que quer utilizar o poder para seus interesses e do seu grupo político. E levanta aquele que, mesmo sendo imperfeito (não existe pessoa e muito menos governo perfeito) deseja utilizar o poder para servir, especialmente os mais carentes e necessitados.”

Em época de eleição não faço campanha para ninguém, mas oro dessa maneira, pois somente Deus conhece o segredo do coração das pessoas (Romanos 2:16).

Eu tenho certeza de que o Senhor ouve a minha e a oração de muitos cristãos nesse sentido, que não precisamos fazer quase nada, a não ser orar, nos posicionar quando necessário e, claro, em época de eleição, votar naqueles que entendemos preencher os requisitos citados. Graças a Deus vivemos num regime democrático, imperfeito, claro, mas não uma ditadura. E a democracia é a generosidade divina. 

E, no mais, esperar a ação do nosso Amado Pai celestial.

Textos como o de hoje enchem o meu coração de temor, tremor, mas também de muita alegria e esperança. 


A DEMOCRACIA É GENEROSIDADE DIVINA

Estamos em ano eleitoral. Em outubro escolheremos o Presidente da República, o governador do Estado, 1 Senador por Estado, deputado federal e deputado estadual. É a super eleição que ocorre a cada quatro anos, realizada 2 anos depois da eleição para prefeitos e vereadores.

A rede de fast food Burger King, recentemente, apresentou um comercial bem humorado incentivando os eleitores brasileiros a não anularem seu voto. Para ver o comercial, acesse o seguinte link.

https://youtu.be/PgijpiWjOKs

De fato, o voto é talvez o principal instrumento nas democracias modernas através do qual os próprios cidadãos escolhem seus governantes, algo inexistente nos tempos bíblicos, daí a importância de termos cuidado ao utilizarmos textos relativos a governos naquela época sem antes o adequarmos ao mundo em que vivemos, séculos depois.

O Que Diz a Constituição?

Cresci aprendendo o que a Constituição Federal proclama nos seus primeiros artigos:

“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” – artigo 1º, § único da Constituição Federal.

Porém, hoje, depois de estudar com profundidade o assunto, apesar de respeitar o texto legal, concordo totalmente com o texto bíblico, para o cristão fiel a Jesus, mais importante que as leis humanas (Atos 5:29):

“Que todos estejam sujeitos às autoridades superiores. Porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” – Romanos 13:1

Sim, quando escreveu a carta à igreja em Roma, boa parte do mundo da época era governado pelo império romano, naquele momento tendo Nero como imperador. Ele foi um dos governantes mais tiranos, que perseguiu os cristãos, provavelmente foi o responsável pela decapitação do próprio Paulo e da crucificação de Pedro e, mesmo assim, o apóstolo diz que todo governo constituído tinha origem divina.

Tive minha visão ampliada para este assunto a partir da resposta de Jesus a Pôncio Pilatos, governador da Judéia, quando este disse ao Mestre: “Então Pilatos o advertiu: — Você não me responde? Não sabe que tenho autoridade tanto para soltar você como para crucificá-lo?” – João 19:10

A resposta de Jesus esclareceu-me muito a respeito das autoridades constituídas:

“Jesus respondeu: — O senhor não teria nenhuma autoridade sobre mim se de cima não lhe fosse dada.” – João 19:11a

Sim, Pilatos estava sendo utilizado por Deus, em sua covardia e tirania, para que os propósitos divinos fossem totalmente executados.

Sim, meus irmãos, toda autoridade pertence a Deus em todo o Universo. Porém, o Senhor, de forma graciosa, concede parte de sua autoridade ao ser humano. Começou com Adão na criação do mundo, dando-lhe autoridade sobre todos os animais (Gênesis 1:28).

Desta forma, todo governante tem a chancela divina. Nos tempos antigos, os reis e monarcas ascendiam ao trono a partir de revoluções e derrubadas de governos. Só para citar como exemplo, tudo leva a crer que Nero assumiu o trono do império romano após assassinar o imperador Cláudio, seu padrasto, envenenado, com a ajuda de sua mãe e esposa do imperador, Agripina.

