fbpx

Princípios Bíblicos na Adoração e Obediência

Todo lugar que fala de Deus é bom? Todos os caminhos levam a Deus? Devemos adorar a Deus de acordo com os nossos corações? Deus vê a intenção acima do mandamento? Apesar de Deus ser misericordioso com os que estão buscando sinceramente a vontade DELE, precisamos progredir e prestar adoração com certeza absoluta, não de acordo com o nosso próprio pensamento e coração.

Tomemos Cornélio como exemplo. Ele nem era judeu. O que ele estava fazendo não o justificaria, se não fosse a intervenção divina que lhe enviou o apóstolo Pedro. Este pregou o evangelho para ele e todos os seus e os batizou. Ele deixou de adorar a Deus do jeito que ele achava ou imitando os judeus, mas agora ele tinha o Espírito Santo e foi instruído por Pedro.

Vamos ver quatro exemplos sobre a questão de adorar a Deus com a melhor das nossas intenções.

Oferta Rejeitada – Gênesis 4:3-5

Será que qualquer tipo de adoração é aceita por Deus? A resposta para esta questão, apesar de parecer simples, não é tão óbvia assim, principalmente quando tiramos do mundo das ideias e colocamos na prática.

Hoje milhares de pessoas são ensinadas a ofertar o que tem naquele momento, mas não foi assim que Deus planejou a oferta desde o princípio. Ele ensinou Adão e Eva como ofertar, e eles ensinaram seus filhos. Eles disseram que tinha que ser o melhor do melhor que você tem para ofertar a Deus e não segundo os seus interesses e de um modo relaxado. Deus quer que tenhamos um propósito, que meditemos sobre a oferta, que nos esforcemos para trazer o melhor. Deus não nos desafia para dar o que tem no momento da oferta e para receber segundo os seus interesses; na verdade, a oferta é o que Deus já abençoou.

Abel trouxe da sua melhor oferta, e Caim, do resto. Certamente você conhece as consequências de não obedecer a Deus. Lembrando, a história acabou em homicídio. O que já estava errado, para não dizer que tinha sido um pecado de trazer para Deus um resto, tomou um rumo pior ainda.

Deus merece o melhor, não alguma coisa que você tenha para agradecer e compartilhar as bênçãos.

Adoração Inadequada – Levítico 10:1-2

Se é verdade que Deus aceita todo tipo de adoração, de todas as religiões e denominações, por que Ele foi tão severo com Nadabe e Abiú?

Nadabe e Abiú eram dois dos filhos de Arão, o primeiro sumo sacerdote do povo de Israel. A história deles é relatada no livro de Levítico, capítulo 10 da Bíblia. Resumidamente: Nadabe e Abiú decidiram oferecer incenso perante o Senhor de uma maneira não autorizada, usando fogo estranho que não tinha sido ordenado por Deus. Eles desobedeceram às instruções divinas sobre como realizar o ritual de adoração. Como consequência dessa desobediência, o fogo saiu da presença do Senhor e consumiu Nadabe e Abiú, resultando em suas mortes imediatas.

Deus não quer fogo estranho na adoração a Ele, isto é, não traga o que Deus não diz claramente no Novo Testamento. Deus nunca pediu danças, apresentações, manifestações da sua religiosidade, o seu coração do jeito que está e o que você tem para dar do seu jeito. Deus quer que o adoremos em verdade e em espírito, isto é, de um modo racional e com certeza absoluta. Não adore a Deus trazendo o livro de “Eu Acho” capítulo 7 versículo 5.

Em nenhum lugar diz que Deus vai nos consumir com fogo do céu, então para que arriscar?

Desobediência Fatal – 2 Samuel 6:6-7

Correndo o risco de ser repetitivo, pois você deveria conhecer esta história para não repetir os mesmos erros, esta passagem acima descreve um incidente em que o rei Davi estava transportando a Arca da Aliança de volta para Jerusalém. Durante o transporte da Arca da Aliança, os bois que a carregavam tropeçaram, fazendo com que a Arca balançasse. Uzá, um dos homens que acompanhava o transporte, estendeu a mão para segurar a Arca, provavelmente com a intenção de impedi-la de cair. No entanto, Deus ficou irado com a ação de Uzá e feriu-o por seu toque irreverente na Arca. Somente sacerdotes da tribo de Levi tinham permissão de tocar na Arca.

