fbpx

EM JESUS TUDO SE FAZ NOVO – O EVANGELHO DE LUCAS

EM JESUS TUDO SE FAZ NOVO

“Também lhes contou uma parábola: — Ninguém tira um pedaço de uma roupa nova para colocar sobre roupa velha; pois, se o fizer, rasgará a roupa nova, e, além disso, o remendo da roupa nova não combinará com a roupa velha.

E ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque, se fizer isso, o vinho novo romperá os odres, o vinho se derramará, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos.” – Lucas 5:36-38

Em resposta à crítica dos fariseus ao fato dos discípulos de Jesus não jejuarem, o Senhor conta a parábola do pedaço de pano novo costurado sobre uma roupa velha e do vinho novo derramado em odres velhos.

Costurar uma roupa nova sobre uma roupa velha, após a lavagem, fará a roupa nova esticar e estragar a velha. Colocar vinho novo em odres velhos, que seriam vasilhas segundo a NVI, fará com que, ao fermentar o vinho, em razão da falta de flexibilidade das vasilhas velhas, estas se rompem.

O ensino aqui é a impossibilidade de juntar a nova aliança (mosaica e todo o sistema do Velho Testamento) com a nova aliança inaugurada pelo derramamento do sangue de Jesus (Lucas 22:20).

A igreja teve bastante dificuldade em entender essa mensagem de Jesus nos seus primeiros anos. Pois tentou aliar as duas alianças exigindo dos novos convertidos, especialmente dos não judeus, a guarda do sábado e especialmente a prática da circuncisão (Atos 15:1).

Há menções a isso em vários livros do Novo Testamento e, em dois deles, especialmente a carta de Paulo aos romanos e aos gálatas, este último, o assunto é dessa impossibilidade mostrada por Jesus na mistura das duas alianças.

“Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.” – Romanos 10:4

“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que Cristo morreu em vão.” – Gálatas 2:21

Porém, até hoje tenta-se costurar pano novo em roupa velha e colocar vinho novo em odres velhos. No mundo religioso há as religiões especializadas em enfatizar a guarda do sábado. Mas não está restrito a esse grupo. O mundo evangélico, em geral, tenta fazer um “sincretismo” entre a velha e a nova aliança. A maioria desses grupos exigem, por exemplo, o dízimo, algo pertencente à roupa e ao vinho velhos. 

Há ainda aqueles que utilizam elementos do Velho Testamento como a arca da aliança, um lugar santo de adoração, até o templo de Salomão foi recriado, roupas especiais para os “sacerdotes especiais”, algo inaceitável na nova aliança que transformou todos os seguidores de Jesus em sacerdotes (1 Pedro 2:9 e Apocalipse 1:6.

Finalmente, há ainda a adoração com instrumentos musicais, também extraídos da antiga aliança, pois inexistente na nova e as campanhas alusivas a acontecimentos anteriores à lei de Cristo como, por exemplo, os 21 dias de jejum de Daniel.

Por isso a igreja do Senhor deve ficar longe de tudo isso e reafirmar que a nova aliança que Jesus trouxe é muito diferente daquela que Deus entregou ao povo de Israel por meio de Moisés no Monte Sinai, mas que tinha prazo de validade. Há até um livro no Novo Testamento, a carta aos Hebreus, escrito para dizer que tudo no novo concerto é superior ao antigo.

“Mas agora Jesus obteve um ministério tanto mais excelente, quanto é também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda aliança.” – Hebreus 8:6-7

Que valorizemos e preguemos o poder da simplicidade do evangelho de Jesus, poderoso não para apenas remendar, mas transformar a vida daqueles que o aceitam, purificando-os para viver nas regiões celestiais.

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” – Romanos 1:16

QUANDO E POR QUE A LEI ELA FOI DADA?

Deuteronômio 5:2-3 – “O SENHOR, o nosso Deus, fez conosco uma aliança em Horebe. Não foi com os nossos antepassados que o SENHOR fez essa aliança, mas conosco, com todos nós que hoje estamos vivos aqui.  

