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A Incrível Realidade do Cristianismo: Deus Habitando em Nós

É realmente incrível como o cristianismo se destaca entre as religiões. Diferente de qualquer outra, é a única onde o Deus de um homem vem e vive dentro dele. Vamos explorar essa ideia um pouco mais.

Imagine um estudioso chinês que dedicou sua vida à leitura de textos sagrados. Ele leu o Alcorão, os Vedas e outros livros religiosos. Quando recebeu uma cópia do Novo Testamento, ele esperava encontrar algo impressionante, mas não o que ele realmente descobriu. Quando perguntado sobre a coisa mais incrível que leu, ele não mencionou o nascimento virginal de Jesus ou Sua ressurreição. Em vez disso, ele apontou para algo em Efésios, capítulo 2.

Neste capítulo, Paulo escreve sobre como andávamos segundo o curso deste mundo, conforme o príncipe do poder do ar (Efésios 2:2). Isso já é uma revelação impressionante sobre a nossa condição antes de conhecer a Deus. Mas o que realmente impactou o estudioso chinês foi o final do capítulo, onde diz: “Vocês são a habitação de Deus” (Efésios 2:22). Ele ficou maravilhado com a ideia de que Deus não só interage conosco de maneira externa, mas realmente vem e faz morada em nós.

“Senhor, seu Deus vive dentro de você?” ele perguntou. E ao descobrir que sim, ele ficou estupefato. Nenhum outro texto religioso que ele leu mencionava que Deus poderia habitar dentro do homem. O Alcorão, os Vedas, nenhum deles sugeria essa possibilidade. Para ele, isso era a coisa mais incrível de todas.

Essa verdade é realmente transformadora. Pensar que o Criador do universo escolhe viver em nós muda completamente nossa percepção de nós mesmos e de nossa vida. Isso significa que não estamos sozinhos, que temos a presença divina constantemente conosco, guiando-nos, confortando-nos e fortalecendo-nos.

Se você está procurando a verdadeira igreja ou buscando a verdade, considere essa mensagem. Deus quer estar perto de você, não de forma distante e inacessível, mas de maneira íntima e pessoal. Ele quer fazer de você a Sua habitação. Esta é a verdadeira essência do cristianismo, uma relação viva e dinâmica com o Deus que nos ama tanto que escolheu viver dentro de nós.

Conclusão: A incrível realidade do cristianismo é que Deus não é apenas uma figura distante a ser adorada, mas um Ser que deseja viver em nós e conosco. Esta é a verdade que muitos procuram e a essência que diferencia o cristianismo de todas as outras religiões. Se você está buscando a verdadeira igreja e a verdade, considere abrir seu coração para essa maravilhosa possibilidade.

Os Pássaros

Os pássaros

“Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram” (Marcos 4:1).

Conheci um homem que tem centenas de pássaros. Ele os criava. São de muitas espécies, cores e sons. Todos eles são muito atraentes. Quem não gosta de passarinhos? Afinal, os passarinhos representam um monte de coisas que gostaríamos de ter. Eles representam a liberdade, a leveza, o poder de ir voando aonde quiser e de graça, representam felicidade com seu canto e até a paz é simbolizada por um pássaro. Quem não gosta de acordar de manhã com o canto dos pássaros?

Na cidade de São Paulo há uma infinidade de pombos, o símbolo da paz. Agora se tornam uma praga urbana. Os pombos sujam calçadas, prédios, monumentos, entopem calhas, transmitem doenças e transformam-se até em motivos de desavença entre vizinhos. “É um rato aéreo”, certa vez comparou um infectologista. Cientistas estão classificando os pombos como animais sinantrópicos – aqueles que vivem próximo do homem, causando-lhes prejuízos, transtornos e doenças, como os ratos e insetos.

O problema é tão grave que o centro de zoonoses da cidade de São Paulo elaborou uma cartilha com informações a respeito dos males causados pelos pássaros e como controlar sua proliferação. A primeira providência é evitar alimentá-los. “Muitas pessoas, principalmente idosos e solitários, veem no pássaro uma forma de distração. Eles são vistos por boa parte da população como bichos de estimação e até com respeito religioso, pois simbolizam o Espírito Santo”.

