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HISTÓRIAS PARECIDAS. RESULTADOS DIFERENTES

HISTÓRIAS PARECIDAS. RESULTADOS DIFERENTES.

Em Lucas 18:18-23 nós encontramos a história do jovem rico e pouco mais à frente em Lucas 19:1-10 encontramos a história de Zaqueu. Vamos analisar essas duas passagens e ver como Deus trabalha de forma maravilhosa e muitas vezes não percebemos esse agir de Deus, perdendo muito daquilo que podemos aprender do Mestre.

Na conversa de Jesus com o jovem rico fica claro que esse jovem tinha muitas qualidades e conhecia e seguia a Lei de Moisés pois ele dizia que observava isso desde a sua mocidade. Podemos ver alguém que se esforçava por manter uma vida dentro daquilo que era esperado para um seguidor de Cristo. O próprio Jesus vai dizer a ele que lhe faltava apenas uma coisa.

No caso de Zaqueu ele era um publicano e, como todo publicano, odiado pelos judeus pois era considerado um traidor de seu povo pois trabalhava para o império romano, cobrando impostos de seu próprio povo, muitas vezes de forma abusiva para seu próprio benefício, enriquecendo-se em cima do sofrimento de seu próprio povo.

O jovem rico vai chegar até Jesus de uma forma direta, aparentemente sem dificuldades e, na conversa com o Mestre, vai dizer sobre sua vida e seu esforço em buscar fazer aquilo que a Lei mandava e encontramos, aparentemente, uma atitude sincera em querer saber sobre como melhorar seu relacionamento com Deus a fim de alcançar a salvação.

Zaqueu, ao contrário, já demonstra sua dificuldade nesse contato com Jesus, seja devido à sua própria limitação de altura física tendo que subir numa árvore para conseguir ver Jesus seja pela própria dificuldade em enfrentar a multidão que certamente não o via com bons olhos. Também há que se notar o inusitado da cena em que um homem rico, bem posicionado na sociedade, provavelmente usando roupas vistosas e caras, se esforçando por subir numa árvore.

Jesus, ao ser perguntado pelo jovem rico sobre o que deveria fazer para receber a salvação e, certamente olhando para dentro do coração daquele jovem, lhe diz que só faltava a ele uma coisa, que no seu caso era abrir mão da riqueza. Não preciso dizer aqui que Jesus não estava exigindo que esse jovem se desfizesse de suas riquezas em prol do evangelho (como infelizmente muitos grupos religiosos distorcem essa passagem para obterem lucros pessoais), mas sim que Jesus sabia que o coração daquele jovem tinha outras prioridades.

Zaqueu, ao contrário do jovem rico, sabia de suas limitações, seus erros e seus pecados e, ao tentar ver Jesus, na verdade foi ele que foi achado, pois é Jesus quem o encontra em cima da árvore, pede para ele descer e diz que vai até sua casa. Aquele que estava procurando foi achado pelo simples fato de colocar seu coração verdadeiramente à disposição de Jesus.

O jovem rico, ao ser colocado frente a frente com seus desejos mais íntimos, acabou por escolher continuar com aquilo que, para ele, era o mais importante, no caso foram suas riquezas. 

Zaqueu, ao ser encontrado por Jesus, teve o coração sincero e voltado para Cristo, reconhecendo seus erros, querendo ser perdoado e mostrando os frutos desse arrependimento ao se dispor a devolver aquilo que tinha defraudado e até mesmo acima daquilo que a Lei ordenava (em Levítico 6:1-7 vemos que a Lei ordenava a restituição da quinta parte do que foi roubado; Zaqueu se propôs a devolver quatro vezes mais).

No caso do jovem rico, Jesus vai dizer nos versículos 24 e 25 sobre a dificuldade de um rico entrar no reino de Deus -: “E Jesus, vendo-o assim triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riqueza! Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”.

No caso de Zaqueu, aquele que era um pecador, desonesto, odiado pelo povo, mas que se esforça por ver Jesus, tendo sido achado, demonstra arrependimento sincero, escuta Jesus falando -: “Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” 

Parece que, pelo menos no caso de Zaqueu, o camelo passou pelo fundo da agulha!