Deus não aceita a boa intenção do seu coração e ações. Ele deixou escrito o que o agrada. É seu dever ler ou, no mínimo, ouvir o que Ele quer. A fonte da vontade de Deus? A Bíblia e, hoje mais especificamente, o Novo Testamento.

Se você quer adorar a Deus do seu jeito e com irreverência, fazendo coisas que Ele não permite, então esteja pronto para enfrentar as consequências.

Sacrifício Inconsequente – 1 Samuel 13:8-14

Esta passagem relata o erro do rei Saul ao oferecer sacrifícios a Deus sem esperar pelo profeta Samuel, que era o designado para fazê-lo. Isso demonstra a importância da obediência às instruções divinas e as consequências da desobediência, enfatizando que Deus requer respeito por Seus decretos.

Enquanto Saul estava oferecendo o sacrifício, Samuel chegou. Ele imediatamente repreendeu Saul por sua desobediência, afirmando que, por causa disso, o reino de Saul não seria estabelecido e que Deus havia escolhido outro para ser rei.

Conclusão

Muitos agem hoje como se ignorassem a mulher samaritana no poço de Jacó, que encontrou um homem judeu e ele ousadamente conversou com ela. Ela reconheceu que ele era um profeta, mas tinha uma dúvida: onde e como devemos adorar a Deus? Ele respondeu que os samaritanos adoravam o que não conheciam, e a salvação vinha dos judeus, e este era o modo certo. Então, ela, para se justificar, disse que quem iria definir isso era o Messias, mesmo que estivesse escrito. Então, o homem disse à mulher: “Eu o sou, eu que falo contigo” (João 4:4-26).

Os princípios para adoração e obediência são:

Ofertar o melhor a Deus: Deus espera que ofereçamos o melhor do que temos em adoração, não apenas o que temos no momento, e que façamos isso com planejamento, um propósito e meditação.
Adorar a Deus de acordo com as Suas instruções: A adoração deve ser feita de acordo com as instruções divinas, evitando a introdução de elementos não autorizados ou “fogo estranho.”
Obediência às instruções divinas: A obediência às instruções de Deus é fundamental, e desobedecer a elas pode ter consequências graves.
Respeito pelos mandamentos de Deus: É importante respeitar os decretos divinos e agir de acordo com a vontade de Deus, em vez de seguir nossa própria interpretação.

Estas quatro histórias são do Velho Testamento. Pelo menos duas vezes apontei que o Novo Testamento tem proeminência nas nossas vidas, então, por que usei estas histórias do Velho Testamento?

O Velho Testamento foi escrito para o povo judeu e eles tanto estavam presos a ele quanto protegidos por ele até que a fé em pessoa chegasse. Quando Jesus chegou, aboliu a Lei e suas ordenanças (Gl 3:23-25). Se uma pessoa quer obedecer só um dos mandamentos da Lei, está obrigada (não é opcional) a guardar toda a Lei. Hoje quem quer se justificar usando o Velho Testamento, está se condenando, se desliga de Cristo e cai da graça (Gálatas 5:1-4). Maldito quem se coloca debaixo da Lei hoje (Gálatas 3:10).

Então, o Velho Testamento pode ser usado, mas tem que saber como usar (1 Tm 1:8). A Lei hoje serve como exemplo para nós e também para nos ensinar, porém, não é a nossa Lei, pois nem sequer judeus nós somos (Romanos 15:4; 1 Co 10:6, 11).

O fim do Velho Testamento é Cristo (Rm 10:4).

Louvor Opcional, Adoração Obrigatória

Por causa do confinamento preventivo ao COVID-19 (novo Coronavírus) Com as transmissões ao vivo dos cultos nos lares, muitos que optaram por usar instrumentos musicais no louvor, se viram impossibilitados de continuar com estas práticas (no entanto, a prática de uso de instrumentos musicais voltou a ser inserida nas transmissões on-line posteriormente).

