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Conversa Com Demônios

conversa com demonios

Dois demônios estavam conversando.
– “Onde é que a gente vai hoje?” Perguntou o primeiro.
– “Ah, vamos numa igreja onde a gente não foi ainda.”
– “Que tal a igreja de Cristo?” Respondeu o segundo.
– “Não dá. Lá está fechado para nós. Não lembra? Jesus disse que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja dele,” lembrou o primeiro demônio.
– “Já sei, então.” Falou entusiasmado o segundo. “Vamos naquela igreja lá onde deixam a gente falar no microfone.”

Seria muito mais engraçado se não fosse espiritualmente trágico. Este é o quadro pintado como caricatura por esta piada. Sobre o mundo religioso. Uns acreditam que existe ainda expulsão de demônios. E vão esperando ver um grande espetáculo de exorcismo. Uma minoria prefere acreditar que Jesus já venceu e que Satanás não tem lugar na igreja de Deus. De que lado você está?

A Bíblia é enfática. O diabo e seus demônios são mentirosos. E neles não há verdade.

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8:44)

“O que nos últimos dias esse espírito falaria e ensinaria mentiras. Por isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os espíritos é uma religião perigosa e antibíblica.

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Tm 4:1)

Devemos seguir o exemplo de Jesus, Ele, de fato, expulsava os demônios, mas na ficava enaltecendo algum poder ou influência que ele tinha sobre alguém. Vejamos como ele tratava os demônios:

“Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem” (Mc 1:25)

Jesus não dava lugar para o demônio, não o entrevistava. A Bíblia é a nossa fonte de referência e única autoridade religiosa. A Bíblia não fala nada de despacho, descarrego, trabalho contra ou a favor de alguém, espiritismo, etc. Basicamente, a Bíblia não abona essas práticas porque simplesmente não existem, são invenções de homens que estão longe de Deus. O que existe, afinal, é a atuação de Satanás. Quanto mais as pessoas acreditarem nisso tudo, melhor para a propaganda do  trabalho de satanás. O objetivo dele é causar medo nas pessoas e os seus agente lhes dão espaço nos púlpitos de suas denominações.

Sendo a Bíblia a autoridade, precisamos saber que a vida precisa mudar e não a palavra de Deus.

“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa” (Mt 12:43-45)

Se você já foi libertado do pecado e das garras do diabo, preencha a sua vida com uma vida nova, isto é, a vida de Cristo no seu corpo. Você já deve ter assistido pela televisão ou até mesmo ter visto pessoalmente supostos exorcismos. É claro que o que eles querem é mostrar fatos, te amedrontar, mas você não recebeu espírito de medo e sim o Espírito Santo. Agora, pense comigo, qual tem maior valor? Um exemplo humano ou a palavra de Deus? Precisamos conhecer e comparar toda a experiência religiosa com Jesus e as palavras inspiradas pelo Espírito Santo as apóstolos e discípulos, isto é, o Novo Testamento. Quem pratica exorcismo pensando em Jesus deve saber que Jesus nunca foi exorcista. Jesus não ficava fazendo entrevistas com os demônios para provar o seu poder. Jesus tem poder, e quem duvidava? Muitas vezes Ele não fez milagres que pediram. Já quem faz entrevista com o demônio está querendo provar alguma coisa ou tem um contrato de exclusividade com ele.

Na igreja de Cristo, Satanás não é convidado para o culto. Por isso mesmo que você nunca vai vê-lo sendo expulso de alguém. Afinal de contas, quem está em Cristo nova criatura é.

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1)

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (5 Co 5:17)

Satanás já foi expulso e, no batismo,  o Espírito Santo passou a viver no corpo do discípulo de Cristo. Satanás não se manifesta na vida de alguém que esteja dentro da igreja, que esteja ligado à Cristo e só está na igreja (não no prédio) quem está em Cristo. No entanto, não importa o lugar, onde estivermos reunidos lá um lugar santo. Jesus está ali. Foi Ele quem disse:

“Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20).

Jesus não divide louvor ou atenção com satanás. No tempo de Jesus, de fato havia possessão demoníaca, mas como e por que? Era a luta de Satanás para aparecer e comparar o seu poder com Deus. Então, enquanto Jesus era Deus em carne e osso, possessão demoníaca era satanás encarnado. Satanás queria desafiar Jesus através da presença física. Ele não queria que Jesus tivesse todo o poder e atenção. Ele queria desviar um pouco para si mesmo. Porém, como já sabemos, Jesus foi vitorioso. Deixemos Jesus ser vitorioso também em nossas vidas e não demos lugar ao diabo (Ef 4:27-29).

Certa feita, um grupo de seminaristas foi fazer uma prova de uma única questão. Fale sobre Deus e sobre o diabo. Foi lhes dado aos alunos 60 minutos para responder. Um deles pegou uma folha e começou a escrever sobre Deus. Dissertou sobre suas maravilhas, sua obra, seu filho, sobre a salvação. E o fez de maneira tão apaixonada que não atentando para o relógio, passaram-se 59 minutos. Quando o professor alertou que faltava apenas um minuto, o jovem escreveu no rodapé da página. Fiquei tão envolvido com Deus que não tive tempo para Satanás. Apesar de não ter cumprido o que lhe foi solicitado, sua dissertação foi considerada a melhor de todas.

Façamos como este estudante. A vida é uma prova também. Fiquemos envolvidos totalmente com Deus e não demos tempo para Satanás. Jesus falou sobre este tipo de religioso que dá mais importância às coisas do que às almas.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23:15).

O Que Podemos Cantar no Culto?

Todo mundo quer ir para o céu, não é verdade? E que tal já ir treinando aqui mesmo um pouquinho a cada dia? A adoração, a edificação e passagens poderosas da Bíblia têm o poder de nos elevar até onde Deus está. Podemos fazer tudo isso cantando.

Os fariseus eram conhecidos por criarem regras para tudo, apesar de já terem 617 mandamentos. O problema deles foi criar regras que não estavam escritas ou fazerem interpretações do que estava escrito na Palavra de Deus. Com Jesus, aprendemos a simplicidade da Palavra de Deus. Se fosse preciso ficar fazendo interpretações, não seria para as pessoas simples, mas são elas exatamente que Jesus quer atrair.

Corre por aí, de fonte obscura, uma ideia de que no culto não devemos cantar nada que não seja louvor e adoração a Deus, mas não é isso que a simplicidade da palavra nos ensina. Existe, por acaso, uma passagem que nos dê direções explícitas sobre cantar apenas louvor e adoração no culto? Pelo contrário, tanto porque não temos exemplos da ordem do culto e dos cânticos cantados nos cultos da igreja desde o primeiro século. Sobre a ordem do culto, claramente entendemos que eles cantavam, participavam na Ceia do Senhor, ofertavam, oravam, liam e ouviam a explicação da Palavra de Deus e mantinham comunhão todos os domingos.

