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A RESPONSABILIDADE DO MENSAGEIRO DE DEUS

A RESPONSABILIDADE DO MENSAGEIRO DE DEUS

“Filho do homem, profetize contra os profetas de Israel. A esses que profetizam o que lhes vem do coração, diga que ouçam a palavra do Senhor.” – Ezequiel 13:2

“Vocês não foram consertar as brechas, nem fizeram muralhas para a casa de Israel, para que ela permaneça firme na batalha do Dia do Senhor. As visões que eles tiveram são falsas e as adivinhações são mentirosas. Dizem: ‘O Senhor disse’, quando o Senhor não os enviou. E ainda esperam que a palavra se cumpra!” – Ezequiel 13:5-6

“Porque andam enganando, sim, enganando o meu povo, dizendo: ‘Paz’, quando não há paz. E, quando se constrói uma parede sem argamassa, os profetas a cobrem com cal.” – Ezequiel 13:10

“Portanto, assim diz o Senhor Deus: “Eis que eu sou contra as fitinhas mágicas que vocês usam para enredar as pessoas como se fossem pássaros. Eu as arrancarei dos seus braços, e deixarei livres aqueles que vocês enredaram como se fossem pássaros.” – Ezequiel 13:20

No texto de hoje, através do fiel profeta Ezequiel, Deus repreende os falsos profetas.

Muitas pessoas resumem a função do profeta como alguém que prevê o futuro. Sim, algumas vezes isso acontece. Porém, um profeta na Bíblia é muito mais que isso, é aquele que recebe uma mensagem e a transmite. 

No caso dos profetas de Deus, na Bíblia, Deus lhes enviava uma mensagem e exigia que passassem aos destinatários exatamente da maneira como o Senhor tinha passado, nem mais nem menos, sem alterações da mensagem.

No primeiro texto Deus condena os profetas que ensinavam aquilo que estava em seus corações e não a mensagem que o Senhor tinha ordenado.

Sim, o coração humano é muito enganoso (Jeremias 17:9) e Jesus diz ser fonte de muita maldade (Mateus 15:19). Desta maneira, o mensageiro fiel a Deus não irá expor aquilo que está no seu coração, mas somente o que é mandado e delimitado pelo Senhor. E, claro, encherá seu coração da boa Palavra de Deus.

Como pregador da mensagem de Deus, reconheço que há, sim, a tentação de, ou suavizarmos a mensagem divina, para ganharmos ouvintes ou torná-la pesada, quando queremos chicotear aqueles que julgamos estarem em mau caminho. Nem uma coisa nem outra, devemos ensinar somente a Palavra de Deus, que cumprirá sua função de ensinar, repreender, corrigir e educar na justiça de Deus (Isaías 55:11 e 2 Timóteo 3:16-17).

Cuidado quando formos afirmar “O Senhor disse”, quando estamos querendo que nossas posições ou ideias prevaleçam. Ouço muito no mundo religioso a expressão “Deus me disse” ou “Deus mandou lhe falar” e muitas dessas mensagens não passam de doutrinas humanas.

O papel do que ensina a Palavra de Deus é consertar as brechas, isto é, mostrar onde cada ouvinte está em seu relacionamento com Deus ou falta dele. Às vezes precisamos reforçar as maravilhosas promessas de Deus, mas também não podemos deixar de ensinar o juízo de Deus para os rebeldes. Toda a Palavra do Senhor deve ser proclamada.

Falar somente das promessas de Deus, sem informar da necessidade da obediência é como cobrir a parede de cal sem colocar a argamassa. Aliás, esse texto lembrou-me de Jesus chamando os líderes religiosos de sua época de “sepulcros caiados” (Mateus 23:27), belos exteriormente, mas cheios de podridão e imundícia interiormente.

Finalmente, as fitinhas mágicas utilizadas pelas falsas profetizas, lembraram-me das figurinhas bonitas postadas nas redes sociais as “caixinhas de promessas” ou mesmo o abrir a Bíblia aleatoriamente sem um estudo sério e profundo da Palavra de Deus com o desejo sincero de buscar qual a vontade de Deus na vida com o desejo genuíno de obedecer. Mesmo aqueles ensinos que exigirá esmurrarmos o nosso corpo e o reduzirmos à escravidão de Jesus (1 Coríntios 9:27).

Que jamais sigamos os falsos profetas, mesmo aqueles com palavras bonitas, que mais parecem palestrantes de autoajuda. Que falam somente aquilo que os ouvintes querem ouvir. 

E não sejamos falsos profetas, mas, todos os dias, estudemos, meditemos e busquemos a verdade de Deus na única fonte autorizada pelo Senhor, a Bíblia, a Palavra de Deus. 

E uma vez compreendida, passemos para nossos ouvintes tal qual recebemos.

VIVEMOS O QUE PREGAMOS E PREGAMOS O QUE VIVEMOS?

