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Evidências da Fé

A Evidência da Fé

Será que não seria convincente um pedaço da cruz de Cristo, as sandálias, o cálice ou os espinhos da cruz? É, acho que seria difícil convencer alguém mesmo com tudo isso. Será que eu não iria precisar de certificados de autenticidade assinados pelos doze apóstolos? Sei lá… Será que acreditariam no meu documento de autenticidade? Provavelmente teria que suportar as dúvidas, as acusações de falsificação e os argumentos que surgiriam disto tudo. Seria um tesouro que despertaria muita atenção e então eu precisaria de um esquema de segurança incrível. Será que ter provas físicas cristãs irrefutáveis realmente ajudariam?

O autor de Hebreus tem um outro caminho bem melhor para apresentar as evidências cristãs. Ele escreveu o seguinte:

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem“ (Hb 11:1)

Ele disse que a pessoa precisa de certeza e convicção e aí estão as evidências. A evidência mais convincente é a fé. A fé deve estar naquele que santifica Cristo em primeiro lugar no seu coração. Quem vai apresentar os fatos, deve acreditar neles, ter certeza e convicção. A coisa parece complicar um pouco já que você leva os fatos até no bolso se quiser, mas estas serão as evidências. Certeza de coisas que se esperam, convicção de fatos que não se dá pra ver. A evidência da fé é importante porque:

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam“ (Hb 11:6).

Você notou como o verso 6 começa? Começa repetindo uma palavra que já foi dita no verso um. Fato, é o que nós procuramos. Fato é evidência e é exatamente isso que precisamos mostrar para as pessoas, evidências. Quais são as evidências da fé que agradam a Deus? Quais evidências nos levam a crer que Ele existe e recompensa quem o busca? São as evidências da fé. Veja, não simplesmente leia, veja as evidências nestas palavras a seguir:

“Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus“ (Hb 11:2-5).

Viu as evidências? Não viu, porque ninguém hoje consegue ver, mas sabe que elas existiram e existem. Vamos, então, enumerar as evidências apresentadas.

1. Os Antigos

Você pode perguntar para as pessoas se lembram dos seus tataravós ou mesmo dos bisavós. Alguns vão lembrar principalmente dos avós, no máximo. Dificilmente encontramos pessoas que tenham conhecido os seus tataravós, quem sabe no futuro, agora que a gente vive um pouco mais. Mas todo mundo sabe que os antigos existiram. Um teste é perguntar se conheceram seus tataravós e se não conheceram, como sabem que esta é a origem deles? Como é que podem acreditar em quem não conheceram e nem sequer viram. Independente de termos conhecido ou visto os antigos, eles existiram. Não deixam de existir ainda que tenhamos argumentos por não termos os conhecido. E este é um argumento do autor de Hebreus:

“Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho“.

Use os exemplos dos antigos para falar da existência de Deus, somente sobre os acontecimentos com eles e o relacionamento deles com Deus. Deus lhes deu bom testemunho.

2. O Universo

Pegue um papel e algo para escrever nele. Treine antes fazer círculos de vários tamanhos. Se quiser, estude um pouco sobre os planetas e do nosso sistema solar. Mostre no papel o sol e os planetas ( a Terra é o terceiro planeta do sistema). Use como ilustração a posição constante da terra. Se estivesse no segundo lugar, estaria literalmente frita. Se estivesse na quarta posição, estaria congelada. Pergunte, como exercício de fé, se as pessoas acreditam nesta ordem do nosso sistema solar. É lógico que acreditam! Pergunte se alguém já viu estes planetas na sua ordem. Bem, não dá pra ver. Teria que estar fora da Terra a uma distância privilegiada e impossível diante da nossa tecnologia atual. Como é que pode acreditar no que não vê?

“Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem“.

Traga o universo real, mas invisível, para falar sobre a existência de Deus como evidência cristã.

3. Abel e Enoque

Sendo mais específico depois de mostrar alguns fatos indiscutíveis, olhemos para dois personagens que independente das nossas provas, existiram e não vão deixar de existir porque alguém não acredita ou nunca os viu pessoalmente. Assim como os antigos e o universo não deixam de existir porque nunca os vimos, Abel e Enoque não deixam de existir mesmo que não levemos provas palpáveis sobre eles. Abel sendo um exemplo mais específico também é uma lição direta. A sua existência ensina que oferecer a Deus o melhor obtém de Deus testemunho de justiça e aprovação. Ensina também que a imortalidade está em fazer desta vida a vontade de Deus.

“Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala“.

Enoque, o segundo exemplo específico, também ensina uma lição direta que baseia-se na fé. Acredito que Enoque também não via a Deus, mas andava com Ele. Não é porque você não vê alguém ou alguma coisa, como os antigos e o universo, que não exista. Assim é Deus, mesmo não o vendo, podemos andar com Ele. Aprendemos que quem anda com Deus, não morre, com Deus a morte é a nossa trasladação para estar junto com Ele. Novamente de Deus vem o testemunho. Enoque obteve o testemunho de haver agradado a Deus.

“Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus“.

Conclusão

Estes são os fatos da evidência cristã: Os antigos, O Universo, Abel e Enoque, . Não precisamos outros fatos para convencer quem quer que seja. E para você, estes são fatos convincentes? Se você não tem fé, como vai convencer outros a terem fé? Claro que existem muitos outros fatos que poderiam ser citados, mas para que? Afinal a fé é esperança e fatos que não se pode ver…

VOLTANDO AOS PRINCÍPIOS 
BÁSICOS PARA PREGAR MELHOR

Jesus contou de um homem que queria uma casa própria e, comprou um terreno e construiu sem alicerces. Na primeira enchente contra aquela casa, ela caiu.