Vamos pensar juntos em algumas passagens enquanto a lemos abaixo:

Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” (Sl 122:1)

“…Está alguém alegre? Cante louvores.” (Tg 5:13)

“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,” (Ef 5:18, 19)

Um dos irmãos mais bem preparados para responder esta questão é o Marcos Menaldo. Ele é, provavelmente, o mais bem preparado regente entre as igrejas de Cristo no Brasil, tanto em conhecimento quanto em prática na regência. Há alguns anos atrás ele gravou um vídeo para o Programa Comunhão que fala sobre o que é salmos, hinos e cânticos espirituais. Leia o que ele disse no vídeo:

Vou trazer um questionamento que muitas pessoas me fizeram e eu queria explicar hoje sobre hinos, salmos e cânticos espirituais. O que é cada um?

Vamos dar uma olhada na Bíblia, lá em Colossenses3:16, fala assim:

“A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria, ensinar-vos e admoestar-vos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.”

O que será que quer dizer isso? Salmos, hinos e cânticos espirituais, será que tem diferença? Não é tudo música? Tem uma diferença entre eles.

Vamos falar primeiro de salmos.

Salmos é tudo que é retirado da Bíblia. Todas as passagens musicadas são salmos. Alguns exemplos: Salmo 100.

“Celebrai com júbilo ao Senhor todas as terras, servi ao Senhor com alegria.”

Outro exemplo: “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Deuteronômio 6:4-25)

Então, isso são salmos. São cânticos tirados da Bíblia, não é só tirado do livro de Salmos. Qualquer passagem tirada da Bíblia são salmos.

E o que quer dizer hinos?

Hinos são orações cantadas. Tudo que é diretamente para Deus são orações cantadas. Fala direto com Deus. Então, algum exemplo?

“A ti, ó Deus, fiel e bom Senhor, eterno Pai, supremo Benfeitor.” Ou “Eu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do oleiro.”

Então, são hinos diretamente para Deus. É uma oração para Ele.

Cânticos Espirituais

E cânticos espirituais são todas as músicas de edificação, que não foram tiradas da Bíblia e não são diretamente para Deus, mas são de edificação. Fala tudo pertinente ao reino, aos irmãos, sobre a palavra, sobre a Bíblia, mas que não são diretamente para Cristo ou para Deus. Vamos ao exemplo?

“Montanhas e vales e vistas imensas, são obras da mão do eterno Senhor.”

Então, todos esses falam da palavra, falam de Cristo, falam tudo que é de Deus, mas não falam diretamente com Ele.

É só para tirar essa dúvida, que muitas pessoas já me perguntaram sobre isso.

Assim como vimos na leitura acima em Efésios 5:18, 19, nós devemos nos encher do Espírito através de Salmos, hinos e cânticos espirituais. Nos enchemos do Espírito Santo quando cantamos salmos, hinos e cânticos espirituais, isto é, quando cantamos letras tiradas diretamente da Bíblia com nossas melodias, quando cantamos diretamente para Deus ou para Jesus em adoração e também nos enchemos do Espírito Santo quando cantamos cânticos espirituais, isto é, “músicas de edificação, que não foram tiradas da Bíblia e não são diretamente para Deus, mas são de edificação”.

Devemos cantar só músicas de adoração a Deus no culto? Não! Podemos, mas não devemos como um mandamento ou uma regra ou interpretação de alguém, por mais influência que tenha essa pessoa. Devemos também cantar músicas de amor fraternal, de alegria, pois estamos na casa do Senhor e devemos nos alegrar que é também fruto do Espírito Santo (Gl 5:22-24).

Pra pensar: Se não devemos cantar nada além de louvor e adoração a Deus no culto, então será que não devemos limitar louvor e adoração somente ao culto? Isto é, então não devemos cantar louvor e adoração durante a semana. Paulo e Silas estavam errados quando presos, cantaram louvor e adoração, deveriam ter cantado cânticos de amor fraternal, de evangelismo. Veja que a teoria não se sustenta quando a colocamos ao contrário.

Quanto à criação de regras e interpretações mirabolantes, melhor a gente ler a palavra de Deus e ficar com o simples e usá-la também para defender a nossa fé.

“Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes… Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo… Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem-vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus. Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquilo outro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Cl 2:4, 6-8, 18-23)

Ofertando com Alegria e Propósito

Ao longo dos dias, nos deparamos com escolhas que moldam nossa rotina, desde pequenas decisões até aquelas que têm impacto significativo em nossa jornada. Já pensou no que você faz com 7 reais durante a semana? Para alguns, esse valor é próximo do custo de uma passagem de ônibus ou de um lanche ocasional. O texto de Filipenses, capítulo 4, versículos 10 a 20, nos convida a refletir sobre a importância das ofertas e como elas podem fazer a diferença.

Paulo, em sua carta aos Filipenses, expressa gratidão pela ajuda que recebeu da igreja em Filipos, uma comunidade que contribuiu mesmo em meio à adversidade. Ele destaca que aprendeu a viver contente em todas as situações, tanto na abundância quanto na escassez. Essa atitude de contentamento, aliada à generosidade dos filipenses, é um exemplo inspirador para todos nós.

Coríntios 9:6-7: “Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.”

A proposta do Colheita Brasil, de doar 7 reais por mês, é um convite para unirmos nossos recursos e contribuirmos para a obra do Senhor. Assim como os filipenses, podemos fazer a diferença, mesmo com ofertas aparentemente modestas. O cuidado demonstrado por essa igreja ressoa na mensagem de Paulo, que destaca a alegria em participar da obra de Deus e o benefício mútuo dessa colaboração.

Lucas 6:38: “Dêem, e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês.”

Em nossas ofertas, não contribuímos apenas para a igreja, mas para a expansão do evangelho. O Coleita Brasil é um exemplo desse propósito, uma iniciativa que busca levar a mensagem de salvação a lugares onde ainda não chegou. Quando ofertamos, estamos investindo na missão de fazer discípulos e compartilhar o amor de Cristo com o mundo.

Mateus 28:19-20: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”

Portanto, encorajo cada um a refletir sobre a alegria e o propósito que envolvem nossas ofertas. Que possamos, como a igreja de Filipos, olhar além das circunstâncias e focar no serviço a Deus. A contribuição, seja ela financeira, em orações ou na divulgação do trabalho, é parte fundamental da responsabilidade que temos como membros do corpo de Cristo. Que nossas ofertas sejam um sacrifício agradável a Deus, assim como a oferta dos filipenses foi para Paulo.

