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UNIDADE NO ERRO? ESTOU FORA!

Na oração chamada de oração sacerdotal, o Senhor Jesus pediu para que nós, seus seguidores, tivéssemos a mesma unidade que Ele tem com o Pai, modelo para nós: “a fim de que todos sejam um. E como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” – João 17:21

Sim, as pessoas verão que somos de Deus a partir do amor que temos uns pelos outros e até pela paciência que demonstramos ter uns com os outros.
Escrevendo aos cristãos em Roma, Paulo nos deu um verdadeiro princípio para mantermos a unidade: “Se possível, no que depender de vocês, vivam em paz com todas as pessoas.” – Romanos 12:18
Aliás, naquela carta, nos capítulo 14 e 15, ele incentiva os irmãos a respeitarem as diferenças de opinião em favor da unidade cristã.

Mesmo quando achamos que estamos certos em nosso ponto de vista bíblico, precisamos ver se esta é nossa opinião somente ou a verdade de Deus. Um exemplo vemos em Atos 15, quando a igreja, de um lado, aceitou os não judeus como cristãos, sem a necessidade de obedecerem à lei de Moisés, mas recomendou que evitassem algumas atitudes que poderiam escandalizar seus irmãos judeus.

Desta forma, sim, podemos ter pontos de vista diferentes e até entendimento diferente daquilo em que a Bíblia não é taxativa ou cujo assunto é tratado em apenas um texto das Escrituras.

Porém, quando a verdade da Palavra de Deus está em jogo, a pretexto da unidade, não podemos aceitar que o erro entre na igreja do Senhor. Acredito que um dos motivos de cada congregação de Cristo ser independente da outra (apesar dos laços de irmandade) é exatamente porque esta independência garante que uma congregação que abandona a doutrina de Cristo não influencie a outra.

Paulo é categórico quanto a não submeter-se a falsos ensinos. Ao escrever aos gálatas, aqueles irmãos que estavam sendo atingidos pela falsa doutrina dos judaizantes, que queriam escravizar os cristãos gentios ao obrigá-los a seguir a lei de Moisés, o apóstolo foi categórico: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu pregue a vocês um evangelho diferente daquele que temos pregado, que esse seja anátema.” – Gálatas 1:8 e ainda: “E isto surgiu por causa dos falsos irmãos que se haviam infiltrado para espreitar a liberdade que temos em Cristo Jesus e nos reduzir à escravidão. A esses não nos submetemos por um instante sequer, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vocês.” – Gálatas 2:4-5.

Desta maneira, não podemos manter a unidade com o erro. Paulo disse que não se submeteu aos falsos irmãos nem por um instante. Ao orientar Tito, ele diz: “É preciso fazer com que se calem, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, com a intenção vergonhosa de ganhar dinheiro.” – Tito 1:11.

Uma das qualificações dos presbíteros é ter conhecimento suficiente da Bíblia para exortar pelo ensino, bem como convencer os que contradizem o ensino bíblico (Tito 1:9).

Congreguei na igreja de Jesus no Centro de Guarulhos por 16 anos. Tive problema de relacionamento com alguns irmãos, mas não deixei a congregação porque esta manteve-se sempre obedecendo ao evangelho de Jesus. Há 17 anos estou nos Pimentas e tenho tido a mesma atitude. Faço de tudo para manter a unidade, mas, se os irmãos da igreja onde congrego começarem a ensinar falsos ensinos vindos do mundo sem Deus e especialmente do mundo religioso, com amor, sempre tentarei ajudar para que se mantenham na sã doutrina de Jesus Cristo. Mas não tenho compromisso com o erro, caso insistam nele, mesmo tendo bom relacionamento com a maioria, não relutarei em deixar o grupo cristão onde congrego e buscar um que ouça apenas as Escrituras, pois a unidade cristã jamais deve justificar o falso ensino.