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Conversa Com Demônios

conversa com demonios

Dois demônios estavam conversando.
– “Onde é que a gente vai hoje?” Perguntou o primeiro.
– “Ah, vamos numa igreja onde a gente não foi ainda.”
– “Que tal a igreja de Cristo?” Respondeu o segundo.
– “Não dá. Lá está fechado para nós. Não lembra? Jesus disse que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja dele,” lembrou o primeiro demônio.
– “Já sei, então.” Falou entusiasmado o segundo. “Vamos naquela igreja lá onde deixam a gente falar no microfone.”

Seria muito mais engraçado se não fosse espiritualmente trágico. Este é o quadro pintado como caricatura por esta piada. Sobre o mundo religioso. Uns acreditam que existe ainda expulsão de demônios. E vão esperando ver um grande espetáculo de exorcismo. Uma minoria prefere acreditar que Jesus já venceu e que Satanás não tem lugar na igreja de Deus. De que lado você está?

A Bíblia é enfática. O diabo e seus demônios são mentirosos. E neles não há verdade.

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8:44)

“O que nos últimos dias esse espírito falaria e ensinaria mentiras. Por isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os espíritos é uma religião perigosa e antibíblica.

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Tm 4:1)

Devemos seguir o exemplo de Jesus, Ele, de fato, expulsava os demônios, mas na ficava enaltecendo algum poder ou influência que ele tinha sobre alguém. Vejamos como ele tratava os demônios:

“Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem” (Mc 1:25)

Jesus não dava lugar para o demônio, não o entrevistava. A Bíblia é a nossa fonte de referência e única autoridade religiosa. A Bíblia não fala nada de despacho, descarrego, trabalho contra ou a favor de alguém, espiritismo, etc. Basicamente, a Bíblia não abona essas práticas porque simplesmente não existem, são invenções de homens que estão longe de Deus. O que existe, afinal, é a atuação de Satanás. Quanto mais as pessoas acreditarem nisso tudo, melhor para a propaganda do  trabalho de satanás. O objetivo dele é causar medo nas pessoas e os seus agente lhes dão espaço nos púlpitos de suas denominações.

Sendo a Bíblia a autoridade, precisamos saber que a vida precisa mudar e não a palavra de Deus.

“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa” (Mt 12:43-45)

Se você já foi libertado do pecado e das garras do diabo, preencha a sua vida com uma vida nova, isto é, a vida de Cristo no seu corpo. Você já deve ter assistido pela televisão ou até mesmo ter visto pessoalmente supostos exorcismos. É claro que o que eles querem é mostrar fatos, te amedrontar, mas você não recebeu espírito de medo e sim o Espírito Santo. Agora, pense comigo, qual tem maior valor? Um exemplo humano ou a palavra de Deus? Precisamos conhecer e comparar toda a experiência religiosa com Jesus e as palavras inspiradas pelo Espírito Santo as apóstolos e discípulos, isto é, o Novo Testamento. Quem pratica exorcismo pensando em Jesus deve saber que Jesus nunca foi exorcista. Jesus não ficava fazendo entrevistas com os demônios para provar o seu poder. Jesus tem poder, e quem duvidava? Muitas vezes Ele não fez milagres que pediram. Já quem faz entrevista com o demônio está querendo provar alguma coisa ou tem um contrato de exclusividade com ele.

Na igreja de Cristo, Satanás não é convidado para o culto. Por isso mesmo que você nunca vai vê-lo sendo expulso de alguém. Afinal de contas, quem está em Cristo nova criatura é.

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1)

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (5 Co 5:17)

Satanás já foi expulso e, no batismo,  o Espírito Santo passou a viver no corpo do discípulo de Cristo. Satanás não se manifesta na vida de alguém que esteja dentro da igreja, que esteja ligado à Cristo e só está na igreja (não no prédio) quem está em Cristo. No entanto, não importa o lugar, onde estivermos reunidos lá um lugar santo. Jesus está ali. Foi Ele quem disse:

“Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20).

Jesus não divide louvor ou atenção com satanás. No tempo de Jesus, de fato havia possessão demoníaca, mas como e por que? Era a luta de Satanás para aparecer e comparar o seu poder com Deus. Então, enquanto Jesus era Deus em carne e osso, possessão demoníaca era satanás encarnado. Satanás queria desafiar Jesus através da presença física. Ele não queria que Jesus tivesse todo o poder e atenção. Ele queria desviar um pouco para si mesmo. Porém, como já sabemos, Jesus foi vitorioso. Deixemos Jesus ser vitorioso também em nossas vidas e não demos lugar ao diabo (Ef 4:27-29).