As famílias que optaram por reunirem-se somente no núcleo familiar geralmente não têm um instrumentista, mas todos podem cantar em adoração ao Senhor. Isto não os impediu de adorar a Deus, pois o uso é uma opção inserida pela opinião e não por mandamento. Voltamos, de certo modo, às práticas como no tempo de Jesus nas sinagogas, nos lares e no começo da igreja. Historicamente os instrumentos só foram inseridos muitos e muitos anos depois.

Clemente de Alexandria viveu entre 150 a 217 depois de Cristo, foi um escritor, teólogo, apologista cristão grego nascido em Atenas e escreveu em O Pedagogo, ele escreveu: “Que deixemos o oboé aos pastores [de rebanhos] e a flauta aos homens cegos, que rendem aos ídolos um culto supersticioso. Esses instrumentos devem ser banidos dos banquetes sóbrios e bem regrados, pois eles convêm melhor a bestas do que aos homens, a não ser aos homens ferozes e selvagens… É necessário eliminar todos os espetáculos indignos, todos os discursos que ferem o pudor e tudo o que tem aparência de intemperança vergonhosa, pois ela faz entrar a voluptuosidade na alma pelos sentidos que ela seduz.” Historicamente a igreja não usava instrumentos musicais para adorar a Deus e o Novo Testamento, nosso único guia, não ensina tal prática.

Num primeiro momento na nossa história com a COVID-19, isso mostrou que a inserção de instrumentos musicais é realmente um acréscimo que homens religiosos escolheram para agradar a si mesmos, pois não estavam seguindo orientações neo-testamentárias. No entanto, não tiveram problemas de orar, cantar, fazer a coleta, a ceia, pregar a palavra e manter comunhão com um ou dois e familiares, em nome de Jesus. No passado, conversando com um deles que desviou totalmente adotando práticas que não encontramos respaldos bíblicos sobre o assunto, ele me disse:

– Eu particularmente não tenho nada contra [instrumentos musicais]. Tenho estudado bastante sobre o assunto e a conclusão que tenho chegado é que é uma questão de opinião.

Fico pensando onde as pessoas têm estudado sobre o assunto se a fonte é a Bíblia? Onde na Bíblia temos adoração opcional ou com base em opinião? Até uso a palavra louvor no título deste artigo, porque louvor não é adoração. Posso louvar uma pessoa, mas adoração é só a Deus. Uma pessoa pode louvar com instrumentos musicais, mas não pode adorar a Deus, pois Ele nunca pediu isso no Novo Testamento. Fica no mesmo nível de fazer uma canção de amor para quem se ama. É um louvor à beleza, personalidade e até os defeitos, mas não é uma adoração para a pessoa.

Vamos pensar sobre opcional ou opinião na adoração a Deus: Oração é mandamento ou opcional? Podemos, por nossa opinião, não ter orações? Cânticos com o coração é mandamento neo-testamentário ou é opcional? Por causa da opinião podemos retirar os cânticos? Oferta é um mandamento bíblico ou coisa opcional? Será que os ‘pastores’ por aí concordariam fazer uma reunião com a opinião de que, por opção, deveríamos não ter a oferta? Certamente eles perderiam o objetivo de reunirem centenas ou milhares de pessoas, pois não teriam arrecadação (que é o único objetivo de muitas organizações religiosas).

A Ceia do Senhor é opcional ou é um mandamento que, por opinião de qualquer um, poderíamos não ter? Leitura e pregação da palavra é um mandamento ou tem bases em uma opinião nossa? Podemos optar por não ter leitura e pregação num domingo desses? Comunhão é mandamento ou é opcional? Faltar ao culto é uma questão de opinião? Deus não é opcional e não está nem aí com as nossas opiniões. Me corrigindo, acredito que Deus liga, sim, para as nossas opiniões, mas Ele as ouve com tristeza, pois acréscimos opcionais são feitos diminuindo o valor por tudo o que Jesus morreu. Deus é exclusivista e não inclui o que nos agrada, mas o que nós precisamos fazer para o nosso próprio bem.