Neemias 9:13-14 – “Tu desceste ao monte Sinai; dos céus lhes falaste. Deste-lhes ordenanças justas, leis verdadeiras, decretos e mandamentos excelentes.  Fizeste que conhecessem o teu sábado santo e lhes deste ordens, decretos e leis por meio de Moisés, teu servo”.  (Esta referência está depois dos 70 anos no cativo por quebrar a aliança.  Ela indica que ninguém sabia sobre a lei do sábado antes do monte Sinai).

Ezequiel 20:10-12 – “Por isso eu os tirei do Egito e os trouxe para o deserto.  Eu lhes dei os meus decretos e lhes tornei conhecidas as minhas leis, pois aquele que lhes obedecer por elas viverá.  Também lhes dei os meus sábados como um sinal entre nós, para que soubessem que eu, o SENHOR, fiz deles um povo santo”.  (O sábado é como uma aliança no dedo de um cônjuge, para lembrar o povo de sua saída do Egito pela mão de Deus.  A aliança é um sinal entre os casados, para lembrá-los do dia que foram casados).

ELA FOI DADA PARA QUEM?

Êxodo 20:1-2 – “E Deus falou todas estas palavras: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão”.

Deuteronômio 5:2-3 – “O SENHOR, o nosso Deus, fez conosco uma aliança em Horebe.  Não foi com os nossos antepassados que o SENHOR fez essa aliança, mas conosco, com todos nós que hoje estamos vivos aqui.  (Compare Malaquias 4:4; Romanos 2:14)

Êxodo 31:15-16 – “Em seis dias qualquer trabalho poderá ser feito, mas o sétimo dia é o sábado, o dia de descanso, consagrado ao SENHOR.  Quem fizer algum trabalho no sábado terá que ser executado.  Os israelitas terão que guardar o sábado, eles e os seus descendentes, como uma aliança perpétua.

Êxodo 31:17 – “Isso será um sinal perpétuo entre mim e os israelitas, pois em seis dias o SENHOR fez os céus e a terra, e no sétimo dia ele não trabalhou e descansou”.  (Compare Êxodo 31:17 com Gênesis 17:9-13 – pois circuncisão era uma lei perpétua (Gálatas 5:1-4; Atos 15 – circuncisão) e Êxodo 12:14 (Páscoa – leis “perpétuas”). 

Veja Êxodo 28:43 e a lei perpétua para Arão e para os seus descendentes.  A lei é perpétua até é quebrada ou substituída.  Algumas pessoas citam uma verdade: “Deus não muda”.  Está certo, Deus não muda (Tiago 1:17; Malaquias 3:6).  Ele está sempre perfeito e fiel.  Mas o povo mudou e quebrou a Lei Dele (Jeremias 31:31-34; Hebreus 8:8-13).  O povo não consegue obedecer a Lei de Deus.  Deus fez a primeira Lei perfeita para demonstrar que o povo não consegue obedecer perfeitamente.  Quando isso foi claro, a segunda aliança foi dada, baseada na graça.  Veremos isso daqui a pouco.

POR QUE ELA FOI DADA?

Gálatas 3:19, 23-25 – “Qual era então o propósito da Lei?  Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o Descendente a quem se referia a promessa . . . Antes que viesse essa fé, estávamos sob a custódia da Lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada.  Assim, a Lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé.  Agora, porém, tendo chegado à fé, já não estamos mais sob o controle do tutor.

Deuteronômio 5:1 – “Então Moisés convocou todo o Israel e lhe disse: Ouça, ó Israel, os decretos e as ordenanças que hoje lhe estou anunciando.  Aprenda-os e tenha o cuidado de cumpri-los”.  Veja que os 10 mandamentos são o começo dos decretos e das ordenanças (Efésios 2:15; Colossenses 2:14-16).