Certa feita, um grupo de seminaristas foi fazer uma prova de uma única questão. Fale sobre Deus e sobre o diabo. Foi lhes dado aos alunos 60 minutos para responder. Um deles pegou uma folha e começou a escrever sobre Deus. Dissertou sobre suas maravilhas, sua obra, seu filho, sobre a salvação. E o fez de maneira tão apaixonada que não atentando para o relógio, passaram-se 59 minutos. Quando o professor alertou que faltava apenas um minuto, o jovem escreveu no rodapé da página. Fiquei tão envolvido com Deus que não tive tempo para Satanás. Apesar de não ter cumprido o que lhe foi solicitado, sua dissertação foi considerada a melhor de todas.

Façamos como este estudante. A vida é uma prova também. Fiquemos envolvidos totalmente com Deus e não demos tempo para Satanás. Jesus falou sobre este tipo de religioso que dá mais importância às coisas do que às almas.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23:15).

QUANDO DESANIMADOS, VOLTEMOS ÀS ESCRITURAS

QUANDO DESANIMADOS, VOLTEMOS ÀS ESCRITURAS

“Naquela mesma hora, Jesus curou muitas pessoas de doenças, de sofrimentos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.

Então Jesus lhes respondeu: — Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho.

E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.” – Lucas 7:21-23

No texto da semana passada vimos que parece que João Batista ficou na dúvida se Jesus seria mesmo o Messias prometido. Ele fez a seguinte pergunta: “Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?” – Lucas 7:19

Talvez a ideia que João tinha sobre Jesus fosse a expectativa da maioria: um líder político que libertaria o povo de Israel do jugo romano. A própria prisão do profeta poderia tê-lo deixado frustrado e desanimado. Algo que pode acontecer conosco também.

A resposta de Jesus chama muito a atenção: realiza várias curas e cita textos do profeta Isaías (35:5-6 e 61:1) que apontavam a sua missão de pregar o evangelho do reino.

Jesus age com João da mesma maneira que agiu com o diabo. Não fica discutindo, mas cita as Escrituras. Ele parece querer abrir os olhos de João para que o profeta volte às Escrituras Sagradas e amolde-se a ela. Não é por menos que ele também voltará a Malaquias 3:1, texto que descreve a própria missão do Batista.

Costumo dizer que a Bíblia são as lentes de Deus para vermos a realidade quando nossa visão física embaça nosso discernimento e passamos a olhar tão somente do ponto de vista humano. E quando fazemos isso podemos ficar desanimados, pois parece que o caos e o mal reinam e Deus parece tão distante.

Como exemplo, quero citar o capítulo 4 do livro de Apocalipse. Enquanto aqui na terra parecia que o imperador romano estava no trono, perseguindo a igreja e matando cristãos, Deus mostra a João na visão descrita naquele capítulo a realidade: Deus reinando no trono, tendo Jesus ao seu lado e os 24 anciãos que representam o povo de Deus em todas as épocas reinando em 24 tronos. Ou seja, quem reinava era Deus, mesmo parecendo aos olhos humanos que a grande autoridade era o imperador.

Esse exemplo da frustração de João Batista nos traz uma lição: por mais utilizados que sejamos por Deus, por mais tempo de vida cristã que tenhamos, há momentos que passamos por crises na fé, que ficamos desanimados, pois parece que Deus está tão longe. Aconteceu com pessoas grandemente utilizadas por Deus como o profeta Elias, que parece ter passado por uma grande depressão em razão da perseguição de Jezabel. Leia 1 Reis 17-19.

Nesses momentos precisamos voltar às Escrituras Sagradas para que nossa visão desembace e olhemos do ponto de vista de Deus, amoldando-nos a Ele. 

Sim, Deus reina sempre, mas, em toda a história bíblica isto não significa que não passaremos por perseguições, que às vezes parecerá que o mal reina. Especialmente hoje quando somos bombardeados, com pessoas utilizando a própria Bíblia, para dizer que um cristão fiel não passa por problemas e dificuldades na vida.

Já passou ou está passando por um momento semelhante ao do Batista de desânimo, frustração, com a visão embaçada? Utilize as lentes de Deus, a Palavra, volte a ela e, com certeza, enxergará novamente. E pelas lentes de Deus, até sofremos, mas no final, a vitória é certeza. Daí a importância de conhecermos toda a verdade de Deus, e não apenas parte dela, revelada em Sua Palavra. 

Sabe a razão de todos os dias eu passar tempo na Palavra e escrever essas reflexões? Em primeiro lugar é para alimentar a minha alma, olhar pelas lentes de Deus e reforçar a minha fé. Pois passou também por momentos de desânimo e frustração. E depois, claro, tentar de alguma maneira reforçar a sua fé, querido leitor, que lê essas minhas reflexões diárias há algum tempo publicadas neste portal.