Claro que o ser humano não lida bem com autoridade e poder, somente Deus o faz com maestria. E, por isso, quando o governante usurpa o poder que é somente do Senhor, o próprio Deus o derruba, como aconteceu com Nabucodonosor, humilhado pelo Senhor em Daniel 4 e o próprio Herodes Agripa I, ferido por um anjo em Atos 12:20-25.

O ser humano nunca lidou bem com o poder. Mesmo nas chamadas teocracias (governos de Deus) da Bíblia durante os reinos de Saul e Davi, quando os reis eram escolhidos diretamente por Deus (1 Samuel 10:1-8 e 16:1-13), estes cometeram atrocidades em razão de terem o poder tanto de legislar, executar e julgar (os três poderes de hoje, Executivo, Judiciário e Legislativo estavam nas mãos de apenas uma pessoa ou um pequeno grupo). Basta lembrar da tirania de Saul matando os 80 sacerdotes de Deus (1 Samuel 22:6-19) ou mesmo do bom rei Davi, assassinando o marido da mulher com quem tinha adulterado (2 Samuel 11). É o problema de poder concentrado nas mãos de poucos.

Provavelmente, em razão dessa falta de habilidade das pessoas com o poder, com o tempo, Deus inspirou homens a pensarem no governo tripartido (os três poderes citados). Hoje é uma bênção vermos que nenhuma autoridade, nos países democráticos como o Brasil, tem poder ilimitado e na maioria das nações, os governantes estão limitados pelas leis e pelas constituições locais. Lamento quando leio pessoas pedindo que seja instaurada uma ditadura no Brasil. Ditaduras, sejam de esquerda, de direita, teocráticas, são mais prejudiciais que benéficas.

Como disse no início, hoje temos o poder de escolher nossos governantes e defendo, neste artigo, a democracia como um gesto de generosidade divina, para que o governante seja limitado em seu poder e no tempo em que irá governar. 

Da mesma maneira em que, nas revoluções, não era Deus quem escolhia os governantes (ou alguém acha que Deus escolheu Hitler como ditador da Alemanha?), uma vez escolhido pelo seu povo ou pelas forças políticas de sua época, automaticamente Deus chancela a escolha e concede parte de seu poder àquele governante. E, claro, quando o governante exagera no exercício do poder, o próprio Deus o remove. Porém, na sua tolerância, o Senhor espera, tem paciência. E uma escolha errada irá causar aos governados muito sofrimento. Daí a importância de termos sabedoria na escolha.

Claro que isto não significa que não possamos, como cidadãos, protestar de forma pacífica, utilizar os meios de comunicação e mesmo os meios legais, como o impeachtment (impedimento), para corrigir os desmandos do governo ou até mesmo tirá-lo do poder. No entanto, como cristãos, não podemos pegar em armas ou utilizar de formas injustas para derrubar qualquer governante que assuma o poder. A razão é que o discípulo de Jesus está convicto de que acima desse governante (por pior que seja), está Deus, o seu Senhor pessoal e também o Senhor do Universo.

Voltando ao comercial do Burger King, daí a importância de exercermos o nosso direito do voto, instrumento da democracia, esse sistema maravilhoso, porém, imperfeito por causa do ser humano, de Deus conceder parte do seu poder ao Presidente da República, governadores do Estados, Senadores, Deputados Federais e Estaduais.

Na última eleição, do total de mais de 147 milhões de eleitores, mais de 31 milhões sequer compareceram às urnas, mais de 8 milhões anularam o voto e mais de 2 milhões votaram em branco. Ou seja, apenas 104 milhões efetivamente escolheram seu candidato. Mais de 40 milhões resolveram não exercer seu direito e, no Brasil, também dever. Depois não adianta reclamar, pois perdeu o direito ao não exercer sua escolha.

Meus irmãos, não foi Deus quem escolheu o Presidente, o governador do seu Estado, os senadores e deputados. Foi você na qualidade de eleitor, que exerceu esse magnífico poder, o voto, concedido graciosamente pelo Senhor do Universo.