Deuteronômio 5:14-15 – “Mas o sétimo dia é um sábado para o SENHOR, o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu nem teu filho ou filha, nem o teu servo ou serva, nem o teu boi, teu jumento ou qualquer dos teus animais, nem o estrangeiro que estiver em tua propriedade; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu.  Lembra-te de que foste escravo no Egito e que o SENHOR, o teu Deus, te tirou de lá com mão poderosa e com braço forte.  Por isso o SENHOR, o teu Deus, te ordenou que guardes o dia de sábado”.  (Veja Êxodo 13:3-6 – sábado era um dia de celebrar uma cerimônia para comemorem o dia que saíram do Egito e Ezequiel 20:10-20).  Uma vez por semana Israel lembrou-se da sua saída da escravidão do Egito.  Algo parecido com o que os cristãos fazem no Novo Testamento no primeiro dia da semana durante a ceia do Senhor para lembrar da sua saída da escravidão do pecado.

PRÓXIMO ARTIGO: CASTIGO À DESOBEDIÊNCIA À ALIANÇA
LEIA TAMBÉM O ARTIGO ANTERIOR: O QUE É A VELHA ALIANÇA

O QUE É A VELHA ALIANÇA?

Êxodo 20:1-17 – Os Dez Mandamentos são o alicerce da Aliança.  Há 613 leis que são os detalhes de como obedecer aos 10 mandamentos (Êxodo a Deuteronômio).  Deus escreveu nas duas tábuas os 10 mandamentos (Êxodo 31:18).  Moisés foi entregar as 613 leis ao povo de Israel, mas o povo fez um bezerro e Moisés quebrou as tábuas (32:19).  Deus pediu Moisés para fazer mais tábuas, nos quais Ele escreveria de novo (34:1).  Deus também pediu para Moisés escrever nas tábuas toda a Lei de Deus (34:27-28; Deuteronômio 9:7 a 10:5). 

A Lei de Deus tem 613 leis.  Deus resumiu em 10 mandamentos.  Jesus resumiu a Lei de Deus ainda mais quando Ele respondeu à pergunta:

“Qual é o maior mandamento da Lei”?  Jesus disse: “Ame o SENHOR, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.  Este é o primeiro e maior mandamento.  E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo.  Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” Mateus 22:36-40. 

Uma observação óbvia é que Jesus disse que há somente a Lei (não duas leis, como sugerido por algumas pessoas, uma lei moral e uma lei cerimonial).  Outra observação de Deuteronômio 5:12-15, quando os Dez Mandamentos foram repetidos para a próxima geração de Israel, é que o mandamento sobre guardar o sábado, não é moral, mas cerimonial, pois o povo parou de trabalhar neste dia, com o propósito específico de lembrar de que foi escravo no Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou de lá com mão poderosa e com braço forte.  Por isso o SENHOR, o teu Deus, te ordenou que guardes o dia de sábado, 5:15.  Sábado era o dia de louvor, cerimonial, e lembrança que o povo era escravo no Egito.  O povo parou uma vez por semana no sábado para lembrar da Aliança feita com Deus no monte Sinai, e lembrava que foi Deus que o libertou da escravidão do Egito.

Êxodo 34:27-28 – “Disse o SENHOR a Moisés: Escreva essas palavras; porque é de acordo com elas que faço aliança com você e com Israel.  Moisés ficou ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão e sem beber água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança: os Dez Mandamentos”.

Êxodo 24:7 – “Em seguida, leu o Livro da Aliança para o povo, e eles disseram: Faremos fielmente tudo o que o SENHOR ordenou”.  Os 10 mandamentos fazem parte deste livro da Aliança.

Observação: Quando ler tudo que Moisés escreveu, há 613 leis total, alicerçadas nos 10 mandamentos.  As 613 leis são os detalhes de como obedecer aos 10 mandamentos em situações específicas, castigos quando não obedecer a qualquer das 613 leis e proteção quando há dúvida sobre uma morte, por exemplo, se foi de propósito ou por acidente.  Você percebeu que leis importantes como “Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças” (Deuteronômio 6:5) e “Ame cada um o seu próximo como a si mesmo” (Levítico 19:18) não foram mencionadas nos 10 mandamentos.