Finalmente, feliz é aquele que não encontra em Jesus e na sua Palavra motivo de escândalo e tropeço.

SERVIR OU SER SERVIDO

SERVIR OU SER SERVIDO

Certamente você já teve um dia em que resolveu almoçar ou jantar fora. Assim que você chega no restaurante já escolhe a mesa, se senta, escolhe o cardápio e, passado algum tempo, o garçom vem trazer o prato que escolheu. Se for um restaurante ou churrascaria com sistema de rodízio, é só sentar na mesa e rapidamente o garçom começa a servir. 

Você já se imaginou chegando nesse mesmo restaurante, mas você sendo o garçom? Ao passar pela porta a dentro do restaurante não passa pela cabeça do garçom que ele vai sentar na mesa e esperar que alguém vá servi-lo, porque esse não é o papel dele ali. O papel dele vai ser o de servir às outras pessoas.

No primeiro exemplo você vai no restaurante para ser servido. No segundo, você vai ao restaurante para servir.

Quero convidar você a pensar nesse exemplo, mas aplicando à igreja. Quando você passa pela porta a dentro do prédio, você está esperando ser servido ou você está lá para servir? Qual é a sua disposição mental e espiritual naquele momento? Servir ou ser servido?

Gálatas 5:13 nos dá essa resposta: –“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. ” Nós devemos ser servos uns dos outros. Quando estamos reunidos como igreja do Senhor, o papel que cada um de nós deve buscar é o de ser servo.

Mas como isso funciona na prática? E esse é um outro problema que encontramos. Colocar aquilo que aprendemos na Bíblia (a teoria) em prática. E a diferença entre essas duas coisas, teoria e prática, é imensa. 

Usemos alguns exemplos práticos. Se formos para a reunião da igreja com a mentalidade de que queremos ser servidos, nós iremos confortavelmente nos sentar nos bancos e esperar que venham nos servir com o que de melhor possam ter. Os melhores hinos, a melhor oração, os melhores louvores, a melhor mensagem, etc. Quando, por qualquer motivo, achamos que não foi isso que recebemos, ficamos reclamando e murmurando como se disséssemos “hoje o culto não foi legal”; “achei que os hinos hoje estavam fracos”; ou ainda “hoje a mensagem não foi tão boa”.

Quando você vai para a reunião da igreja com o sentimento de servir aos irmãos, você começa a enxergar de uma outra maneira. Você começa a pensar “o que eu posso fazer para melhorar isso” ou “como posso ajudar para que aquilo possa ficar melhor”?

É claro que nós devemos sempre buscar o melhor para Deus quando nos reunimos para O adorar e também é claro que sempre vamos esperar o melhor hino, a melhor oração, o melhor louvor, a melhor mensagem. Mas o que me refiro é à atitude de nossos corações quando estamos reunidos. Se achamos que estamos lá só para sermos servidos pelos outros e não para servir aos outros teremos uma visão distorcida de Gálatas 5:13.

E isso se aplica a todo tipo de exemplo dentro do servir. Seja como nos exemplos acima (cantar, orar, ensinar) mas também nas coisas mais simples como na limpeza do prédio, na hora de receber os visitantes, fazer um café para os irmãos, etc.

Sempre haverá uma oportunidade de servir, quando se procura uma. E também sempre haverá uma oportunidade de reclamar do que foi feito, quando estamos no papel de só querer ser servidos. Onde queremos ficar vai depender de cada um de nós. Porém lembre-se das palavras de Jesus em Marcos 10:45: – “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. ”



QUANDO A DÚVIDA QUER ASSALTAR NOSSA FÉ

QUANDO A DÚVIDA QUER ASSALTAR NOSSA FÉ

“Todas estas coisas foram relatadas a João pelos seus discípulos. E João, chamando dois deles, enviou-os ao Senhor para perguntar: — Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?” – Lucas 7:18-19

Esta pergunta de João feita a Jesus sempre me causou certo espanto. Afinal, com certeza, seus pais tinham contado a visita do anjo Gabriel a Zacarias e posteriormente a Maria. Da missão que João teria como profeta do Altíssimo (1:76). Sua mãe deveria ter relatado a alegria que o próprio João, ainda no ventre materno, demonstrara com a visita de Maria grávida.

João também se lembrava de como o Espírito Santo descerá sobre Jesus no momento do batismo, exatamente como a ele fora avisado que aconteceria e desta forma reconheceria o Messias prometido a Israel (João 1:29-34)

Por que, então, João pergunta: “Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?”

Eu creio que a resposta seja a mesma que levou Maria e os irmãos de Jesus irem prendê-lo por pensarem que estava louco (Marcos 3:21). É quase certo que a ideia que Zacarias, Isabel e a própria Maria tinham a respeito da missão de Jesus no mundo fosse apenas local e política: livrar o povo de Deus do julgo romano.

