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A PARÁBOLA DO SEMEADOR, PARTE 4

“Outra, enfim, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cem por um. Dizendo isto, Jesus clamou: — Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” – Lucas 8:8

“A parte que caiu na terra boa, estes são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança.” – Lucas 8:15

Terminando de contar a parábola do semeador, o Senhor Jesus diz: “Outra, enfim”. Esta expressão é um alerta e incentivo para nós, semeadores. Pode ser que demore até encontrarmos o bom solo, recebemos muitos “nãos” do solo na beira do caminho, passaremos pela frustração com o solo rochoso, tão alegre no começo, mas desistindo logo depois e por muitos anos convivemos com gente representada pelo solo espinhoso, que representam pessoas não produtivas.

Mas, “enfim”, disse Jesus, encontraremos o bom solo, a boa terra. O texto diz que representa aqueles que ouvem de bom e reto coração, estes retêm a Palavra, frutificam com perseverança, isto é, a boa mensagem não volta vazia.

“Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” – Isaías 55:11

Algo que quero destacar é que há uma diferença entre o texto de Lucas e os paralelos de Mateus e Marcos:

“Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um.” – Mateus 13:8

Como tenho comentado, a parábola apresenta 6 solos: o da beira do caminho, o rochoso, o entre os espinhos, o que produz a 30 por 1, o que produz a 60 por 1 e, finalmente, aquele que produz a 100 por 1, que pensando em agricultura no primeiro século, seria uma produção extraordinária.

Essa diferença de produção pode nos ajudar a enxergar solos produtivos em nosso meio, porém, com diferenças. Isto pode nos ajudar a ter paciência conosco mesmo e também com os demais membros do reino de Deus. É o Senhor quem trabalha e dentro da limitação de cada solo. Vemos isso na parábola dos talentos, cada um tinha talentos, mas eram diferentes: 5, 2 e 1.

Fiquei aqui especulando que só representaria o que produz a 100 por 1 e na hora veio a mim o apóstolo Paulo. Através do seu trabalho, cerca de 40 congregações da igreja do Senhor foram iniciadas, ele mesmo escreveu 13 dos 27 livros do Novo Testamento, a ponto de o próprio Paulo reconhecer:

“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou. E a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã. Pelo contrário, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” – 1 Coríntios 15:10

No Novo Testamento provavelmente Pedro e João também estejam neste grupo. No Velho Testamento consigo identificar vários, os heróis da fé como Abraão, Moisés, o profeta Samuel, sacerdote, profeta e juiz, entre outros.

Entre os que produzem a 60 por 1 estão os heróis da fé no Velho Testamento listados em Hebreus 11 e tantas pessoas no Novo Testamento como Maria, Timóteo, Barnabé, entre outros. Na realidade, penso que as pessoas destacadas na Bíblia são exatamente aquelas que produzem a 100 ou 60 por 1.

E, finalmente, há os que produzem a 30 por 1, creio que em sua maioria são anônimos, pessoas que trabalham na obra de Deus, produzem, mas somente Deus ou Jesus, “aqueles que tem olhos como chama de fogo” (Apocalipse 1:14) enxerga. Passam talvez por essa vida sem serem notados ou são pouco notados, não recebem os grandes elogios humanos, mas receberão, lá no céu o seu galardão (1 Coríntios 15:58).

“Os que foram dispersos a partir da perseguição que começou com a morte de Estêvão se espalharam até a Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a palavra a ninguém que não fosse judeu.

Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene e que foram até Antioquia, falavam também aos gregos, anunciando-lhes o evangelho do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se converteram ao Senhor.” – Atos 11:19-21

O texto acima mostra irmãos anônimos, dispersos em razão da perseguição de Saulo de Tarso. Foram esses os responsáveis por espalhar o evangelho na Fenícia, Chipre e Antioquia. Alguns fizeram mais e falaram também aos não judeus e muitos foram convertidos dando origem à igreja em Antioquia, tão importante na evangelização dos judeus a partir do futuro trabalho de Paulo e Barnabé.

Quem eram esses irmãos, quais seus nomes, como enfrentaram a perseguição? Não sabemos nada deles, são anônimos, porém, muito conhecidos por Deus, foram os que produziram a 30 por 1. E no momento certo, nós, pequeninos, eu e talvez você que lê esta reflexão, que nos enquadramos nessa categoria, ouviremos do Senhor Jesus: 

“O senhor disse: “Muito bem, servo bom e fiel; você foi fiel no pouco, sobre o muito o colocarei; venha participar da alegria do seu senhor.” – Mateus 25:21

Sirvamos, portanto, dentro daquilo que Deus nos deu, sem nos comparar aos outros, com o genuíno desejo de servir a Jesus, sua igreja e a todos que de nós se aproximarem. 

Eis a liberdade que nos dá a parábola do semeador, conhecermos os mistérios do reino de Deus. Enxergar os improdutivos e entender que fazem parte do trabalho de Deus na vida das pessoas e, mesmo entre os produtivos, notar essas diferenças.



JESUS DISSE: “JOGUE A REDE.”

JESUS DISSE: “JOGUE A REDE.”

“Leve o barco para o lugar mais fundo do lago e então lancem as redes de vocês para pescar. Em resposta, Simão disse: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sob esta sua palavra, lançarei as redes.” – Lucas 4:4b-5

 Não sei e não gosto de pescar. Não tenho paciência de ficar às vezes horas na frente de um rio ou lago, com o anzol e voltar para casa sem nada. Minha ansiedade por resultados faz da pescaria não um relaxante, mas um momento de ansiedade e angústia.