Que o comercial do Burger King possa influenciar e que, nestas eleições, pensemos nisso, decidindo escolher nosso governante e analisando bem a quem estaremos outorgando parte do poder que o Todo-Poderoso nos deu de forma graciosa e generosa.

Autoridade de Fé

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Não sei se você notou, mas tem uma linha acima deste artigo. Quantos centímetros você acha que tem? Fabiano diz que são seis centímetros. Roberto discorda, dizendo são de oito centímetros. Ah, não é possível que isso vai dar briga entre os irmãos? Você concorda com Fabiano ou com Roberto? Afinal, qual dos dois está certo? Existe um modo de solucionar a divergência? Sim, existe. Você concordaria se eu usasse minha mão como padrão internacionalmente aceito? Acho que não, não é? Pois minha mão deve ser diferente do tamanho da sua mão e muitas pessoas têm mãos de tamanhos diferentes. O que você acha se a gente medir esta linha com uma régua? Pois é, com simplicidade, eficiência e autoridade, a régua nos dá a resposta definitiva. A régua é uma medida internacionalmente aceita

A régua mostra a todos quantos centímetros de comprimento tem a linha. E todos aceitam e são capazes de entender isto. A pequena divergência desaparece ao aplicarmos e aceitarmos a autoridade em medidas de comprimento, a régua. Ninguém discute com a régua, todos a aceitam.

Este é um exemplo simples, mas o princípio em jogo tem implicações profundas.

Os homens discordam e se dividem em questões religiosas. Existe um modo de solucionar divergências em religião? Lembre-se de que na questão do comprimento de uma linha a aplicação e a aceitação de uma autoridade, a régia, foi o bastante para resolver o problema. Logicamente, portanto, as questões religiosas podem ser resolvidas se uma autoridade for aceita e usada.

Existe tal autoridade em religião? Sim, existe!

Jesus Cristo, o Filho de Deus, foi investido de toda autoridade em religião (Mateus 28:18; Efésios 1:22, 23). O Novo Testamento revela como Jesus, depois da morte e da ressurreição subseqüente, delegou completa autoridade a seus apóstolos para que eles, guiados pelo Espírito Santo, pudessem levar a mensagem de Cristo a todas as partes do mundo (João 14:26). Homens guiados pelo Espírito escreveram o novo Testamento (1 Coríntios 2:13). Pelas Escrituras toda humanidade pode contar com o mesmo guia depois da morte dos apóstolos (2 Pedro 1:12-15). A Bíblia habilita o homem de Deus completamente “para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16, 17). Este livro inspirado contém tudo aquilo que precisamos para ficarmos completamente habilitados. Assim sendo, a Bíblia tem os requisitos necessários indispensáveis para ser a autoridade em religião para todos nós.

Da Palavra de Deus emana a verdade e a luz. Podendo não apenas entender sua mensagem, mas por meio desta mensagem, podemos encontrar o caminho para acreditar em Jesus (João 20:30, 31). Nela encontramos os mandamentos de Deus (1 Coríntios 14:37). Em conseqüência de orientação divina proporcionada pela Bíblia, resultados maravilhosos advém de sua leitura.

A Bíblia, sendo a autoridade total e suficiente em questões de fé, torna desnecessária qualquer outra autoridade. Em questões religiosas, a Bíblia é a autoridade cuja aceitação e uso conta com a aprovação de Deus.

A Bíblia traz clareza e consistência. As outras pseudo-autoridades (homens), não inspiradas e contraditórias, só trazem lealdade escravizantes desnecessárias, muita confusão, partidarismo, concentração de poder e riqueza e divergências religiosas.

A autoridade divina, para nossos dias e para sempre, é a Bíblia, a Palavra de Deus. Todos precisam por de lado as pseudo-autoridades alicerçadas em opiniões meramente humanas e seguir a Vontade de Deus que se encontra expressa na Bíblia, mais especificamente no Novo Testamento.