Não é por menos que no cântico de Maria e de Zacarias há menção de livramentos nesse sentido:

“Derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes.” – Lucas 1:52

“Para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam.” – Lucas 1:71

Além disso, pode ser que João pensasse que seu papel no futuro reino de Deus fosse mais importante. A prisão do profeta pode tê-lo deixado confuso e até certo ponto decepcionado, pensando que tinha se enganado quanto ao que pregara aos seus discípulos. Pois o próprio João indicara Jesus para que seus discípulos o seguissem (João 1:35-37).

Essa dúvida de João nos ensina algo importante: há um Jesus que nem mesmo as palavras nas Escrituras captaram totalmente. Há um Jesus que, por mais que estudemos a Bíblia, não compreenderemos na sua totalidade. Isso acontecerá somente no céu (1 João 3:2)

E a maneira de Jesus trabalhar em nossa vida nem sempre compreendemos. Qual a razão para termos momentos de dúvidas e desânimo? Na realidade nunca houve na terra alguém que se aproximou de Deus e compreendesse na total plenitude seu modo de agir.

Vemos dúvidas em diversos profetas como Moisés, Abraão, Elias, Davi, nos homens de Deus no Novo Testamento como Paulo. Até mesmo o próprio Jesus parece ter tido seu momento de dúvidas no Getsêmani.

Paulo entendeu que ainda não conhecia completamente Jesus:

“O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte.” – Filipenses 3:10

Portanto, a dúvida de João deve, até certo ponto, nos ajudar a não nos cobrar demais quanto nossa fé parece vacilar, quando ficamos desanimados e especialmente não entendemos a maneira de Deus trabalhar em nós e através de nós. Às vezes parece que fizemos tudo certinho, dentro do script de Deus, mas o retorno não parece ser aquilo que imaginávamos.

Hoje quero nos chamar a pensar sobre as vulnerabilidades que existem ainda em nossa fé, talvez momentos de desânimos por não compreendermos totalmente a ação de Deus.

No próximo artigo veremos a resposta de Jesus dada a João. E, com isso, tenhamos certeza, o Senhor não nos julgará por causa de nossas dúvidas, podemos, sim, levá-las a Ele. E no momento certo, no tempo oportuno de Deus, seja nesta vida ainda, seja já morando nas regiões celestiais, compreenderemos perfeitamente.

Nosso papel é manter nossa confiança, mesmo em meio aos sentimentos e dúvidas que vem, especialmente quando estamos sofrendo por fazer o que é certo.



JESUS É A RESSURREIÇÃO E A VIDA

JESUS É A RESSURREIÇÃO E A VIDA

“Chegando-se, tocou no caixão e os que o estavam carregando pararam. Então Jesus disse: — Jovem, eu ordeno a você: levante-se!

O que estava morto sentou-se e passou a falar; e Jesus o restituiu à sua mãe.” – Lucas 7:14-15

O milagre da ressurreição do filho de uma viúva na cidade de Naim é relatado somente por Lucas.

Há um hino chamado “Cristo tem poder” que faz menção a esse acontecimento: “Na cidade de Naim estava uma mulher chorando, seu filho ia ao túmulo e o povo carregando, Jesus parou o enterro e o povo reprovou, Jesus chamou o morto e o morto levantou”

De fato, grande demonstração do poder de Deus a ponto das pessoas falarem: 

“Grande profeta se levantou entre nós. Deus visitou o seu povo.” – Lucas 7:16b

Claro que Jesus é mais que um grande profeta e no decorrer do evangelho as pessoas iriam perceber isso.

Esse milagre lembra a ressurreição do filho de uma viúva realizado pelo profeta Elias e relatado em 1 Reis 17:17-24.

Sim, Deus tabernaculou, isto é, desceu do céu e habitou entre seu povo (João 1:14) e as ressurreições que Ele realizou são apenas um aperitivo daquilo que Ele fez e fará com todos os seus seguidores.

Após crermos, nos arrepender e confessar Jesus como Senhor também passamos pelo milagre da ressurreição no ato do batismo:

“Fomos sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida.” – Romanos 6:4

E no último dia, o Dia do Juízo Final, o Senhor Jesus, como fez com aquele jovem, chamará a todos que estão no túmulo. E nosso destino vai depender se antes já havíamos ressuscitado quando descemos às águas do batismo. Passaremos por duas ressurreições.

