fbpx

COMO LIDAR COM OS HOMOSSEXUAIS? – Como Jesus lidou com Zaqueu

COMO LIDAR COM OS HOMOSSEXUAIS - Como Jesus lidou com Zaqueu

O que teria levado Zaqueu a encontrar-se com Jesus, chefe dos cobradores de imposto, ladrão, odiado por seus compatriotas, que o fez tomar a importante decisão: “darei metade dos meus bens aos pobres e devolverei 4 vezes mais do que roubei de alguém”?     

Será que Jesus disse a Zaqueu antes de entrar na casa dele: “Vou entrar, mas, pare primeiro de roubar!”? Será que Jesus disse: “lembre-se que estou na casa de um ladrão!” Zaqueu ouviu de Jesus nas suas pregações: “Cuidado com os cobradores de impostos, são todos ladrões”? A resposta é não.

Zaqueu deveria saber que Jesus tinha um ex-cobrador de impostos entre os seus discípulos e jantado na casa dele.  Zaqueu provavelmente sabia que Jesus não condenava as prostitutas, os cobradores de impostos, nem mesmo os zelotes. Basta lermos textos como Lucas 7:32-34 e Lucas 15:1 e Mateus 21:32-34. O que Jesus condenou, e muito, foi a hipocrisia religiosa. Há um capítulo inteiro no evangelho de Mateus, condenando-a (Mateus 23).

Volto a pergunta-título deste artigo: Como, então, tratar os homossexuais? Da mesma maneira que Jesus tratou Zaqueu, a mulher samaritana e seus 6 maridos, Maria Madalena e Paulo, o principal dos pecadores. Como Deus trata a cada um de nós, pecadores.

Da mesma maneira que Jesus lidou com Zaqueu, com cobradores de impostos e com prostitutas – aceitando-os primeiro, como pessoas, para depois mudar suas vidas, caso eles desejem serem mudados.

Quando você começou a estudar a Bíblia, não ouviu da pessoa que o instruiu: “Você está condenado ao inferno”. Primeiro, fomos chamados para o Jesus que nos prometia o céu, foi nos dado tratamento vip, foram dóceis para conosco, com o objetivo maior de nos conquistar para o Senhor Jesus. Por que com os homossexuais deve ser diferente?

Por que a igreja de Jesus deve ser conhecida como aquela que é contra os homossexuais? Claro que a Bíblia tem um nome para a homossexualidade: pecado. Mas não é o único. Olhemos só uma das listas enormes de exemplos de pecados encontrada na Bíblia.

Ou vocês não sabem que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não se enganem: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem afeminados, nem homossexuais, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o Reino de Deus.” – 1 Coríntios 6:9-10

Veja que lista enorme. Causa-me indignação ver deputados da bancada evangélica levantarem a vós contra os homossexuais quando, muitas deles, são pegos em tantos outros pecados como, por exemplo, a mentira, a desonestidade e a corrupção.

Como tratar um homossexual? Da maneira como Jesus tratou Zaqueu, aceitando-o e, claro, se ele quiser saber como fazer parte da igreja de Deus, abrir a Bíblia e mostrar o plano de Deus no evangelho, ao arrependido. “Porque o filho do homem veio buscar o perdido”. (Lc 19:10) e “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; eu não vim chamar justos, e sim pecadores.” – Marcos 2:17

Jesus era um santo falando para um pecador. Nós somos pecadores arrependidos, lutando contra nossos próprios pecados para pecadores ainda não arrependidos. Eles precisam, primeiro, do amor de Deus para ter a atitude de outro pecador: “Ó Deus, se propício a mim, pecador” (Lucas 18:13).

Nosso chamado ao homossexual deve ser: “Venha para a luta contra o pecado. Estamos juntos nesta luta!” Olha os meus pecados, que tenho lutado e vencido: vício em pornografia, vício em sexo, maledicência, julgar os outros, a maneira como eu uso a língua, meus ressentimentos, minha ira, a preguiça, avareza – as mesmas compulsões suas. Estamos no mesmo barco na luta contra o pecado e convido você a, junto comigo, lutar contra os seus”. Devemos nos aproximar do homossexual como um igual, pecador, que precisa, como Ele, de um Salvador.

