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SEGUINDO A JESUS DO JEITO DELE – Parte 1

INTRODUÇÃO

Defina a palavra “cristão”.

Veja definição do dicionário: aquele que professa ou segue uma igreja de uma das modalidades do cristianismo, aquele que professa a religião de Cristo ou, a pior definição, uma das modalidades do cristianismo.

Por essa definição o catolicismo com seu catecismo particular e a tradição, o adventismo no qual praticamente Ellen White rivaliza com Jesus ou qualquer grupo que fala bem de Jesus é suficiente. É isto que Jesus nos ensina na Bíblia?

Porém, falar bem de Jesus, apreciar ao Senhor Jesus não significa ser cristão. Jesus não chama simpatizantes, mas seguidores obedientes a Ele.

Por este motivo, neste mês de maio [2023], estou pregando na igreja nos Pimentas uma série de lições sobre o tema: Seguindo o jeito dele. Não o da nossa escolha.

Convido você, meu querido leitor, a ler o texto principal dessas lições: Lucas 14:25-33.

Deixe-me comentar alguns dos versículos.

A GRANDE MULTIDÃO SEGUE JESUS… DE LONGE.

“Grandes multidões acompanhavam a Jesus…”

Jesus foi popular na sua época e é popular hoje – todos gostam de Jesus, desde que mantenha certa distância dele, com pouco compromisso.

Jesus não se impressiona com números, Ele deseja ver comprometimento. Normalmente, quando se quer agradar, diminui-se o preço, abrandam-se os termos, negocia-se. Com Jesus não há negociação.

Ser um seguidor de Jesus é sair da multidão. Que até gosta de Jesus, porém, não quer um compromisso maior com Ele.

Por isso, o Senhor se volta: STOP! Pare e pense se você quer mesmo me seguir.

É UMA DECISÃO PESSOAL

“Se alguém vem a mim…”

Este mês meu filho, Josué, de 14 anos, completou seu primeiro ano de novo nascimento. Eu perguntei a ele: “Se eu e sua mãe deixássemos a vida cristã, você permaneceria? Comprometido com Jesus? Buscando crescer no conhecimento da Palavra de Deus, buscando aplicar aquilo que aprendeu? Domingo de manhã daria um jeito de estar com os irmãos?”

A decisão de seguir a Jesus é pessoal, não pode ser delegada, a fé não pode estar baseada em outra pessoa ou outra motivação que não seja Jesus.

Por isso ele coloca alguns termos, que devemos pensar antes de descer às águas. E precisamos, de tempos em tempos, revisarmos, especialmente quando vamos ajudar alguém na sua decisão.

É UM AMOR CENTRALIZADO EM JESUS

Qual é o grande amor de sua vida, pelo qual você vive e dedica o melhor de você? É Jesus?

Na congregação dos Pimentas recomendamos aos jovens que um cristão não namore (e muito menos case) com uma pessoa que ainda não chama Jesus de Senhor e passou pelos passos da fé. 

De vez em quando alguém não ouve e faz o contrário. O resultado: fica dividido entre Jesus e o mundo sem Deus ou abandona o reino de Deus pela pessoa que escolheu.

Abraão viveu esse dilema em Gênesis 22 – “Quem, de fato, é o amor da sua vida?”, disse Deus a Abraão, um pai apaixonado por seu único filho com cerca de 15 anos. Ele foi aprovado porque mostrou quem era o seu grande amor.

Então lhe disse: — Não estenda a mão sobre o menino e não faça nada a ele, pois agora sei que você teme a Deus, porque não me negou o seu filho, o seu único filho.” – Gênesis 22:12

O PREÇO: ATÉ A SUA PRÓPRIA VIDA. SENTENÇA: NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO.

Há um preço a pagar: onde está o seu coração?

“Onde está o seu tesouro (seu amor), ali estará o seu coração.” Mateus 6:21

Como descobrir isso na prática?

Onde eu invisto o melhor do meu tempo, das minhas energias, dos meus pensamentos, dos meus bens, do meu dinheiro – ali está, na verdade, o meu coração. E Jesus deseja ser o centro da vida.

Precisamos ensinar isso a quem diz querer seguir o Senhor.

Precisamos, de tempos em tempos, fazer um inventário de nosso coração.

Estou seguindo a Jesus do jeito dele, colocando-o como o maior amor de minha vida. Ou conforme minhas conveniências pessoais?

“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” – 2 Coríntios 5:15

Exemplo 1: Não posso decidir seguir Jesus ainda porque meu pai, minha mãe, minha esposa, meu marido, minhas conveniências não permitem.

Resposta: sim, você não pode, pois, todo esse pessoal tem mais peso na sua vida do que o Senhor Jesus, portanto, não está preparado.

Exemplo 2: Vou seguir Jesus pressionado por meu pai, minha mãe, minha esposa e meu marido.

