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PLENA CONVICÇÃO SOMENTE DA PALAVRA – O EVANGELHO DE LUCAS

“Conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra.” – Lucas 1:2

“Para que você tenha plena certeza das verdades em que foi instruído.” – Lucas 1:4

Deus sabia que as testemunhas oculares da vida de Jesus logo partiriam. Na época em que Lucas escreveu o seu evangelho, somente Tiago, entre os apóstolos, tinha morrido (Atos 12:1-2). Porém, dali há no máximo 5 anos, por causa da perseguição do imperador Nero, Paulo e Pedro seriam martirizados em Roma.

Nessa época Paulo já havia escrito boa parte de suas cartas, bem como Tiago. Entre os evangelhos, Marcos já tinha sido escrito e talvez também Mateus. João seria escrito cerca de 20 a 30 anos depois. Desta forma, Deus inspirou Lucas a escrever o seu relato da vida de Jesus.

Lucas é um evangelho singular. Há muito material em Lucas não presente nas demais narrativas da vida do Mestre. Por exemplo, boa parte dos acontecimentos desses primeiros dois capítulos, a infância de Jesus, entre outros assuntos, somente Lucas relata.

Provavelmente porque o escritor do terceiro evangelho tenha agido como historiador e buscado muitas das testemunhas oculares da história de Jesus em razão dessas ainda viverem como, por exemplo, Maria. Há fatos na vida de Jesus que provavelmente somente Maria poderia passar para o evangelista. Muitas informações não teríamos se Deus não tivesse inspirado Lucas e se este não tivesse se disposto a realizar tamanha obra: escrever sobre a vida e ensinos do Senhor Jesus.

Tudo isso para que Téofilo, o amigo de Deus, e todas as demais pessoas que seriam convertidas, pudessem ter plena certeza da verdade em que foram instruídas. As testemunhas oculares partiriam e a verdade divina, como aconteceu com a tábua dos 10 mandamentos, depois o Velho Testamento, precisariam ser escritas para as gerações futuras. Lucas foi o instrumento de Deus para escrever e Teófilo o agente de Deus para divulgar o escrito do médico amado (Colossenses 4:14).

Sim, Deus desejava que Teófilo tivesse plena certeza das verdades em que foi instruído. E para ter plena certeza Teófilo precisaria ir a fonte. Como acontece conosco hoje. Livros escritos sobre a Bíblia e a vida de Jesus são importantes e tem sua utilidade, artigos escritos, sites, portais, palestras ouvidas e vídeos assistidos. São importantes, mas nada, absolutamente nada, substitui nossa ida direto à fonte, isto é, as Escrituras, para estudarmos, meditarmos, lermos repetidas vezes. Tudo isso para termos plena convicção e certeza das verdades que nos foram passadas.

Através da leitura diária das Escrituras podemos, inclusive, questionar certas “verdades” que nada mais eram que a interpretação da pessoa ou das pessoas, que muitas vezes, de boa vontade, assim entenderam e assim nos passaram.

Nessas mais de 3 décadas lendo a Bíblia, algumas dessas “verdades” que aprendi, ao serem questionadas a partir de um estudo meu atento e diligente, deixaram de ser a verdade, mas apenas um ponto de vista das várias pessoas que Deus utilizou para me instruir. Elas tinham boas intenções, mas elas não são a verdade, pois a Palavra de Deus, lida, refletida e estudada é a única verdade de Deus (João 17:17). Nossas convicções devem ser derivadas direto das Escrituras, não do professor, palestrante ou do pregador.

Hoje, 21 séculos depois, somos também instruídos pelos escritos de Lucas e precisamos, jamais, deixar de tirar diretamente dos escritos sagrados a verdade através das quais habitaremos, no futuro, as regiões celestiais. Nossa alma é muito valiosa e preciosa para que terceirizamos a outros a responsabilidade pelo destino eterno dela.

“Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras têm quem o julgue; a própria palavra que falei, essa o julgará no último dia.” – João 12:48.