Muitas vezes, quando pregamos o evangelho para as pessoas, é como se estivéssemos alimentando os pássaros. Essa não é a nossa intenção, é claro. Porém, quando as pessoas não absorvem a mensagem que lhes é semeada no coração, dão oportunidade para que um ‘pássaro’ a coma. Aquelas pessoas nem notam quando isso acontece, porque afinal estão sendo rodeadas por símbolos que não se traduzem em realidade. Assim como a praga de pombos que temos nos centros urbanos tem um fundo religioso ou amor pelos animais, tudo porque os pombos foram um símbolo do Espírito Santo e da paz, isto também pode acontecer na vida espiritual das pessoas.

Não devemos esquecer que os pombos não são nem o Espírito Santo nem a paz. Uma vida espiritual não se faz alimentando pombos, e a paz não se faz criando ou soltando, para uma arrevoada, pombos brancos. Tudo isso se conquista por esforço e um compromisso maior.

Mas, quem são os pássaros na vida de uma pessoa que comem a semente do evangelho não permitindo que ela penetre em seus corações e frutifique a vontade de Deus? Vamos recapitular: os pássaros representam muitas coisas que queremos para nós: liberdade, voar, paz, Espírito Santo, felicidade, simpatia, etc. E são as pessoas solitárias que os alimentam inicialmente por distração.

Então, um pássaro que come a semente do evangelho pode ser uma pessoa que nos aparenta liberdade, paz, vida espiritual, felicidade, simpatia, etc. Pode ser um amigo que lhe convence a não ir para a igreja, um irmão simpático, mas que não acredita na Bíblia, pode ser até um pastor que, “pretextando humildade, culto a anjos, baseando-se em visões” (Colossenses 2:18-23), lhe convence de que você não deve mais estudar a Bíblia. E, por incrível que pareça, a maioria das pessoas que impedem que outras estudem a Bíblia ocupam ‘cargos’ de pastores. Já ouvi dizer que certo ‘pastor’ pregava que não havia necessidade de estudar a Bíblia porque o Espírito revelaria às pessoas o que elas precisavam saber. Contrariando, assim, todo o ensinamento dos apóstolos que, de fato, foram inspirados pelo Espírito Santo (Ef 3:4).

“O semeador semeia a palavra. São estes os da beira do caminho, onde a palavra é semeada; e, enquanto a ouvem, logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles” (Marcos 4:14-15).

No caso dos pombos, basta não alimentá-los e abrigá-los, e o problema se resolverá. Não devemos deixar restos de comida espalhados, chamando a atenção deles. Da mesma forma, precisamos ter uma atitude correta com a palavra de Deus que nos é semeada. Guarde-a no seu coração e obedeça-a. Não deixe que seu coração seja como aquela terra dura onde a semente não penetra Nós nos interessamos pela palavra exatamente porque ela pode resolver os nossos problemas, mas, se não deixarmos a palavra resolver, antes deixando-a do lado de fora das nossas vidas, logo os pássaros virão e comerão a semente do evangelho em nós semeada para que não penetre e produza frutos divinos. Os amigos, colegas, parentes e até o pastor que desvia você de estudar e acatar a palavra de Deus, não são seus inimigos, eles são apenas uma representação do inimigo.

Na explicação da parábola contada por Jesus, os pássaros representam satanás. Quando não absorvemos a palavra em nós, ele vem e leva a mensagem embora para que não creiamos. Satanás irá usar pessoas simpáticas, parentes queridos e ‘pastores espirituais’ para te afastar do estudo verdadeiro da vontade de Deus. Não os alimente com a vantagem de tê-lo tirado do caminho.

No tempo de Jesus, podemos criticar sem medo de julgar ou errar os fariseus. Eles afastavam as pessoas do caminho de Deus com as suas doutrinas. Jesus é o principal acusador deles:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23:15).

Hoje muitos pastores agem da mesma forma quando veem uma alma escapando dos seus domínios ou denominações. Temem a verdade que liberta, que eles mesmos desconhecem, e aconselham ou mesmo proíbem os seus adeptos de estudarem e praticarem a Palavra de Deus. Estes homens, aparentando espiritualidade, cercam aqueles que buscam conforto, segurança e companhia. São pessoas necessitadas e indefesas que precisavam da palavra que é singular para nos ajudar, pois somente a palavra de Deus pode produzir uma fé verdadeira, somente a palavra acolhida e implantada é poderosa para nos salvar a alma e somente ela é a única inspirada e útil para nos ensinar, repreender, corrigir e educar na justiça (Rm 10:17; Tg 1:21; 2 Tm 3:16). Ninguém pode ficar na frente da palavra de Deus indicando outro caminho que não seja seguir a Cristo. Você tem a responsabilidade de desviar-se de tais homens.