Sim, em todas estas questões levantadas acima, as pessoas podem fazer suas próprias opções e o pagão faz a opção, por opinião própria, de não ter nenhuma dessas atitudes e um culto de adoração a Deus. Mas não estamos falando sobre pessoas sem Deus… Se instrumentos musicais é uma coisa necessária para adorar a Deus, primeiro: onde está o mandamento ensinado no Novo Testamento e, então não deveria ser opcional ou questão de opinião e deveria ser, obrigatoriamente, usado como todas as práticas que recebemos por mandamento que nós deveríamos fazer obrigatoriamente.

No livro sagrado Eu Acho 1:15 diz que “você pode fazer tudo o que agrada o seu coração. Deus está contigo e sua opinião é o seu mandamento. Siga o seu coração“. É claro que você não tem este livro, ou tem? Tem muita gente que segue o livro sagrado chamado, “EU ACHO“. Ou segue aquele outro livro sagrado chamado “A MINHA OPINIÃO“. Dois livros nunca escritos, mas condenados pela prática dos discípulos de Cristo. Quanto a nós, devemos nos apegar nas Palavras inspiradas pelo Espírito Santo no Novo Testamento e ter a mesma atitude do apóstolo Paulo:

“Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro.” (1Coríntios 4:6)

Quando você permite a entrada de uma adoração segundo a opinião, logo depois da sua opinião, outras opiniões pedem entrada e, se foi aberta a porta para aquela sua opinião, então deve-se abrir para outras opiniões. Será opcional, por causa das demais opiniões, ter episcopado feminino, expulsão de demônios, união homoafetiva, ministério de dança, etc. Se é opcional, não é bíblico. Se é bíblico, não é opcional (observe o contexto do artigo e use esta frase com cautela).

Analise você e suas práticas. Coloque-as diante de Deus com a Bíblia aberta e veja o que é mandamento explícito no Novo Testamento e o que é opcional, baseado em opiniões suas ou de outras pessoas. Tire tudo o que é opção de alguém ou de alguma opinião ou de alguma doutrina que não está nas práticas segundo o costume de Jesus e dos apóstolos e discípulos do Novo Testamento. Deixe sua opinião no seu coração, guarde para você. “Há muitas coisas nos corações que nos levam à perdição, mas a resposta correta, vem dos lábios do Senhor” (Parafraseando Prov. 16:1)

Novo mandamento vos dou

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”. (João 13:34,35)

“Novo mandamento vos dou”: Um mandamento recém chegado, mas que se baseia no segundo grande mandamento da antiga lei, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). É uma ordenança inquestionável de Jesus para que o homem se aproxime mais do caráter santo e perfeito de Deus.

Jesus viveu intensamente este amor e mostrou na prática como devemos andar também, ou seja, amando uns aos outros como Ele nos amou:

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos”

Jesus esteve entre nós – os pecadores – para nos dar esperança. Ele andou em nosso meio para nos resgatar do poder do pecado. Em sua passagem aqui na terra, o Senhor amou intensamente aos homens, curando-os de suas enfermidades físicas, emocionais e principalmente espirituais. Jesus não só os curava, mas ordenava a não pecarem mais, pois a maior enfermidade dos homens não estava naquele corpo curado, mas em suas mentes; em seus corações transgredidos pelo poder do pecado.

O pecado é a maior enfermidade do ser humano e é exatamente por isso que Jesus desceu dos céus, pois as nossas “iniquidades fazem separação” entre nós e o nosso Deus (Isaías 59:2). Ele desceu para nos curar dessa terrível enfermidade que afeta todos os seres humanos, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). No entanto, todos aqueles que foram curados – fisicamente falando – foram tragados pela morte um dia. Mas se eles compreenderam e guardaram o que lhes foi dito pelo Senhor – para não pecarem mais –, com certeza eles não foram vencidos pela morte, mas aguardam a preciosa e bem-vinda volta de Cristo, onde serão ressuscitados para a eternidade e estarão para sempre na presença de Deus no reino dos céus. Esta também é a nossa esperança.

Portanto amemos uns aos outros como Jesus nos amou, pois…

“se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1 João 4:20)