Propósito, Objetivo e Planejamento – 1 O PROPÓSITO

Propósito, Deus, Riqueza, Narrativas, Fé, Juízo

No artigo anterior, introduziu-se esta série chamada: Propósito, Objetivo e Planejamento. Minha intenção é ajudar você a viver uma vida plena. Como eu gostaria de saber disso anos atrás… Não dá para voltar ao passado, mas podemos começar daqui, onde estou olhando para o futuro e, principalmente, para a eternidade.

Neste artigo quero compartilhar com você O PROPÓSITO.

Não somos um acidente ou um acaso; somos fruto de um Deus amoroso e que, como nosso Criador, tem um propósito bem definido. Ele fez tudo com propósito (Pv 16:4). Mesmo que você não entenda, tudo o que acontece, mesmo algo totalmente contrário à natureza divina, faz parte de um fim com propósito divino.

A maioria de nós tem um critério para medir o sucesso: os bens e o montante de dinheiro que consegue juntar na vida. Porém, isso não reflete a realidade, apenas uma ilusão na qual não devemos confiar de olhos fechados. Só podemos confiar de olhos fechados em Deus. Quem nunca se pegou confiando na instabilidade da riqueza, independente do tamanho dela?

“Exorte os ricos deste mundo para que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que nos proporciona ricamente para o nosso prazer.” (1 Timóteo 6:17)

Descobrir e estruturar o propósito por trás de nossas ações dá à vida significado. É o propósito que nos leva a compreender a verdadeira essência de nossas escolhas; inclusive, onde você vai gastar sua riqueza deve ser dirigido pelo propósito, não pelos impulsos ou outros motivos.

No meu caso, como editor de livros, produtor de conteúdo, escritor e profissional envolvido em marketing, webdesign e design e ainda com intenções evangelísticas meu propósito reside na criação e comunicação de narrativas para atingir o propósito maior como discípulo de Cristo. As palavras e textos das histórias têm o poder de inspirar, informar e conectar as pessoas, e é esse impacto transformador que me motiva diariamente. No entanto, como todo mundo, preciso me lembrar constantemente do propósito e voltar para o rumo certo. Quando esqueço do propósito, só perco tempo.

O apóstolo Paulo revelou-se um homem que assumiu o propósito. Tudo o que ele fazia tinha um alvo bem definido. Ele revela isso dizendo:

“Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.” (1 Coríntios 9:23)

A própria Bíblia está repleta de histórias, não simplesmente para entreter, mas para converter ao propósito. Ao unir meu amor pela leitura, escrita e design com a capacidade de utilizar imagens, busco não apenas contar histórias, mas também aprimorar a forma como essas histórias são percebidas visualmente, proporcionando uma experiência mais envolvente e memorável. Que histórias? As histórias que levam a um único propósito: a salvação, propósito de todos nós discípulos de Cristo.

Essa busca por propósito se estende além do meu trabalho como criador de conteúdo. Meu propósito também é conscientizar outros do propósito em si. Na produção de vídeos, livros e cursos, meu objetivo é não apenas compartilhar conhecimento, mas também inspirar outros a descobrir e perseguir o propósito.

Quem tem propósito, tem fé. As dúvidas são diminuídas e as certezas aumentadas. Quando se vive o propósito, o pecado se mostra supérfluo, como de fato é e não faz parte efetiva da nossa vida. Isto não significa que não vamos mais pecar, mas que não vamos viver no pecado. Cabe o arrependimento verdadeiro e a luta contra o pecado numa vida com o propósito.

O que você faz na vida? Qual é a sua maior atividade e qual é o seu propósito? Não confunda propósito com objetivo ou com planejamento, temas para os próximos artigos. A maioria das pessoas não conhece o propósito.

Propósito é a bússola que orienta cada ação, é o “porquê” que dá significado a tudo que empreendemos na vida. Descobrir meu “porquê” trouxe clareza à minha vida, transformando cada projeto em uma oportunidade de contribuir para um mundo onde a narrativa e a estética se entrelaçam para formar experiências memoráveis. Propósito é o “porquê” fazemos o que fazemos.

Quando você vive uma vida sem propósito, você vive procurando satisfazer suas paixões efêmeras e troca tudo, como Esaú, por um prato de comida. Uma vida sem propósito leva a gente a trabalhar para alcançar os fúteis propósitos dos outros, geralmente nivelado pelo armazenamento de coisas e riquezas. Isto não quer dizer que trabalhar para alguém não faz parte de cumprir o propósito maior.

