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Na Amazônia, se Plantar Nasce!

É bem provável que já nos conheça, seja pessoalmente ou não; mas para os que porventura não saibam, segue um brevíssimo resumo: Somos uma família de cristãos, servindo em tempo integral na obra do Senhor numa pequena congregação em Belém do Pará na Amazônia brasileira; Eu, Júnior, tenho 41 anos e sou cristão há 12; Kátia, minha amada esposa, tem 38 anos e é cristã há 12 anos também; somos pais de 4 meninas: Valeska de 21 anos, Alice de 11, Lívia de 6 e a pequena Manuela de apenas 3 anos; Depois de servir pelos últimos 10 anos no nordeste, aceitamos o convite para mudar de região e continuar a obra evangelística numa congregação com 20 pessoas, iniciada sete anos atrás.

Estamos em Belém do Pará, vivenciando um misto de sabores, sotaques, expressões, vegetações e costumes… já faz 1 ano, mas ainda temos muito o que descobrir! Aqui, a hidroviária é maior que a rodoviária, curral é de peixe, mal cheiro é pitiú e café combina com pupunha! Tem mais urubu do que vira-lata e toda criança gosta de “chopp”* (kkk… * o nome para picolé de saquinho).

Quando chegamos na congregação do Pará fomos recebidos, acolhidos em nossas imperfeiçoes e nos sentimos amados. Porém, o processo de fincar raízes também é doloroso. As meninas sentem falta dos avós, de visitá-los quando têm vontade, sentem saudade dos primos e das brincadeiras despretensiosas e super divertidas.  Nós (adultos) também sentimos saudades. Por mais que saibamos o quanto a missão é nobre, nosso coração sente falta de conversar com alguém que nos conhece desde sempre e sabe de onde viemos.

O trabalho aqui é árduo devido à distância de outras congregações que poderiam nos edificar, e principalmente pelo meio religioso místico e idólatra: de um lado, o catolicismo mariano com uma das maiores manifestações de fé católica do mundo – O Círio de Nazaré… de outro, o meio pentecostal tão forte que não há como mensurar, cheio de denominações pregando revelações, dons de línguas e um misticismo “evangélico” que, às vezes, beira a insanidade.

Neste meio, somos considerados “seita”, porque nos apegamos ao ensino da Bíblia e cultuamos ao Senhor de maneira ordenada e sóbria; na visão pentecostal somos “frios” e estranhos!

Contudo, o Senhor tem nos dado oportunidades de encontrar nesse meio de confusão religiosa, pessoas sedentas por aprender de Jesus e que têm se maravilhado com a simplicidade da vivência do Evangelho. Essas oportunidades servem como renovo de nossas forças.

Ao ler esta notícia gostaríamos que os irmãos se sentissem animados em saber que há um grupo de cristãos que está caminhando nessa jornada de fé na região amazônica. Como também gostaríamos de animá-los a serem participantes ativos de uma obra missionária.

Você foi alcançado um dia através de trabalho missionário? Percebe que agora pode fazer parte de uma obra missionária?

Nós estamos aqui e precisamos do seu apoio, seja através de orações, palavras de encorajamento e conforto, como também de auxílio em nosso sustento familiar mensal. Os custos para viver aqui nesta parte do país são altíssimos, ainda mais quando se tem uma grande família!

Se você tem interesse em saber mais detalhes sobre a obra em Belém, nossos sonhos, planos e projetos para este ano e também para apoiar nossa família nesta obra, por favor responda esta mensagem nos perguntando como pode fazer isso. Toda ajuda é de grande importância para nós.

Um grande a caloroso abraço fraterno dos seus irmãos em Cristo, que nosso Salvador abençoe você e sua família,

Família Crispim
Belém, Pará, Amazônia, Brasil

Uma Nova Jornada

[avatar user=”bjcrispim” size=”thumbnail” align=”left”]Junior Crispim[/avatar] Depois de servir por 10 anos à congregação em João Pessoa e 5 anos em Campina Grande, em julho de 2016 fomos convidados a conhecer a Igreja em Belem do Pará, sendo sondado ao trabalho com a congregação. Depois de meses de orações, aprofundamento na proposta e reposta positiva ao novo projeto, chegou o momento definitivo de mudarmos. Nossa filha Valeska, agora com 20 anos, decidiu ficar em João Pessoa completando seu curso, contrato de trabalho e amadurecendo seus projetos acadêmicos – deixando nosso “até logo” um pouco mais difícil.

Enfim, janeiro de 2017 foi o mês de iniciar a nova jornada. Viajamos de carro, partindo dia 9 de janeiro, tendo o privilégio de conhecer um pouco dos cinco Estados pelo qual passamos. Tantas novidades! Um misto de sabores, sotaques, expressões, vegetações que tivemos a benção de vivenciar. Alice, Lívia e Manuela, nossas três aventureiras, foram firmes e fortes na viagem, sempre animadas e curiosas diante das novas experiências. Tivemos momentos significativos que certamente estarão guardados em nossos corações.

Chegamos em Belém na tarde de 13 de janeiro, com muita chuva nos recebendo – para não descaracterizar a cidade. Ficamos ainda uma semana hospedados num aconchegante hotel enquanto organizávamos o apartamento para a moradia. A primeira quinzena aqui foi digna de maratona: comprar móveis e eletrodomésticos, encontrar escola, matricular as crianças, comprar fardamento e material escolar… até a compra de um botijão de gás foi surpreendentemente difícil! Sem a ajuda da irmandade teria sido impensável tudo isso!

Estamos agora há 2 meses nesta rica cidade e somos muito gratos a Deus pelo privilégio de servir ao Senhor e à irmandade aqui. A congregação é amável, acolhedora, os irmãos têm muita vontade de viver o Evangelho puro e simples; os cultos de adoração tem simplicidade e peculiaridades – como terminar com um abraço coletivo entoando juntos um louvor bem caloroso com o jeito belenense de ser.

Vivemos agora um momento de transição, pois a nossa chegada sinaliza a partida da querida família Fowler, que serve nesta congregação há mais de 6 anos, tendo iniciado os trabalhos aqui juntamente com a família King, que já voltou para os EUA. Diante disto, estamos vigilantes, em orações, respeitosos tendo em vista a grande mudança, mas também muito motivados a estabelecer uma boa parceria de trabalho com os irmãos que aqui estão.

Certamente haverá dificuldades e uma boa mistura de sotaques, de cardápios e experiências. Esperamos, no Senhor, que possamos ser instrumentos usados para o fortalecimento e amadurecimento desta congregação, mantendo os laços de amor e unidade imprescindíveis àqueles que professam a fé no Evangelho da Salvação. Pois, independentemente de onde somos e onde estamos, o discípulo deve ser conhecido através do amor (João 13.35) e este, por sua vez, é universal e eterno.
Junior Crispim,
Belém do Pará