Apegue-se à palavra fiel e digna de inteira aceitação. Você pode desconfiar de tudo e de todos, mas somente na Bíblia é que você pode confiar sem medo de ser enganado ou de ser levado para o caminho errado. Deixe de lado a simpatia e a eloquência dos homens que estão prontos para tirar proveito da sua fé, “para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4:14). Os homens sempre agirão com os recursos que fazem as pessoas se enganarem, assim como Paulo disse acima: artimanha e astúcia são as armas deles. Mas Paulo, um apóstolo inspirado pelo Espírito Santo, usava de simplicidade para pregar:

“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado… Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais” (2 Co 2:1-2, 12-13).

O homem que não quer aceitar a vontade de Deus não vai entender esta atitude de amor de Paulo. Ele sofreu com isto quando disseram: “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra, desprezível” (2 Coríntios 10:10). Não é porque alguém não grita com você e te dá ordens religiosas que não tem autoridade. Antes, vale mais o amor do que a autoridade.

Nossa atitude deve sempre ser bíblica. Se você quer um bom conselho, aí está:

“Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos. Pois a vossa obediência é conhecida por todos; por isso, me alegro a vosso respeito; e quero que sejais sábios para o bem e símplices para o mal” (Romanos 16:17-19).

Estas acima são apenas algumas palavras de aviso tiradas da palavra de Deus para que possamos tomar cuidado com aqueles que têm interesses e nos desviam da palavra. Encorajo a todos que tomem uma posição, mesmo que contrária àqueles que querem impedir o estudo e a obediência da palavra de Deus, a parar de alimentá-los com a obediência devida somente a Deus. Não deixe ninguém que se diz espiritual, que recebe visões de anjos, que tem dons supostamente do Espírito Santo, impedi-lo de chegar perto do trono de Deus através da Sua vontade expressa escrita no Novo Testamento. Absorva a verdade e será liberto por ela. Não permita que a praga seja espalhada na sua vida.

DISTINGUINDO O SANTO DO PROFANO

DISTINGUINDO O SANTO DO PROFANO

“Assim, ele mediu a área pelos quatro lados. Havia um muro ao redor, de duzentos e cinquenta metros de comprimento e duzentos e cinquenta metros de largura, para fazer separação entre o santo e o profano.” – Ezequiel 42:20

No texto de hoje, em meio a medição do templo, chamou-me a atenção o termo utilizado no versículo 20: separar o santo do profano.

No livro de Levítico abundam referências a essa separação, em especial quando ensina sobre as vestes sacerdotais e no preparo dos sacerdotes para servirem a Deus, primeiro no tabernáculo e depois no templo.

“Você e seus filhos não devem beber vinho ou bebida forte, quando entrarem na tenda do encontro, para que não morram. Isto será estatuto perpétuo entre as suas gerações, para que vocês façam diferença entre o santo e o profano e entre o impuro e o puro.” – Levítico 10:9-10

Aliás, é neste capítulo que Nadabe e Abiú morreram ao oferecerem o que a bíblia chama de fogo estranho diante de Deus. Alguns advogam a ideia de que estariam bêbados. Sua atitude é tão desaprovada por Deus, que ordena a Moisés que Arão e seus outros filhos sequer pranteiam a morte de seus parentes.

O texto de hoje ainda me lembra da orientação de Paulo, no Novo Testamento, para que a igreja exclui de si as pessoas que, sendo irmãos, vivem como pagãos.

“Na outra carta, já escrevi a vocês que não se associassem com os impuros.” – 1 Coríntios 5:9

“Mas, agora, escrevo a vocês que não se associem com alguém que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, bêbado ou ladrão; nem mesmo comam com alguém assim.” – 1 Coríntios 5:11

Este é um dos textos bases para a disciplina igreja, isto é, a separação entre o santo e o profano, acompanhado por outros textos como Mateus 18:15-22 e Gálatas 6:1.