“Não fiquem maravilhados com isso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a voz dele e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” – João 5:28-29

Tudo isso porque, mais que um profeta, Jesus é Deus encarnado, a ressurreição e a vida, conforme Ele mesmo diz:

“Então Jesus declarou: — Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” – João 11:25

Aquele jovem ressuscitou, mas voltou a morrer. Nós, seguidores de Jesus, um dia ressuscitaremos para nunca mais morrer, mas vivermos a eternidade ao lado de Jesus.

Que esta realidade nos anime a viver em fidelidade todos os dias, aguardando a volta do Senhor Jesus.

“O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte, para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.” – Filipenses 3:10-11

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

“Então Jesus foi com eles. Quando Jesus já estava perto da casa, o centurião enviou-lhe alguns amigos, dizendo: — Senhor, não se incomode, porque não sou digno de recebê-lo em minha casa. Por isso, não me julguei digno de ir falar pessoalmente com o senhor; porém diga uma palavra, e o meu servo será curado.” – Lucas 7:6-7

“E, quando os que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o servo curado.” – Lucas 7:10

Hoje falarei ainda um pouco sobre o centurião. No artigo da semana passada eu destaquei o quanto o amor desse homem por seu servo e pela comunidade judaica tinha atraído sobre ele o respeito e a consideração dos líderes judaicos.

No texto de hoje vemos o quanto esse homem era humilde. No pensamento judaico do primeiro século, uma pessoa entrar na casa de outra era um ato de grande valorização. Essa é a razão, por exemplo, de Zaqueu não ter convidado Jesus para entrar em sua casa, foi o próprio Jesus quem se convidou (Lucas 19:1-10). Hoje o pensamento é inverso, nós esperamos ser convidados e isso para nós representa valorização e respeito.

Imagino alguém dizendo para o centurião romano: “O Mestre está vindo em nossa direção”. O centurião deve ter ficado aflito, pois já não tivera coragem de ir falar pessoalmente com Jesus e agora este vinha ao seu encontro. Por isso mandou os seus servos dizerem o quanto se sentia indigno que o Senhor entrasse em sua casa.

Essa é a maneira correta de nos apresentarmos diante de Deus, de nos aproximarmos dele. Somos indignos, pecadores, quanto mais nos conhecemos e conhecemos a santidade de Deus, mais devemos nos sentir indignos da presença e do favor do Senhor. É ser “pobre de espírito” (Mateus 5:3) e “chorar pelos nossos próprios pecados” (Mateus 5:4). Uma pessoa assim torna-se feliz porque é gente assim que é trabalhável nas mãos de Deus.

Muito diferente da atitude futura do fariseu que convidou Jesus para ir em sua casa:

“E, voltando-se para a mulher, Jesus disse a Simão: — Você está vendo esta mulher? Quando entrei aqui em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; esta, porém, molhou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me recebeu com um beijo na face; ela, porém, desde que entrei, não deixou de me beijar os pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas esta, com perfume, ungiu os meus pés.” – Lucas 7:44-46

O fariseu não deu o mínimo tratamento que se esperava que desse a um hóspede que aceita entrar na casa. Já o centurião sentiu-se indigno de receber Jesus em casa. Além de sentir-se indigno, o centurião tinha tanta fé em Jesus que sabia que apenas uma palavra do Mestre seria suficiente para curar o seu servo. Foi uma fé que deixou o próprio Senhor Jesus admirado.

O resultado foi a cura do seu servo. É o que ocorrerá conosco de maneira completa se nos aproximarmos de Deus desta maneira: com humildade, entendendo que somos indignos do seu amor, mas confiantes de que o Senhor é poderoso para fazer infinitamente mais do que pensamos e pedimos, conforme o seu poder que age em nós (Efésios 3:20).

De longe, sem pronunciar uma palavra sequer, Jesus curou o servo do centurião, possivelmente apenas através do seu pensamento. É este Jesus que seguimos hoje, poderoso, que vive para interceder e cuidar de nós (Hebreus 7:25).

A FORÇA DO AMOR

A FORÇA DO AMOR

“E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte.

Quando o centurião ouviu falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo.

Estes, aproximando-se de Jesus, lhe pediram com insistência: — Ele merece a sua ajuda,

porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo construiu a nossa sinagoga.” – Lucas 7:2-5

A história do pedido de centurião para que Jesus curasse seu servo é uma história, em minha opinião, terna e com boas lições.

Algo interessante é que, na Bíblia, os centuriões que são citados, quase sempre são pessoas boas e justas, começando pelo relatado no texto de hoje. 

Mas, vejamos outros:

Após a morte de Jesus, o centurião que guardava os crucificados, disse a respeito de Jesus: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.” (Marcos 15:39). Cornélio, o primeiro convertido a Jesus entre os romanos, era um centurião a respeito do qual a Bíblia diz: “Era piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, fazendo muitas esmolas ao povo e orando sempre a Deus.” (Atos 10:2). É também um centurião quem salva Paulo da morte na viagem à Roma, não somente salvando sua vida, mas de todos os demais presos (Atos 27:43). 