Que a graça e a paz de Deus estejam conosco enquanto continuamos a cumprir a nobre missão de proclamar o evangelho.

EM JESUS TUDO SE FAZ NOVO – O EVANGELHO DE LUCAS

EM JESUS TUDO SE FAZ NOVO

“Também lhes contou uma parábola: — Ninguém tira um pedaço de uma roupa nova para colocar sobre roupa velha; pois, se o fizer, rasgará a roupa nova, e, além disso, o remendo da roupa nova não combinará com a roupa velha.

E ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque, se fizer isso, o vinho novo romperá os odres, o vinho se derramará, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos.” – Lucas 5:36-38

Em resposta à crítica dos fariseus ao fato dos discípulos de Jesus não jejuarem, o Senhor conta a parábola do pedaço de pano novo costurado sobre uma roupa velha e do vinho novo derramado em odres velhos.

Costurar uma roupa nova sobre uma roupa velha, após a lavagem, fará a roupa nova esticar e estragar a velha. Colocar vinho novo em odres velhos, que seriam vasilhas segundo a NVI, fará com que, ao fermentar o vinho, em razão da falta de flexibilidade das vasilhas velhas, estas se rompem.

O ensino aqui é a impossibilidade de juntar a nova aliança (mosaica e todo o sistema do Velho Testamento) com a nova aliança inaugurada pelo derramamento do sangue de Jesus (Lucas 22:20).

A igreja teve bastante dificuldade em entender essa mensagem de Jesus nos seus primeiros anos. Pois tentou aliar as duas alianças exigindo dos novos convertidos, especialmente dos não judeus, a guarda do sábado e especialmente a prática da circuncisão (Atos 15:1).

Há menções a isso em vários livros do Novo Testamento e, em dois deles, especialmente a carta de Paulo aos romanos e aos gálatas, este último, o assunto é dessa impossibilidade mostrada por Jesus na mistura das duas alianças.

“Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.” – Romanos 10:4

“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que Cristo morreu em vão.” – Gálatas 2:21

Porém, até hoje tenta-se costurar pano novo em roupa velha e colocar vinho novo em odres velhos. No mundo religioso há as religiões especializadas em enfatizar a guarda do sábado. Mas não está restrito a esse grupo. O mundo evangélico, em geral, tenta fazer um “sincretismo” entre a velha e a nova aliança. A maioria desses grupos exigem, por exemplo, o dízimo, algo pertencente à roupa e ao vinho velhos. 

Há ainda aqueles que utilizam elementos do Velho Testamento como a arca da aliança, um lugar santo de adoração, até o templo de Salomão foi recriado, roupas especiais para os “sacerdotes especiais”, algo inaceitável na nova aliança que transformou todos os seguidores de Jesus em sacerdotes (1 Pedro 2:9 e Apocalipse 1:6.

Finalmente, há ainda a adoração com instrumentos musicais, também extraídos da antiga aliança, pois inexistente na nova e as campanhas alusivas a acontecimentos anteriores à lei de Cristo como, por exemplo, os 21 dias de jejum de Daniel.

Por isso a igreja do Senhor deve ficar longe de tudo isso e reafirmar que a nova aliança que Jesus trouxe é muito diferente daquela que Deus entregou ao povo de Israel por meio de Moisés no Monte Sinai, mas que tinha prazo de validade. Há até um livro no Novo Testamento, a carta aos Hebreus, escrito para dizer que tudo no novo concerto é superior ao antigo.

“Mas agora Jesus obteve um ministério tanto mais excelente, quanto é também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda aliança.” – Hebreus 8:6-7

Que valorizemos e preguemos o poder da simplicidade do evangelho de Jesus, poderoso não para apenas remendar, mas transformar a vida daqueles que o aceitam, purificando-os para viver nas regiões celestiais.

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” – Romanos 1:16

Buscando em Primeiro Lugar o Reino de Deus e Sua Justiça

Quanto tempo você dedica ao seu trabalho e às responsabilidades diárias? Quanto tempo você reserva para sua família e sua comunidade? Quanto tempo você dedica, exclusivamente, a Deus? Apesar de todas as coisas que fazemos serem contabilizadas como ‘tempo para Deus’, tanto porque Deus é quem nos dá o tempo. Se nos dedicamos a alguma resposabilidade diária, sejam os estudos, trabalho, lazer, família, etc, tudo deve ser feito em nome de Jesus para a glória de Deus. Essas são perguntas cruciais que nos levam a refletir sobre nossas prioridades na vida. Sabemos que precisamos buscar o reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar. “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33).

Em Primeiro Lugar

Jesus começa com uma instrução clara de Jesus: “buscai, pois, em primeiro lugar…”. Aqui, somos desafiados a refletir sobre o que realmente buscamos em nossas vidas diárias. O que é o reino de Deus? Qual é a justiça de Deus? Assim como na introdução, quem entra no Reino de Deus, tudo o que vive, tudo o que faz, é Reino de Deus. A justiça de Deus é buscar satisfazer a Deus em tudo. Basicamente deveríamos pensar: “Não devemos fazer nada que Jesus não faria”. Qual é o objetivo que perseguimos com mais fervor? O que está em primeiro lugar em nossas vidas? Muitas vezes, nossas pre-ocupações e ansiedades podem nos desviar do caminho correto.

No contexto ligado a este versículo, Jesus ensina a não ter preocupações nem com o básico e essencial para a vida. Ele disse: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mateus 6:25). Jesus está nos convidando para uma entrega total para o Reino e a busca da satisfação de Deus, uma vida vivida pela fé, dizendo: “Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” (Mateus 6:30).

Duas Prioridades

O versículo continua: “…o seu reino e a sua justiça…”. Aqui, Jesus nos revela as duas principais prioridades que devemos buscar: o reino de Deus e Sua justiça. O reino de Deus não se limita a frequentar uma reunião da igreja aos domingos; é uma vida comprometida com os princípios divinos, é o estilo de uma vida nova. A justiça de Deus é superior a qualquer sistema terreno, e devemos confiar nela, mesmo quando as instituições humanas falham.

Novamente, precisamos lembrar do que já foi colocado como fundamento para a nossa vida: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai… Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens” (Colossenses 3:17, 23).

Desta forma atingiremos os dois objetivos: o Reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar.

