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Em 2020 Vamos Dividir a Nossa Renda?

“Da multidão dos que creram era um coração e alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” – Atos 4:32

O texto acima é utilizado por adeptos do comunismo/socialismo para dizer que a igreja no primeiro século praticava uma espécie de comunismo. Na realidade o único verdadeiro.

Infelizmente, a história mostra que todos os regimes comunistas, sem exceção, até começaram talvez com esse desejo, porém, esqueceram que o problema não estava no sistema político escolhido, mas no coração do homem, mesquinho, de onde sai, conforme ensina o Senhor Jesus, toda maldade humana (Mateus 15:16-19). Nos regimes comunistas e socialistas a pobreza foi socializada entre a maioria, enquanto a riqueza ficava com a pequena casta governante. O mesmo se aplica ao sistema capitalista no qual “quem pode mais, chora menos”, isto é, a maior parte da renda fica entre umas poucas famílias enquanto a grande maioria das pessoas disputa entre si a parte bem pequena do bolo. O Brasil é um dos países mais desiguais socialmente no mundo.

Nenhum regime político no mundo mudará essa situação, pois o problema está no coração de cada pessoa, egoísta e nestes últimos tempos, mais e mais, o amor tem se esfriado da maioria, como bem disse Jesus (Mateus 24:13).

Porém, o povo de Deus pode ser exceção se voltar à Bíblia, como bem disse Nilton no seu artigo. No primeiro século, os irmãos entenderam que não deviam juntar tesouros neste mundo onde a traça corrói e os ladrões roubam (no assalto que sofremos na praia, foi-se embora alianças, relógios, celulares, roupas, calçados e até um carro posteriormente recuperado, mas em estado terrível). Desta forma, se queremos continuar sendo a igreja daquele que deu sua vida por nós precisamos voltar àquela comunidade cristã existente no primeiro século, na qual o rico Barnabé doou um terreno inteiro para suprir as necessidades da igreja. Há irmãos que já fazem isso, outros já fizeram e o desafio da igreja moderna é rejeitar Mamon, não servindo-o, mas utilizando-o como servo da justiça. É comunismo? Não! É coração de pedra transformado em coração de carne, conforme profetizou Ezequiel, 11:19.

Quem não se lembra desta situação: após alguém contar ao sr. Davi Meadows uma situação difícil na vida e no domingo seguinte ver sua mão soltando uma nota ou um cheque no seu bolso? Através daquele ato ele estava distribuindo renda entre os irmãos. O mesmo podemos fazer hoje.

    Que tal dizimar para o Senhor? Não como a ordenança do Velho Testamento, mas, cada pessoa reservando 10% de sua renda para não somente ofertar na coleta, mas também ajudar irmãos em Cristo, parentes, amigos, conhecidos ou qualquer pessoa necessitada.

Às vezes colocamos em nossa casa ou mesmo carro a inscrição: “pertence a Jesus”. Se de fato nossos bens e dinheiro pertence ao Senhor, reservemos pelo menos 1/10 do que ganhamos para outros. Há pessoas que vivem com 70% a 80% do que ganham, chegando a doar para outros até 30% de sua renda. Essas pessoas entenderam o significado do texto lido no início deste artigo, bem como a atitude de Barnabé, que não poderia ter outro nome senão de “filho do incentivo” (Atos 4:36-37).

Por que trocar de carro ainda novo quando existe um irmão andando de ônibus? Por que não tentar ajudá-lo a comprar o seu “poizezinho”? Ou utilizar aquele dinheiro para ajudar alguém que passa necessidade?

E aquelas pessoas que vendem balas nos ônibus, muitas vezes à noite? Por que não comprar, mesmo que seja para dar a bala para uma criança ou mesmo devolvê-la ao vendedor? Há tantas maneiras.

Somos seguidores daquele que disse “mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20:35). Que hajamos como seus discípulos no 1º século: em 2020 vamos dividir nossa renda. Todos temos, pouco ou muito, mas temos. Que tal dividirmos com quem nada tem?