Preciso notar e lhe chamar a atenção que o propósito será definido logo abaixo deste artigo. Preste atenção, pois tudo o que você fizer será para alcançar aquele propósito maior de todos nós.

Qual é o propósito?

Tendo dito isto, qual é o propósito de todos nós? Um sábio bem conhecido depois de abençoado pelo Senhor com a maior sabedoria do mundo, chegou a uma conclusão:

“De tudo o que se ouviu, a conclusão é esta: tema a Deus e guarde os seus mandamentos, porque isto é o dever de cada pessoa. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12:13,14)

Sim, vamos lutar, procurar desculpas e justificativas, mas este é o propósito da vida. Este é, como disse o sábio, “o dever de cada pessoa”. Por que? Porque uma das poucas certezas que temos nesta vida é que ela acabará, é passageira e um dia, seja lá qual tenha sido os seus propósitos, bons ou maus, serão revelados para te absolver ou condenar. Deus quer salvar, então nós começamos bem nesta vida. Vamos perdendo o propósito com o passar do tempo e, uma vida sem propósito, é uma vida vazia.

Sim, a vida tem um só propósito para todos os seres humanos. Alguns vão se conscientizar disso, outros vão seguir o exemplo, outros ainda vão lutar contra.

O PROPÓSITO deve guiar todas as suas escolhas na vida: hobbies, profissão, relacionamentos, compras, gostos, etc. Se você não sabe qual é o propósito e ‘deixa a vida te levar’, a vida leva, mas não para o propósito.

NO PRÓXIMO ARTIGO da série vamos falar sobre OBJETIVOS.

QUERO QUE DEUS SEJA MINHA MAIOR RIQUEZA

“Tudo aquilo que os meus olhos desejaram eu não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, e isso era a recompensa por todas elas.” – Eclesiastes 2:10

Salomão foi um dos homens mais ricos no seu tempo, conforme nos revela 1 Reis 10:23. Por esta razão ele pôde ter tudo o que seus olhos viram e seu coração desejaram. Está aí a razão de sua queda espiritual, conforme nos revela 1 Reis 11, pois ele desobedeceu as ordens expressas de Deus na Lei de Moisés, Deuteronômio 16:16-17. Salomão acumulou riquezas, mulheres (mil no total), muitos bens e por isso esqueceu de Deus durante um período de sua vida.

Imagine, você, meu amigo, ter dinheiro para adquirir tudo o que seus olhos virem e seu coração desejar? Poder viajar para onde desejar? Poder fechar um restaurante para uma festa particular? Esta foi a realidade de Salomão e em grande parte, por isso, temos um Salomão até certo ponto amargo no livro de Eclesiastes, amargura esta utilizada por Deus para mostrar o que devemos buscar na vida. Na atualidade, quantas pessoas, depois de conquistarem dinheiro, poder e fama tiraram a própria vida?

Por isso gosto das palavras de Lemuel, escrita em Provérbios 31:8-9:

“Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário, para não acontecer que, estando eu farto, te negue e diga: “Quem é o Senhor ?” Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus.

Eu preciso que Deus me mantenha em rédea curta para que eu não tenha tanta liberdade e faça bobagem e possa, inclusive, afastar-me dele por achar seus mandamentos um “estraga prazeres” e por começar a pensar que não preciso mais do Todo-Poderoso na minha vida.

Percebo que quando a pessoa tem muitos bens, muito dinheiro, a vida perde o sentido. É quase o outro lado da moeda da extrema pobreza. Por isso Deus promete a nós, discípulos de Jesus, o maná, a cesta básica (Mateus 6:33), o pão nosso de cada dia (Mateus 6:11), pois é disso que realmente precisamos. 

Eis uma razão, como eu já afirmei, para não jogar na loteria e afins. Vai que eu, de repente, ganho uma bolada e terei a responsabilidade de saber administra-la?

Além disso, Deus ainda é tão generoso que de tempos em tempos nos presenteia com o que eu chamo de pequenos “mimos”, presentes que estão além da cesta básica, que viveríamos sem eles, mas que o Senhor graciosamente e bondosamente nos dá. Tudo para quem fez de Deus sua morada e o seu maior bem, cujo maior tesouro é ter Deus como seu pastor (Salmo 23:1), o suficiente para saciá-lo.