Resposta: Não faça, pois sua motivação não é o Senhor Jesus, logo, também não está preparado.

Há uma cruz para carregar – a morte para os próprios desejos e conveniências, pois, seguir a Jesus, exige mudança de vida.

Crer, arrepender, confessar – tudo o que precisarei deixar para seguir Jesus.

Seguir ao Senhor não é acrescentar à sua vida, mas deixar tudo por Ele.

Mateus 13:44-46 – As parábolas do tesouro e da pérola. As pessoas ali, venderam tudo e trocaram pelo tesouro e pérola representados pelo reino de Deus.

O CÁLCULO DO PREÇO PARA SEGUIR A JESUS

Primeiro, estou disposto mesmo a seguir? Já sei as lutas que irei travar contra mim mesmo para seguir o Senhor?

Jesus exemplifica a partir da construção de uma torre. Precisa calcular o material, mão de obra, tempo, dedicação. Não deve tomar a decisão baseado na empolgação.

Quais valores terei que deixar de lado? Paulo disse ter considerado tudo lixo para seguir o Senhor – Filipenses 3:8-14

Quais relacionamentos terei que deixar para seguir o Senhor?

Quais mudanças Jesus requererá em mim?

Quais pecados sei que terei que travar uma guerra de vida ou morte para ser um discípulo fiel? – Hebreus 12:4

Jesus não abranda suas exigências, Ele nos chama ao arrependimento, à mudança de Senhor, de direção, de vida.

Com base na história contada pelo rei de 10 mil que vai lutar contra o de 20 mil: vale a pena permanecer inimigo de Jesus e comparecer sozinho diante de Deus no Juízo Final?

Vale a pena viver aqui na terra em guerra com Jesus, vivendo a vida da minha maneira? É o famoso rebelde cordial: diz amar a Jesus e Sua Palavra, mas vive à sua maneira.

Estou disposto a comparecer diante do tribunal de Deus, no último dia, desacompanhado do meu advogado Jesus? Essa será a grande diferença.

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” – João 3:36

1 João 2:1 – No último dia a grande diferença será estarmos ou não acompanhados do advogado, Jesus Cristo.

No inferno haverá muita gente boa, que pensava ser cristão, mas era apenas simpatizante, porque não quis viver segundo os termos de Jesus e imaginou que seu jeito de viver seria suficiente. 

Por outro lado, haverá gente má no céu, porque um dia percebeu que viver do seu jeito, à sua moda, o levaria para a perdição. E decidiu mudar.

Ler o versículo 33 – Precisa renunciar a tudo, é uma ofensa para Deus alguém não colocar Jesus e seu evangelho como prioridade. 

CONCLUSÃO

Eu e você que um dia confessamos a Jesus como Senhor, estamos vivendo a vida cristã à moda dele ou à nossa maneira?

Você que ainda não confessou, que tal buscar nas Palavras de Jesus o jeito dele para viver? Ao invés de buscar em pessoas ou mesmo no mundo religioso.

O cristão verdadeiro segue a Jesus, DO JEITO DELE, não do seu. 

Fora disso será viver uma vida religiosa, enganando-nos a nós mesmos.

Próximo artigo: ser cristão segundo Jesus é ter as mesmas prioridades dele. Até lá.

APARÊNCIA RELIGIOSA OU ESTILO DE VIDA?

APARÊNCIA RELIGIOSA OU ESTILO DE VIDA?

“No sexto ano, no sexto mês, aos cinco dias do mês, quando eu estava sentado em minha casa e os anciãos de Judá estavam sentados diante de mim, aconteceu que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim.” – Ezequiel 8:1

“Eis que ali estava a glória do Deus de Israel, como na visão que eu tive no vale.” – Ezequiel 8:4

“Então me disse: — Filho do homem, você está vendo o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um na sua sala de imagens? Pois dizem: ‘O Senhor não nos vê, o Senhor abandonou a terra.'” – Ezequiel 8:12

O livro de Ezequiel é repleto de visões que o profeta tem com Deus. Nesta visão ele vê um ser celestial que mostra a glória de Deus. No Velho Testamento trata-se da presença especial e visível de Deus.

Porém, o que chama a atenção no texto de hoje é a revelação feita a Ezequiel dos pecados cometidos pela nação, razão de sua deportação para a Babilônia. Eles cultuam imagens dos deuses das nações e adoram ao próprio sol (vs. 16-b).

Deus mostra no texto de hoje que os anciãos de Israel vivem apenas de aparência religiosa, mas, às escondidas, isto é, nas trevas, prestam culto também aos deuses falsos das nações vizinhas. A idolatria foi um dos grandes responsáveis pelo exílio babilônico. A alegação desses profetas é que Deus não vê tudo o que eles fazem.

Eis a grande diferença de uma vida apenas religiosa daquela integralmente vivida para Deus. Uma vida religiosa normalmente é apenas aparente e resume-se aos momentos de celebração, aos ritos, tais como, estar presente no culto, ofertar, participar da ceia do Senhor.