Na igreja de Cristo você tem este ambiente onde se “fala onde a Bíblia fala e cala onde a Bíblia cala”. Procure sua Bíblia e estude numa escola diferente, dentro da sua casa. A leitura vai te guiar à verdade. Se você quer saber qual é a medida da fé e quer fazer a vontade de Deus, então você deve conhecer a Bíblia.

Ministros de Deus

“Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço.” (Romanos 13:6)

Qual “motivo”? A razão da autoridade existir, e também o serviço que ela exerce a favor de seus cidadãos, tais como: 1) ela procede de Deus; 2) quem resiste a ela, resiste a ordenação de Deus; 3) ela pune os que se tornam malfeitores e se rebelam; 4) ela protege seus cidadãos; 5) sujeitamos por dever de consciência.
As autoridades são servas de Deus para estabelecer a ordem através de leis que promovam a paz, trazendo benefícios aos cidadãos e punindo com rigor aqueles que se opõe e praticam o mal.
É a vontade de Deus que nos sujeitemos às autoridades que foram ordenadas por Ele não por temor, mas “por dever de consciência” (v. 5), e dessa forma devemos pagar os tributos estabelecidos por elas para que continuem exercendo o seu dever.
O dever das autoridades em geral é promover a ordem, a segurança, o desenvolvimento social e defender os cidadãos dos malfeitores que se rebelam contra as leis estabelecidas. Jesus disse:

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Marcos 12:17)

Continuemos honrar nossos compromissos para com as autoridades, independentemente se elas não têm cumprido com seus deveres, pois fazendo assim glorificamos e honramos o nome de Deus. Se as autoridades não cumprem ou não tem cumprido seu papel diante de Deus, terão que prestar contas a Ele no final – não tem escapatória! Porém, não devemos utilizar esse motivo para descumprir o que se espera daqueles que são filhos de Deus; a nossa parte sempre devemos fazer, pois não é as autoridades que prestaremos contas, mas a Deus.
Paulo também instruiu:

“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Romanos 13:7)

Este verso nos instrui a pagar tudo o que devemos. Se tudo temos que pagar, nada podemos dever. Infelizmente muitos têm buscado meios de não pagar o que devem, a exemplo, a sonegação que é algo cada vez mais frequente e habitual neste país, dentre outras manobras para não se pagar o que deve.
O versículo não diz se o governo merece receber. Ele também não diz que é injusto. Ele diz é que precisamos pagar os impostos e tributos. O desrespeito as autoridades, aos pais, aos mais velhos, aos ministros de Deus e uns aos outros é algo cada vez mais notório, e por sinal, muito triste. A atitude do cidadão do reino é sempre diferente do homem natural, do pagão, do incrédulo. O proceder dos filhos de Deus é sempre na luz, pois eles devem ser “luzeiros no mundo” (Filipenses 2:15). Lembrando que neste mundo estamos apenas de passagem – somos peregrinos em terra estranha; nosso lar não é aqui!
O respeito é uma prova de submissão, ou seja, de sujeição espontânea e não forçada. Quem é “digno” de respeito, deve ser respeitado para a glória de Deus.
Honrar alguém é homenagear as suas qualidades; é dar preferência, estimando-o acima de si mesmo. Isto exige uma das maiores qualidades cristãs que é a humildade. Essa é a vontade de Deus. Honre a quem é devido e assim glorifique ao Senhor.

Queres tu não temer a autoridade?

“Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.” (Romanos 13:3,4)

Infelizmente a verdade da Palavra de Deus tem sido colocada de lado, dando lugar as palavras de homens que defendem o mal e a desordem. Um dos deveres dos magistrados, ou seja, pessoas revestidas de autoridade superior judicial ou civil, conforme parecer bíblico é punir, e punir com rigor os que praticam o mal:

“… ela traz a espada; … para castigar o que pratica o mal” (v. 4b)

O mundo está cada dia mais difícil de se viver devido à violência, maldade e impunidade existentes. Os cidadãos comuns estão cada vez mais aprisionados pela falta de segurança, paz e tranqüilidade no mundo. Leis retrógradas, corrupção, impunidade e indiferença com o sofrimento das pessoas, têm sido erros trágicos na vida daqueles que deveriam ser os nossos defensores e quem aproveita disso, são os malfeitores que não temendo tal “autoridade”, por não puni-los de acordo com seus crimes, continuam a tramar e a praticá-los.