Promessa e Resultados

Ao seguir essas prioridades, Jesus promete que “todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Aqui, é importante notar que Jesus não se refere a todos os desejos pessoais, mas sim às necessidades essenciais da vida, mencionadas anteriormente no capítulo 6 de Mateus (água, comida e roupas). Deus nos assegura que Ele nos dará o necessário, e nossa preocupação excessiva é um sinal de falta de fé.

Confiar que Ele será fiel é um desafio e também sinal de maturidade. A questão não é se Deus será fiel, a questão é se nós vamos ter fé e viver na dependência dEle. Ninguém vive sem água, comida e roupa. Tudo o resto é supérfluo ou luxo, ao mesmo tempo, bênçãos de Deus. Claro que isso não significa que você vai deixar de trabalhar porque ‘Deus proverá’. Quem não planta, não colhe; quem não trabalha, não come; e quem trabalha, ajude aos outros em suas necessidades. Aí estaremos vivendo as prioridades: o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar.

Conclusão

A mensagem de Mateus 6:33 é clara e poderosa. Devemos ter apenas duas preocupações como prioridade em nossas vidas: o reino de Deus e Sua justiça. Deus cuida de nós com um amor ainda maior do que Ele dedica à natureza e aos animais, e Ele suprirá nossas necessidades essenciais se buscarmos essas prioridades. Embora o trabalho e as posses materiais sejam necessários, devemos lembrar que o essencial é a fé, que o nosso verdadeiro propósito é buscar o reino de Deus e Sua justiça, confiando que Ele nos fortalecerá para alcançar o que Ele permite que tenhamos. Portanto, que possamos viver com essas prioridades em mente, confiando no cuidado amoroso de Deus em todas as áreas de nossas vidas.

SEGUINDO A JESUS DO JEITO DELE – FINAL

A igreja que Jesus idealizou

INTRODUÇÃO

Defina a palavra “cristão”.
Aquele que professa ou segue uma igreja de uma das modalidades do cristianismo. Aquele que professa a religião de Cristo.

Uma das modalidades do cristianismo – catolicismo com seu catecismo e a tradição ditada pelo catolicismo, adventismo e aquilo dito por sua profetisa Ellen White ou qualquer grupo que fala bem de Jesus.

No entanto, falar bem de Jesus ou apreciar Jesus não significa ser cristão.
Jesus não busca simpatizantes, mas discípulos, seguidores que o obedecem.

Durante o mês de maio preguei na igreja nos Pimentas sob o tema: Seguir a Jesus do jeito que Ele quer e nos mandou, não da nossa maneira.

07/05 – Lucas 14:25-27 – Jesus é o grande amor da minha vida?
14/05 – João 4:31-34 – Temos as prioridades de Jesus?

I – PRECISAMOS SER A IGREJA QUE JESUS IDEALIZOU, FOI A PREGAÇÃO QUE ENCERROU O ASSUNTO EM 21/05

Mateus 16:18-19 – A igreja é fundamentada na Rocha e ela é Jesus e a Palavra dele, conforme a parábola da casa firmada sobre a rocha de Mateus 7:24-27. O próprio Pedro diz que Jesus é a Rocha em sua primeira carta, capítulo 2:6-8.

João 16:12-15 – Os evangelhos contêm parte da verdade de Deus, que seria completada pelo Espírito Santo, que inspirou os apóstolos e profetas. Por isso a igreja perseverava no ensino dos apóstolos (Atos 2:42). Não é por menos que 21 dos 27 livros do Novo Testamento foram escritos por apóstolos.

2 Timóteo 3:16-17 – De Gênesis a Apocalipse, toda a Escritura é a verdade de Deus.

1 Coríntios 4:6 – Jesus foi nosso exemplo: Para cada tentação do diabo o Senhor disse: “Está escrito” e citou um texto das Escrituras (Mateus 4:1-12), como os irmãos de Beréia em Atos 17:10-11, não podemos ultrapassar o que está escrito.

Hebreus 1:1-2 – As palavras de Jesus escritas por seus apóstolos e profetas formam o Novo Testamento, a lei da igreja hoje.

O perigo quando relativizamos a Palavra de Deus. No Velho Testamento tragédias ocorreram quando o mandado expresso de Deus foi desobedecido.

Exemplos:

1) Nadade e Abiú – Levítico 10:1-7 – utilizaram fogo estranho enquanto serviam a Deus no Tabernáculo.
Hoje se diria: “Qual foi o problema se Nadade e Abiú não fizeram segundo a Palavra de Deus? O importante foi que, de coração, estavam querendo servir a Deus. Deus não entendeu desta maneira e eles morreram enquanto serviam.

2) Saul foi reprovado por ter sacrificado no lugar de Samuel (1 Samuel 13:8-14) e porque desobedeceu a Deus e deixou de destruir todos os amalequitas (1 Samuel 15).

3) Uzá, em 2 Samuel 6:3-13, foi fulminado por ter tocado na arca de Deus, que devia ser carregada por levitas e com varas para não ser profanada.
Alguém diria: “Coitado do Uzá, ele fez de coração”. Pode até ter feito de boa vontade, com boa intenção, mas da maneira errada, diferente do que Deus havia claramente ordenado.

Alguém pode argumentar: “mas era o Velho Testamento… No Novo isso não acontece”. Isso não é verdade. Vejamos os exemplos de rejeição trágica no Novo em razão da rebeldia.

1) Ananias e Safira – ofertaram com a motivação errada, provavelmente para receberem o mesmo elogio que Barnabé tinha recebido. Mentiram a Deus na sua maneira de servir e foram mortos pelo Senhor em Atos 5:1-11. Veja que na nova aliança na qual muitos dizem que Deus é paciente, tolera tudo.

3) Os irmãos da igreja em Corinto, 1 Coríntios 11:26-32, estavam profanando a ceia do Senhor, comendo de qualquer jeito. Alguns dormiam. Apesar de haver pensamentos que falam de fraqueza espiritual, o texto dá a entender que irmãos ficaram doentes e outros até morreram por fazer do jeito diferente daquele instruído por Jesus quando o Senhor instituiu a Eucaristia ou o “dar graças” nos evangelhos.

Alguém pode refutar: qual o problema, tinham um coração que buscava a Deus? Uma vez um evangélico ficou bravo comigo porque eu o corrigi, pois o grupo que frequentava realizava a ceia do Senhor no sábado.

O MUNDO RELIGIOSO RELATIVIZA A PALAVRA DE DEUS, POR ISSO NÃO DEVEMOS TER COMUNHÃO COM ELE

Exemplificando:

1. A importância do batismo no processo de salvação: basta confessar, venha para frente. Batismo é uma confirmação da salvação, do que já ocorreu interiormente, mas, vejamos o ensino expresso da Palavra de Deus.

“Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, tanto homens como mulheres.” – Atos 8:12

No Novo Testamento não existe exemplo de salvação, após o estabelecimento da igreja, sem que a pessoa passe pela encenação da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus (Romanos 6:1-4). Pedro diz claramente que o batismo salva (1 Pedro 3:21). Claro que a imersão deve seguir aos primeiros passos da fé de crer em Jesus, haver arrependimento dos pecados e confissão dele como Senhor e Salvador (Atos 2:37-38 e Romanos 10:9-11. Para muitos parece que somente esse texto de Romanos deve ser utilizado quando se fala de salvação. Engano que poderá levar pessoas para o inferno, pensando que estão salvas.

2. A exigência do dízimo na nova aliança é outro erro que existe no mundo religioso. Vejamos a gênese da oferta voluntária em Atos 11:27-30 e ensino expresso em 1 Coríntios 16:1-3 e 2 Coríntios 8-9. Não há exigência do dízimo na Nova aliança. A maioria dos chamados grupos evangélicos exigem o dízimo e mantém listas de dizimistas.

3. O ensino de que a verdade de Deus vai além do escrito na Bíblia, em outros livros como o livro de Mórmon, do Grande Conflito do adventismo, da tradição religiosa e do magistério católicos, quando a Palavra é expressa de que a verdade de Deus está nas Escrituras Sagradas somente, conforme ensino expresso, 1 Timóteo 3:14-15, 2 Pedro 3:16, 2 Timóteo 3:16-17 e Hebreus 4:12-13. Interessante que o lema da reforma protestante era “somente as Escrituras”, mas não seguem o seu próprio lema.

4. Mulheres sendo ordenadas como pastoras e líderes religiosas, contrariando claramente as Escrituras Sagradas, ensino de 1 Coríntios 14:33-35 e 1 Timóteo 2:12-15. Além disso há grupos no qual existem os padres, reverendos, cardeais, arcebispos, apóstolos modernos, bispas, entre outros, algo desconhecido nas páginas do Novo Testamento.
Alguns alegam machismo de Paulo, que escreveu esses ensinamentos. Se eu posso refutar Paulo com base no pensamento moderno, posso refutar qualquer texto bíblico. Logo não sou o discípulo obediente da Palavra, mas o juiz que decide o que é o que não é vindo de Deus.

Não tem como ter comunhão com grupos assim, nem os considerar cristãos, pois relativizam a Palavra de Deus, em franca rebeldia.

É triste! Mas há irmãos deixando a igreja do Senhor e indo para esses grupos com a desculpa: “Sei que há pontos não bíblicos, mas Deus conhece o meu coração”. Um coração que diz ser dele, mas aceita ser cúmplice em ensinos que contrariam a Palavra de Deus. Poderão ter o mesmo destino que Nadade, Abiú, Saul, Ananias e Safira ou os irmãos da igreja em Corinto, isto é, serem rejeitados por Deus.

“Muitos, naquele dia, vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, nós não profetizamos em seu nome? E em seu nome não expulsamos demônios? E em seu nome não fizemos muitos milagres?’ Então lhes direi claramente: ‘Eu nunca conheci vocês. Afastem-se de mim, vocês que praticam o mal.’ – Mateus 7:22-23

Uma palavra de advertência: jamais digo que todos os integrantes desses grupos estão automaticamente perdidos. O veredito final será dado por Deus. Mas JAMAIS frequentaria um grupo que relativiza dessa forma a Palavra de Deus.
Fica a pergunta: “vale a pena arriscar” e depois receber a sentença de Jesus aos rebeldes?

CONCLUSÃO

Alguém deixa a igreja de Jesus e vai para um grupo evangélico com todas essas anomalias bíblicas.

Alguém estuda conosco e depois me diz que vai para um grupo desses.

Como pensar a respeito de todos esses grupos aqui na rua? (na rua onde a igreja nos Pimenta se reúne há cerca de 2 dezenas de grupos religiosos, a maioria evangélicos).

Todos estão perdidos? Deixemos que Deus resolva isso no dia do Juízo Final.

Porém…

Não tenho comunhão com grupos que ensinam inverdades bíblicas. Portanto, não participo de suas reuniões.

Se alguém deles me dá a oportunidade, mostro a Palavra de Deus e a sã doutrina de Jesus.

Não convidamos pessoas desses grupos para nos ensinar a Bíblia em nossas reuniões.

Afinal, o que é ser cristão?

Uma das modalidades dos grupos que gostam e falam bem de Jesus? Jesus aceita simpatizantes apenas? Ou a união daqueles que procuram apenas obedecer ao evangelho de Jesus? Por isso estudam a Palavra todos os dias.

“Muita gente estava sentada ao redor de Jesus, e alguns lhe disseram: — Olhe, a sua mãe, os seus irmãos e as suas irmãs estão lá fora, procurando o senhor. Então Jesus perguntou: — Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos? E, olhando em volta para os que estavam sentados ao seu redor, disse: — Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” – Marcos 3:32-35

Sigamos, pois, somente a Ele, Jesus, segundo o jeito e os ensinos dele, não conforme às nossas conveniências.

Por Que Ir a Eventos da igreja?

Eventos da igreja

Lembro quando ainda adolescente a excitação que a gente tinha em ir para os acampamentos regionais que a gente fazia em Curitiba, Londrina e Maringá. Reuníamos tantos jovens que atraia até mesmo congregações de outros Estados como São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Nós éramos muito jovens e já estávamos organizando aquilo que nos dava maior prazer. Lembro da minha irmã, a Tita, que não tinha nem ainda 18 anos e já estava à frente arrecadando alimentos e até provendo os valores em dinheiro para que o evento fosse um sucesso. Fizemos acampamentos até em escola pública.

Foram eventos como aqueles que formaram nosso caráter e espiritualidade. Claro que tínhamos interesses pessoais, mas também nos preocupávamos com o espiritual. Lembro de ter ficado na final da gincana bíblica. Perdi para a Martinha de Campo Grande. Não sei o quanto todos os que participaram conseguem lembrar, mas foi fundamental para a nossa fé em formação. Hoje isso pode acontecer com sua vida também através da participação nos vários eventos da igreja.

Vários Eventos Para Participar

Lembro de Jesus participando em eventos e aproveitando as oportunidades. Ele foi para Jerusalém aos 12 anos, participava da Páscoa anualmente, ia aos sábados nas sinagogas, no Templo de Jerusalém outras vezes e até festa de casamento Ele foi para aproveitar a oportunidade para falar de Deus.