A vida integralmente dedicada a Deus também faz com que o adorador esteja presente nas reuniões, faça todos esses ritos, porém, eles são consequências de uma vida dedicada a Deus em todas as outras áreas da vida. É um estilo de vida, presente na vida todos os dias.

O motivo de uma vida assim, piedosa, santa, mas também transparente o suficiente para reconhecer onde está errando, vem de um profundo amor, mas também temor e reverência de Deus. Há vários textos na Bíblia que nos incentivam a viver na integridade cristã, mas o meu predileto é este:

“Afaste-se do mal e pratique o bem, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam o mal.” – 1 Pedro 3:11-12

A certeza da presença Deus diária nos olhando deve criar em nós uma vida transparente com relação aos nossos pecados, confessando-os a Deus (1 João 1:9) e, quando necessário, também aos irmãos em Cristo (Tiago 5:16).

No tempo de Ezequiel, os anciãos, que deveriam zelar pelo bem-estar espiritual da nação, pecavam contra Deus às escondidas, nas trevas, enganando-se, pensando que Deus não conhecia suas atitudes.

No domingo os discípulos de Jesus reúnem-se para celebrar ao seu Senhor, em especial quando participam da ceia do Senhor, que representa a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus.

Que na segunda-feira a celebração a Deus continue através de uma vida dedicada a Ele, porque sabemos que seus olhos continuam a repousar sobre nós e que todos os dias vivamos à sombra do Onipotente Deus (Salmo 91:1).

VIVEMOS O QUE PREGAMOS E PREGAMOS O QUE VIVEMOS?

“Então pus jarras cheias de vinho e copos diante dos filhos da casa dos recabitas e lhes disse: — Bebam! Mas eles disseram: — Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ordenou: “Nunca bebam vinho, nem vocês nem os seus filhos.” – Jeremias 35:5-6

O capítulo de hoje tem como título na versão da minha Bíblia, “o exemplo dos recabitas”, povo nômade que habitou Israel.

Deus manda que Jeremias lhes ofereça vinho e eles dizem que não beberão, pois assim foram ensinados. Deus, então, utiliza essa coerência na vida dos recabitas para condenar a desobediência de Judá, que há séculos era ensinado pelo próprio Deus através dos profetas que ele enviava e mesmo assim vivia em constante rebeldia aos ensinos do Senhor. Afirmava ser o povo de Deus, mas não vivia de acordo com essa condição.

De fato, se há algo elogiável numa pessoa é a coerência entre aquilo que ela diz ser e valorizar e suas atitudes no dia a dia. Conheço pessoas que, por seus valores, até mesmo sofrem, perdem financeiramente, mas mantém a coerência entre o que dizem ser e o comportamento, isto é, a maneira em que vivem.

É o que o Senhor Jesus espera ver em nós nas palavras ditas no evangelho de Mateus:

“— Nem todo o que me diz: “Senhor, Senhor!” entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” – Mateus 7:21

Por outro lado, Deus condenou os religiosos de sua época, os fariseus, exatamente pela incoerência que havia entre o discurso daqueles e a maneira como viviam. Por isso foram chamados de hipócritas ou atores, apenas representavam um papel.

“Então Jesus falou às multidões e aos seus discípulos: — Na cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus. Portanto, façam e observem tudo o que eles disserem a vocês, mas não os imitem em suas obras; porque dizem e não fazem.” – Mateus 23:1-3

Sim, temos um nome a zelar, somos cristãos, isto é, pessoas que decidiram um dia serem discípulos de Jesus (Atos 11:26) e viverem conforme os seus mandamentos e seu exemplo de vida.

Porém, nem sempre, infelizmente, vemos cristãos vivendo de acordo com aquilo que são ou pelo menos dizem ser. Quando é conveniente, deixam de lado seus valores e vivem como os pagãos. Nosso Mestre, Jesus Cristo, quer ver em nós frutos, isto é, ações que condizem com aquilo que somos, filhos de Deus e seguidores de Jesus.

“Ao verem a ousadia de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, ficaram admirados; e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” – Atos 4:13

Vejam que texto maravilhoso. A maneira de Pedro e João agirem os denunciava como sendo pessoas que haviam estado com Jesus, isto é, suas vidas atestaram a influência do Mestre.

Claro que não estou falando de perfeição, isso somente no céu. Mas, viver em coerência é buscar obedecer os mandamentos do Mestre e, quando falhamos, termos a humildade para reconhecer. Isto é, aquilo que falamos deve ser cada vez mais próximo daquilo que vivemos.

Que sejamos pessoas coerentes entre aquilo que dizemos ser (filhos de Deus e seguidores de Jesus). Que nossos valores vividos mostrem isso em nossa maneira de proceder, mostrando a coerência entre a fé que dizemos ter e nossas atitudes no nosso dia a dia.