Mesmo não sabendo pescar imagino a frustração de Pedro e seus companheiros após tentarem pescar a noite inteira e nada pegarem.

Porém, Jesus disse a ele: “Jogue na parte mais funda do lago”. Ele deve ter pensado: “joguei várias vezes”. Mas, mesmo assim obedeceu. E que resultados colheu!

Mesmo não gostando de pescar, desde que nasci de novo, entendi a ordem de Jesus: “De agora em diante você será pescador de gente”. E há 3 décadas tenho procurado obedecer a essa ordem de Jesus.

Se quiserem conhecer um pouco da minha história de pescador de gente, sugiro que assistam aos vídeos “Gentileza para ser pescador de gente” e “Alegrias e tristezas de um evangelizador” no canal da igreja de Cristo nos Pimentas. Ali você conhecerá as grandes alegrias que tive, mas também frustrações que vivi ao tentar compartilhar o evangelho.

Da mesma maneira que na pesca de peixes, na pesca de gente quero ter resultados rápidos e bem visíveis. Mas não é assim que funciona: diferente dos peixes, as pessoas têm suas vontades, seus momentos e exige do evangelizador muita paciência. Confesso com tristeza que já perdi peixes-pessoas por pura impaciência minha, por insistir quando não devia, por falar no momento errado, por não suportar as manias dos “peixes”.

Claro que já tive enormes alegrias. Mesmo eu atrapalhando. E todo evangelizador atrapalha também: suas próprias manias, seus pecados, sua vulnerabilidade e limitação. Mesmo assim posso dizer que já estudei a Bíblia com dezenas e dezenas de pessoas e destas, ouvi algumas dezenas dizerem: “Valdir, entendi o evangelho, quero ser batizado”. Fora aqueles que apenas fiz parte da linha de produção de Deus na busca do perdido: “eu plantei, Apolo regou, mas é Deus quem dá o crescimento” (1 Coríntios 3:6). 

Sim, quem disse que eu sou o responsável por criar o contato, convidar, ensinar a Bíblia, batizar e edificar? Muitas vezes outros colhem o que eu plantei, como eu já colhi o que outros plantaram (João 4:37-38). É para que a glória seja somente de Jesus. E quem disse que o batizador merece todos os aplausos. Na verdade, o aplauso é de Deus, que reparte com todos aqueles que participaram na salvação de um pecador arrependido em sua linha de produção.

Por isso, mesmo não gostando e não tendo paciência para pescar, continuo jogando a isca, tentando ser modelo de imitador de Jesus, ser como uma mãe para seus filhos (1 Tessalonicenses 2:7), tudo fazendo por causa do evangelho (1 Coríntios 9:23), aceitando rejeição, críticas, engolindo abusos que um evangelizador às vezes sofre.

Tudo por amor a Jesus, tudo por casa do crescimento do reino e acima de tudo, porque Jesus disse. E, como fez Pedro, se Jesus disse, humildemente como discípulo, eu apenas obedeço. 

ABRAM OS OLHOS E VEJAM OS CAMPOS! ELES ESTÃO MADUROS PARA A COLHEITA

plantando igrejas de Cristo

“ABRAM OS OLHOS E VEJAM OS CAMPOS!
ELES ESTÃO MADUROS PARA A COLHEITA.” JOÃO 4:35b
10-fev-2024

Vendo a imensidade desse campo chamado Brasil, e entendendo que algumas capitais do país já estavam prontas e maduras para a colheita, foi pensado em unir esforços de todas as regiões a fim de que trabalhadores ceifeiros fossem enviados a colher nestes campos.

Diante da oportunidade de servir, algumas congregações locais se levantaram com o coração disposto a formar equipes e treiná-las, para posteriormente enviá-las ao campo.
Esta semente das ideias foi plantada em 2016, e em 2019 algumas congregações começaram com a primeira oferta nacional para apoiar os servos enviados.

Colheita Brasil foi um nome dado aos esforços de irmãos que se voluntariaram a incentivar e envolver outros irmãos a fim de angariar recursos financeiros, que são repassados/destinados às igrejas que se comprometem a indicar, equipar e supervisionar as equipes que vão ao campo plantar uma nova congregação.

Com o passar dos anos, muitos brasileiros se envolveram neste trabalho, bem como pessoas de fora do nosso país se interessaram em ajudar.

As congregações que supervisionam o trabalho foram escolhidas de acordo com o seu comprometimento com a verdade bíblica e vêm se esforçando por cuidar das equipes missionárias e do trabalho feito por elas, zelando pela sã doutrina e pela unidade da igreja.

Os campos são grandes, os frutos estão prontos para serem colhidos, e precisamos unir nossos esforços em colaborar nesta obra de diversas formas. Deus planejou que estes esforços fossem fruto da colaboração da igreja do Senhor. Há diversas maneiras nas quais cada um de nós pode participar dessa missão, seja: orando, ofertando, visitando, encorajando ou cuidando.

A colheita é um trabalho para todos, dos que ofertam e oram, bem como das congregações que supervisionam a obra missionária. Mais informações sobre o trabalho do Colheita Brasil podem ser acessadas no site www.colheitabrasil.com.br.

“Eu plantei, Apolo regou, mas é Deus quem dá o crescimento; de modo que nem o que planta nem o que rega são alguma coisa, mas somente Deus, que dá o crescimento. O que planta e o que rega têm um só propósito, e cada um será recompensado de acordo com o seu próprio trabalho. Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus e edifíciocio de Deus.” 1 Coríntios 3:6-9 NVI

Em breve estaremos enviando mais informações.

