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O Mel e o Veneno – Água Doce ou Amarga

O deserto é um local inóspito para a sobrevivência. O deserto do Saara, por exemplo, tem uma oscilação de temperatura de 50º a -10º. Nada tem mais valor naquele local do que um copo de água.

Imagine você que, depois de andar uma semana pelo deserto, o que você esperaria ao encontrar? Uma saída ou um Oásis, não é? Um baú cheio de ouro e pedras preciosas não iriam te satisfazer. Certamente você estaria precisando de sombra e água fresca e doce. Água que matasse a sede e não matasse você. Mel e não um veneno.

O deserto é a vida e o Oásis é a igreja. O culto deveria ser como sombra e água fresca e doce como o mel. Imagine novamente que você chega no Oásis e ao tomar um bom gole de água você sente que ela é amarga ou salgada… Que decepção! É exatamente isso que encontramos em muitos cultos que deveria ser feito ao Senhor. Já que é para o Senhor, não deveria ser o melhor? E o melhor para Deus será que não é também agradável para nós? Eu tenho fé que sim!

Todo o culto deve ser agradável a Deus e, penso eu, que quando é agradável a Deus, nos eleva ao nível Dele. Antes de cada culto deveríamos pensar que iríamos ter uma audiência com uma autoridade. Como nos vestiríamos, como nos comportaríamos, o que iríamos falar? Se fôssemos apresentar cânticos às nossas autoridades, como seria a apresentação, quem de nós seria o regente? Se fossemos ter um orador para elogiar a sua gestão, quem escolheríamos e o que ele deveria dizer? Certamente seríamos obrigados a seguir o regimento interno da casa da autoridade. E na casa de Deus, como nos comportamos e o que apresentamos?

Talvez você esteja achando estranha esta comparação, mas ela não é minha não, é do profeta Malaquias:

“Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? — diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 1:8)

O pregador deve se preocupar em pregar a Palavra de Deus insistentemente. Deveria pensar que ao pregar, vai elevar as pessoas aos céus, onde Deus está. Deveríamos pensar que quem rege os cânticos é também um pregador, ele tem a maior parte do tempo no culto a Deus para transmitir a mensagem de Deus. Assim como não escolhemos qualquer um para trazer a mensagem de Deus à tona, não deveríamos escolher qualquer um para reger os cânticos.

O mensageiro de Deus deve oferecer água viva, mel e não veneno aos sedentos que vêm do deserto da vida e também abastecê-los para que voltem ao deserto e levem água viva eles mesmos àqueles que não tiveram o privilégio de participarem do Oásis (o culto) na presença de Deus. O culto é um vislumbre da terra que mana leite e mel. Então, os mensageiros da palavra (regente e pregador) devem se esforçar para já mostrar o mel e não o veneno que mata a alma.

“Alguém comparou as Escrituras com uma flor: Da mesma flor as abelhas tiram o néctar que produz mel e as aranhas tiram o que produz veneno. A diferença está na maneira em que a aproximamos: a abelha tira o néctar para fazer mel ao passo que a aranha tira o necessário para fazer veneno. Estudamos a Bíblia com a mente aberta para saborear o mel da palavra em nosso coração“[mfn]Trecho do livro a ser lançado: “Aventuras do Estudo da Bíblia” autor Glen Owen – Resgate Editora[/mfn].

O próximo culto a Deus se aproxima no próximo primeiro dia da semana. Deus é o nosso governador e será para Ele que vamos apresentar o culto. O que vamos levar para a mesa do Senhor? O pé deve pisar com cuidado na presença Dele, os lábios devem falar palavras convenientes na presença Dele, os regentes devem ser consagrados ao Senhor e os cânticos escolhidos em devoção de espírito com antecedência. Devemos apresentar o melhor para o Senhor e o agradável a Ele nos elevará aos céus. O pregador deve ser afiado nas palavras usando a espada do Espírito para falar a Palavra de tal maneira que, mesmo sendo palavras duras e verdadeiras, sejam saboreadas como mel e não como veneno.

“A voz que ouvi, vinda do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra. Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele, então, me falou: Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel. Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.” (Apocalipse 10:8-10)