fbpx

“Identidade” – Hb 13.8

Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre

          Hebreus é uma das cartas do Novo testamento mas enigmáticas, o leitor não se surpreende com a sequência de frases aparentemente soltas que o autor “solta” no texto”, hoje gostaria de conversar sobre um desses “textos soltos”, é sempre válido dedicar alguns minutos do nosso dia para refletir nessas frases, que no fim se mostram tão potentes, fazendo algumas perguntas “O Que Significa?” “Qual a importância disso?”, havendo paciência, todos os textos são plenamente compreensíveis..

          O texto de Hebreus é tão singular quanto o de Romanos, sobre a superioridade de Jesus, e portanto da nova aliança, em relação a velha aliança, essa superioridade se dá por diversos fatores abordados ao longo do livro, de modo que quando chegamos no capítulo 13 o leitor já está mentalmente condicionado a compreender a magnitude e amplitude do exemplo de Jesus, ficando implícito certo comportamento (Ef 3.4,5, 17-19).

          O Jesus de ontem se sacrificou, veio à Terra, anunciando a vontade de Deus, foi perseguido e morto, mas só ao terceiro dia ressuscitou, vencendo a morte, que antes governava sobre os filhos da ira. (Rm 6.8,9)

          O Jesus de hoje aguarda que todos sejam salvos, o amor de Deus por nós é constante e constantemente espera pela nossa resposta, seja ela positiva ou negativa, é preciso conviver com o resultado imediato desta decisão (Rm 2.7, 2 Pe 3.9).

          O Jesus de sempre é galardoador dos que o buscam, sempre disponível, sempre verdadeiro, sempre paciente, sempre amoroso, entre tantos sempres que poderíamos biblicamente citar, o “Senhor de toda Justiça” é o aspecto mais mal interpretado e esquecido dEle. É preciso reconhecer que o evangelho não pede perdão, mas exige que aqueles que o seguem, sigam o exemplo de Jesus, O Cristo de Deus para a humanidade, que foi até às últimas consequências para provar ao mundo que Deus nos ama (Tg 1.2-4).

 

E nós?

 

          O que se espera do Cristão não é nada mais que seguir seu mestre, o princípio da eternidade do Cristo pode e precisa ser compreendida assim, sempre dispostos a perdoar e a cuidar da vida de outras pessoas, sejam elas cristãs, ou não, pessoas que gostamos ou não, lembre-se sempre do que Jesus fez por você e faça exatamente o mesmo.

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; […] Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas

– Efésios 2.1-10 –

 

Que Deus abra os nossos olhos para entendermos quem somos e para quê fomos chamados, e assim, sejamos capazes de abençoar outras vidas, especialmente a de nossos irmãos em Cristo.

 

***

Oremos Pelo Caráter dos Nosso Filhos

Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude. Como é feliz o homem cuja aljava está cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal. (Salmos 127:3-5 NVI)  

Você provavelmente já viu um vídeo na internet (com mais de 1 milhão de visualizações) mostrando uma menininha linda, falante, esperta, jurando não ter batido no colega na escola, nem desobedecido à professora. A mãe lê o bilhete da professora e as reações da menina são teatrais, mostrando uma desenvoltura absurda para sustentar sua mentira. O mais triste é que a mãe dá risadas e o mundo dá risadas da encenação.

Na minha casa encontrei a sanduicheira suja e impregnada de ovo há nem sei quantos dias e nenhum voluntário para limpar a bagunça; por vezes pego meu celular sendo usado para assistir “canal” por alguém bem pequeno embaixo de uma mesa; Na sua casa também tem objetos suicidas? – aqueles que aparecem quebrados e devem ter se jogado sozinhos no chão?

Ando me incomodando com dezenas de ‘foi sem querer’ que escuto no dia como justificativa de quem não se dispõe a pedir sinceras desculpas, ou pelo fato de não querer assumir as consequências dos próprios atos. Me entristece quando indago minhas crianças sobre alguma sujeira no sofá, algo fora do lugar, ou durante uma discussão delas e a resposta é “cri-cri-cri…” (silêncio ou dar de ombros).

Sei que minhas crianças são obedientes, amorosas, leais, inteligentes, respeitosas; e a menininha do vídeo também não está sendo julgada aqui. Elas não são perfeitas, nem serão, porque Perfeito só o Pai!

Acontece que o jeitinho cativante e olhinhos meigos que me fazem aliviar a bronca não me impedem de ser instigada e impelida a ORAR PELO CARÁTER DAS MINHAS CRIANÇAS.
Sendo bem específica:

  • Orar para que elas não se amoldem ao padrão mundano,
  • Orar que tenham intrepidez e honra de assumir as falhas e se revistam de coragem para pedir perdão e reparar os erros,
  • Orar para que cara feia ou possível bronca não sejam mais assustadores do que o hábito de mentir ou enganar.
  • Orar para que elas não sejam enganadas com a mentira de que podem fazer as coisas escondido, mas sejam sóbrias e equilibradas na certeza de que tem um Pai amoroso, um Deus soberano que tudo vê, tudo sabe e mesmo assim nos dá a condição e força de confiar no Seu Amor perdoador.