O texto de hoje ainda me lembrou de Esaú que, ao contrário de Jacó, não fez distinção entre o santo e o profano. Enquanto Jacó valorizava o direito de ser primogênito e a bênção do pai, Esaú não levava isso em consideração, quando desdenha da primogenitura, colocando suas necessidades físicas acima delas.

“Ele respondeu: — Estou morrendo de fome; de que me vale o direito de primogenitura?” – Gênesis 25:32

No Novo Testamento, o exemplo de Esaú é utilizado para incentivar a igreja a diferenciar o santo do profano.

“Procurem viver em paz com todos e busquem a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” – Hebreus 12:14

“E cuidem para que não haja nenhum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um prato de comida, vendeu o seu direito de primogenitura.” – Hebreus 12:16

O diferencial no Novo Testamento é que não existem coisas santas como no Velho. No Novo a santidade deve existir na vida, nos valores, no comportamento, em todo o tempo, em cada discípulo de Jesus, habitados pelo Espírito Santo, que devem diferenciar o santo do profano em todas as suas decisões e atitudes, diferenciação que deve sempre usar a Bíblia, a Palavra de Deus, como base.

“Pelo contrário, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, porque está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo.'” – 1 Pedro 1:15-16

Todos os domingos nos reunimos como igreja de Deus. Que a reunião seja o desfecho de uma semana em que, em todos os nossos atos, palavras, ações, escolhas e valores, diferenciamos o santo do profano. 

QUANDO E POR QUE A LEI ELA FOI DADA?

Deuteronômio 5:2-3 – “O SENHOR, o nosso Deus, fez conosco uma aliança em Horebe. Não foi com os nossos antepassados que o SENHOR fez essa aliança, mas conosco, com todos nós que hoje estamos vivos aqui.  

Neemias 9:13-14 – “Tu desceste ao monte Sinai; dos céus lhes falaste. Deste-lhes ordenanças justas, leis verdadeiras, decretos e mandamentos excelentes.  Fizeste que conhecessem o teu sábado santo e lhes deste ordens, decretos e leis por meio de Moisés, teu servo”.  (Esta referência está depois dos 70 anos no cativo por quebrar a aliança.  Ela indica que ninguém sabia sobre a lei do sábado antes do monte Sinai).

Ezequiel 20:10-12 – “Por isso eu os tirei do Egito e os trouxe para o deserto.  Eu lhes dei os meus decretos e lhes tornei conhecidas as minhas leis, pois aquele que lhes obedecer por elas viverá.  Também lhes dei os meus sábados como um sinal entre nós, para que soubessem que eu, o SENHOR, fiz deles um povo santo”.  (O sábado é como uma aliança no dedo de um cônjuge, para lembrar o povo de sua saída do Egito pela mão de Deus.  A aliança é um sinal entre os casados, para lembrá-los do dia que foram casados).

ELA FOI DADA PARA QUEM?

Êxodo 20:1-2 – “E Deus falou todas estas palavras: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão”.

Deuteronômio 5:2-3 – “O SENHOR, o nosso Deus, fez conosco uma aliança em Horebe.  Não foi com os nossos antepassados que o SENHOR fez essa aliança, mas conosco, com todos nós que hoje estamos vivos aqui.  (Compare Malaquias 4:4; Romanos 2:14)

Êxodo 31:15-16 – “Em seis dias qualquer trabalho poderá ser feito, mas o sétimo dia é o sábado, o dia de descanso, consagrado ao SENHOR.  Quem fizer algum trabalho no sábado terá que ser executado.  Os israelitas terão que guardar o sábado, eles e os seus descendentes, como uma aliança perpétua.

Êxodo 31:17 – “Isso será um sinal perpétuo entre mim e os israelitas, pois em seis dias o SENHOR fez os céus e a terra, e no sétimo dia ele não trabalhou e descansou”.  (Compare Êxodo 31:17 com Gênesis 17:9-13 – pois circuncisão era uma lei perpétua (Gálatas 5:1-4; Atos 15 – circuncisão) e Êxodo 12:14 (Páscoa – leis “perpétuas”). 