Daniel Morgan, EUA
Carol Morgan, EUA
João Cruz, Atibaia
Mauro Francisco, Curitiba
Silene Coelho, Manaus
Randy Short, Recife
Valentin Zanatta, Campo Grande

A história de Jesus aos amigos de Deus – O EVANGELHO DE LUCAS

“Visto que muitos já empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram.” – Lucas 1:1

“Igualmente a mim pareceu bem, depois de cuidadosa investigação de tudo desde a sua origem, dar-lhe por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem.” – Lucas 1:3

Hoje iniciamos a leitura dos escritos de Lucas, uma vez que, permitindo Deus, meu plano é ler o evangelho e em seguida o livro de Atos.

Lucas é o maior evangelho em conteúdo, apesar de não o ser em capítulos e, pessoalmente, o relato da vida de Jesus, entre os quatro, o meu predileto.

A partir de hoje lerei cada capítulo sem pressa de passar ao próximo, buscando tirar o máximo proveito de cada leitura.

Na reflexão desta semana quero destacar que na introdução do evangelho que leva o seu nome, aliás, uma certeza firme desde o segundo século, o autor afirma que muitos já tinham iniciado projeto semelhante, isto é, narrar os acontecimentos referentes a vida de Jesus.

Há um entendimento de que Lucas tomou como base o reconhecido como o primeiro entre os quatro evangelhos na Bíblia, Marcos, e dali iniciou seu trabalho de pesquisar sobre a vida do Mestre. Por “muitos” também podem ser entendidos os relatos que chegaram a nós conhecidos como “evangelhos apócrifos”, isto é, aqueles não reconhecidos como inspirados por Deus ou canônicos, como o evangelho de Tiago, de Pedro, Filipe e Judas, entre outros.

No meio de tantos, por que somente 4 foram aceitos? Os ateus dizem que houve a interferência, política da igreja, e até mesmo do império romano. Para aqueles que, como eu, creem nas Escrituras e no poder de Deus (Marcos 12:24), vemos Deus agindo para que somente aquilo que Ele queria que chegasse até nós, fosse aceito pela cristandade. 

Penso nisso quando lembro de uma carta citada por Paulo, a chamada carta severa (2 Coríntios 2:3-4), perdida. Talvez Paulo tenha pesado a mão e feito uma carta tão sua, que o autor sagrado não tenha permitido que fizesse parte do cânon.

O evangelho de Lucas, segundo boa parte dos estudiosos, foi escrita antes da morte de Paulo em cerca de 65 DC e, junto com o livro de Atos, após sua chegada a Roma, em 62. Alguns pensam nesta última data como a provável. Nos dois anos em que o apóstolo dos gentios esteve preso, mas com relativa liberdade, Lucas, que estava com ele em Roma, teria escrito seu evangelho.

Finalmente, Lucas é dirigido ao “excelentíssimo Teófilo”, possivelmente uma autoridade romana convertida ao cristianismo. O objetivo é que Teófilo tivesse plena certeza das verdades lhes foram ensinadas a respeito de Jesus (vs. 4).

Alguns pensam que Teófilo pode não ter sido uma pessoa, uma vez que o nome significa “amigo de Deus”. É bem improvável em razão do emprego da palavra “excelentíssimo”.

No entanto, quero aproveitar esse pensamento para concluir que Teófilo provavelmente foi uma pessoa. De posses, que teve condições financeiras para divulgar o relato do Senhor Jesus que lhe chegou às mãos para todos os “téofilos”, isto é, amigos de Deus que, como Ele, desejavam conhecer cada vez mais da vida e ensinamentos do Mestre.

Portanto, a você e eu, “téofilos”, isto é, amigos de Deus, o relato sobre Jesus chegou e teremos o privilégio de aprender do Mestre e com o Mestre como sermos cada vez mais achegados a Deus, para que Ele seja não somente nosso Pai, mas amigo, pois, como diz certa canção, “não existe nada melhor do que ser amigo de Deus”.

Bom início de leitura, portanto, a nós, amigos de Deus. E caso você que lê este artigo ainda não o seja, hoje é dia de iniciar essa jornada de amizade com Deus que deve começar nesta terra culminando com nossa chegada nas moradas celestiais. 

Missão Local, Nacional e Mundial

Para o que Jesus chamou os seus discípulos? Olhe lá no começo do seu chamado quando você foi chamado. A missão não é fácil, mas é importante, necessária e Deus nos capacita para realizá-la.

Tem muitas coisas importantes ocorrendo ao nosso redor, mas muitas delas não são parte da nossa missão. Não fomos chamados para eleger vereadores, prefeitos, deputados, senadores ou presidente. Apesar de fazermos parte deste mundo e ter uma posição já definida pela mensagem que recebemos e obedecemos e por ela vivemos.

Fomos chamados para ser luz, para sermos sacerdotes, para sermos santos, para tomar cada um de nós a cruz e fazer a diferença no mundo através da obediência ao evangelho.

No início da história (final de Mateus), Jesus poderia ter dito muitas coisas sobre a vida, as finanças, as posições políticas, o segredo da felicidade, etc, mas Ele disse:

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” Mateus 28:19,20

MISSÕES LOCAIS

Tudo começa onde você está e com o que você tem. Você começa a missão em você primeiro. Você já ouviu o evangelho, tem um grão de mostarda de fé, reconheceu e se arrependeu dos seus pecados, confessou Jesus como seu Senhor, foi batizado e assim começou a sua caminhada se esforçando para ser fiel, manter-se purificado por Jesus. Apesar de você não ser perfeito, você está capacitado para realizar a missão, pois no batismo você recebeu o Espírito Santo e Ele é tudo o que você precisa.