Algumas pessoas tentam dividir a Aliança entre Deus e Israel em leis separadas (moral, cerimonial, civil etc.), como se fosse a “Lei de Moisés” e a “Lei de Deus” leis diferentes, mas Moisés simplesmente escreveu a Aliança entre Deus e Israel. Vou repetir, aqueles que tentam dividir a Aliança em leis separadas (10 mandamentos como Lei Moral), não percebem que um dos 10 mandamentos, a lei do Sábado, um dia de descanso, é parcialmente cerimonial, e não moral.  Pois no sábado foi o dia de lembrança da saída da escravidão do Egito (Deuteronômio 5:15) e muitos sacrifícios foram feitos neste dia (Números 28:9-10; Ezequiel 45:17).  Êxodo 13:3-6 – sábado era um dia de celebrar uma cerimônia para comemorem o dia que saíram do Egito (Ezequiel 20:10-20).

Próximo artigo: “QUANDO A LEI ELA FOI DADA?” (Leia CLICANDO AQUI)

TaNaK / O Velho Testamento

Se você abrir uma Bíblia cristã e olhar o sumário, você notará que a maior parte é uma coleção chamada Antigo Testamento.

Se você olhar a lista de livros, verá que ela é composta por 39 obras menores, agrupadas em quatro seções principais. Os primeiros cinco são chamados de Pentateuco, seguido pelos livros históricos, depois os livros poéticos e finalmente os livros dos profetas.

Agora, isso parece bastante simples, mas na verdade é mais complicado e muito mais interessante. Este arranjo dos livros em um único volume chamado o Antigo Testamento é uma tradição cristã posterior que se desenvolve depois de Jesus e dos apóstolos.

Na antiga tradição judaica esses trabalhos estavam todos em rolos separados e foram concebidos como uma coleção unificada de três partes chamada TaNaK. É um acrônimo hebraico para “Torah”, que significa “instrução”, “Nevi’im”, que significa “profetas”, e “Ketuvim”, que significa “escritos”.

O TaNaKh tem os mesmos livros que o Antigo Testamento, mas eles são organizados de forma diferente. A “Torá” corresponde ao Pentateuco. Mas os “profetas” consistem em quatro livros narrativos históricos e então as 15 obras nomeadas após profetas específicos. Depois disso vem os “escritos”, uma coleção diversificada de textos poéticos e narrativos. Este design de 3 partes é realmente muito antigo. É referido em textos judaicos antigos como os Manuscritos do Mar Morto, a Sabedoria de Ben Sirach. Até Jesus de Nazaré os mencionou. Isso ocorre porque essa forma de três partes é entrelaçada no design de composição dos próprios pergaminhos. Se você prestar atenção, descobrirá que cada pergaminho foi coordenado por meio de referências cruzadas que ligam cada trabalho à maior coleção de 3 partes.

Então, quem colocou todos esses pergaminhos juntos? Foi um longo processo. Alguns dos famosos contribuintes são nomeados como Moisés ou Davi. Mas a maioria dos autores permanece anônimos. Na Bíblia, eles são simplesmente chamados de “escribas” ou “os profetas”. Esses pergaminhos tomaram forma ao longo da história de Israel enquanto gerações de escribas proféticos coletavam histórias e poemas anteriores, os integrou em composições maiores, e então, eventualmente, moldou todo esse material na biblioteca unificada de pergaminhos, o “TaNaKh”.

É claro a partir de textos nos Salmos e Profetas que esses escribas proféticos acreditavam que o Espírito de Deus estava guiando todo esse processo de modo que através destas palavras humanas, Deus fala ao seu povo. É por isso que eles valorizaram esses textos, estudando-os e compondo-os em uma coleção unificada. Nós não sabemos quando precisamente este processo foi terminado, mas foi em algum lugar nos últimos séculos antes da época de Jesus. Em sua forma final, o TaNaKh oferece uma interpretação profética da história de Israel que afirma revelar os propósitos de Deus para resgatar o mundo inteiro. Embora não possamos fazer justiça a toda a coleção em um vídeo [texto], é útil ter uma visão geral do que são esses pergaminhos.