“Então pus jarras cheias de vinho e copos diante dos filhos da casa dos recabitas e lhes disse: — Bebam! Mas eles disseram: — Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ordenou: “Nunca bebam vinho, nem vocês nem os seus filhos.” – Jeremias 35:5-6

O capítulo de hoje tem como título na versão da minha Bíblia, “o exemplo dos recabitas”, povo nômade que habitou Israel.

Deus manda que Jeremias lhes ofereça vinho e eles dizem que não beberão, pois assim foram ensinados. Deus, então, utiliza essa coerência na vida dos recabitas para condenar a desobediência de Judá, que há séculos era ensinado pelo próprio Deus através dos profetas que ele enviava e mesmo assim vivia em constante rebeldia aos ensinos do Senhor. Afirmava ser o povo de Deus, mas não vivia de acordo com essa condição.

De fato, se há algo elogiável numa pessoa é a coerência entre aquilo que ela diz ser e valorizar e suas atitudes no dia a dia. Conheço pessoas que, por seus valores, até mesmo sofrem, perdem financeiramente, mas mantém a coerência entre o que dizem ser e o comportamento, isto é, a maneira em que vivem.

É o que o Senhor Jesus espera ver em nós nas palavras ditas no evangelho de Mateus:

“— Nem todo o que me diz: “Senhor, Senhor!” entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” – Mateus 7:21

Por outro lado, Deus condenou os religiosos de sua época, os fariseus, exatamente pela incoerência que havia entre o discurso daqueles e a maneira como viviam. Por isso foram chamados de hipócritas ou atores, apenas representavam um papel.

“Então Jesus falou às multidões e aos seus discípulos: — Na cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus. Portanto, façam e observem tudo o que eles disserem a vocês, mas não os imitem em suas obras; porque dizem e não fazem.” – Mateus 23:1-3

Sim, temos um nome a zelar, somos cristãos, isto é, pessoas que decidiram um dia serem discípulos de Jesus (Atos 11:26) e viverem conforme os seus mandamentos e seu exemplo de vida.

Porém, nem sempre, infelizmente, vemos cristãos vivendo de acordo com aquilo que são ou pelo menos dizem ser. Quando é conveniente, deixam de lado seus valores e vivem como os pagãos. Nosso Mestre, Jesus Cristo, quer ver em nós frutos, isto é, ações que condizem com aquilo que somos, filhos de Deus e seguidores de Jesus.

“Ao verem a ousadia de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, ficaram admirados; e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” – Atos 4:13

Vejam que texto maravilhoso. A maneira de Pedro e João agirem os denunciava como sendo pessoas que haviam estado com Jesus, isto é, suas vidas atestaram a influência do Mestre.

Claro que não estou falando de perfeição, isso somente no céu. Mas, viver em coerência é buscar obedecer os mandamentos do Mestre e, quando falhamos, termos a humildade para reconhecer. Isto é, aquilo que falamos deve ser cada vez mais próximo daquilo que vivemos.

Que sejamos pessoas coerentes entre aquilo que dizemos ser (filhos de Deus e seguidores de Jesus). Que nossos valores vividos mostrem isso em nossa maneira de proceder, mostrando a coerência entre a fé que dizemos ter e nossas atitudes no nosso dia a dia.

Transformação

Alguém um dia disse: “A tarefa do pregador é consolar os aflitos e afligir os acomodados”. Talvez esta frase possa representar a transformação que o pregador tem como tarefa ao pensar e preparar a mensagem da Palavra de Deus.

A MENSAGEM

A mensagem é, ou deveria ser, como água fresca no meio dia atravessando o deserto quente e árido. Deveria ser facilmente percebida como mensagem de Deus, que trouxesse em si mesma o poder da palavra e que deixasse os ouvintes satisfeitos da sede e fome de justiça que temos.

Sem dúvida a Palavra tem poder. Deus, pela Palavra, criou do visível o invisível e ainda encarnou a Palavra na pessoa de Jesus, nosso Salvador e, por Ele, descobrimos o poder da Palavra.

“Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, PODER DE DEUS E SABEDORIA DE DEUS.” (1 Coríntios 1:22-24)

Essa é a Palavra que pregamos “PODER DE DEUS E SABEDORIA DE DEUS”. Quando Jesus, Paulo e tantos outros falavam sobre a Palavra de Deus, mesmo alguns deles não sendo exímios no uso da apresentação da mensagem (2 Coríntios 10:10), o resultado era maravilhoso.

“Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” (Marcos 1:22)
“Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor.” (Atos 13:12)

E hoje? Como está a apresentação da mensagem dominical? Além de já se passarem mais de dois mil anos, com o avanço da tecnologia que nos traz informações de um meio nunca visto na história da humanidade, como está a qualidade da mensagem e do mensageiro dominical?

SÓ INFORMAÇÃO

A Palavra de Deus é maravilhosa e poderosa, ponto! Os pregadores do começo da igreja pregavam de tal maneira que as pessoas conseguiam ver Jesus crucificado. Muitos deles tinham sido testemunhas oculares daqueles fatos, a maioria não, mas a maravilha e o poder da mensagem era o mesmo. A apresentação não deixava a desejar.