Nós cristãos, temos o privilégio de usar a jornada aqui na terra para sermos moldados e aperfeiçoados no Senhor. Para isso, devemos confrontar tudo o que vemos e ouvimos com os ensinamentos bíblicos e a prática cristã. Sei que tenho falhas e não consigo carregar o peso de moldar as minhas crianças no padrão de Deus – isso me conforta, saber que o molde é DELE, o padrão foi Ele quem criou e estabeleceu.

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno. (Salmos 139:23-24 NVI)

Não quero perder o foco diante do que não posso fazer. Do contrário, quero manter o foco no que posso: entregar em oração o meu caráter e de cada uma das minhas filhas. Creio que Ele pode, hoje e sempre, transformar qualquer vida e restaurar qualquer padrão naquele que Ele deseja. Que Deus nos abençoe a sermos sempre motivados a dobrar os joelhos e entregar o que temos de mais precioso para os cuidados Dele – nossa vida e família.

Minha oração: Oh, Pai celestial, cuida da minha vida e da minha família. Que o Senhor nos mantenha de olhos abertos para confrontar os padrões do mundo e corações dispostos a sermos moldados conforme a Tua vontade.

Benignidade – O Fruto do Espírito

Esta é uma aula que dei na congregação de Campinas, na reunião de mulheres e gostaria de compartilhar com vocês alguns pensamentos.

Você já ouviu falar de benignidade?
A benignidade significa gentileza, doçura de temperamento. A pessoa que manifesta a benignidade possui uma disposição graciosa, a qual abrange ternura, compaixão e brandura. A benignidade nos predispõe a fazer o que é bom. Ela está estreitamente associada à bondade, isto é, à prática de ações benignas. O benigno é benévolo, suave, brando, agradável, não perigoso, nem maligno. A benignidade e a bondade são aspectos tão íntimos do fruto do Espírito que é difícil distingui-los. Quem é bom, também é benigno e vice-versa. Porém, é importante definir a diferença entre eles, mesmo sendo uma linha tão tênue.
Ambas originam-se do amor. A benignidade é amor compassivo, excelência de caráter, pensar bem do próximo, gentileza, está relacionado com o julgamento e, a bondade, amor atuante, em ação com o próximo, misericórdia.
Estas virtudes, produzidas em nós pelo Espírito Santo, aludem ao nosso relacionamento com o próximo.

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. (Colossenses 3:12-13)

A benignidade é o reconhecimento de que a personalidade humana é valiosa, devendo ser manejada com cuidado.  Esta virtude é algo primordial para encontrarmos favor diante de Deus e dos homens

Que a benignidade e a lealdade jamais te abandonem: ata-as ao redor do pescoço, assim, encontrarás favor diante de Deus e dos homens, bem como boa reputação. (Provérbios 3:3-4)

A benignidade é algo que devemos então, levar sempre conosco, “amarrar em nosso pescoço”, geralmente amarramos em nosso pescoço itens que não gostaríamos de esquecer, como por exemplo óculos, crachá, cartões de ônibus, assim é com a benignidade também e a lealdade, para que tenhamos favor diante de Deus e boa reputação diante dos homens.
Benignidade é o interesse que alguém tem em sentir o que seu próximo sente. Se o outro chora, o benigno chora; se o outro ri, o benigno ri; se o outro está angustiado, o benigno se angustia. Assim, em lugar de “não estar nem aí” pelo outro, o benigno se interessa não só pelas necessidades do outro, mas pelos seus sentimentos, este é um grande desafio, visto que a sociedade de hoje está cada vez mais individualista, pensando nos seus próprios interesses.
O modelo de nossa benignidade é o comportamento de Deus, que é perfeitamente benigno. 
Ele é benigno porque Sua misericórdia para conosco não depende de nossa fidelidade ou de nossa gratidão, além disso, deu o Seu filho para morrer por nós naquela cruz (João 3:16)  Deus é benigno por Sua obra de redenção. Somos salvos pela benignidade do Pai, ao nos dar Seu Filho, sem esperar nada em troca, para que nós tivéssemos vida.
Expandindo um pensamento que li essa semana, de um autor desconhecido acerca da bondade e da benignidade, quem sabe poderíamos exemplificar assim:

“Se eu tiver fome e você me der pão para comer isto é bondade. Mas, se você passar nutella nele, sorrir para mim, me der algum tempo de atenção, acariciar o meu rosto e orar comigo, isto é benignidade em sua mais pura manifestação, vinda do próprio Deus.”.

Achei isso muito lindo. A bondade faz o que é certo muitas vezes, mas a benignidade transforma coisas simples em coisas especiais. Assim, ela vai além de interesses próprios, pois não enxerga com os olhos humanos, enxerga com os olhos de Deus.
Que o Senhor nos ajude a desenvolvermos a benignidade, esse fruto do espírito maravilhoso.

“O resultado final da benignidade é que ela atrai pessoas a Jesus”