A Torá começa com Deus criando e abençoando uma grande propriedade: nosso mundo muito bom. Deus confia a uma criatura que reflete a imagem divina: humana. Ou, em hebraico, “Adam”. Deus nomeia a humanidade para governar o mundo como reis e rainhas da criação. A questão é se eles vão confiar na sabedoria de Deus para discernir o bem e o mal ou aprender a autonomia e definir o bem e o mal por si mesmos. Mas há outra criatura com os humanos: uma cobra misteriosa. Está em rebelião contra o Criador.

Ela engana os humanos para se rebelarem tolamente contra a generosidade de Deus. Como resultado, a humanidade é separada de sua fonte divina de vida e exilado de um jardim de bênção para morrer em um deserto perigoso. A partir daí, a humanidade continua se espalhando e redefinindo o bem e o mal. E as coisas desmoronam rapidamente. Eles constroem cidades atormentadas pela violência e opressão, todos levando à fundação de uma cidade chamada Babilônia onde as pessoas se elevam ao lugar de Deus. Agora o conflito de enredo básico de toda a Bíblia está definido. Deus quer abençoar seu mundo e governá-lo através dos seres humanos. Mas agora, os humanos são o problema. Eles estão sob a influência do mal.

Eles são estúpidos e míopes e se encaminham para a autodestruição. Isso tudo é uma configuração para a solução de Deus: Precisamos de um novo tipo de humano. Então, Deus promete que um novo humano virá e não cederá à serpente. Na verdade, ele vai esmagá-lo e será esmagado por ele. A partir daqui, a história traça a linhagem da promessa para um homem e uma mulher: Abraão e Sara. Deus lhes confia a mesma bênção divina dada à humanidade na página 1. Então eles deixam a Babilônia em uma nova terra parecida com um jardim que Deus promete dar à sua família. O que segue é uma história da família de Abraão. Três gerações: Abraão, Isaque e Jacó, seguidos de 12 filhos.

Nossas esperanças são altas, até que lemos sua história familiar muito disfuncional e destrutiva. Eles mentem, enganam, quase matam uns aos outros, para não mencionar os escândalos sexuais. Mas o que você esperava depois da história do jardim? Eles são humanos. Por fim, a família de Abraão acaba exilada no Egito. Todos esses fracassos da família de Abraão formam um pano de fundo escuro para o punhado de momentos brilhantes da história. Deus permanece comprometido com essas pessoas. Ele até faz deles uma promessa eterna chamada “aliança” que ele irá resgatar e abençoar toda a humanidade através deles. Como exatamente não está claro. Mas a família de Abraão está no seu melhor quando eles param o seu esquema egoísta e confie na promessa de Deus com fé radical. A partir daqui, a família cresce. Eles acabam escravizados no Egito. E somos apresentados ao outro personagem principal da Torá, Moisés.

Deus o levanta para resgatar os israelitas e trazê-los para uma montanha onde todos eles são convidados para um relacionamento de aliança com Deus Eles recebem 613 termos do relacionamento, diretrizes para se tornar novos tipos de humanos que representarão fielmente Deus ao mundo. Moisés corrobora todo esse negócio porque ele é incrível.

Ele é o profeta final que fala a palavra de Deus para Israel. Ele é um sacerdote que os representa diante de Deus e ele é chamado de rei, Líder e libertador de Israel em tempos de necessidade. Mas à medida que a Torá avança, os israelitas fracassam, grande momento. Eles violam a aliança e até mesmo Moisés se ‘rebela’ contra Deus [Quando ele bate duas vezes na rocha]. Na verdade, a Torá termina com Moisés prevendo que o fracasso de Israel continuará como eles voltam para a Terra Prometida. E eles vão acabar no exílio mais uma vez.