Hoje nós temos o Velho e o Novo Testamento e tudo está entregue em nossas mãos. Devemos ler e meditar na Palavra de Deus e, assim, acumulamos toda informação que precisamos.

Quando chega o momento da mensagem dominical, não é hora de dar só informação, a informação deve existir, claro, afinal tem muitas pessoas que não conhecem a Bíblia, mas ela deve vir de uma forma tão completa e ao mesmo tempo resumida, que faça a gente lembrar ou dê curiosidade para quem não sabe. O que as pessoas precisam realmente, não é mais informação, elas precisam do objetivo da Palavra, transformação para as suas vidas.

A TRANSFORMAÇÃO

Todo o culto é a mensagem, apesar de estarmos falando sobre a pregação aquI NESTE ARTIGO. Porém, desde que começamos a cantar, estamos transmitindo uma mensagem. A ceia e a oferta são mensagens maravilhosas e poderosas. Então temos um ‘ponto alto’ do culto: A mensagem dominical. Não é o ‘ponto alto’, mas é de relevante importância e, como vimos acima, não deve ser somente informação, mas deve trazer TRANSFORMAÇÃO.

Pense na mensagem do último domingo, ela trouxe alguma transformação ou somente informação? Contar a história é necessário e tem muito efeito nas pessoas, então, o jeito que se conta a história deve ser transformadora, mesmo sem deturpar ou inventar uma nova história. Vivemos e procuramos histórias, mas, acima disso, procuramos a moral da história, a transformação que a informação deve trazer.

A mensagem da oferta deve nos transformar em pessoas mais generosas. A mensagem da ceia deve nos transformar em pessoas mais santas. A mensagem da pregação, deve transformar a nossa semana. A mensagem dos cânticos e hinos espirituais devem transformar nossa relação com Deus através de vidas cheias do Espírito Santo.

Pode ser que você não lembre todas as mensagens que já ouviu na vida, assim como você não lembra de todas as refeições que sua mãe ou esposa fizeram, mas o conjunto delas tanto das refeições quanto das mensagens, a curto, médio ou longo prazos, traz a transformação para as nossas vidas.

Pregadores que trazem mensagens informativas estão falhando em não trazer transformação que deixe eles mesmos primeiro maravilhados com o poder de Deus.

PARA PENSAR

A minha intenção neste artigo é fazer a gente pensar. Precisamos ser mais exigentes porque a Palavra de Deus merece honra. Não que sejamos adoradores de um livro, como alguém um dia já disse, mas somos adoradores do Verbo vivo de Deus, Jesus, que é a palavra encarnada de Deus (João 1:1-5). Jesus, como o Verbo de Deus, veio trazer transformação.

A palavra pregada em todas as nossas atitudes dominicais, por exemplo, deve ser proclamada para nos transformar. A pregação dominical tem transformado você?

VOCÊ TEM PÉS BONITOS?

“Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: ‘O seu Deus reina!”‘ – Isaías 52:7

Este texto é citado por Paulo na carta aos Romanos 10:14-15.

No livro de Isaías refere-se ao servo de Deus, que anuncia a salvação de Jerusalém após o cativeiro babilônico. Ao mesmo tempo aponta para Jesus, o Salvador de toda a humanidade.

No livro de Romanos o apóstolo Paulo aplica os pés formosos aos que anunciam o evangelho de Jesus:

“E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: ‘Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”‘ – Romanos 10:15

Sim, naquela época literalmente os pés eram utilizados para levar o evangelho: os meios de transportes eram precários e os atalaias, isto é, os mensageiros de Deus, viajavam grandes distâncias na busca do perdido. Basta lembrarmos das 3 viagens missionárias de Paulo através das quais o apóstolo percorreu Europa, Ásia e talvez parte da África.

Talvez os pés são chamados de formosos de forma figurada, em contraste com os pés resultantes de grandes caminhadas, no pó, nas chuvas, nos tropeções nas pedras e nos ferimentos. Os pés provavelmente não eram formosos de aparências, mas se tornavam formosos porque levavam a salvação de Jesus para todos.

Hoje em dia podemos continuar tendo pés formosos, quando saímos dos nossos lares para levar o evangelho a alguém que precisa, além de suprirmos outras eventuais necessidades. Pés santificados que carregam os corpos daqueles que dedicam todo o seu corpo como sacrifício vivo a Deus (Romanos 12:1).

Quero terminar dizendo que os pés formosos fazem parte da armadura espiritual de todo discípulo de Jesus. Olhemos o que Paulo novamente nos ensina, agora na carta aos efésios:

“Tenham os pés calçados com a preparação do evangelho da paz” – Efésios 6:15

Nossos pés serão formosos ao serem calçados pela preparação do evangelho da paz, isto é, serem gastos buscando o perdido que ainda não conhece o evangelho. Ao contrário do rebelde a Deus, que utiliza os pés de outra forma:

“Os seus pés são velozes para derramar sangue.” – Romanos 3:15

Nem sempre temos pés formosos, às vezes há calos, unhas encravadas, a estrutura física deles podem ser até feios. Mas tornam-se belos, muito belos, quando são dedicados a Deus, na busca do perdido através do evangelho e também quando buscam cumprir o maior mandamento de amar a Deus, amando ao próximo. São pés santos e dedicado a Deus como deve ser todo o nosso corpo.