Todo mundo tem uma família e são estas as pessoas a sua missão. Antes de pregar para eles, mostrar transformação de vida em vida. Se o evangelho não transforma a sua vida, não serve para mais ninguém.

“…santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm. Mas façam isso com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam mal de vocês, fiquem envergonhados esses que difamam a boa conduta que vocês têm em Cristo.” (1 Pedro 3:15,16)

Se você trouxer apenas uma pessoa a cada ano, você estará fazendo a sua parte na missão local. Se cada um trouxer apenas uma pessoa por ano. A missão local estará garantida!

MISSÕES NACIONAIS

Até bem pouco tempo na igreja de Cristo a missão era só até o parágrafo anterior. Você tinha uma missão local para fazer parte e era só mesmo.

A partir de 2019 Contando com o Ministério Resgate começou o Colheita Brasil. O nome já diz, é para realizar a missão nacional. Eram 6 capitais que ainda não tinham uma igreja de Cristo. Em 2020 começou a missão em Teresina com o envio de 3 missionários. Ainda temos 5 capitais que precisam de uma igreja de Cristo: Goiânia/GO, Macapá/AP, Porto Velho/RO, Rio Branco/AC. O trabalho continua e em muito pouco tempo restarão três capitais, pois Rio Branco e outra receberão uma equipe muito em breve.

Talvez você seja um dos sonhadores que gostariam de ir para uma dessas missões, mas alguém disse: “Não envie para longe aqueles que não estão fazendo perto” – Sal e Luz – Ronaldo Lidório.

MISSÃO MUNDIAL

Finalmente e não menos importante, temos uma grande missão para realizar: a missão mundial. Mesmo que não sejamos uma congregação americana com recursos volumosos, com corações generosos, devemos começar agora, mesmo com um grão de mostarda, plantando a semente da missão mundial.

Sabe como começamos a participar da missão mundial? Primeiro, fazendo a missão local amando ao próximo e este próximo está na sua casa, na casa do vizinho, na sua rua, no seu bairro, na sua cidade. Estão abertas as ofertas para o Colheita Brasil e, mesmo que você não possa ir, pode colaborar para que os que estão se preparando, vão e façam a missão nacional. Um dia, não muito longe da nossa geração, iremos para a África. Muitos países já falam Português e têm empatia por nós tanto quanto nós por eles.

CONCLUSÃO

A seara é grande, os campos estão prontos para a colheita… Sr. Abramo disse o seguinte num comentário depois de uma palestra no Enoc de 1992: ““Há dois mil anos atrás Jesus disse: “A seara está branqueando”. Mas se nós levantarmos as cabeças hoje, nós vamos ver que a seara está apodrecendo. A nova moralidade mostra isso. Se nós demorarmos para ir à seara nós não vamos mais colher frutos, pois já está podre, esta é a verdade.” – Abramo Lucarelli – Comentário feito no Enoc 1992.

Missão se faz hoje com o que nós temos e onde estamos!

EVANGELIZADORES EM TEMPO INTEGRAL

Introdução

O salmo 71, que no título é identificado como escrito por um ancião, trouxe-me muitos ensinamentos. Porém, quero destacar alguns versículos que chamaram muito a minha atenção, pois representa muito o que tenho procurado viver com a força de Deus: a proclamação diária do evangelho de Jesus. E creio que seja a realidade de todo cristão que entendeu ser um evangelizador em tempo integral.

“A minha boca proclamará a tua justiça; o dia inteiro contarei os feitos da tua salvação, ainda que eu não saiba o seu número. Irei na força do Senhor Deus; anunciarei a tua justiça, a tua somente.” – Salmos 71:15-16

O salmista diz: “o dia inteiro contarei os feitos da tua salvação”. Sim, o trabalho do evangelizador não é um evento, mas um estilo de vida. Sempre há oportunidades para falarmos do amor de Deus. No trabalho, na escola, com os vizinhos, conhecidos, em qualquer lugar e momento.

Tenho sido muito abençoado, pois Deus tem me mandado tantas pessoas para que eu fale da sua Palavra. Tem me dado tantas oportunidades, seja através das redes sociais, bem como atualmente através de livros que tenho escrito. Porém, a maneira tradicional, o estudo bíblico pessoal e particular tem sido a maneira que tenho mais falado de Jesus e do seu evangelho a várias pessoas. 

Os aplicativos, em tempos de pandemia, têm sido utilizados para alcançar pessoas que, de tão longe, eu não teria acesso. Desta forma, o servo de Deus deve estar a postos, todos os dias e o dia inteiro, para contar os feitos da salvação de Deus, que é nossa através de Jesus Cristo. Tenho arriscado em ensinar a Palavra de Deus através do contato pessoal, mesmo com esta pandemia. Mas, a maioria dos meus estudos tenho feito através desses aplicativos.

O salmista ainda diz: “ainda que eu não saiba o número dos feitos da salvação de Deus”. De fato, a Bíblia nos revela o suficiente para uma pessoa ser salva em Jesus. Mas Deus fez e tem feito muito mais do que o revelado na Palavra dele.

“Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.” – João 21:25

Às vezes ouço irmãos dizerem: “Não conheço o suficiente para ensinar a Bíblia para alguém”. Minha resposta é: “leia, estude, passe tempo com as Escrituras e cumpra o que o apóstolo Pedro nos incentiva em 1 Pedro 3:15”:

“Pelo contrário, santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm.”