Deus cobrará de cada um de nós o que temos feito com o que recebemos dEle e ninguém será inocentado de sua culpa como é comum vermos atualmente (Hebreus 4:12,13; Naum 1:3).

Os magistrados receberam de Deus a incumbência de gerar segurança e punir quem se rebela contra as autoridades e a ordem pública; os cidadãos deste mundo receberam a incumbência de se sujeitar as autoridades existentes, pois é ordenação de Deus (Romanos 13:1,2), e nós os cristãos, recebemos igual incumbência dada a qualquer cidadão, mas “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29), caso as autoridades deste mundo se corrompam e imponham leis contrárias a vontade do Criador. Quando as autoridades não punem rigorosamente os culpados, deixam de ser ministros de Deus, ou seja, deixam de servir a ordem dEle.

Quando pessoas deixam o bem e se tornam malfeitores, partindo para o mal cometendo crimes, devem ser punidas pelas autoridades competentes com o rigor que cada ato mereça.

Resiste à Ordenação de Deus

“De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.” (Romanos 13:2)

No verso anterior lemos que:

“não há autoridade que não proceda de Deus”, ou seja, “as autoridades que existem foram por ele instituídas” (Romanos 13:1)

As funções e cargos de autoridade existentes no mundo foram instituídas por Deus para estabelecer a ordem, a disciplina, a paz, a segurança, dentre outros benefícios aos seus cidadãos.

Independentemente como age cada governante, nós como cidadãos e principalmente como cristãos, temos que nos sujeitar as autoridades pelas leis criadas e honrá-las como bons cidadãos glorificando assim o nosso Deus e Senhor eterno.

Precisamos orar e interceder pelas autoridades para um propósito muito claro; Paulo escreveu:

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2:1-4)

O verso 2 de Romanos 13 é claro quando diz que quem se opõe, ou seja, não se sujeita as autoridades existentes, na verdade está resistindo a Deus. Quem se opõe às autoridades, resiste à ordem de Deus e as conseqüências poderão ser trágicas.

Mas precisamos ser claros: Nem sempre a autoridade é concernente a vontade de Deus e quando ela estabelecer ou impor qualquer lei ou ordenação que seja contrária a vontade divina…

“antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29)

Sujeição às Autoridades

“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Romanos 13:1)

Ninguém neste mundo tem autoridade se ela não tiver sido concedida por Deus. Aliás, o único que tem toda autoridade, ou seja, autoridade absoluta é o Senhor Jesus Cristo (Mateus 28:18).
Mas como cidadãos, precisamos estar sujeitos a alguma autoridade no mundo em que vivemos, desde que ela não se volte contra a vontade de Deus, pois…

“antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29)

Cada país tem as suas leis e precisamos honrar nossos compromissos sendo bons cidadãos e assim glorificar a Deus com um testemunho exemplar.
Sendo cristãos, nossa autoridade como lei e ordenanças é o Novo Testamento, e o Senhor Jesus Cristo é a autoridade absoluta em todas as áreas de nossas vidas. Porém, neste mundo existem autoridades e o apóstolo Paulo ensina que precisamos estar sujeitos a elas também, pois todas procedem de Deus.

“Não há autoridade que não proceda de Deus” (Romanos 13:1b)

O que procede de Deus são as funções e cargos de autoridade, não as pessoas que as exercem propriamente ditas, pois nem todos governam conforme a vontade de Deus, e sempre há alteração no comando do estado e das instituições.
Já pensou em um mundo sem autoridades e sem governo? Seria um caos! Os antigos reis e hoje os presidentes, governadores, prefeitos e toda e qualquer função que exerça autoridade foram concedidas por Deus. O Senhor concede as pessoas que exercem tais funções, autoridade, para que no exercício de suas atribuições, cumpram o seu papel…

“para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito” (1 Timóteo 2:2b)

Quando as autoridades não cumprem o seu papel, dado por Deus e os homens não se submetem cumprindo as leis, as conseqüências são desastrosas e podem ser vistas claramente na corrupção, violência, maldade, dentre outras tragédias existentes no mundo.