Veja Êxodo 28:43 e a lei perpétua para Arão e para os seus descendentes.  A lei é perpétua até é quebrada ou substituída.  Algumas pessoas citam uma verdade: “Deus não muda”.  Está certo, Deus não muda (Tiago 1:17; Malaquias 3:6).  Ele está sempre perfeito e fiel.  Mas o povo mudou e quebrou a Lei Dele (Jeremias 31:31-34; Hebreus 8:8-13).  O povo não consegue obedecer a Lei de Deus.  Deus fez a primeira Lei perfeita para demonstrar que o povo não consegue obedecer perfeitamente.  Quando isso foi claro, a segunda aliança foi dada, baseada na graça.  Veremos isso daqui a pouco.

POR QUE ELA FOI DADA?

Gálatas 3:19, 23-25 – “Qual era então o propósito da Lei?  Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o Descendente a quem se referia a promessa . . . Antes que viesse essa fé, estávamos sob a custódia da Lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada.  Assim, a Lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé.  Agora, porém, tendo chegado à fé, já não estamos mais sob o controle do tutor.

Deuteronômio 5:1 – “Então Moisés convocou todo o Israel e lhe disse: Ouça, ó Israel, os decretos e as ordenanças que hoje lhe estou anunciando.  Aprenda-os e tenha o cuidado de cumpri-los”.  Veja que os 10 mandamentos são o começo dos decretos e das ordenanças (Efésios 2:15; Colossenses 2:14-16).

Deuteronômio 5:14-15 – “Mas o sétimo dia é um sábado para o SENHOR, o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu nem teu filho ou filha, nem o teu servo ou serva, nem o teu boi, teu jumento ou qualquer dos teus animais, nem o estrangeiro que estiver em tua propriedade; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu.  Lembra-te de que foste escravo no Egito e que o SENHOR, o teu Deus, te tirou de lá com mão poderosa e com braço forte.  Por isso o SENHOR, o teu Deus, te ordenou que guardes o dia de sábado”.  (Veja Êxodo 13:3-6 – sábado era um dia de celebrar uma cerimônia para comemorem o dia que saíram do Egito e Ezequiel 20:10-20).  Uma vez por semana Israel lembrou-se da sua saída da escravidão do Egito.  Algo parecido com o que os cristãos fazem no Novo Testamento no primeiro dia da semana durante a ceia do Senhor para lembrar da sua saída da escravidão do pecado.

PRÓXIMO ARTIGO: CASTIGO À DESOBEDIÊNCIA À ALIANÇA
LEIA TAMBÉM O ARTIGO ANTERIOR: O QUE É A VELHA ALIANÇA

O Culto no Novo Testamento

Por estranho que possa parecer, o culto do Novo Testamento é diferente do culto do primeiro século. Da mesma forma nós não devemos perseguir ser a igreja do primeiro século, mas a igreja do Novo Testamento. A igreja primitiva não tinha todos os recursos que nós temos. Na época eles tinham consolidado o Velho Testamento e a inspiração do Espírito Santo aos apóstolos e profetas já na Nova Aliança (NT). Eles ainda tinham os profetas exatamente por causa da transição do Velho para o Novo Testamento. Nós temos o Novo Testamento consolidado como palavra de Deus tão importante quanto o Velho Testamento para o tempo deles. Então, precisamos ser os discípulos do Novo Testamento e não imitadores da igreja imperfeita do primeiro século. Sim, a igreja do primeiro século era imperfeita e infantil, mas nos serve de exemplo para não seguirmos os erros que eles cometeram por falta de base.

O apóstolo Paulo nos revela que o conhecimento deles era em parte e naquele tempo precisavam ser guiados por profecias, línguas e interpretações que, no futuro deles e não no nosso, desapareceriam, cessariam e passariam. O conhecimento deles era parcial e o perfeito estava para vir:

“O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.” (1 Coríntios 13:8-10)

Nós, através da Palavra de Deus (O Novo Testamento), temos o conhecimento completo tanto da Velha quanto da Nova Aliança. TUDO O QUE PRECISARMOS, JÁ ESTÁ REGISTRADO NAS PÁGINAS DO NOVO TESTAMENTO. Então, o Novo Testamento e, nada mais, deve ser nosso guia para saber como adorar a Deus.

“Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos.” (Judas 1:3)

“Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” (2 Pedro 1:3)

Quando falamos sobre culto, devemos estar falando sobre amor, agradecimento e adoração a Deus e não apenas louvor. Eu posso louvar até mesmo uma pessoa pelas coisas boas que ela faz, mas eu não posso adorá-la. Só para Deus eu devo adoração. Então, devemos saber o que agrada a Deus e não a nós na adoração. Deus é quem nos revela e a revelação é o Novo Testamento.

Vamos tirar as bases para a nossa prática da Palavra e não da história da religião ou os exemplos modernos vistos na televisão ou na Internet. O que fazemos juntos de todas as formas é VOLTAR À BÍBLIA, restaurar a vontade de Deus e não pegar exemplos humanos e boas ideias e tentar melhorar. A palavra deve ser aplicada a nós primeiro sem invenções ou ultrapassar o que está escrito no Novo Testamento.

OS ENSINAMENTOS

Começamos no início da igreja. Os quase três mil batizados no dia de Pentecostes foram ensinados a serem perseverantes na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2:42). Já temos aí, um resumo das práticas do culto a Deus.

“Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.” (Atos 2:41, 42)

Vamos resumir novamente para confirmar que o culto do Novo Testamento está na prática num dos primeiros ensinos que os apóstolos e discípulos de Jesus receberam como base para começarem a vida eterna já nesta terra: doutrina (ensino) dos apóstolos, comunhão, partir do pão e orações.

• A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

A doutrina que os apóstolos ensinavam não foram suas invenções, foi a pregação do evangelho e como aplicá-lo à vida. O evangelho é a vida de Cristo, seus ensinamentos e, resumindo, sua morte na cruz, sepultamento e ressurreição (Mc 1:1; 1 Co 15:1-4). Eles não inventaram o evangelho, eles o viveram como testemunhas oculares da presença de Deus pessoalmente através de Jesus.

Com base na doutrina que os apóstolos ouviram de Jesus e, tanto pregaram quanto deixaram escrito, é que nós também pregamos e até cantamos nos dias de hoje. O cântico também é uma forma de todos juntos reforçarmos os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos.

Todos nós sabemos que ser fiel na doutrina dos apóstolos é obedecer ao que está escrito no Novo Testamento. A base para adoração a Deus é o Novo Testamento. Deus deu toda autoridade a Jesus e toda revelação aos apóstolos e discípulos que nos deixaram escrito o qual é a vontade de Deus que o agrada. O que vemos acontecendo nas páginas do Novo Testamento podemos justificar em cada ato do culto dominical.

No culto devemos colocar em prática a doutrina dos apóstolos através de tudo o que fizermos. Através da prática da Palavra expomos também tudo o que não pertence à Palavra.

• A COMUNHÃO

A comunhão é de suma importância para o crescimento espiritual. No dia, local e hora da adoração (definidos pelas pessoas, a igreja) é que andamos na luz e o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:7). Comunhão uns com os outros é comunhão com Cristo. Não é apenas um encontro é um privilégio chegar na presença de Deus por meio de Jesus, nosso Sacerdote e Bispo das nossas almas. Aprendemos da Palavra ter comunhão e do exemplo dos discípulos do Novo Testamento. Faltar ao culto é um pecado grave que não resta sacrifício, apenas misericórdia de Deus que nos dê tempo de nos arrepender e voltar ao convívio com o corpo de Cristo no próximo domingo (Hb 10:24-31).

Na comunhão nos estimulamos ao amor e às boas obras. Naquele momento conhecemos melhor aos irmãos e vemos o quanto precisamos do amor de Deus que acontece através de nós mesmos amando uns aos outros. Conhecemos também as necessidades e aí entra a oferta. Não podemos dizer que amamos uma pessoa sem abrir nossos corações para as necessidades dela.

“Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.” (1 João 3:17,18)

Devemos sair de casa já preparados para ofertar conforme a nossa prosperidade e não conforme o desafio de alguém. Deve ser feito com alegria e não porque alguém está nos constrangendo a dar mais e buscar nossos interesses. Oferta deve ser para o outro e para as necessidades e não para benefício próprio. Ofertar já é um privilégio (1 Co 16:1, 2; 2 Co 9:6-9).