Pés assim, calçados com a preparação do evangelho da paz, são armas de Deus que nos ajudarão a jamais desistir de Jesus e seu evangelho. 

E aí, repito a pergunta: olhe para seus pés. Eles são bonitos? Talvez não sejam fisicamente. Mas, olhando para onde eles têm carregado todo o seu corpo, eles são bonitos?

Que a resposta seja um sonoro SIM, bonitos e dedicados, como sacrifício vivo e santo ao nosso Deus e Pai. Amém!

PERTURBAMOS O MUNDO SEM DEUS?

“Quando Acabe viu Elias, disse: — Então é você, o perturbador de Israel? Elias respondeu: — Eu não tenho perturbado Israel. Quem tem perturbado Israel é você e a casa de seu pai, porque vocês abandonaram os mandamentos do Senhor e seguiram os baalins.” – 1 Reis 18:17-18

De todos os reis de Israel, Acabe foi um dos piores. Influenciado pela idólatra esposa Jezabel, ele não somente tornou-se um adorador do falso deus Baal como permitiu e até ordenou uma perseguição aos profetas de Deus, matando muitos deles, como podemos ver no vs. 4.

Agora, depois de 3 anos de seca em razão do pecado da nação, o rei pecador acusa o profeta de Deus como o responsável por toda a desgraça que a nação vivia então, chamando-o de perturbador.

Perturbador. Esta palavra chamou-me a atenção, pois na história bíblica, os servos de Deus sempre foram muito perseguidos, exatamente por perturbarem os pecadores, chamando-os a uma volta a Deus. Com essa perturbação, muitas se voltavam a Deus. No entanto, os rebeldes, os que queriam continuar chafurdando no pecado não somente recusavam como acusavam e perseguiam os pregadores de Deus.

No Novo Testamento não é diferente. Jesus, com sua mensagem, foi acusado de provocar tumulto entre o povo, perturbando a paz. Quando Pilatos queria soltar o Senhor, os líderes judaicos usaram esse argumento para pedir a morte de Jesus:

“Mas eles insistiam cada vez mais, dizendo: Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia. Começou na Galileia e agora chegou aqui.” – Lucas 23:5

A mesma acusação o apóstolo Paulo e seus companheiros também receberam:

“Porém, não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos diante das autoridades, gritando: Estes que promovem tumulto em todo o mundo chegaram também aqui” – Atos 17:6

Jesus disse que não veio trazer paz, mas espada e divisão, pois as pessoas seriam desafiadas a deixar seus pecados e os rebeldes se tornariam inimigos dos servos dele:

“Não pensem que eu vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e o seu pai; entre a filha e a sua mãe e entre a nora e a sua sogra. Assim, os inimigos de uma pessoa serão os da sua própria casa.” – Mateus 10:34-36

O discípulo fiel de Jesus não será popular, pelo contrário, às vezes será mal compreendido, pois, enquanto a religião falsa ensina que todos os caminhos levam a Deus e que, portanto, está tudo bem, o evangelho de Jesus ensina que este mundo caminha para a destruição e quem manter-se rebelde ao evangelho tem o inferno como destino (João 3:18).

O seguidor de Jesus é sal da terra e luz do mundo e, portanto, como Elias, além de mostrar o amor e cuidado de Deus, também mostra a santidade e a justiça do Senhor, que há uma verdade absoluta, o evangelho, e quem está fora desta verdade permanece perdido. Quando acuadas pela verdade de Deus, é impossível as pessoas permanecerem indiferentes. Ou se renderão à verdade do evangelho ou abandonarão o estudo da verdade ou até mesmo atacarão os pregadores de Deus.

Cuidado, meu irmão, quando o mundo sem Deus o elogia. Isto pode ser sinal de que, em nome da paz, você está suavizando a mensagem de Jesus e pregando um falso evangelho.

Sim, não sejamos chatos por causa de nosso temperamento. Mas, nos alegremos quando nossa vida santa e nossa pregação do evangelho nos leva a sermos chamados, como Elias, de perturbadores deste mundo sem Deus, tão contente com o “status quo”, isto é, em viver na paz que leva a perdição. 

Que nossa palavra, extraída das Escrituras Sagradas, sacuda o mundo sem Deus, abale o inferno, perturbe o pecador e derrote o homem valente, Satanás, livrando do inferno os seus cativos (Mateus 12:29).

EVANGELIZADORES EM TEMPO INTEGRAL

Introdução

O salmo 71, que no título é identificado como escrito por um ancião, trouxe-me muitos ensinamentos. Porém, quero destacar alguns versículos que chamaram muito a minha atenção, pois representa muito o que tenho procurado viver com a força de Deus: a proclamação diária do evangelho de Jesus. E creio que seja a realidade de todo cristão que entendeu ser um evangelizador em tempo integral.