Autoridade na Fé

Um homem foi morar na Inglaterra e um dia saiu para comprar algumas frutas. Chegou numa banca na rua e foi pegando as frutas que queria com as mãos. O dono da banca lhe disse:

– Ei, você não na pode fazer isso aqui. Aqui quem pega as frutas sou eu.
– E desde quando isso é assim? Questionou o homem.
– Em qualquer lugar que vou as pessoas tratam bem aos fregueses.
– Isso em outros lugares, aqui é assim, aqui o que vale são as minhas regras.
– Certo, então fique com suas frutas e suas regras.

Já imaginou esta cena no mercado onde você vai? Imagine cada lugar tendo sua própria regra. Um exemplo que dou para as pessoas com quem estudo a Bíblia é de um engenheiro falando com o pedreiro. Ele fala para o pedreiro construir uma parede numa creche. O pedreiro vai querer saber detalhes. Será que o engenheiro vai dizer que a parede deve ter uns 15 palmos? O pedreiro ficaria perdido com isso. Ele não saberia se deveria usar como base a sua própria mão, a do engenheiro ou a medida do palmo da mão de uma criança.

Veja que regras pessoais e medidas pessoais não são bem vindas para as coisas sérias. Se construções e relacionamentos financeiros são coisas sérias, imagine então a nossa alma. A nossa alma é a coisa mais séria que temos. Não devemos deixar ninguém brincar com ela usando opiniões pessoais, proibindo alimentos, criando dias e festas religiosas especiais, guiando-se pelos astros, fazendo-se de humilde, baseando-se em visões, em mensagens de anjos criados nas suas mentes carnais, criando regras, preceitos e doutrinas estranhas e particulares. São coisas que têm aparência religiosa e de santidade, mas não têm valor nenhum contra o pecado.

“Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo. Não permitam que ninguém que tenha prazer numa falsa humildade e na adoração de anjos os impeça de alcançar o prêmio. Tal pessoa conta detalhadamente suas visões, e sua mente carnal a torna orgulhosa. Trata-se de alguém que não está unido à Cabeça, a partir da qual todo o corpo, sustentado e unido por seus ligamentos e juntas, efetua o crescimento dado por Deus. Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares deste mundo, por que é que vocês, então, como se ainda pertencessem a ele, se submetem a regras: “Não manuseie! ” “Não prove! ” “Não toque! “? Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se baseiam em mandamentos e ensinos humanos. Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade” (Colossenses 2:16-23)

Se precisamos uma regra, deve ser uma que é a mesma para todos nós e com equidade. O sinal de trânsito, por exemplo, é uma regra que vale para todos. Quando alguns fazem as suas próprias regras ou quebram as regras no transito a que todos se submetem e que todos aceitam, logo se arriscam e até mesmo se tornam vítimas de acidentes e, pior ainda, fazem mal aos outros.

A Bíblia é a regra. A Bíblia é a nossa autoridade na fé. Se cada um de nós faz a sua própria regra de fé, então teremos um grande problema. É a palavra que nos cria fé verdadeira (Rm 10:17), protege nossa alma e nos salva (Tg 1:21). É a palavra de Deus que nos justificará ou nos julgará no último dia (Jo 12:47, 48). Então é ela o que devemos tanto respeitar quanto obedecer.

Duvide de todas as teorias religiosas e doutrinas denominacionais. Coloque a Bíblia como Palavra inicial e final de Deus para a sua vida. Faça dela uma autoridade de fé na religião. Ao contrário das pessoas que têm má intenção e querem explorar uns aos outros e comercializar a fé, a Palavra de Deus só tem o interesse de salvar sua alma. Acredite na Bíblia, estude-a mais, medite nas suas palavras.