• O PARTIR DO PÃO

Jesus era conhecido por partir o pão. Muitas vezes Jesus fazendo isso e foi reconhecido por partir o pão (Lc). O pão remete ao Êxodo. É o pão sem fermento e o sangue do cordeiro representado pelo cálice do fruto da videira. Foi Jesus pessoalmente que deixou este memorial para ser praticado todas as vezes que nos reuníssemos no dia Dele (Mt 26:26-30). A Ceia do Senhor é uma bênção que nos lembra da libertação da escravidão do pecado através da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. O apóstolo Paulo recebeu do próprio Jesus as instruções quanto a Ceia e disse que era para ser feito em memória Dele todas as vezes que nos reuníssemos (1 Co 11:23-30).

Deixar de tomar a ceia um só domingo é deixar de renovar a aliança com Deus, é acumular pecados, é se tornar inimigo de Deus, é deixar de andar na luz, deixar de analisar-se, é tornar-se réu do corpo e do sangue de Cristo o qual nos purificou é resultado da falta de comunhão com a igreja, é pisar aos pés de Jesus, considerar sem valor o sangue da aliança e insultar o Espírito Santo. O ensinamento é duro de ouvir, mas é a verdade ensinada pela doutrina dos apóstolos.

A adoração do Novo Testamento ensina a celebrar a ceia todos os domingos e somente aos domingos (At 20:7). Talvez você possa questionar onde na Bíblia encontra explicitamente este mandamento. Nunca ninguém questionou que o sábado era o dia do Senhor e todos os sábados. Era sábado? Era dia do Senhor no Velho Testamento. Por que o Novo Testamento tem que ser explícito? É domingo, é dia do Senhor! O apóstolo João estava no Espírito no dia do Senhor. Precisa adivinhar que dia é esse? (Ap 1:5).

Quando Jesus instituiu a Ceia, cantaram um hino e nós também aprendemos e devemos cantar.

• AS ORAÇÕES

Quando eu era criança meu pai ainda não tinha fé, mas uma noite sentou ao nosso lado no devocional diário. Meu irmão perguntou se ele queria orar naquela noite e ele disse que não sabia. Mesmo sendo criança meu irmão disse:
– Não precisa saber, basta conversar com Deus.
Costumo dizer que naquela noite meu pai começou a conversar com Deus e nunca mais parou.

Oração é um relacionamento com Deus. É o momento que você conversa com Ele. O momento que você ouve Deus é através da doutrina dos apóstolos, na comunhão e no partir do pão. Nos cânticos nós fazemos muitas coisas ao mesmo tempo: nós oramos, nós ouvimos a Deus, nós nos ensinamos uns aos outros e edificamos uns aos outros. Cântico é uma espécie de múltipla oração. Então devemos orar sem cessar (1 Ts 5:17).

CONCLUSÃO

O mesmo que Paulo escreveu para os Tessalonicenses também serve para nós:

“Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que crêem.” (1 Tessalonicenses 2:13)

Assim como os apóstolos não tinham autoridade para ‘inventar’ doutrinas novas que não tivessem ouvido de Jesus ou do Espírito Santo, nós, muito menos temos autoridade para inventar práticas que não sejam aquelas que já estão consolidadas através da escrita dos apóstolos e discípulos. Receber e obedecer às palavras do Novo Testamento é receber e obedecer a Palavra de Deus.

Sendo assim, devemos ficar somente dentro do ensino dos apóstolos através da pregação e práticas. Devemos manter comunhão somente com aqueles que têm fé no evangelho e o obedeceram através do batismo. Na comunhão nos estimular ao amor verdadeiro e suprir as necessidades através da oferta para ajudar principalmente aos irmãos na fé (Gl 6:10). Aproveitamos o dia do Senhor no qual mantemos comunhão e Ofertar no primeiro dia da semana, sem deixar de fazer o bem a todos que pudermos também durante a semana como oferta para o Senhor. Devemos partir o pão (a Ceia do Senhor) todos os domingos e somente aos domingos. E, não menos importante, devemos manter um relacionamento com Deus através das orações. As orações também podem ser cantadas através de “salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor (Efésios 5:19). O único instrumento usado no Novo Testamento para cantar era o coração. Nem todos podem tocar algum instrumento, mas todos podem cantar de coração ao Senhor. Então vamos seguir o exemplo da doutrina dos apóstolos e já que não encontramos exemplo de instrumentos tocados no Novo Testamento, não usaremos no culto que agrada ao Senhor.