“A minha boca proclamará a tua justiça; o dia inteiro contarei os feitos da tua salvação, ainda que eu não saiba o seu número. Irei na força do Senhor Deus; anunciarei a tua justiça, a tua somente.” – Salmos 71:15-16

O salmista diz: “o dia inteiro contarei os feitos da tua salvação”. Sim, o trabalho do evangelizador não é um evento, mas um estilo de vida. Sempre há oportunidades para falarmos do amor de Deus. No trabalho, na escola, com os vizinhos, conhecidos, em qualquer lugar e momento.

Tenho sido muito abençoado, pois Deus tem me mandado tantas pessoas para que eu fale da sua Palavra. Tem me dado tantas oportunidades, seja através das redes sociais, bem como atualmente através de livros que tenho escrito. Porém, a maneira tradicional, o estudo bíblico pessoal e particular tem sido a maneira que tenho mais falado de Jesus e do seu evangelho a várias pessoas. 

Os aplicativos, em tempos de pandemia, têm sido utilizados para alcançar pessoas que, de tão longe, eu não teria acesso. Desta forma, o servo de Deus deve estar a postos, todos os dias e o dia inteiro, para contar os feitos da salvação de Deus, que é nossa através de Jesus Cristo. Tenho arriscado em ensinar a Palavra de Deus através do contato pessoal, mesmo com esta pandemia. Mas, a maioria dos meus estudos tenho feito através desses aplicativos.

O salmista ainda diz: “ainda que eu não saiba o número dos feitos da salvação de Deus”. De fato, a Bíblia nos revela o suficiente para uma pessoa ser salva em Jesus. Mas Deus fez e tem feito muito mais do que o revelado na Palavra dele.

“Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.” – João 21:25

Às vezes ouço irmãos dizerem: “Não conheço o suficiente para ensinar a Bíblia para alguém”. Minha resposta é: “leia, estude, passe tempo com as Escrituras e cumpra o que o apóstolo Pedro nos incentiva em 1 Pedro 3:15”:

“Pelo contrário, santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm.”

O salmista ainda diz: “Irei na força do Senhor Deus”. Sim, quando estamos proclamando e ensinando o evangelho de Jesus, precisamos sempre nos lembrar que a força e o poder para converter não é nosso, mas de Deus. Nossa parte é falar, todo o resto é obra do Poderoso Deus, conforme nos ensina Jesus.

“Jesus disse ainda: — O Reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra. Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como.” – Marcos 4:26-27

Desta forma, vamos compartilhando a Palavra de Deus a todos, desejosos de levar toda mente cativa a Cristo e ao seu evangelho.

“Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” – 2 Coríntios 10:4-5

Ao compartilhar o evangelho, uns aceitam e são batizados, outros desistem. Passa um tempo e de repente ficamos sabendo que a semente da Palavra germinou na vida de um daqueles que desistiram de estudar conosco, através do trabalho de outro discípulo de Cristo. Ele também evangelizava em tempo integral e um novo discípulo de Jesus foi formado. Tivemos apenas uma pequena parte, foi até outro evangelizador que colheu, que batizou aquele novo convertido, mas ali também está nossa marca, que insistimos em, primeiro, viver os ensinamentos de Jesus, e depois pregar e ensinar. E receberemos do Senhor, no momento certo, nossa recompensa, pois nosso Deus alegra-se em recompensar os obedientes (Hebreus 11:6).

Eu pergunto: temos deixados as marcas de Jesus nas pessoas com quem convivemos? Não precisamos fazer todo o serviço até o batismo, às vezes nossa contribuição é uma pequena parte no processo de salvação de uma pessoa.

Conclusão

Finalmente, o salmista nos diz: “Anunciarei a tua justiça, a tua somente”. 

Que belo término deste salmo. Sim, o evangelizador, o mensageiro de Deus não leva as pessoas a olhar para ele próprio, mas, como luz, que reflete a luz de Deus, deseja levar e ensinar apenas aquilo que é autorizado por seu Senhor, isto é, a Palavra genuína de Deus.

Não são suas ideias ou sua sabedoria, mas a sabedoria de Deus, encontrada na Palavra. Somente esta sabedoria o evangelizador deseja passar a todos. Pois somente ela pode levar uma pessoa à salvação.

Que nesta semana sejamos incentivados por esse salmo a agirmos como o seu escritor e, em toda oportunidade surgida, proclamemos a justiça, a verdade, os mandamentos do Senhor, encontrados na Bíblia, a Palavra infalível e única verdade de Deus para a humanidade. 

Esta Palavra julgará cada pessoa no último dia (João 12:47-48). Por isso precisa, URGENTEMENTE, ser pregada por cada discípulo de Jesus, os filhos de Deus. 