O centurião (que é muito mais que um “capitão”), liderava uma tropa de elite, tendo sob o seu comando um grupo de cem homens altamente treinados e obedientes, dispostos a tudo.

Voltando ao relato do texto, chama-me a atenção o quanto o amor une as pessoas. Amor aqui significa atos de bondade e cuidado pelo próximo, não o mero sentimento.

O centurião era respeitado pelos líderes judaicos, algo não comum na época, já que ele representava o dominador, o império romano. Mesmo assim, os líderes judaicos vão interceder junto a Jesus e dizem, em outras palavras: “Ele é um bom homem, que ama nosso povo e ajudou a construir nossa sinagoga. Por favor, ajude-o”. 

O amor é a melhor forma para se conquistar alguém. Por isso, a força de um seguidor de Jesus para influenciar pessoas está no amor que demonstra por elas. A força das armas e a violência dominam as pessoas apenas exteriormente, enquanto o dominador está presente. O amor influencia interiormente, mesmo com a pessoa de longe. Alguém já disse: “Me ame e faça o que quiser comigo”.

Também é digno de elogio a preocupação do centurião para com o seu servo. Numa época em que os escravos eram tratados como mercadorias, isto é, facilmente substituíveis, chama a atenção o quanto o centurião estimava seu servo e desejava que ele recuperasse a saúde.

Ainda quero destacar que os líderes judaicos pediram a Jesus com insistência que atendesse ao centurião, mostrando mais uma vez o quanto aquele homem era respeitado pela comunidade local.

Este texto faz-me lembrar do que Paulo diz na sua carta aos efésios:

“Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade.” – Efésios 2:14

Sim, a história do centurião (dominador), seu servo (escravo) e os líderes judaicos (dominados), numa época em que na maioria das vezes seriam inimigos, por causa do amor demonstrado pelo centurião, mostra pessoas que querem bem umas às outras. 

O centurião ama o seu servo e intercede por ele perante os líderes judaicos. Estes amam o centurião e intercedem por ele ao Senhor Jesus. Não é isso uma reprodução do que ocorreria na igreja de Jesus: pessoas diferentes, de origens diferentes, inicialmente até hostis, podem se aproximar buscando o bem uma da outra?

Que qualquer influência que venhamos a ter sobre alguém não seja por força ou violência física ou de palavras duras, mas que nossa força para influenciar esteja na nossa motivação de amar a Deus, amando ao nosso próximo, em especial nossos irmãos em Cristo. 

O amor deve ser o motivo para evangelizarmos. A pessoa deve perceber que não queremos o dinheiro dela, nem mesmo dominá-la, mas apenas levá-la ao senhorio de Jesus. Que somos dominados pelo amor de Cristo (2 Coríntios 5:14) e isto nos motiva a insistirmos em falar com elas sobre nosso Mestre. 

“Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos

e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” – 2 Coríntios 10:4-5.

CONHECENDO CRISTO PESSOALMENTE

CONHECENDO CRISTO PESSOALMENTE

No livro de João, no capítulo 4, encontramos a história da mulher samaritana. Após o diálogo que teve com Jesus ela vai voltar e contar ao povo tudo que ouviu do Mestre sobre sua vida e sobre seu passado. 

Ao chegar à cidade ela vai ao povo e diz que havia encontrado um homem que havia dito tudo sobre a vida dela (versículo 29), fazendo com que aqueles homens, movidos pela curiosidade, vão se encontrar com Jesus.

Logo mais à frente no versículo 39 lemos que muitos dos homens que foram se encontrar com Jesus agora passam a crer nele, pedindo que Jesus ficasse com eles na cidade, o que ele atende ficando por 2 dias.

No versículo 42 encontramos a declaração desses homens que agora dizem: –“agora não é mais por causa do que você falou que nós cremos, mas porque nós mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.

Encontramos essa mesma ideia no capítulo 1 de João quando dois dos discípulos de João, ao encontrarem Jesus e perguntaram onde ele ficava, ouviram como resposta: –“vinde e vede” (v. 39). 

Nesses dois casos algo acontece que chama nossa atenção. Nos dois casos há um primeiro contato, ainda superficial, sem aprofundamento. Depois, ao se ter mais contato e buscar uma proximidade pessoal, podemos ver a mudança de atitude e de pensamento, agora sendo expresso no desejo de se conhecer a Cristo profundamente e, após isso, reconhecer toda Sua majestade e poder. 

