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“Benção aos malditos” – Lc 6.27,38

“Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam […] dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”

Lucas 6:27, 38

 

                   Em 49 versículos, Lucas sintetizou o que Mateus quase não pôde fazer em três extensos capítulos; muito provavelmente por prioridades, o tema do amor de Deus e sua justiça ocupam grande espaço no relato do médico; ao passo que Mateus desenvolve a autoridade de Jesus sobre a lei como um rei, Lucas parece mais interessado em provar sua divindade.

                   Novamente, a justiça de Deus é contrastante com nosso ideais, e a proposta divina para o crente parece pesada de mais para que a pratiquemos diligentemente; talvez hoje seja ainda mais difícil entender e viver esse princípio. A nossa capacidade de fazê-lo depende diretamente da nossa compreensão da Graça, que nos foi ofertada: Deus, quando ainda éramos seus inimigos, preparou um plano para nossa salvação, e Jesus, antes mesmo de reconhecemos nossas necessidades de perdão, pagou o preço justo pela nossa libertação (Mt 11.25-30; Rm 5.19-21).

                   Em mais curtas palavras que Lucas, e tantos outros antes de mim, os quais testemunham a mesma mensagem, e que ao longo dos tempos homens carnais tentam distorcer e monetizar: “ame o teu próximo como a ti mesmo, e faça a ele tudo o que você gostaria que fizessem com você”, ATITUDE, não espere que eles venham e paguem a dívida, assuma a dívida. Jesus está dizendo, desfaçam-se de todo pudor, orgulho e preconceito, assumam o papel que eu lhe dei, aceitem a graça que lhes oferto e esperem em Deus toda justiça (Mt 7.12, 22.33; Fp 2.1-7)

                   Esse mundo é injusto, e nós temos a missão de mostrar a justiça de Deus que, na pessoa de Jesus, não de importou com a vergonha da cruz, a corruptibilidade da carne ou com a teimosia e orgulho daqueles que se escondem sob pretexto de imperfeição, mas cumpriu todas as profecias e proferiu sobre toda a Terra a benção eterna da vida, não da condenação, benção da vida em abundância e sem fim (Jo 10.9-11).