Claro que isto é um aprendizado, como diria Paulo, que vem com o tempo andando com Deus, experimentando do seu amor, de sua bondade e misericórdia.

“Digo isto, não porque esteja necessitado, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.” – Filipenses 4:11

Eis aí minha meta mais e mais. Deus tornar-se tudo o que eu preciso, que eu posso estar contente em toda e qualquer situação.

Que as palavras ditas por Salomão quase no final da vida, inclusive suas escolhas erradas, nos ajudem a viver, mais e mais, da maneira como nosso Deus quer. 

Aproveitando que hoje o mundo no geral (inclusive aquele que não crê em Deus), lembra de alguma forma de Jesus, quero desejar que o Natal não seja apenas uma data no final de cada ano, mas uma realidade diária para vivermos obediência a Deus em razão da gratidão pelo maravilhoso presente que em determinada época da história da humanidade Ele nos deu: seu próprio Filho, vindo habitar entre nós para abrir as portas dos céus a fim de que possamor habitar com Ele por toda a eternidade. 

Feliz Natal. O ano todo.

Dar Tudo o Que é Meu, Ganhar Tudo o Que é de Deus

“E Jesus, olhando para ele com amor, disse: — Só uma coisa falta a você: vá, venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres e você terá um tesouro no céu; depois, venha e siga-me.” – Marcos 10:21

Há certos textos na Bíblia são estranhos, às vezes difíceis de entender. É o que ocorre com o texto de hoje, cuja toda história, conhecida como do moço rico, encontra-se em Marcos 10:17-31, leitura que sugiro.

Na primeira vez que li, aos 10 anos, disse para mim mesmo: “que pedido estranho… Podia ser 10%, 20%, 30% ou até mesmo 50% como vi depois que Zaqueu deu aos pobres (se bem que as devoluções do que tinha roubado, sendo 4 vezes, creio quase equivaler a toda a sua renda), mas, mesmo assim, 100%?. Claro que aceitava aquilo, afinal foi Jesus quem disse, mas que achava estranho, isso, com certeza.

Hoje, quase 4 décadas depois daquela primeira leitura, compreendo um pouco mais, mas creio que compreenderei inteiramente somente quando estiver na eternidade junto com Jesus.

I – O TEXTO PRECISA SER CONTEXTUALIZADO – O problema do jovem rico

Gosto de dizer que Jesus sempre dá um tratamento vip para todos, não atende no atacado, mas conhece cada pessoa e por esse motivo, precisamos atender que esse pedido, primeiro, dirige-se àquele rapaz.

A – Um homem que, por ser tão rico, estava acostumado a “comprar” com seu dinheiro tudo o que queria – não dependia de ninguém.

Avaliando aquele homem, percebemos que colocava grande segurança em sua religiosidade (pondo-se de joelho), estava acostumado a ser elogiado por sua conduta e fala religiosa (Que farei para ter a vida eterna?). Ele era uma pessoa que confiava muito nas riquezas e na sua religiosidade (tudo tenho feito desde jovem, disse ele).

No Novo Testamento, a relação de Jesus com os religiosos sempre foi de muito conflito. Os fariseus e escribas foram os os mais criticados por Jesus, chamados de sepulcros caiados (Mateus 23:27). Até mesmo Nicodemos com sua palavra de elogio a Jesus foi repreendido pelo Mestre: “Nicodemos, você precisa nascer de novo para entrar no reino de Deus (João 3:3).

Jesus coloca tudo no devido lugar – somente Deus é bom e Jesus estava ali na condição de homem.

O Senhor citou os mandamentos, chama  a atenção ele não falar da guarda do sábado, tão importante para alguns religiosos hoje.

Resumindo, Jesus disse: ame seu próximo.

B – Porém, no vs. 21 vemos o tratamento vip, pessoal de Jesus por aquele homem. 

Olhando para ele, com amor ou “Jesus o amou”, na ARA. Diferente de hoje, amor não é sentimento, é ação.

Jesus conhecia a vida daquele homem, sabia dos bastidores da sua vida, do que estava no seu coração e foi direto ao ponto.

Da mesma maneira ele agiu em João 8:1-11 com a mulher adúltera – Ele conhecia os bastidores da vida daquela mulher, bem como de seus acusadores, por isso disse: “Aquele que nunca pecou, atire a primeira pedra”.