Não em determinados momentos, eventos ou dias. Mas através de evangelizadores em tempo integral do Senhor Jesus. Que pregam, através da suas vidas e palavras, na sua rua, na sua casa, no seu trabalho secular, na escola, na faculdade, onde estiver, todos os dias, o dia todo, o tempo todo. Amém!

“Benção aos malditos” – Lc 6.27,38

“Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam […] dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”

Lucas 6:27, 38

 

                   Em 49 versículos, Lucas sintetizou o que Mateus quase não pôde fazer em três extensos capítulos; muito provavelmente por prioridades, o tema do amor de Deus e sua justiça ocupam grande espaço no relato do médico; ao passo que Mateus desenvolve a autoridade de Jesus sobre a lei como um rei, Lucas parece mais interessado em provar sua divindade.

                   Novamente, a justiça de Deus é contrastante com nosso ideais, e a proposta divina para o crente parece pesada de mais para que a pratiquemos diligentemente; talvez hoje seja ainda mais difícil entender e viver esse princípio. A nossa capacidade de fazê-lo depende diretamente da nossa compreensão da Graça, que nos foi ofertada: Deus, quando ainda éramos seus inimigos, preparou um plano para nossa salvação, e Jesus, antes mesmo de reconhecemos nossas necessidades de perdão, pagou o preço justo pela nossa libertação (Mt 11.25-30; Rm 5.19-21).

                   Em mais curtas palavras que Lucas, e tantos outros antes de mim, os quais testemunham a mesma mensagem, e que ao longo dos tempos homens carnais tentam distorcer e monetizar: “ame o teu próximo como a ti mesmo, e faça a ele tudo o que você gostaria que fizessem com você”, ATITUDE, não espere que eles venham e paguem a dívida, assuma a dívida. Jesus está dizendo, desfaçam-se de todo pudor, orgulho e preconceito, assumam o papel que eu lhe dei, aceitem a graça que lhes oferto e esperem em Deus toda justiça (Mt 7.12, 22.33; Fp 2.1-7)

                   Esse mundo é injusto, e nós temos a missão de mostrar a justiça de Deus que, na pessoa de Jesus, não de importou com a vergonha da cruz, a corruptibilidade da carne ou com a teimosia e orgulho daqueles que se escondem sob pretexto de imperfeição, mas cumpriu todas as profecias e proferiu sobre toda a Terra a benção eterna da vida, não da condenação, benção da vida em abundância e sem fim (Jo 10.9-11).

“Trouxa” – Colossenses 4.6

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um”

Colossenses 4:6

 

                   Trouxa é um fardo (embalagem) com roupas, toalhas, lençóis, mas que é comumente utilizada para se referir a pessoas bobas, que são deixadas pra traz pela astúcia daquele que ultrapassa, e é claro, ninguém aprova essa corrida, mas efetivamente pouquíssimos são os contracorrentes que tentam mudar isso, e, com efeito de simplificação, tornam-se trouxas, por tentarem mudar o mundo.

                   Nesse sentido, predomina no mundo uma filosofia do individual, em que o mundo existe para que eu conquiste um status superior ao do resto ou que sobreponha o máximo possível de pessoas, e para isso não há regras, ainda que se deem algumas pinceladas de filantropia, o coração da raça humana abriga agonia e ganância, de uns maneira tal que é mais fácil aceitar que “errar é humano” do que “permanecer no erro é tolice”, porque todos querem o status de “humano”, sem no entanto aceitar a própria tolice existencial.

                   Paulo, acredito eu, sofria de tamanha forma que foi capaz de expressar (confessar) sua angústia, e ganância; ao contrário de nós, Paulo não recorreu ao sigilo profissional-cliente, mas para todas as pessoas que lerem sua carta aos romanos, em todos os tempos, expressou sua fraqueza, desejando ser cristão, falhando miseravelmente como homem, mas, e aqui está a lição, pacientemente confiando na misericórdia de Deus em lhe conceder infinitas oportunidades de acerto (Rm 7.14-25).

       Nesse espírito de gratidão, de resignificação, aprendizado e arrependimento, a atitude do cristão, segundo Paulo, é transformada, pelo renovar da nossa mente em Cristo, assumimos um compromisso de mudança de prioridades, óptica, perspectiva e objetivo, agora nossa meta é salvar vidas (Rm 6.1-4, 12.1,2; Gl 2.20, 6.10).

               Então não, não importa quem seja, ou o que façam, nem qual o histórico, e por tanto, qual a fama da pessoa, devemos sempre conceder o direito da dúvida, e mesmo confirmando o que havíamos sido advertidos, por amor e gratidão a Deus, somos orientados a manter a porta do perdão aberta. A vida do cristão não é essa bonança hipócrita pregada continuamente pelo ecumenismo religioso, pois exige do crente o sacrifício do amor, da paz e da generosidade, mesmo no meio do ódio, da guerra e da escassez (Cl 3.9-17; 1Ts 5.12-24).

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.