Ainda hoje e, Deus permitindo teremos a liberdade, temos muitos eventos para todas as idades. As mulheres nas igrejas de Cristo dão um show de eventos e participação. Até eu já palestrei em uma conferência feminina. Só descobri que era uma conferência feminina no outro ano quando elas continuaram na mesma data todos os outros anos.

Além dos inúmeros eventos para as mulheres, temos vários Congressos espalhados pelo país como o Enoc, Congresso Feminino, CRE, Enoc’ita, Enoca, Congresso Mineiro, Congresso do Nordeste, 3 em 1, Congresso de Inverno em Curitiba, Enfoc em Bauru, ERICRISTO (a partir de 2022), 1º Cante Nacional em BH, Acampamento Para Futuros Ministros. Contamos também com eventos específicos para as crianças e os jovens como as Temporadas no AMO e no Retiro dos Pinheiros, o Enjoc e o Mega Encontro no Nordeste. Pois é, vou esquecer algum grande evento, mas nada que não possa ser corrigido e atualizado neste artigo. Aproveito para convidar os responsáveis por estes e outros eventos a enviarem informações para a gente publicar.

Oportunidades para construir um novo caráter, confirmar a fé e até mesmo encontrar a pessoa dos seus sonhos não falta. Vejo que muitos jovens que deixam de estar em eventos tão importantes acabam encontrando a infelicidade de se relacionar e até casar com pessoas fora da nossa comunhão. É o famoso luz e trevas e tristezas.

Motivos Para Participar

Nosso irmão Allen Dutton Jr. Incentivou no Enoc 2017 a participação no CRE. Falando sobre o significado da sigla CRE ele explicou que muitos pensam que significa Come Repete Engorda. É, talvez não seja o significado real, mas pode ter certeza que é o que acontece lá. O CRE é Corrige, Repreende, Exorta. Conversando com o Lucas de Campo Grande, MS, ele me confidenciou que o motivo maior é pra comer mesmo. Pelo menos o irmão está crescendo de alguma forma.

Pensando nestes vários eventos e na importância em participar, enviei uma mensagem para vários irmãos perguntando a opinião deles sobre os motivos que os leva a participar. Agora que você já conhece a opinião do Lucas, seria bom saber de outros também o que pensam.

Nosso irmão Raimundo de Sorocaba destacou a comunhão, aprendizagem e amadurecimento. Já o Miroel, de Salvador, disse que é um investimento na vida espiritual. Além disso ele também destacou a comunhão, a batalha pela fé mútua, confirmação das convicções doutrinárias e a unidade do corpo de Cristo. O irmão Ruy de Curitiba destacou a confraternização, edificação, a oportunidade de rever e renovar laços com os irmãos e também fazer novos contatos. Além disso ele lembrou que é uma oportunidade para ter uma visão mais ampla da igreja. Ele ainda lembrou do CRE como sendo uma oportunidade de se obter conhecimentos mais profundos. O Fernando, de Maceió, destacou o investimento no crescimento espiritual, na família e a contribuição que estes eventos proporcionam para a edificação na irmandade. O Paulo do Rio de Janeiro expresso que é de suma importância aprender com irmãos experientes a sã doutrina para que se adquira a possibilidade de ensinar a outros. Outro irmão do Rio, o Marcos Aurélio, respondeu ao questionamento da seguinte forma:

“Durante o Ano de 365 dias, tenho me dedicado a ensinar a Palavra aos que não conhece a Deus e também aos irmãos em Cristo. Sendo assim, me faço uma pergunta: Como estou me abastecento? Com quem estou aprendendo? Quem está me ajudando no meu ministério? Se conclui que o estudo intensivo é para mim um alimentos sólido para servir melhor o meu ministério e alicerçar cada dia mais o meu relacionamento com Cristo.”

O irmão Santana de São Paulo compartilhou sua experiência pessoal. Ele disse:

“Poderia te dizer muitas coisas. Comecei indo ao ENOC pra comprovar que a Igreja de Cristo é um bando de crentes e que a única congregação verdadeira era a minha por causa do sistema de discipulado que desenvolvíamos. Depois de ser privado dessa oportunidade por vários anos e identificar abusos onde eu congregava, voltei a participar para comprovar o contrário.

Hoje, mais do que os temas tratados, volto ao ENOC para compartilhar motivação e encorajamento com irmãos que pela história e comprometimento. São verdadeiros heróis da fé. Trabalhando em regiões e sob condições tão difíceis, tanto à nível pessoal, como social, que deveriam envergonhar irmãos que não participam alegando que os preços cobrados são muito altos.

Sem esses eventos, seguramente não teria conhecido homens inspiradores como Howard Norton, Randy Short, Newton, Ênio Latorre, Jerry Campbell, Àlvaro Pestana e tantos outros que não conseguiria relacionar.

Além de obter acesso a material escrito, falado, e, digitalizado em várias áreas em que há necessidade de crescimento à um custo que é possível pagar para melhor entender e propagar o evangelho do Senhor Jesus”

Então, segundo o Lucas de Campo Grande, ficou assim:

1º Lugar, a comida. Ele acha que os demais irmãos pensam o mesmo, mas ficaram com vergonha de se expressar livremente, e eu acho que ele tem razão. Então, voltando para o artigo…

Vou apresentar aqui alguns motivos apresentados pelos irmãos: Comunhão, aprendizado, investimento na vida espiritual, confirmação da fé, investimento na família, adquirir conhecimento de irmãos mais experientes. Como pode ver, são vários os motivos e acredito que não foram citados todos.

Agora é com você. Eu espero te ver nos eventos da igreja. As oportunidades são muitas e a necessidade extrema! Vá nem que seja para encontrar o Lucas junto à mesa dos comes e bebes… Se talvez não seja o melhor motivo o do Lucas, você também vai poder encontrar o Raimundo, Miroel, Ruy, Santana, Fernando, Paulo e o Marcos Aurélio. Viu como comunhão é um ótimo motivo?

Artigo Original de 2017

POR QUE A DOUTRINA É IMPORTANTE?

     Certa vez Sr. David Meadows explicou a importância da doutrina e a prática. Ele disse: “é como um avião, que precisa das duas asas. Sem uma delas, fatalmente cairá”.