O salmista ainda diz: “Irei na força do Senhor Deus”. Sim, quando estamos proclamando e ensinando o evangelho de Jesus, precisamos sempre nos lembrar que a força e o poder para converter não é nosso, mas de Deus. Nossa parte é falar, todo o resto é obra do Poderoso Deus, conforme nos ensina Jesus.

“Jesus disse ainda: — O Reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra. Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como.” – Marcos 4:26-27

Desta forma, vamos compartilhando a Palavra de Deus a todos, desejosos de levar toda mente cativa a Cristo e ao seu evangelho.

“Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” – 2 Coríntios 10:4-5

Ao compartilhar o evangelho, uns aceitam e são batizados, outros desistem. Passa um tempo e de repente ficamos sabendo que a semente da Palavra germinou na vida de um daqueles que desistiram de estudar conosco, através do trabalho de outro discípulo de Cristo. Ele também evangelizava em tempo integral e um novo discípulo de Jesus foi formado. Tivemos apenas uma pequena parte, foi até outro evangelizador que colheu, que batizou aquele novo convertido, mas ali também está nossa marca, que insistimos em, primeiro, viver os ensinamentos de Jesus, e depois pregar e ensinar. E receberemos do Senhor, no momento certo, nossa recompensa, pois nosso Deus alegra-se em recompensar os obedientes (Hebreus 11:6).

Eu pergunto: temos deixados as marcas de Jesus nas pessoas com quem convivemos? Não precisamos fazer todo o serviço até o batismo, às vezes nossa contribuição é uma pequena parte no processo de salvação de uma pessoa.

Conclusão

Finalmente, o salmista nos diz: “Anunciarei a tua justiça, a tua somente”. 

Que belo término deste salmo. Sim, o evangelizador, o mensageiro de Deus não leva as pessoas a olhar para ele próprio, mas, como luz, que reflete a luz de Deus, deseja levar e ensinar apenas aquilo que é autorizado por seu Senhor, isto é, a Palavra genuína de Deus.

Não são suas ideias ou sua sabedoria, mas a sabedoria de Deus, encontrada na Palavra. Somente esta sabedoria o evangelizador deseja passar a todos. Pois somente ela pode levar uma pessoa à salvação.

Que nesta semana sejamos incentivados por esse salmo a agirmos como o seu escritor e, em toda oportunidade surgida, proclamemos a justiça, a verdade, os mandamentos do Senhor, encontrados na Bíblia, a Palavra infalível e única verdade de Deus para a humanidade. 

Esta Palavra julgará cada pessoa no último dia (João 12:47-48). Por isso precisa, URGENTEMENTE, ser pregada por cada discípulo de Jesus, os filhos de Deus. 

Não em determinados momentos, eventos ou dias. Mas através de evangelizadores em tempo integral do Senhor Jesus. Que pregam, através da suas vidas e palavras, na sua rua, na sua casa, no seu trabalho secular, na escola, na faculdade, onde estiver, todos os dias, o dia todo, o tempo todo. Amém!

“Limites” – Pv 1.7

O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”

Provérbios 1:7

         Você já deve ter vista a imagem que relaciona as fases da vida com tempo livre, dinheiro e saúde, supostamente as coisas mais importantes ou, básicas, na vida de todas as pessoas, sugerindo duas coisas, primeiro que nunca seremos felizes, pois é impossível ter dinheiro, tempo e saúde, o que dá é pra se condicionar ao que se tem hoje, assim o homem não gastaria a pouca energia que lhe resta com coisas inúteis, esse seria o remédio da ansiedade e por seguinte o segredo da felicidade.

          A segunda possibilidade sugerida pela frase é que se alguém tem tempo livre, dinheiro E saúde, essa pessoa é perfeita, feliz e completa, devendo ser essa a meta de nossa vida, ou seja, enriquecer a todo custo, o quanto antes, para que possamos “aproveitar” a vida por mais tempo.

          O problema é que a Bíblia sugere que a felicidade, completude, prazer, alegria, paz e todas as coisas boas que podemos gozar e desejar, nesta vida e na próxima vem de Deus e não dos deuses, como na mitologia antiga, mas do “Senhor dos Senhores e Deus dos deuses”, o texto de hoje especialmente sugere que, para compreender a vida e viver bem, o homem precisa ser sábio, e para ser sábio é preciso temer a Deus; a grande questão é: medo é fraqueza, e poucos de nós queremos admitir ou desejar tal característica.

          De fato, Israel, exemplifica bem o poder dessa filosofia, o valor dessa mentalidade, a grandeza desse Deus. Todos os povos vizinhos pereceram, seguidamente, mutilando uns aos outros, em busca de alguma felicidade, prazer ou realização, destruíram e foram destruídos, sendo que, até hoje, há um país na palestina que mantem sua identidade cultural, valores, crenças e tradições antiguíssimas, sendo comum pensar neles quando falamos de “dinheiro” e “sabedoria” (Js 24.14-25; 2Cr 9.22; Sl 136; Ap 19.16).

          Não quero entrar em certos méritos da discussão, mas sugerir que hoje pensemos um pouco sobre o que Salomão estava nos ensinando quando disse: “temer a Deus é o segredo da sabedoria [felicidade, plenitude]“, penso que Salomão estava sugerindo que o contentamento com Deus seja o suficiente, ou seja, Deus é o que de fato é importante, e, na jornada da fé, para conhecer Sua vontade, e agradá-Lo, passamos por dias de fartura, alegria e paz; apenas com Jesus podemos entender que o maior prêmio está na vida futura, depois da morte, de modo que nada deve nos fazer abandonar esse caminho, visto que não há nada melhor (Rm 8.28-39, 11; Hb 9.8; Tg 1.2-5).