Mas ele tem esperança de que Deus cumpra sua promessa de resgatar Israel. Um dia ele cobrirá seus fracassos, curará seus corações egoístas para que possam verdadeiramente amar a Deus e viver. E então, Moisés morre. As sentenças finais do rolo da Torá são surpreendentes. Eles avançam no tempo e ouvimos dos escribas proféticos que moldam o TaNak. Eles refletem sobre a história de Moisés de seu ponto de vista. Eles nos dizem que nunca mais na história de Israel surgiu um profeta como Moisés. Cara, eu gostaria que outro profeta-sacerdote-rei como ele aparecesse. Com isso, nos movemos para o Nevi’im.

Tem duas sub-coleções. Primeiro, os antigos profetas. Quatro trabalhos narrativos sobre a história de Israel na Terra Prometida, contada a partir da perspectiva posterior do profeta. As coisas começam bem com a liderança de Josué. Nos dizem que ele é bem sucedido porque ele é como Moisés. E ele medita nas Escrituras dia e noite.

Mas, eventualmente, até Josué falha começando a longa e violenta descida de Israel para a auto-destruição, assim como Moisés e a história do jardim anteciparam. Essas histórias concentram-se principalmente no fracasso dos reis, profetas e sacerdotes de Israel, como eles mentem, trapaceiam, matam uns aos outros e adoram ídolos. É basicamente um replay mais longo e sangrento dos fracassos dos ancestrais. Mas existem alguns pontos brilhantes. Deus reafirma sua promessa de aliança de abençoar a humanidade através de um novo humano. Será um rei da linhagem de Davi.

Você tem algumas histórias sobre pessoas como David ou Salomão quem tem momentos como Abraão quando eles confiam em Deus Mas isso nunca dura. Você não sabe, a família de Abraão acaba exatamente onde eles começaram, conquistado e exilado na Babilônia. Mas lembre-se, toda essa história está sendo contada a partir da perspectiva posterior do profeta. Eles sabem que o exílio não é o fim. Então, eles projetam essas histórias do passado de Israel como ponteiros para sua esperança futura. Quando Deus resgata seu povo da Babilônia,

ele enviará aquele novo rei que será como Moisés, Davi e Salomão em seus bons dias. Na verdade, é disso que se trata a segunda parte do Nevi’im, o último profeta. Existem 3 grandes e 12 curtas obras ligadas a profetas específicos. Este projeto intencionalmente lembra os 3 mais 12 ancestrais do Genesis cujas histórias de fracasso continham as sementes da esperança. Estes pergaminhos proféticos são carregados com referências cruzadas que se ligam de volta à narrativa da Torá e dos Profetas e levam a história adiante.

O trabalho dos profetas de Israel era ser como Moisés, acusar o antigo Israel de fracasso e corrupção, e para avisá-los sobre o resultado iminente: o grande Dia do Senhor, que terminou com derrota e exílio na Babilônia. Mas os profetas também prometeram que Deus tinha um propósito: para purificar seu povo e recriar um novo Israel que seria fiel como Abraão era. Eles viverão em um novo relacionamento de aliança com Deus sob o reinado daquele governante prometido que é descrito como um novo Moisés, mas chamado pelo nome de Davi. Ele será o único a restaurar as bênçãos de Deus para o mundo inteiro. A conclusão do Nevi’im é como a Torá. Há uma nota dos escribas proféticos do TaNak. Eles refletem sobre toda a história até agora. Eles conclamam os leitores a antecipar a chegada de um novo profeta semelhante a Moisés, que eles chamam de “Elias”. Ele anunciará a chegada do Deus de Israel para purificar e salvar seu povo.

A partir daqui, passamos para a terceira e última sub-coleção do TaNaK, o Ketuvim, uma coleção diversificada de pergaminhos. Cada um foi projetado para ligar de volta os principais temas da Torá e dos Profetas e desenvolvê-los ainda mais através de uma elaborada tapeçaria de referências cruzadas. Por exemplo, o pergaminho dos Salmos é introduzido por dois poemas que são coordenados para o início da Torá e dos Profetas. No primeiro Salmo, encontramos o Justo que é descrito como um novo Josué, um líder de sucesso que medita nas Escrituras. Ele é como o rei prometido por Moisés. E ele é como a eterna árvore da vida no Jardim do Éden.

