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EM JESUS TUDO SE FAZ NOVO – O EVANGELHO DE LUCAS

“Também lhes contou uma parábola: — Ninguém tira um pedaço de uma roupa nova para colocar sobre roupa velha; pois, se o fizer, rasgará a roupa nova, e, além disso, o remendo da roupa nova não combinará com a roupa velha.

E ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque, se fizer isso, o vinho novo romperá os odres, o vinho se derramará, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos.” – Lucas 5:36-38

Em resposta à crítica dos fariseus ao fato dos discípulos de Jesus não jejuarem, o Senhor conta a parábola do pedaço de pano novo costurado sobre uma roupa velha e do vinho novo derramado em odres velhos.

Costurar uma roupa nova sobre uma roupa velha, após a lavagem, fará a roupa nova esticar e estragar a velha. Colocar vinho novo em odres velhos, que seriam vasilhas segundo a NVI, fará com que, ao fermentar o vinho, em razão da falta de flexibilidade das vasilhas velhas, estas se rompem.

O ensino aqui é a impossibilidade de juntar a nova aliança (mosaica e todo o sistema do Velho Testamento) com a nova aliança inaugurada pelo derramamento do sangue de Jesus (Lucas 22:20).

A igreja teve bastante dificuldade em entender essa mensagem de Jesus nos seus primeiros anos. Pois tentou aliar as duas alianças exigindo dos novos convertidos, especialmente dos não judeus, a guarda do sábado e especialmente a prática da circuncisão (Atos 15:1).

Há menções a isso em vários livros do Novo Testamento e, em dois deles, especialmente a carta de Paulo aos romanos e aos gálatas, este último, o assunto é dessa impossibilidade mostrada por Jesus na mistura das duas alianças.

“Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.” – Romanos 10:4

“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que Cristo morreu em vão.” – Gálatas 2:21

Porém, até hoje tenta-se costurar pano novo em roupa velha e colocar vinho novo em odres velhos. No mundo religioso há as religiões especializadas em enfatizar a guarda do sábado. Mas não está restrito a esse grupo. O mundo evangélico, em geral, tenta fazer um “sincretismo” entre a velha e a nova aliança. A maioria desses grupos exigem, por exemplo, o dízimo, algo pertencente à roupa e ao vinho velhos. 

Há ainda aqueles que utilizam elementos do Velho Testamento como a arca da aliança, um lugar santo de adoração, até o templo de Salomão foi recriado, roupas especiais para os “sacerdotes especiais”, algo inaceitável na nova aliança que transformou todos os seguidores de Jesus em sacerdotes (1 Pedro 2:9 e Apocalipse 1:6.

Finalmente, há ainda a adoração com instrumentos musicais, também extraídos da antiga aliança, pois inexistente na nova e as campanhas alusivas a acontecimentos anteriores à lei de Cristo como, por exemplo, os 21 dias de jejum de Daniel.

Por isso a igreja do Senhor deve ficar longe de tudo isso e reafirmar que a nova aliança que Jesus trouxe é muito diferente daquela que Deus entregou ao povo de Israel por meio de Moisés no Monte Sinai, mas que tinha prazo de validade. Há até um livro no Novo Testamento, a carta aos Hebreus, escrito para dizer que tudo no novo concerto é superior ao antigo.

“Mas agora Jesus obteve um ministério tanto mais excelente, quanto é também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda aliança.” – Hebreus 8:6-7

Que valorizemos e preguemos o poder da simplicidade do evangelho de Jesus, poderoso não para apenas remendar, mas transformar a vida daqueles que o aceitam, purificando-os para viver nas regiões celestiais.

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” – Romanos 1:16