     De fato, a doutrina não exclui a prática nem esta a doutrina. Os rebeldes normalmente dizem: “não dianta conhecer e não praticar”. Verdade. Mas, sem o conhecimento da verdade de Deus, praticaremos também de forma errada. Vejamos como viviam os primeiros irmãos na igreja primitiva:

     “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” – Atos 2:42

     No original, no grego, doutrina é “didática” ou “ensino”. Naquele momento a igreja não tinha o ensino do Novo Testamento escrito e os apóstolos eram as “bíblias ambulantes”. Desta forma a igreja perseverava, isto é, esforça-se em aprender dos apóstolos, que tinham aprendido de Jesus (João 17:14) e além disso tinham um dom especial do Espírito Santo de serem ensinados de maneira especial ensinamentos ainda não revelados por Jesus (João 16:12-13). Com o tempo, Mateus, Marcos, Lucas e João escreveram os ensinos de Jesus, bem como orientações posteriores encontradas no livro de Atos, nas cartas e no livro de Apocalipse também escritas pelos demais escritores.

     Sim, saber a razão de, por exemplo, tomarmos a ceia todos os domingos (e não apenas uma vez por mês), de não ensinarmos sobre o dizimo é importante. Não apenas porque o irmão pregou do púlpito, mas a partir de um estudo pessoal sistemático e sério das Escrituras Sagradas. Saber se estamos fazendo da maneira que Deus ensina (e não da nossa ou mesmo do grupo que frequentamos) é importantíssimo, tem importância vital, de vida ou morte, pois de fazermos da maneira de Deus dependerá nossa eternidade com Deus ou longe do Senhor:

     “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que falei, essa o julgará no último dia.” – João 12:48

     Sim, seremos julgados pelas palavras de Jesus, encontradas não somente nos evangelhos, como alguns erroneamente têm afirmado ao darem mais importância aos 4 evangelhos, mas em toda a Bíblia, pois “toda Escritura é inspirada por Deus” (2 Timóteo 3:16-17), especialmente as páginas do Novo Testamento, a nova aliança de Deus com seu povo (Hebreus 8:6-13).

     Conhecer a doutrina é de vital importância, sim, conforme Paulo nos ensina:

     “Cuide de você mesmo e da doutrina. Continue nestes deveres, porque, fazendo assim, você salvará tanto a si mesmo como aos que o ouvem.” – 1 Timóteo 4:16

     Destaco neste texto o quanto conhecer a doutrina é aplica-la são importantes. É a forma de salvarmos a nós mesmos, bem como àqueles a quem estamos ensinando.

     Finalmente, conhecer a verdade de Deus nos liberartará do erro, da ignorância e do falso ensino,  pois o Mestre disse: “conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. “ – João 8:32

     Nos afadiguemos, pois, na leitura diária e estudo da Palavra de Deus, da doutrina, do ensino do Senhor. Pois disto dependerá nosso destino eterno. Amém!

     N.R.: artigo escrito originalmente no boletim informativo das Igrejas de Cristo na cidade de Guarulhos, “Amo Jesus – Porque Ele me amou primeiro”, edição de agosto de 2021.

“Eu te louvo” – Isaías 25.1

“Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros”

Isaías 25:1

                    Em dias de dificuldade o que você faz? Agiliza o máximo de coisas? Isaias diante da falência espiritual da nação, glorifica a Deus, ele reconhece que a salvação vem de Deus, o mesmo justo que corrige os seus filhos; Isaias ensina que Ele cuida de nós mesmo quando pecamos (Is 43.1 – 44.5).
Essa é a maior maravilha de Deus, que Ele sendo santo, poderoso e soberano, se voltou para nossa necessidade de resgate, e cuida de nossas necessidades (Sl 8; Mt 6.33, 11.25-30; Jo 1.1-14, 3.16-21).

“Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. […] que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” – Salmos 8:1,4,5

                  Esse é um ensino recorrente, o crente olha para o alto e agradece, mesmo pelas mazelas que sofre, pois reconhece que é graça continuar vivo em um mundo tão apodrecido; por outro lado não se entristece por qualquer prejuízo material, por entender que Deus é a fonte da riqueza e a sua companhia a coisa mais importante em todo tempo (Rm. 8.28; Tg 1.2-12).
É uma mensagem difícil, a pergunta “por que o justo sofre?” é feita pelos séculos a fio, talvez a resposta mais simples seja “para a glória de Deus”, imagino que essa resposta seja inquietante, e não pretendo esgotar esse assunto milenar, mas diante da desgraça total, Isaías se virou para Deus e disse “eu sei que tu cuidas de mim, por isso eu te louvo” (Jr 20; Lm 3.22-26; Fp 1.20-30; 1Pe 3.12-17)

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.
Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio”
– Lamentações 3:22-26 –

 

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A COVID E OS CULTOS ON LINE

Falta de Fé ou Sabedoria?

“Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porque já lhe havíamos dito: ‘A mão do nosso Deus está sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira são contra todos os que o abandonam.’” – Esdras 8:22

A pandemia da Covid-19 veio de repente e pegou todos de surpresa. Os governantes não sabiam (e em parte ainda não sabem) como agir. No início, muitos diziam ser apenas uma “gripezinha”. Pois é! Ela já levou a óbito mais de 190 mil brasileiros.

Com a igreja não foi muito diferente. Houve reações de ambos os lados. Houve aquelas que logo que ouviram falar da pandemia deixaram de ter o culto presencial e algumas delas, ainda hoje, assim continuam. Outras, em nenhum momento deixaram de ter o culto presencial, mesmo no mais crítico da pandemia, e ainda há aqueles irmãos que rotulam outros como “irmãos de pouca fé” os que ainda insistem em ficar apenas nas reuniões on line. Como resposta, recebem o rótulo de inconsequentes, rebeldes às autoridades ou mesmo ignorantes, pois estariam negando a ciência. Na igreja onde congrego (Pimentas, Guarulhos/SP.), inicialmente não queríamos parar com os cultos presenciais, mas, ante o aumento no número de infectados, inclusive no meio da irmadade, de abril a agosto tivemos apenas os cultos pelo You Tube e reuniões pelo aplicativo zoom. Em setembro voltamos ao presencial no domingo, com tranmissão ao vivo pela internet.

O texto que abre este artigo chamou minha atenção para esta questão. O sacerdote Esdras tem uma missão perigosa na volta do povo de Deus do exílio. Porém, por ter dido ao rei que seria protegido por Deus teve vergonha de pedir ajuda do exército real.

Confesso que identifico-me com Esdras em sua relutância. Ele estava com medo do que poderia acontecer na viagem, por isso pensou em pedir ajuda do rei da Pérsia. Ao mesmo tempo, sua declaração de fé diante do rei, o fez não tomar essa atitude. 