Tanto aqueles homens samaritanos quanto aqueles dois discípulos tiveram esse processo de aproximação e logo após só lhes restava renderem-se a Jesus, vendo a importância daquele homem e de seus ensinos a ponto de mudarem de vida totalmente.

Não existe outra opção para a pessoa que, sendo sincera e honesta consigo mesma, conhece a Cristo e Suas palavras. Toda sua vida, todo seu proceder anterior e tudo aquilo que pensava se transforma radicalmente, e não porque ouviu falar de Cristo, mas sim porque se dedicou a ter um contato íntimo, ter seu coração transformado.

Nosso Senhor tem por característica principal a capacidade de fazer com que corações sejam completamente transformados, vidas sejam mudadas, pensamentos sejam virados do avesso. A pessoa que tem sua vida tocada por Cristo sabe que não pode mais ser o que era antes. Não há a menor possibilidade de alguém que, tendo ouvido o Mestre, permaneça como era antes. 

E não por causa do que os outros têm a dizer, mas por uma experiência própria e pessoal. As palavras de Paulo em Gálatas 2:20 passam a fazer todo sentido: –

“logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. ”

A mulher samaritana e João foram os meios pelos quais aquelas pessoas puderam ouvir sobre Cristo pela primeira vez, mas foi a decisão de cada um deles em buscar a Cristo de uma maneira pessoal e particular que lhes possibilitou o conhecimento da vontade de Deus para a vida deles e a decisão de aceitar Jesus. Nós podemos também ser esse meio através do qual pessoas podem ouvir sobre Jesus e é nosso papel de discípulos fazermos isso, mas essas pessoas só poderão ter suas vidas transformadas a partir do momento que se permitem conhecer esse Jesus intimamente, deixando que Ele as transformem.

Se você já teve esse contato inicial com Cristo e se permitiu conhecer intimamente, tenho certeza que concorda comigo. E agora não se esqueça que você pode ser esse meio que as pessoas precisam para conhecer a Cristo, mesmo que superficialmente em princípio. 

O segundo passo é o próprio Cristo quem fará! 

O PADRÃO DE JESUS É ALTO – O EVANGELHO DE LUCAS

O PADRÃO DE JESUS É ALTO

“Digo, porém, a vocês que me ouvem: amem os seus inimigos, façam o bem aos que odeiam vocês. Abençoem aqueles que os amaldiçoam, orem pelos que maltratam vocês. Ao que lhe bate numa face, ofereça também a outra; e, ao que lhe tirar a capa, deixe que leve também a túnica.” – Lucas 6:27-29

O padrão de Jesus para a maneira de viver dos seus discípulos é alto e revolucionário. Na verdade, inverte o padrão do mundo sem Deus.

Em textos anteriores Jesus elogia os pobres, os que passam fome e os que choram porque serão enriquecidos, saciados e terão a alegria que vêm de Deus.

Agora o Senhor Jesus afirma que seus seguidores amam e abençoam os seus inimigos, não praticam retaliação com aqueles que lhes fazem mal.

Foi algo presente primeiro na vida do próprio Senhor Jesus e relatado somente por Lucas:

“Mas Jesus dizia: — Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, para repartir as roupas dele, lançaram sortes.” – Lucas 23:34

Posteriormente Lucas mostra essa mesma atitude em Estêvão, o primeiro discípulo de Jesus morto em razão de sua fé:

“Então, ajoelhando-se, gritou bem alto: — Senhor, não os condenes por causa deste pecado! E, depois que ele disse isso, morreu.” – Atos 7:60

Estas palavras de Estêvão foram ditas enquanto ele era apedrejado por seus opositores, entre eles Saulo, futuro apóstolo Paulo (Atos 7:58)..

Depois é o próprio Paulo quem repete esse ensino do Mestre:

“Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem.” – Romanos 12:14

Comentando a instrução “Ao que lhe bate numa face, ofereça também a outra.”, penso que poucas vezes passamos literalmente por essa situação. Eu mesmo, apenas uma vez passei por isso e lamento não ter obedecido a ordem de Jesus.

No entanto, diariamente, passamos por situações em que somos desafiados a oferecer a outra face. E a maioria das vezes não é exatamente com inimigos, mas até mesmo com pessoas que amamos como, por exemplo, nosso cônjuge. É oferecer a outra face ao não respondermos aquele insulto ou crítica ou mesmo não darmos um “gelo” a quem faz algo que nos magoa. É não termos uma lista mental de pessoas e colocarmos nela para fim de retaliação, aqueles que, de alguma forma, nos prejudicaram.

Qual é a razão de deixarmos a vingança nas mãos de Deus? A mesma razão que levou Jesus a não revidar ao ataque dos seus inimigos:

“Pois ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas se entregava àquele que julga retamente.” – 1 Pedro 2:23

Deixar a vingança de lado significa deixar nas mãos de Deus, como Jesus fez, esperando que Ele, se quiser, nos vingue, como ensinado por Paulo, inspirado por Deus, claro.