No texto de hoje Jesus viu naquele homem o que as pessoas não viam, o que a religiosidade dele escondia, o que suas palavras escondiam – Jesus viu um amante de Mamon, isto é, das riquezas.

Vs. 22 – retirou-se triste, porque tinha muitos bens. Contextualizando – para aquele homem, somente aquela atitude radical poderia dar a ele a salvação. E ele não aceitou.

II – A DIFICULDADE PARA OS RICOS SEREM SALVOS

A – Como é difícil um rico se salvar, disse Jesus!

Riqueza, dinheiro na Bíblia é Mamon – Jesus já disse que é impossível servir a dois senhores (Mateus 6:24) – Mamon como servo é uma maravilha, como senhor é dominador – basta ver o que as pessoas fazem por ele, roubam, mentem, assassinam, adulteram, tudo por Mamon, pelas riquezas.

Dinheiro produz segurança, “não preciso de ninguém”, posso comprar tudo, até mesmo a minha salvação – esta era uma pregação da religião no século XV, com a venda das indulgências pela religião oficial da época.

B – Talvez você diga, “não sou rico”, estou isento.

Hoje existem ricos materialmente falando, bastante generosos e também existem existem pobres bastante avarentos

Vs. 26-27 – “É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico se salvar”

Riqueza aqui é qualquer coisa em que colocamos nossa segurança, até mesmo nossas boas obras, religiosidade, para impressionar a Deus.

“Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”, diz Jesus em Mateus 5:3.

Existem ricos materialmente que são pobres de espírito (minoria)

Existem pobres materialmente, mas que não são pobres de espírito.

Pobre de espírito é exemplificado pelo publicano de Lucas 18:13-b “Ó Deus, tem pena de mim, que sou pecador”.

“Bem aventurados os que choram, porque serão consolados”, choram por sua incapacidade de salvarem-se a si mesmos, de reconhecerem que não podem fazer nada para conseguir a salvação, senão chegar humildemente diante de Deus, cientes de que são carentes da glória de Deus (Romanos 3:23). No batismo, confessamos nossa miserabilidade espiritual, que precisamos de um Salvador, que somos incapazes de nos salvar.

III – CHAMADO DE JESUS PARA DAR TUDO

Pensamos que é somente o jovem rico que é chamado para dar tudo que tinha, mas este é o preço do discipulado.

Veja quantos exemplos na Bíblia – Mateus 13:44-45

“O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem achou e escondeu. Então, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também semelhante a um homem que negocia e procura boas pérolas. Quando encontrou uma pérola de grande valor, ele foi, vendeu tudo o que tinha e comprou a pérola.”

Aquele jovem queria acrescentar às suas riquezas, na qual confiava, sua fé em Jesus – ali Jesus mostra que não dá para servir a dois senhores.

“Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse:

“Se alguém vem a mim e não me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe,  a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” – Lucas 14:25-26

“Jesus dizia a todos: — Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; e quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. – Lucas 9:23-24

Jesus nos chama a deixar todas as nossas riquezas, onde colocamos a nossa segurança e esperança para segui-lo. O que você precisa deixar? O que eu preciso deixar?

Zaqueu – Lucas 19:-1-10 – “dou metade aos pobres, devolvo o que roubei 4 vezes mais” – Ele entendeu.

Novo Testamento – não há exigência do dízimo – Ele quer nos transformar em novas criaturas – tudo o que temos pertence a Ele e tudo o que dele nos pertence, ilustada na parábola do filho perdido, infelizmente o filho mais velho não entendeu essa lição:

“ Então o pai respondeu: ‘Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho é seu.’” – Lucas 15:31

IV – PERDENDO PARA GANHAR – vs. 28-31

Pedro, esperto, olhou para si e outros: “Eis que deixamos tudo…”

Veja a resposta de Jesus. “Deixa tudo, utiliza pra mim e veja o que eu posso fazer”.

“Jesus respondeu: — Em verdade lhes digo que não há ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do evangelho, que não receba, já no presente, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, receberá a vida eterna.” – vs. 30-31

Vejamos quantos exemplos na Bíblia da aplicação deste princípio: Abraão não recusou a Deus seu único filho e tornou-se pai de muitas nações e pai da fé dos que vivem em suas pisadas da fé (Gênesis 22:15-18 e Romanos 4:12), Ana não hesitou em devolver a Deus seu único filho, tornou-se mãe daquele que foi profeta, sacerdote e juiz e ainda ganhou mais 5 filhos (1 Samuel 2:20-21), na parábola dos talentos as pessoas que utilizaram os 2 e 5 talentos, receberam em dobro, enquanto o que enterrou seu único talento, até este perdeu (Mateus 25:28).