–  Colossenses 3:12-17  –

 

Senhor, te pedimos que sejas paciente conosco, nos dando oportunidade de aprender a sermos amorosos em todo tempo com todas as pessoas, testemunhando para todas as pessoas do amor que conhecemos em Jesus e edificando aqueles que como nós assumiram esse compromisso, amém.

O Mel e o Veneno – Água Doce ou Amarga

O deserto é um local inóspito para a sobrevivência. O deserto do Saara, por exemplo, tem uma oscilação de temperatura de 50º a -10º. Nada tem mais valor naquele local do que um copo de água.

Imagine você que, depois de andar uma semana pelo deserto, o que você esperaria ao encontrar? Uma saída ou um Oásis, não é? Um baú cheio de ouro e pedras preciosas não iriam te satisfazer. Certamente você estaria precisando de sombra e água fresca e doce. Água que matasse a sede e não matasse você. Mel e não um veneno.

O deserto é a vida e o Oásis é a igreja. O culto deveria ser como sombra e água fresca e doce como o mel. Imagine novamente que você chega no Oásis e ao tomar um bom gole de água você sente que ela é amarga ou salgada… Que decepção! É exatamente isso que encontramos em muitos cultos que deveria ser feito ao Senhor. Já que é para o Senhor, não deveria ser o melhor? E o melhor para Deus será que não é também agradável para nós? Eu tenho fé que sim!

Todo o culto deve ser agradável a Deus e, penso eu, que quando é agradável a Deus, nos eleva ao nível Dele. Antes de cada culto deveríamos pensar que iríamos ter uma audiência com uma autoridade. Como nos vestiríamos, como nos comportaríamos, o que iríamos falar? Se fôssemos apresentar cânticos às nossas autoridades, como seria a apresentação, quem de nós seria o regente? Se fossemos ter um orador para elogiar a sua gestão, quem escolheríamos e o que ele deveria dizer? Certamente seríamos obrigados a seguir o regimento interno da casa da autoridade. E na casa de Deus, como nos comportamos e o que apresentamos?

Talvez você esteja achando estranha esta comparação, mas ela não é minha não, é do profeta Malaquias:

“Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? — diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 1:8)

O pregador deve se preocupar em pregar a Palavra de Deus insistentemente. Deveria pensar que ao pregar, vai elevar as pessoas aos céus, onde Deus está. Deveríamos pensar que quem rege os cânticos é também um pregador, ele tem a maior parte do tempo no culto a Deus para transmitir a mensagem de Deus. Assim como não escolhemos qualquer um para trazer a mensagem de Deus à tona, não deveríamos escolher qualquer um para reger os cânticos.

O mensageiro de Deus deve oferecer água viva, mel e não veneno aos sedentos que vêm do deserto da vida e também abastecê-los para que voltem ao deserto e levem água viva eles mesmos àqueles que não tiveram o privilégio de participarem do Oásis (o culto) na presença de Deus. O culto é um vislumbre da terra que mana leite e mel. Então, os mensageiros da palavra (regente e pregador) devem se esforçar para já mostrar o mel e não o veneno que mata a alma.

“Alguém comparou as Escrituras com uma flor: Da mesma flor as abelhas tiram o néctar que produz mel e as aranhas tiram o que produz veneno. A diferença está na maneira em que a aproximamos: a abelha tira o néctar para fazer mel ao passo que a aranha tira o necessário para fazer veneno. Estudamos a Bíblia com a mente aberta para saborear o mel da palavra em nosso coração“[mfn]Trecho do livro a ser lançado: “Aventuras do Estudo da Bíblia” autor Glen Owen – Resgate Editora[/mfn].

O próximo culto a Deus se aproxima no próximo primeiro dia da semana. Deus é o nosso governador e será para Ele que vamos apresentar o culto. O que vamos levar para a mesa do Senhor? O pé deve pisar com cuidado na presença Dele, os lábios devem falar palavras convenientes na presença Dele, os regentes devem ser consagrados ao Senhor e os cânticos escolhidos em devoção de espírito com antecedência. Devemos apresentar o melhor para o Senhor e o agradável a Ele nos elevará aos céus. O pregador deve ser afiado nas palavras usando a espada do Espírito para falar a Palavra de tal maneira que, mesmo sendo palavras duras e verdadeiras, sejam saboreadas como mel e não como veneno.

“A voz que ouvi, vinda do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra. Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele, então, me falou: Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel. Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.” (Apocalipse 10:8-10)

 

Cinco Passos Para a Salvação

“Que faremos, irmãos?” (Atos 2:37), foi a pergunta que os judeus fizeram a Pedro e aos demais apóstolos após estarem entristecidos pela notícia de que aquele carpinteiro que eles tinham ajudado a crucificar 50 dias ante era o Cristo (o Messias prometido a Israel) e o Senhor (Deus que habitou entre nós).

“Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (Atos 16:30), foi o que o carcereiro perguntou a Paulo e Silas após o terremoto na cadeia na cidade de Filipos.