          Você pode escolher esse caminho chato, careta, lotado de estigmas e preconceitos, ou você pode parar de gastar energia com tantas coisas e buscar certo renovo que existe e está a sua disposição, para alcançar não apenas algum sucesso nessa vida, como na próxima também, não por nossas forças, mas pela graça, vontade e permissão Dele (Hb 12.1-5; Mt 11.28; Ap 2.3)

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma

–  Hebreus 12:1-3  –

 

“Senhor, tem paciência conosco, aumenta nossa fé, nos ensina a compreender tua vontade, e valorizar as alegrias concedidas diariamente, somos gratos pelo teu Filho que nos aproximou de ti e concedeu por meio de seu sangue a possibilidade de sermos salvos, assim como as condições para lutarmos, assim oramos, amém”

 

O Trabalho do Evangelista

Estes dias estão sendo uma grande oportunidade para a gente fazer coisas diferentes. Fui convidado pelos jovens da Congregação do centro de Guarulhos para fazer uma palestra virtual para eles. Foi bem interessante… O tema é sempre propício. Me pediram para falar sobre evangelismo. Apresentei Atos 8 onde, temos ali, um passo a passo para evangelizar. É a história de Felipe e o Eunuco. Dá uma lida e ele vai falar o que precisa fazer.

Depois da aula respondia algumas perguntas e uma delas foi:
– Você acha que, mesmo tendo evangelista, podemos fazer este trabalho?

Esta deve ser a dúvida de muita gente na igreja, acredito. Se não fosse essa dúvida, a igreja cresceria muito mais. A resposta a esta pergunta foi fácil, respondi:
– Não! Não podemos, devemos! Não é o trabalho do evangelista evangelizar, apesar de o chamados de evangelista. Sim, ele evangeliza, mas o trabalho principal do evangelista é evangelizar a igreja, preparar e treinar a igreja para o trabalho.

Para tanto lembrei o que Paulo fala em Efésios, esqueci a referência exata na hora, do que me envergonho, mas aqui, sem pressão e com tempo para encontrar a passagem, então fica mais fácil repetir o que Paulo fala. Leia para saber qual é o papel do evangelista.

“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro.” (Efésios 4:11-14)

O texto de Paulo é bem claro, mas tem outros. Veja que Paulo escreveu. Primeiro, ser evangelista é um dom dado por Jesus Cristo, não é de todos e não é para qualquer um, afinal, na igreja todos recebem dons e devem desenvolver através do trabalho. O trabalho de Timóteo, para quem Paulo escreveu, era “aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo” e ainda mais, também amadurecer a cada um individualmente: “para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro”.

Lembre-se: Jesus era evangelista, mas Ele nunca batizou ninguém. Ele ensinou os seus discípulos e apóstolos a fazerem, inclusive, obras maiores que as Dele (João 14:12-14[mfn]”Em verdade, em verdade lhes digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo o que vocês pedirem em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirem alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João 14:12-14)[/mfn]). Com Jesus também aprendemos que quem gera mais ovelhas são as ovelhas e não o Pastor. Jesus, como o Bom Pastor, supre tudo, leva a pastos verdejantes, águas tranquilas, defende as ovelhas com Sua vida e lhes dá todas as condições par que reproduzam.

O trabalho do evangelista é difícil. É um trabalho a longo prazo e que exige paciência. Ele precisa trabalhar com pessoas desanimadas, insubmissas e fracas. Precisa ou não paciência?

“Também exortamos vocês, irmãos, a que admoestem os que vivem de forma desordenada, consolem os desanimados, amparem os fracos e sejam pacientes com todos.” 1 Tessalonicenses 5:14)

Alguém disse que “Igreja que não evangeliza precisa ser evangelizada”. Isso mesmo! O trabalho do evangelista é ser o promotor do culto a Deus, das ações de espalhar o evangelho cada vez mais, mas nunca é fazer todo o trabalho de evangelismo sozinho. É um grande fracassado aquele que trabalha para a igreja, mas não trabalha para Deus. O trabalho do evangelista é ser pago para chamar a atenção daqueles que o pagam, para fazer com que todos e cada um desenvolvam seus dons. Não faz sentido toda uma Congregação ir aos domingos para ficar assistindo o dom de um só, isto é, a igreja não é um palco para estrelas, quando Jesus disse para brilhar não estava se referindo a dar um show…

Se você tem um evangelista na sua Congregação, obedeça o que a Bíblia diz e ele vai se tornar efetivo para o que foi chamado por Cristo e a igreja vai se transformar.

“Irmãos, pedimos que vocês tenham em grande apreço os que trabalham entre vocês, que os presidem no Senhor e os admoestam. Tenham essas pessoas em máxima consideração, com amor, por causa do trabalho que realizam. Vivam em paz uns com os outros.” (1 Tessalonicenses 5:12,13)

Agora, qual foi a última vez que você visitou o evangelista da Congregação sem ser para lhe pedir alguma coisa? Quando foi que você orou por ele? Quando foi que você o elogiou por ter feito algo bem feito ao invés de pensar que ele foi pago para fazer? Deixe de infantilidade espiritual e cresça! Se você mudar, a igreja toda muda começando com você…

Discussões Públicas

Meu partido é a igreja, meu candidato é Jesus, minha plataforma e ‘ideologia’ é o evangelho, nossa identidade: embaixadores de Cristo, nosso comportamento como luz nas trevas e nossa pátria está nos céus.