O Salmo 2 então identifica esta figura: é o rei prometido, o filho de Deus da linhagem de Davi quem vai derrotar o mal entre as nações e restaurar a bênção de Deus para o mundo. O resto do rolo dos Salmos ensina o povo de Deus a orar enquanto esperam por essa esperança futura. Depois, há os pergaminhos de sabedoria que abordam algumas das questões mais difíceis levantadas pela história da Torá e dos Profetas.

Então Provérbios soa como Moisés na Torá: confie em Deus, seja fiel e obediente, e você terá paz e sucesso. Mas então, Eclesiastes e Jó refletem sobre a complicada história de Israel e dizem: “Sim, nós tentamos isso, e não é tão simples assim.” Estes três livros continuam uma conversa profunda sobre o que significa viver com sabedoria no mundo bom e muitas vezes confuso de Deus.

Dois dos últimos livros do TaNaKh a serem escritos dão uma contribuição crucial. O rolo de Daniel relembra a longa história do fracasso e sofrimento de Israel como uma estranha porta de esperança para um novo futuro para o mundo. Um dia, aquele novo humano prometido na Torá e nos Profetas chegará. Ele será espezinhado pelas inclinações animalescas da humanidade para o mal. Mas então Deus irá vindicá-lo e criá-lo para governar o mundo em poder divino.

Finalmente, o rolo de Crônicas reconta toda a história do TaNaK, desde o início até o retorno de Israel do exílio. O autor se concentra na promessa de Deus a Davi de um futuro rei que reunirá o povo de Deus em uma nova Jerusalém e trará a bênção divina para as nações. As linhas finais do pergaminho do Chronicles foram coordenadas com textos-chave de todo o TaNaK. Eles mantêm viva a esperança de um retorno final do exílio, apontando para a chegada de um israelita cujo Deus está com ele para que ele possa subir e restaurar a nova Jerusalém.

É assim que a história termina. O TaNaK é uma coleção de antigos pergaminhos hebraicos projetada majestosa e intencionalmente. Estes textos diversos de todos os períodos da história de Israel foram entrelaçados como uma história unificada sobre a promessa da aliança de Deus a Israel e a toda a humanidade. Eles foram feitos para uma vida inteira de leitura e reflexão como estas palavras humanas notáveis ​​oferecem uma palavra divina de sabedoria e esperança futura que ainda fala hoje.

PS: Se você entende inglês, pode assistir ao vídeo de onde este texto foi tirado.

Proteção e Prisão

Todo criminoso precisa responder por seus atos. A prisão tem duas finalidades. Penalizar o criminoso e o proteger da vingança. A liberdade é o bem maior. Não sabemos bem o que é até que a perdemos. Por isso, confinar uma pessoa na prisão é um dos castigos mais duros. O mesmo poder que prende tem a responsabilidade de cuidar da vida e bem estar do criminoso garantindo-lhe o direito à vida. Claro que o crime pode ter a consequência de penalidade de morte por inúmeros motivos a que se expõe quem cometeu o crime, mas esta é outra questão.

O Velho Testamento prescreve que quem pecou merece morrer, mas ninguém quer morrer. Então deve arcar com as consequências. Os sacrifícios substituíram a vida do transgressor até que não fosse mais possível se justificar daquela forma. O Velho Testamento era proteção e prisão.

“Mas, antes que chegasse o tempo da fé, nós éramos prisioneiros da lei, até que fosse revelada a fé que devia vir” (Gl 3:23 – NTLH).