Ambos fizeram uma pergunta sincera, que exigia uma resposta verdadeira. Se ao invés de Pedro, fosse um dos pregadores do mundo denominacional diria: “Aceite Jesus no coração através de uma oração e, pronto, estará salvo”.

Infelizmente eles se baseiam numa interpretação simplório de Romanos 10:9 “Se com a boca você confessar Jesus como Senhor e em seu coração crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos, você será salvo”. Esquecem que o plano de salvação de Deus não se baseia apenas em Romanos, mas, em toda a Bíblia, especialmente nas páginas do Novo Testamento.

A igreja de Jesus faz questão de dizer que existem 5 passos para uma pessoa ser salva e que, faltando um deles, não há certeza da salvação. Vemos isto tanto no ensino como nos exemplos de conversões na Bíblia:

1º CRER – Isto é, ter fé. Na Bíblia crer é mais do que um exercício intelectual, nesse sentido quase 100% dos brasileiros, de alguma forma, creem em Jesus. Mas é crer que sua morte na cruz é a única solução para nos salvar dos nossos pecados (João 3:16), que Jesus é o único caminho para levar o homem perdido a Deus (João 14:6 e 1 Timóteo 2:5) e que não há nenhum outro (Atos 4:12). Nesse sentido a fé é qualificada, uma vez que é baseada nas Escrituras sagradas que podem nos tornar sábio para a salvação pela fé que temos em Cristo Jesus (2 Timóteo 3:15). [Leia mais sobre a diferença entre crer e ter fé neste artigo]

2º ARREPENDIMENTO – Nas Escrituras Sagradas arrependimento é mais do que um sentimento de remorso ou desconforto, é a tristeza por saber que nossos pecados foram os responsáveis pela morte de Jesus na cruz. Por isso o Senhor diz: “Bem-aventurados os que choram” (Mateus 5:4) por sua situação de pecaminosidade. Em Atos 2:38 Pedro inicia dizendo: “Arrependei-vos…” Uma pessoa para ser salva precisa, como o publicano na parábola contada por Jesus em Lucas 18:13, bater no peito e dizer a Deus: “Ó Deus, tem pena de mim, que sou pecador”. Em seguida, precisa ter a atitude Zaqueu que, ao arrepender-se, naquilo que era possível, ele corrigiu, isto é, restaurou aos seus donos aquilo que tinha roubado. Quando está decidindo por Jesus, a pessoa precisa ver o que precisará mudar para seguir ao Senhor.

3º CONFESSAR – Agora, sim, com base em Romanos 10:9-10, a pessoa que deseja se tornar um discípulo de Jesus deve confessá-lo não somente como seu Salvador, mas também como o Senhor, isto é, o Dono da sua vida, aquele que vai dar ordens e ser obedecido como um discípulo fazia na época de Jesus com o Mestre. Claro que a ideia de Jesus ser Senhor está incluído a ideia de que ela cuida, protege, sustenta os seus seguidores, que colocam o reino de Deus em primeiro lugar em suas vidas (Mateus 6:33).

4º BATIZAR – Pedro disse “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus para o perdão dos pecados”. Sem batismo não há certeza de salvação. No Novo Testamento tanto no ensino como nos exemplos o batismo é urgente (3 mil de uma vez só em Atos 2, o eunuco na beira da estrada onde tinha água em Atos 8, o carcereiro na mesma noite na prisão em Atos 16). Através do batismo nos identificamos com Cristo, que também foi batizado, apesar de não ter pecado, para cumprir a justiça de Deus (Mateus 3:15), somos mortos e ressuscitamos com Ele (Romanos 6:3-7) e da mesma maneira que Noé e família foram salvos através da água no dilúvio, a água do batismo nos limpa, por fé, de todos os nossos pecados (1 Pedro 3:2-21).

5º PERSEVERAR – Foi o que fizeram os primeiros convertidos em Atos 2:41-47. Perseveravam no ensino dos apóstolos (hoje são as Escrituras Sagradas), aprendendo sobre o que Jesus tinha ensinado (Mateus 28:18-20). Uma pessoa que passa pelos primeiros 4 passos está salva, porém, se não perseverar, pode jogar fora o presente que Deus lhe deu e ter seu nome tirado do livro da vida (Apocalipse 3:5).

Eis aí, os 5 passos para a salvação, simples, diretos, baseados nas Escrituras Sagradas. Convido o leitor a ler os exemplos de conversões no Novo Testamento, além dos 3 mil de Pentecostes (o eunuco, em Atos 8, Paulo, em Atos 9, 22 e 26, Lídia em Atos 16, o carcereiro, em Atos 16) e você verá que em todos exemplos estão implícitos ou explícitos os 5 passos que garantirão nossa entrada no céu.

E, você, querido leitor, já andou por esses 5 passos? Está andando permanentemente nesse último, isto é, está perseverando? Que Deus o abençoe para que sua resposta seja “SIM” e caso não seja, hoje é o dia que pode você pode dar inícios aos passos que o levarão a salvação, possível somente através de Cristo Jesus e em sua atitude de fé salvadora.

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