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DISTINGUINDO O SANTO DO PROFANO

“Assim, ele mediu a área pelos quatro lados. Havia um muro ao redor, de duzentos e cinquenta metros de comprimento e duzentos e cinquenta metros de largura, para fazer separação entre o santo e o profano.” – Ezequiel 42:20

No texto de hoje, em meio a medição do templo, chamou-me a atenção o termo utilizado no versículo 20: separar o santo do profano.

No livro de Levítico abundam referências a essa separação, em especial quando ensina sobre as vestes sacerdotais e no preparo dos sacerdotes para servirem a Deus, primeiro no tabernáculo e depois no templo.

“Você e seus filhos não devem beber vinho ou bebida forte, quando entrarem na tenda do encontro, para que não morram. Isto será estatuto perpétuo entre as suas gerações, para que vocês façam diferença entre o santo e o profano e entre o impuro e o puro.” – Levítico 10:9-10

Aliás, é neste capítulo que Nadabe e Abiú morreram ao oferecerem o que a bíblia chama de fogo estranho diante de Deus. Alguns advogam a ideia de que estariam bêbados. Sua atitude é tão desaprovada por Deus, que ordena a Moisés que Arão e seus outros filhos sequer pranteiam a morte de seus parentes.

O texto de hoje ainda me lembra da orientação de Paulo, no Novo Testamento, para que a igreja exclui de si as pessoas que, sendo irmãos, vivem como pagãos.

“Na outra carta, já escrevi a vocês que não se associassem com os impuros.” – 1 Coríntios 5:9

“Mas, agora, escrevo a vocês que não se associem com alguém que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, bêbado ou ladrão; nem mesmo comam com alguém assim.” – 1 Coríntios 5:11

Este é um dos textos bases para a disciplina igreja, isto é, a separação entre o santo e o profano, acompanhado por outros textos como Mateus 18:15-22 e Gálatas 6:1.

O texto de hoje ainda me lembrou de Esaú que, ao contrário de Jacó, não fez distinção entre o santo e o profano. Enquanto Jacó valorizava o direito de ser primogênito e a bênção do pai, Esaú não levava isso em consideração, quando desdenha da primogenitura, colocando suas necessidades físicas acima delas.

“Ele respondeu: — Estou morrendo de fome; de que me vale o direito de primogenitura?” – Gênesis 25:32

No Novo Testamento, o exemplo de Esaú é utilizado para incentivar a igreja a diferenciar o santo do profano.

“Procurem viver em paz com todos e busquem a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” – Hebreus 12:14

“E cuidem para que não haja nenhum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um prato de comida, vendeu o seu direito de primogenitura.” – Hebreus 12:16

O diferencial no Novo Testamento é que não existem coisas santas como no Velho. No Novo a santidade deve existir na vida, nos valores, no comportamento, em todo o tempo, em cada discípulo de Jesus, habitados pelo Espírito Santo, que devem diferenciar o santo do profano em todas as suas decisões e atitudes, diferenciação que deve sempre usar a Bíblia, a Palavra de Deus, como base.

“Pelo contrário, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, porque está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo.'” – 1 Pedro 1:15-16

Todos os domingos nos reunimos como igreja de Deus. Que a reunião seja o desfecho de uma semana em que, em todos os nossos atos, palavras, ações, escolhas e valores, diferenciamos o santo do profano.