Um jornalista sério e respeitável nunca se envolve com a notícia. Ele é ensinado e diz a ética que ele deve ser neutro. Difícil ver isso, mas se quiser respeito, é assim que ele deve se portar. Mais ainda um narrador de futebol. Ele não vai para uma partida torcer, ele vai trabalhar e deve contar os fatos que vê na partida. Um juiz também, ele não olha para a aparência do réu, ele tem que se ater aos fatos e comparar com o que diz a lei. Claro que estamos partindo dos ideais de comportamento. Como seres humanos, o jornalista erra, o comentarista esportivo deixa escapar sua torcida e o juiz também tem emoções que são envolvidas no julgamento. Agora, e um ministro do evangelho? Qual deve ser o comportamento de um obreiro de Deus, um evangelista, um professor (mestre) da igreja, um presbítero ou um irmão qualquer?

Temos a Palavra de Deus que rege o comportamento. O tudo o que um presbítero, por exemplo, deve ser, toda a igreja deve ser, afinal eles são o exemplo para a igreja. Primeiramente, eles são escolhidos pela igreja através de votação porque são considerados irrepreensíveis (1 Tm 3:2). Se a igreja não leva isso a sério, vai colher as consequências. Não é fácil ser irrepreensível. Isto não quer dizer que ele não erra e sim alguém que não é pego publicamente ou claramente cometendo erros sempre. Isso tem mais a ver com o bom comportamento constante. Também está ligado a outras virtudes que o homem de Deus deve ter como o saber se dominar, também descritos pelo apóstolo Paulo:

“2 É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; 3 não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro.4 Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. 5 Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? 6 Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o diabo. 7 Também deve ter boa reputação perante os de fora, para que não caia em descrédito nem na cilada do diabo.” (1 Timóteo 3:2-7)

E é assim que todos devem ser na igreja de Deus. Outro tipo de comportamento deve ser passível de repreensão, advertência e auxílio. Os sevos de Deus são servos de Deus porque recusaram a cidadania desta terra e receberam o reino que um dia vai recebê-los eternamente, então o nosso envolvimento com este mundo agora é como embaixadores em terra estrangeira. Nosso objetivo é basicamente um e tem muito a ver com o nosso comportamento:

“Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.” (1 Pedro 3:15,16)

Mesmo se for redundante, preciso dizer que a passagem acima diz que o nosso objetivo é responder sobre a esperança que temos com mansidão, respeito e boa consciência. Se falam mal, serão envergonhados como são envergonhados pela verdade os mentirosos. Nosso comportamento é a resposta.

Temos a quem imitar. Jesus era um homem de objetivo. Até no rosto dava para ver que Ele tinha um alvo (Lc 9:23). Tendo um só objetivo, Jesus não foi pego se metendo em negócios alheios, falando mal das autoridades, discutindo política ou ideologias deste mundo.

“19 Lá dentro, o sumo sacerdote começou a interrogar Jesus acerca dos seus discípulos e do que lhes andara a ensinar. 20 Jesus respondeu: “O que tenho ensinado é bem conhecido, pois preguei com regularidade nas sinagogas e no templo. Todos os judeus me ouviram e nada ensinei em particular que não tivesse já dito em público. 21 Aliás, porque me fazes tal pergunta? Interroga aqueles que me ouviram. Alguns estão aqui e sabem o que eu disse.” 22 Um dos soldados que ali se encontrava deu-lhe uma bofetada: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?” 23 “Se menti, prova-o!”, replicou Jesus. “Se não, porque me feres?” (João 18:19-23)

Jesus ensinava, pregava e não discutia, aliás, ninguém o contestava, pois tinha um comportamento irrepreensível, exatamente o que nós também devemos ter, e ainda, Jesus tinha bom testemunho dos que o ouviram, apesar de também ter acusações falsas. Ser discípulo de Jesus, é seguir os passos dele e não ficar como Barrabás tentando derrubar o governo. Foi por ele e por nós que Jesus morreu, foi sepultado e ressuscitou. Ser discípulo de Jesus é replicar o comportamento irrepreensível do Mestre. O apóstolo Paulo é admirado como um verdadeiro seguidor de Jesus e teve este mesmo tipo de comportamento:

“10 Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, respondeu: Sabendo que há muitos anos és juiz desta nação, sinto-me à vontade para me defender, 11 visto poderes verificar que não há mais de doze dias desde que subi a Jerusalém para adorar; 12 e que não me acharam no templo discutindo com alguém, nem tampouco amotinando o povo, fosse nas sinagogas ou na cidade; 13 nem te podem provar as acusações que, agora, fazem contra mim.” (Atos 24:10-13)

Ficar discutindo coisas deste mundo publicamente (hoje pelas redes sociais) é comportamento que devemos deixar para este mundo. O comportamento que não é reprovado por Deus, é aquele que vive na luz onde Deus está.

Finalmente, as palavras de Paulo voltam à tona agora ensinando como um servo de Deus, independente da sua idade e posição no reino de Deus. Timóteo era jovem, nem por isso deixava de ser exemplo para a igreja de Deus “na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1 Timóteo 4:12). Se isto vale para os jovens, quanto mais para os que já não são tão jovens. Então, nas questões políticas e ideológicas deste mundo, qual deve ser o nosso comportamento? Com a palavra, o Espírito Santo através do apóstolo Paulo:

“Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendasOra, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, pacientedisciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.” (2 Timóteo 2:22-26)

Não vale a pena tomar partido por A ou B. Depois, eles fazem amizade porque seus interesses mudaram e, como fica você? Lembro-me de que Herodes e Pilatos não se davam bem, mas por causa do julgamento de Jesus, se uniram novamente (Lucas 23:12). E assim age a humanidade. Bem ensinou Jesus como deve ser entre nós, quando Tiago e João queriam os primeiros lugares e os outros dez se revoltaram contra eles:

“42 Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. 43 Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; 44 e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. 45 Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Marcos 10:42-45)

A luta agora, meus irmãos, é servir como Jesus serviu. Amar, como Jesus amou. Dar nossas vidas, como Jesus nos deu.