Paulo, o escritor da carta aos gálatas, desenha aqui um quadro verbal sobre a fé. Ele destaca um tempo em qual a fé ainda não tinha chegado. Os judeus, neste tempo antes que viesse a fé, estavam sob a tutela ((Tutela é o direito que uma autoridade recebe para zelar por um indivíduo menor de idade)) da lei. Se uma criança perde os pais, um parente ou responsável pode pegar a tutela da criança. Tutela é a guarda, a responsabilidade o encargo dado a alguém para cuidar da pessoa e dos bens de um menor. Os judeus estavam guardados, protegidos pela lei, isto é, pelo Velho Testamento. Também estavam presos debaixo da lei. Esta era a condição dos judeus debaixo da lei, ao mesmo que a lei os protegia, os aprisionava. E por que estavam nesta condição? O próprio texto é o melhor intérprete de si mesmo, e o texto responde: “…para essa fé que de futuro haveria de revelar-se” (JFA-RA). Eles estavam sendo protegidos e aprisionados pelo Velho Testamento para que chegassem á fé que os aguardava no futuro.

“De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl 3:24).

O Velho Testamento dos judeus serviu de aio. Outra vez olhe no próprio texto para compreender o significado da palavra aio. Qual o papel do aio? Conduzir. Utilizando-me novamente de uma paráfrase simples, temos como resultado o seguinte: “O Velho Testamento serviu de guia para conduzir a Cristo…”. E por que foi tão importante o Velho Testamento guiar até Cristo? O texto bíblico, como sempre, tem a resposta: “…para que fossemos justificados por fé”. Jesus é a fé, Ele é o autor e consumador da fé (Hb 12:2).

“Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio” (Gl 3:25)

Agora que Jesus, a nossa fé, já chegou, não precisamos ficar subordinados ao guia (Velho Testamento). Quem já encontrou a Jesus Cristo, mesmo que através do Velho Testamento, não está mais subordinado ao Velho Testamento. Muitos judeus creram ser Jesus o Cristo por examinarem as Escrituras. As Escruturas sempre apontaram para Jesus ((Jesus indicou ser Ele a chave para compreensão de toda a Escritura Sagrada (Lc 24:44,45ç Jo 5:38). Os de Beréia foram chamados de “nobres” por receberem a palavra com avidez e por examinarem as Escrituras todos os dias para ver se era, de fato, segundo a pregação de Paulo (At 17:11).)). Por exemplo: se você pega um táxi para chegar em casa, depois de pagar a tarifa, o táxi ainda fica atrás de você ou fica te esperando? Você tem que ficar subordinado ao táxi toda vez que precisar sair de casa? Não, ele cumpriu o seu objetivo e não é mais necessário até uma próxima vez que você precise chegar a algum outro lugar, se quiser usá-lo. Você já navegou num barco? Bem, mesmo que não tenha nunca navegado num barco você conhece o princípio. Ele flutua sobre a água e você fica dentro dele.

Imagine, então, que você e toda sua família estão perdidos em alto mar num navio. Dentro do navio tem tudo que vocês precisam para sobreviver por um bom tempo. Você gostaria de continuar vivendo naquele navio para o resto da vida? Claro que não! Você vai querer sair de lá um dia. Mesmo que você soubesse nadar, você pularia fora do navio em alto mar? É lógico que não! Afinal, mesmo que você esteja aprisionado você está protegido lá. Mas para sair do navio você precisa encontrar um lugar seguro, pelo menos uma ilha. Agora que o barco te conduziu até à ilha, você conhece o princípio da navegação, você e sua família tomam o navio nas costas e o carregam para o resto da vida, certo? Claro que não! Mas o que fazer com o navio que os levou até lá? Que tal afundá-lo? Por que afundá-lo? Não, você não precisa afundá-lo. Você o ancora e se liberta do navio. Toda vez que você estiver passeando livre em terra firme e voltar para onde eles está ancorado, mesmo que traumatizados não vão querer mais voltar a navegar nele, vocês vão lembrar que, se não fosse aquele navio vocês estariam perdidos e nunca teriam chegado à terra firme e segura. O navio é como o Velho Testamento, ele leva até um lugar seguro, terra firme. Este este lugar seguro é Jesus, você está livre nEle e não vai querer voltar novamente a ficar perdido na Lei. “Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio”.