Viver por fé tem esses dilemas. De um lado, fé é exatamente confiar em Deus antes da ação dele (hebreus 11:1). Gosto de uma frase a respeito: “é pisar firme, sem saber se há chão, confiando que Deus o providenciará”. Lembro do rei Asa que “na sua enfermidade ele não recorreu ao Senhor, mas confiou nos médicos.” (2 Crônicas 16.12). Foi falta de fé mesmo.

Por outro lado, a fé não significa abrir mão de buscar socorro aqui na terra nos instrumentos que temos à nossa disposição. Jesus não pulou do pináculo do templo para provar sua fé em Deus Pai. Chamou isso de por Deus à prova (Mateus 4:7)

Voltando a falar na questão da pandeia e nos cultos, no começo dela, particularmente, eu era a favor de manter os cultos presenciais como uma demonstração de nossa fé em Deus, de que o Senhor nos protegeria. Por outro lado, a igreja é um corpo, submetido apenas a Jesus, com membros com experiências variáveis em sua fé. No primeiro final de semana pós anuncio da Covid, dos cerca de 50 irmãos que costumam estar presentes conosco, menos de 20 participaram naquele dia. Além disso, muitas pessoas, inclusive das igreja irmãs, começaram a ser diagnosticados com a doença e irmãos nossos vieram a óbito, como nosso irmão Luiz Amaral, da igreja na Metrô-Sul. E também a grande maioria das congregações na região passaram a ter reuniões somente on-line. Desta forma, no segundo domingo de abril passamos também a ter reuniões dessa maneira.

Hoje, quase 9 meses depois, olho a situação de uma maneira um pouco diferente. Eu, pessoalmente, teria continuado com os cultos presenciais (com os cuidados devidos, claro) sem qualquer problema. Apesar de não querer partir tão cedo, estou tão convicto de minha salvação e de que a vida após a morte é tão boa, que arriscaria, pois, caso partisse, estaria num bom lugar. Tenho o mesmo sentimento de Paulo, que estava dividido entre permanecer vive ou partir para a eternidade (Filipenses 1:23-24).

No entanto, a igreja é um corpo e especialmente nós que servimos como evangelistas ou nos casos em que a igreja tem seu presbitério, precisamos ter responsabilidade com os irmãos. Nem todos têm a mesma fé. Imagine um irmão que vem ao culto em função do pensamento de outro, contrai a doença, fica muito mal (como alguns dos nossos ficaram) ou mesmo vem a óbito. Nesses momentos a humanidade das pessoas aflora e, com certeza, os servos da igreja seriam acusados como culpados por aquela situação. Por outro lado, estar em casa não impediu que muitos irmãos da igrejas que deixaram de ter cultos presenciais contraissem a doença, pois precisavam trabalhar e ter contato com outros. Por que somente nos cultos todo mundo ficou em casa? Nesse sentido dou razão aos que defendem a permanência do culto presencial. Mas, gosto do que Paulo diz em Filipenses 3:16:

“Seja como for, andemos de acordo com o que já alcançamos.”

A fé é individual e cada discípulo de Jesus está numa fase e, mesmo que alguns deixem de participar por medo ou mesmo “falta de fé” (quem sou eu para julgar a fé do outro?), esses irmãos devem ser amados e respeitados no momento espiritual que vivem e não julgados, criticados ou, como alguns mais radicais fazem, ter seu compromisso com Deus colocado em dúvida.

Há ainda outra questão: a obediência às autoridades. Paulo nos ensina em Romanos 13:1-7 que devemos ser submissos às autoridades constituídas, desde que suas ordens não contrariem à vontade de Deus, conforme Pedro ensina em Atos 5:29. Em Guarulhos, no começo da pandemia, decreto da prefeitura municipal determinou que qualquer grupo que reunisse pessoas estaria sujeito à multa de R$ 10.000,00. Valeria apena desobedecer essa ordem somente para provar que temos fé e somos obedientes a Deus, quando não existia uma ordem para que não houvesse cultos? Durante semanas, antes de iniciarmos os cultos on-line, Pimentas teve seus cultos nos lares, cada família fazendo o seu. E isso o governo não nos proibiu. No primeiro século os cristãos não desafiavam as autoridades fazendo seus cultos ao ar livre, quando proibidos, mas escondidos em catacumbas. Desta maneira, dou graças a Deus pela tecnologia que nos permite ter nossas reuniões virtuais.

Para alguns irmãos, participar de cultos “on line” é falta de fé na proteção de Deus no momento do culto presencial. Para outros, quem está no culto presencial age de maneira inconsequente, colocando-se em risco. Precisamos entender que a fé é individual. De um lado, particularmente, temos participado de nossos cultos presenciais, cientes do risco do contágio, mas confiando em Deus. Porém, sem julgar os irmãos que estão nos cultos “on line”, pois somente Deus conhece os corações e as motivações de cada pessoa. Estamos juntos crescendo em nossa fé, cada um no seu estágio e respeitando os limites, a falta de fé ou de sabedoria que às vezes demonstramos uns para os outros. Não é muito sábio também colocar-se em riscos desnecessários.

A fé demostrada por Esdras foi honrada por Deus. Ele e seus companheiros foram protegidos pela boa mão do Todo-Poderoso. O mesmo podemos dizer de Daniel que arriscou desobedecer ao rei da Babilônia, para não comer o que a lei de Moisés proibia e sua fé foi horada (Daniel 1:8-10).

Sim, a fé em Deus demonstrada por Esdras nos motiva a “arriscarmos” em confiar em nosso Deus. Ao mesmo tempo, a relutância e vergonha dele faz a maioria de nós nos identificar com ele em nossos momentos de altos e baixos. Nenhum de nós é um super servo de Deus, somos todos limitados e necessitados da mão terna, da paciência e do amor do Senhor. Claro que nesta questão há atitudes incoerentes: há irmãos que dizem não ir aos cultos por medo da pandemia, mas postam nas redes sociais suas fotos na praia, nos shoppings, até mesmo em reuniões de lazer. Há outros que não estão presentes nem nos cultos presenciais nem on line. Estes demonstram onde estãos suas prioridades.

Entramos em 2021. Pimentas pretende voltar com todos os cultos presenciais, algo permitido pela prefeitura local, mantendo apenas o culto dominical também on line. Porém, sem medo de, caso necessário e decretado pelo governo, voltar com as reuniões somente pela internet. E, de qualquer forma, compreendendo e respeitando a fé (ou falta dela) de cada um, pois somente Deus tem elementos para medir com precisão o grau de nossa fé. Deixemos, pois, com ele esta questão.

“Você, porém, por que julga o seu irmão? E você, por que despreza o seu irmão? Pois todos temos de comparecer diante do tribunal de Deus.”, Romanos 14.10