Meu partido é a igreja, meu candidato é Jesus, minha plataforma e ‘ideologia’ é o evangelho, nossa identidade: embaixadores de Cristo, nosso comportamento como luz nas trevas e nossa pátria está nos céus.

Alegrias e Tristezas de Um Evangelizador

“Meus filhos, por quem, de novo, estou sofrendo as dores de parto, até que Cristo seja formado em vocês.” – Gálatas 4:19

– “Valdir, quero estudar a Bíblia, mas não me venha com essa história de batismo, pois já fui batizada”, foi o que me disse Elisabete, depois de nos visitar algumas vezes e desejar “conhecer um pouco” da Bíblia.
Eu respondi:
– “Claro, vamos ler e estudar a Bíblia, porém, é você quem decide o que fará depois do estudo.

Começamos. Semana após semana, eu, junto com uma irmã, mostrávamos o plano de Deus trazido para todos nós na pessoa de Jesus Cristo. Falamos da Bíblia como autoridade, do chamado de Jesus para sermos seus discípulos, do reino de Deus, entre outros estudos.

Passaram-se meses de estudo, Elisabete foi se interessando mais e mais e certa quarta-feira, após a reunião, ela me procurou dizendo: “Valdir, quero ser batizada”. Que alegria, creio não existir alegria maior na vida do que ver Jesus sendo formada na vida de uma pessoa.

Tenho várias histórias como estas que me emocionam quando lembro: Vítor, Bruna, Jheniffer, Alice, Itamar, Elisabete, Filipe, entre tantos outros. Junto com outros irmãos dedicados, vi Jesus entrando na vida desses irmãos e graças a Ele, somente Ele, permanecem na caminhada cristã.

Porém, lembro de outros nomes, que, infelizmente, causam tristeza: Natan, Jhonathan, Mateus, Saulo, Rebeca e tantos outros. A história iniciou da mesma maneira: ouviram falar sobre Jesus, quiseram conhecer melhor e em determinado momento pediram para serem batizados, confessando Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.

Sim, crer, arrepender, confessar e batizar são os passos que levam uma pessoa à salvação em Cristo. Porém, existe o passo seguinte, tão importante quanto os outros, a perseverança:

“E, por se multiplicar a maldade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo.” – Mateus 24:12-13

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. “ – Atos 2:42

O que faz uma pessoa abandonar o presente tão maravilhoso que é a salvação em Cristo Jesus, que garantirá a ela uma vida melhor, com mais qualidade aqui na terra, mesmo com as dificuldades, e a vida eterna no final?

São muitos os motivos, porém, o roteiro é bem semelhante. O novo irmão, inicialmente tão alegre com a salvação, presente em todas as reuniões possíveis, que vai vencendo seus pecados e permitindo a transformação que somente Jesus pode dar, de repente, vai se esfriando…

Seja porque passa por uma crise na vida (desemprego, doença, um relacionamento desfeito, são tantas as crises), pode ser por uma desobediência pontual à Palavra de Deus (começa um namoro com alguém que não tem Jesus como Senhor, um trabalho que o afasta de Deus ou mesmo uma amizade que vai lhe afastando de Jesus e Sua igreja).

A presença nos cultos e reuniões diminui, o irmão já não quer mais contato com a irmandade, torna-se arisco, às vezes responde as indagações sobre sua ausência com violência, já não aceita visitas (tenho experiência da pessoa baixar o som da tv e ficar quietinha esperando eu e um irmão ir embora e até o exemplo cômico da pessoa pular o muro de sua casa e ir para a casa de sua vó, somente para não conversar).

Da mesma maneira que o evangelizador sente alegria quando alguém se converte, sente tristeza quando um irmão querido se afasta, pois sabe que sua vida sem Jesus irá de mal e pior e, se não houver arrependimento, perderá sua salvação conquistada por Jesus na cruz do calvário.

“Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não fique indignado?” – 2 Coríntios 11:29

Esta é a vida de um evangelizador, isto é, de todo aquele que é tão grato pela salvação que tem em Cristo que faz questão de contar a todos a quem tem oportunidade.

Sim, o evangelizador tem uma vida muito abençoada, cuidada por Deus, que o protege e guia nos santos caminhos dele. É tanta alegria quando vemos as almas sendo salvas, porém, tristeza quando não aceitam ou, mesmo aceitando, depois desistem.

Porém, no meio de tudo isto existe a garantia e promessa feita por Deus.

“Portanto, meus amados irmãos, sejam firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o trabalho de vocês não é vão.” – 1 Coríntios 15:58

Sim, pregando o evangelho, o evangelizador manterá a si mesmo salvo, pois está calçando os pés com a preparação do evangelho da paz (Efésios 6:15) e ao pregar a outros, ele mesmo vai sendo transformado de glória em glória (2 Coríntios 3:18), mais e mais parecido com Jesus, esmurrando o seu corpo (suas vontades) e reduzindo-o à escravidão a Cristo (1 Coríntios 9:27).

E no último dia poderá, como Paulo, dizer:

“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.” – 2 Timóteo 4:7-8

Aleluia!