Talvez um homossexual convertido precise ter uma vida de celibatário. Nosso papel é chamá-lo ao arrependimento. Ele deve ser amado, aceito em nosso meio e, querendo, ser transformado pelo poder do evangelho. Com bastante paciência de nossa parte.

Jesus hoje entraria na casa de um homossexual e ouviria, inclusive de muitos evangélicos: “Esse homem entra na casa de um gay”.

Precisamos pregar a verdade de Deus e ensinar tudo o que a Bíblia chama de pecado, entre estes, a homossexualidade (Romanos 1:18 em diante, por exemplo). Ensinar nossos filhos que a prática é pecaminosa, como as demais descritas como pecado na Bíblia. Mas ensiná-los a sempre respeitarem a pessoa, mesmo não concordando com suas atitudes. Sem violência, pois, historicamente grupos perseguidos como gays, negros, mulheres, respondem com violência. Seguimos quem disse: “Se bater na sua face direita, ofereça a esquerda”. (Mt 5: 39)

A igreja de Jesus não pode ser conhecida como aquela que é contra os homossexuais. Isto vai afastá-los ainda mais e torná-los violentos contra nós. Devemos tratá-los como Jesus tratou Zaqueu, um santo falando para um pecador. No nosso caso, um pecador arrependido chamando o outro pecador ao arrependimento. Não é o “sujo falando ao mal lavado”, mas o lavado pelo sangue Jesus oferecendo esse mesmo lavar regenerador do Senhor, chamando o pecador ao arrependimento.

Nota: Mensagem ministrada no culto dominical da igreja de Cristo na cidade de São Vicente/SP., que pode ser acessada abaixo.

“Benção aos malditos” – Lc 6.27,38

“Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam […] dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”

Lucas 6:27, 38

 

                   Em 49 versículos, Lucas sintetizou o que Mateus quase não pôde fazer em três extensos capítulos; muito provavelmente por prioridades, o tema do amor de Deus e sua justiça ocupam grande espaço no relato do médico; ao passo que Mateus desenvolve a autoridade de Jesus sobre a lei como um rei, Lucas parece mais interessado em provar sua divindade.

                   Novamente, a justiça de Deus é contrastante com nosso ideais, e a proposta divina para o crente parece pesada de mais para que a pratiquemos diligentemente; talvez hoje seja ainda mais difícil entender e viver esse princípio. A nossa capacidade de fazê-lo depende diretamente da nossa compreensão da Graça, que nos foi ofertada: Deus, quando ainda éramos seus inimigos, preparou um plano para nossa salvação, e Jesus, antes mesmo de reconhecemos nossas necessidades de perdão, pagou o preço justo pela nossa libertação (Mt 11.25-30; Rm 5.19-21).

                   Em mais curtas palavras que Lucas, e tantos outros antes de mim, os quais testemunham a mesma mensagem, e que ao longo dos tempos homens carnais tentam distorcer e monetizar: “ame o teu próximo como a ti mesmo, e faça a ele tudo o que você gostaria que fizessem com você”, ATITUDE, não espere que eles venham e paguem a dívida, assuma a dívida. Jesus está dizendo, desfaçam-se de todo pudor, orgulho e preconceito, assumam o papel que eu lhe dei, aceitem a graça que lhes oferto e esperem em Deus toda justiça (Mt 7.12, 22.33; Fp 2.1-7)

                   Esse mundo é injusto, e nós temos a missão de mostrar a justiça de Deus que, na pessoa de Jesus, não de importou com a vergonha da cruz, a corruptibilidade da carne ou com a teimosia e orgulho daqueles que se escondem sob pretexto de imperfeição, mas cumpriu todas as profecias e proferiu sobre toda a Terra a benção eterna da vida, não da condenação, benção da vida em abundância e sem fim (Jo 10.9-11).