Temos nossas riquezas: carro, casa, emprego, salário, família, vida, saúde – o que estamos fazendo com eles? Utilizando-os para Deus e o Reino dele ou fazendo deles nossos deuses particulares?.

Quando utilizamos tudo o que temos como canal de bênçãos para outros – Deus vai abençoando e multiplicando e não há mais aquela diferença entre espiritual ou material, pois tudo se torna para fins espirituais.

Daqui a pouco, tudo o que é nosso é de Deus e tudo o que é Deus é nosso. Ganharemo nesta vida 100 vezes mais (representado pela família espiritual que é a igreja), junto com perseguição e no porvir a a vida eterna, que é a maior bênção que receberemos.

CONCLUSÃO

Convidar você que já é discípulo, mas está longe do que diz o cântico: “tudo deixarei”, ainda tem reservas para o Senhor? – entregue tudo para ele, sua vida – deixe que o que você tem confunda-se com o que Deus tem.

Você que ainda tem seus deuses, seus valores, até mesmo sua religiosidade, acha que pode comprar sua salvação – torne-se pobre de espírito para se tornar rico aos olhos do Senhor.

O chamado de Jesus é nosso: “Vá, venda tudo o que tem, tudo o que lhe dá segurança, jogue fora, depois venha e siga-me”.

Só você sabe o que ainda coloca na frente de Jesus, só eu eu sei – É exatamente isto que ele está pedindo. 

Ana e Abraão tiveram que se desfazer dos seus “deuses”, que era o desejo de terem filhos, o moço rico dos seus bens materiais, Zaqueu daquilo que tinha adquirido de maneira desonesta.

E você? E eu? O que Jesus está requerendo que joguemos fora hoje?

NOTA: Mensagem pregada no culto da Igreja de Cristo no Bairro dos Pimentas, Guarulhos/SP., em 12 de julho de 2020.

Qual o tamanho da sua fortuna?

Minha fortuna é incalculável. Estou vivo enquanto isso acordei com saúde e, minha esperança está em Deus.  Enquanto isso morreu na madrugada de ontem na França, a francesa, Liliane Bettencourt, 94 anos, considerada a mulher mais rica do mundo, com uma fortuna estimada em 40 bilhões de dólares. Dentre suas empresas, uma é a mais conhecida no mundo inteiro, a L’oréal Paris, ela ocupava o 14° lugar dentre as pessoas mais ricas do mundo segundo a Revista Forbes.

Mesmo diante de toda essa fortuna o seu dinheiro não conseguiu impedir a sua morte. Com a morte não se negocia, não tem preço para se negociar, pensando por esse lado a morte é melhor que muitos políticos de hoje. Jesus pagou aos políticos da época com a vida morrendo em nosso lugar  naquela cruz por causa dos nossos pecados.

Não resolve você ter ou não dinheiro na hora da sua morte, você vai morrer, com ou sem dinheiro do mesmo jeito. A bíblia fala que o dinheiro é a raiz de todos os males, por causa do dinheiro se mata, se rouba e se trai. Basta olharmos o momento político em que o país está vivendo, tudo isso tem como pano de fundo o dinheiro.

Não que o dinheiro seja amaldiçoado, de maneira nenhuma, o problema é o homem que em busca da riqueza fácil, muitas vezes, se desvia, até mesmo da fé, 1 Timóteo 6.9-10 Precisamos como homens de Deus fugir da ganância pelo dinheiro e focar na busca da justiça, da piedade, da fé, do amor, da perseverança e da mansidão.

Que adianta ter muito dinheiro e perderam a alma. Vamos pensar naquele fazendeiro que não a teve a sabedoria de buscar o conhecimento dos planos de Deus. Fez uma grande colheita e não tinha onde guardar tantos grãos. Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida, Lucas 12.20. Então, quem ficará com o que você preparou? ’

Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus. E você como está sua fortuna? Tem feito planos? Se não fez faça e coloque nas mãos de Deus. Tiago 4.15.