“Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre materno.” – Lucas 1:15
A escolha de João para ser o precursor de Jesus, neste texto, trouxe-me vários pensamentos.
1. A grandeza que devemos buscar é aquela aos olhos de Deus. Às vezes nos preocupamos tanto em agradar as pessoas. Especialmente na juventude às vezes até cometemos erros para agradar nosso “grupo”: colegas de escola, do trabalho, amigos na rua, conhecidos… Quando, como João e depois Jesus (Lucas 2:51-51), basta nos esforçarmos para sermos grandes aos olhos de Deus. Vejamos o elogio feito por Jesus a seu primo João no futuro:
“Sim, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e muito mais do que um profeta.” – Lucas 7:26
“E eu lhes digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João; mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele.” – Lucas 7:28
2. João está entre aqueles na maneira que o texto sagrado diz textualmente que foram escolhidos antes de estarem no ventre materno. No caso de João, pela descrição, era um nazireu de Deus, isto é, um consagrado a Deus antes do nascimento (Números 6:1-21). Alguns personagens importantes no Velho Testamento foram nazireus como Sansão (Juízes 13:3-5) e Samuel (1 Samuel 1:11). Era um privilégio, cheio de responsabilidades. Sansão não valorizou e pagou com a vida. Samuel, sim e, por isso, foi grande instrumento de Deus, profeta, sacerdote e juiz. Ninguém na Bíblia serviu dessa tríplice maneira. Tudo isso porque Samuel valorizou o seu chamado. Às vezes podemos não ser mais utilizados por Deus porque não tomamos cuidado com nossa maneira de viver, que deve ser compatível com o chamado feito pelo Senhor.
3. A importância dos pais na vida espiritual dos filhos. Não é por acaso que Deus escolheu casais piedosos para cuidarem daqueles que cumpririam grandes missões. Zacarias e Isabel e José e Maria não foram escolhidos por acaso para serem pais de João Batista e Jesus.
Como pais, temos grande responsabilidade na condução de nossos filhos, especialmente na vida espiritual. Esse texto fez-me lembrar dos 49 dias que eu e minha esposa, diariamente, íamos visitar Josué, nascido de forma prematura no 7º mês de gestação. Todos os dias, antes do fim da visita, eu colocava a mão na cabeça dele e orava por ele. Para que logo fosse para casa, que crescesse e, no futuro, fosse um servo de Deus. Isso em 2008.
No ano passado meu coração encheu-se de alegria quando minha esposa disse: “Josué quer ser batizado”. Hoje, lágrimas vêm aos olhos quando vejo ele ajudando a servir a ceia ou manuseando o projetor dos cânticos. Por isso, diariamente oro pela vida dele, em todas as áreas, especialmente na vida espiritual. Fazemos o mesmo pela irmã dele, Bárbara.
E nos esforçamos, eu e a mãe deles, sermos exemplos de fé e dedicação a Deus. Quando falho e ajo de maneira incoerente, vou até ele, reconheço e peço perdão. Tudo porque desejo que Josué seja grande aos olhos de Deus.
Como cristãos, nosso ministério é primeiro em casa. Os filhos precisam ver que aquilo que falamos, incentivamos e ensinamos os de fora, é vivido dentro do lar. Claro que João Batista tinha um chamado desde o ventre materno, como Paulo (Gálatas 1:15) e Jeremias (Jeremias 1:5). Mas, para que atingisse todo o seu potencial, Deus o colocou numa família piedosa.
Que seus filhos, meu irmão, minha irmã, tenham esse mesmo privilégio, crescerem numa família que ama verdadeiramente ao Senhor e vive em obediência a vontade dele.