“Meus amados, não façam justiça com as próprias mãos, mas deem lugar à ira de Deus, pois está escrito: ‘A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.'” – Romanos 12:19

Que os ensinos de hoje nos motivam nesta manhã a vivermos este dia desta maneira, mostrando através de nosso jeito de lidarmos com quem nos quer o mal, que somos discípulos de Jesus e filhos amados de Deus (Efésios 5:1).



SACERDOTES DE DEUS

“Os sacerdotes ensinarão o meu povo a distinguir entre o santo e o profano e lhe darão entendimento quanto à diferença entre o impuro e o puro.” – Ezequiel 44:23

“Os sacerdotes terão uma herança; eu sou a sua herança. Vocês não lhes darão nenhuma propriedade em Israel; eu sou a sua propriedade.” – Ezequiel 44:28

No texto de hoje Deus continua a orientar Ezequiel como seria a função dos sacerdotes quando o novo templo fosse erguido.

Chamou-me a atenção essas duas qualificações, entre outras prescritas no capítulo de hoje.

Primeiro, os sacerdotes teriam a função de ensinar ao povo de Deus a diferença entre o santo e o profano, o certo e o errado, o puro e o impuro, determinações contidas no livro de Levítico:

“Você e seus filhos não devem beber vinho ou bebida forte, quando entrarem na tenda do encontro, para que não morram. Isso será estatuto perpétuo entre as suas gerações, para que vocês façam diferença entre o santo e o profano e entre o impuro e o puro.” – Levítico 10:9-10

Esta orientação foi dada a Arão e seus filhos, sacerdotes de Deus. Os filhos de Arão foram mortos pelo próprio Deus por não obedecerem.

Segundo, os sacerdotes (em Êxodo, os levitas) não receberam terra, mas cidades e sua porção seria o próprio Senhor, isto é, comeriam o que fosse oferecido ao Senhor, está implícita a promessa de que Deus os sustentaria.

No Novo Testamento, Jesus é o Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14-15) e cada um dos seus discípulos, isto é, seus seguidores, são sacerdotes do próprio Deus.

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” – 1 Pedro 2:9

Nossa função como sacerdotes de Deus é sabermos a diferença entre o certo e o errado, o santo e o profano, o puro e o impuro e isto deve ser vivenciado em nossa própria vida.

O trabalhador cristão deve ser diferente do não cristão, o marido, a esposa, o filho, o cidadão, uma vez que somos sacerdotes de Deus e por isso, todos os dias, devemos buscar na Palavra de Deus a maneira certa de vivermos neste mundo enquanto o Senhor Jesus não vem nos buscar para morar com Ele. Devemos viver como sal da terra e luz do mundo e nosso viver deve reproduzir o caráter de Jesus (2 Pedro 1:4).

“Por esta razão, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.” – Efésios 5:17

Como discípulos de Cristo, devemos pregar o evangelho falando (Mateus 28:19-20), mas a maneira mais clara de nossa pregação deve ser a nossa maneira santa de viver em todas as áreas da vida. Vida cristã é estilo de vida, de segunda a domingo, onde estivermos somos sacerdotes e representantes de Cristo.

Finalmente, como sacerdotes de Deus, Ele é nossa fonte de prazer, alegria e sustento e por esse motivo não devemos fazer questão de acumular bens materiais neste mundo, mas, em lugar disso, ter uma poupança celestial abundante.

“Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam. Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração.” – Mateus 6:19-21

Uma vez que nosso coração esteja no tesouro celestial, buscaremos em primeiro lugar em nossas vidas o governo de Deus, a maneira dele, o padrão de viver dele e assim, seremos supridos por Ele em todas as nossas necessidades.

“Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas.” – Mateus 6:33

No Velho Testamento os sacerdotes de Deus eram uma pequena parte dos judeus. Hoje é todo aquele que crê em Jesus como único Senhor, confessa a Ele desta forma, arrepende-se dos seus pecados e topa travar uma guerra de de vida ou por morte por toda a vida contra o pecado, é imerso nas águas no momento do batismo e acrescentado à igreja de Jesus, o reino de Deus aqui na terra, o corpo de Cristo.

Eu termino perguntando: você já é um sacerdote de Deus? Se sim, louve a Deus por isso e o sirva de todo o coração. Se ainda não é, o que está esperando? Hoje é dia da mudança, de declarar Jesus Senhor e Salvador de sua vida.

“E agora, o que está esperando? Levante-se, receba o batismo e lave os seus pecados, invocando o nome dele.” – Atos 22:16.