Ele era vizinho do homem que cavou profundamente até encontrar a rocha. Aí, então, lançou alicerces e sua casa ficou ligada à rocha e inabalável. Ele também enfrentou a mesma enchente que o seu vizinho sem alicerces, mas ao contrário do vizinho, sua casa tinha a firmeza de uma rocha e ficou inabalável.

Todos os domingos nós fazemos a mesma coisa. Isto não é tedioso quando nós entendemos o porquê. Quando não entendemos os fundamentos básicos, então reclamamos como alunos ignorantes perguntando por que estamos repetindo e fazendo algo que não vamos usar para as nossas vidas.

De fato, é ignorância pensar que não precisamos dos fundamentos. Esquecemos que vivemos de princípios fundamentais. Eles são os nossos alicerces. Seja a alimentação que você recebeu na infância à educação que os seus pais te deram. Você é hoje resultado de princípios básicos.

Bem, meu ponto aqui é falar sobre a mensagem dominical. Considerado o ponto alto do culto, a pregação é uma apresentação de muita leitura e de toda a sua vida. É neste momento que o pregador mostra o quanto se preparou, o quanto leu, o quanto deu importância aos fundamentos básicos do estudo pessoal da Bíblia. Estudar e pregar bem a palavra de Deus é coisa séria e, sendo assim, não deve ser tarefa para muitos.

“Meus irmãos, não sejam, muitos de vocês, mestres, sabendo que seremos julgados com mais rigor. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é um indivíduo perfeito, capaz de refrear também todo o corpo.” Tiago 3:1,2

Certa vez dividia uma apresentação com dois outros pregadores e pedi um esboço para cada um deles para que eu pudesse montar os slides da apresentação. Naquele momento vi que eles não sabiam os princípios elementares do preparo de uma mensagem.

Fazer esboço é uma atividade fundamental e universal. Você faz isso o tempo todo sem notar e mesmo sem saber que está fazendo. As nossas conversas mais corriqueiras dependem de um prévio preparo. Quando você perde uma discussão, é falta de saber fazer esboço. Às vezes você sabe na prática, mas erra na teoria e vice e versa.

Já na apresentação da mensagem de Deus no púlpito, você deve saber conscientemente e de propósito fazer a tarefa de casa, isto é, o seu próprio esboço. Outra definição de esboço é uma anotação visual e que pode ser replicada por qualquer pessoa que tenha o mínimo de preparo para expor uma mensagem. Porém se alguém pega o seu esboço e são anotações que não têm fundamento, não tem começo meio e fim, é uma bagunça, então você não está fazendo o básico.

Se alguém lhe perguntasse: o que é um esboço? O que você responderia? Se você não sabe o que responder a esta pergunta neste momento, então você não sabe fazer um esboço.

Uma resposta a esta pergunta poderia ser: “Um esboço é um sistema formal usado para pensar e organizar o seu papel. Por exemplo, você pode usá-lo para ver se suas idéias conectam-se umas às outras, em que ordem as idéias funcionam melhor, ou se você tem provas suficientes para sustentar cada um de seus pontos. Esboços podem ser úteis para ajudar você a ver o quadro geral.”

Uma mensagem sem um esboço é como uma casa sem alicerce. Quando uma pessoa apresenta uma mensagem sem um esboço, fica à deriva e sujeita às tempestades e enchentes, isto é, se for questionado sobre os pensamentos que apresentou, não vai saber defender sua tese, porque nem tem sequer anotação que o guiou para falar o que falou. Cairá em descrédito e, mesmo que estivesse indo para a direção certa, nunca vai poder ajudar àqueles que o ouvem por falta de estrutura.

Você quer pregar a palavra de Deus? Tome cuidado e tenha respeito pela Palavra e pelos que necessitam dela, isto é, todas as pessoas que a ouvem.

Se você quer pregar mas se recusa a voltar aos fundamentos básicos do preparo de uma mensagem, então será julgado com mais rigor porque certamente tropeçará no falar e, assim, não terá domínio sobre mais nada.

Antes de pregar para os outros, pregue para si mesmo começando com muita leitura, meditação, estudo, preparo, aplicação da Palavra para si mesmo primeiro e, quanto mais preparado estiver, peça ajuda para Deus para ter humildade e seja agradecido pelo privilégio de, por um momento, ser o porta voz da Palavra divina.

Transformação

Alguém um dia disse: “A tarefa do pregador é consolar os aflitos e afligir os acomodados”. Talvez esta frase possa representar a transformação que o pregador tem como tarefa ao pensar e preparar a mensagem da Palavra de Deus.

A MENSAGEM

A mensagem é, ou deveria ser, como água fresca no meio dia atravessando o deserto quente e árido. Deveria ser facilmente percebida como mensagem de Deus, que trouxesse em si mesma o poder da palavra e que deixasse os ouvintes satisfeitos da sede e fome de justiça que temos.

Sem dúvida a Palavra tem poder. Deus, pela Palavra, criou do visível o invisível e ainda encarnou a Palavra na pessoa de Jesus, nosso Salvador e, por Ele, descobrimos o poder da Palavra.

“Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, PODER DE DEUS E SABEDORIA DE DEUS.” (1 Coríntios 1:22-24)

Essa é a Palavra que pregamos “PODER DE DEUS E SABEDORIA DE DEUS”. Quando Jesus, Paulo e tantos outros falavam sobre a Palavra de Deus, mesmo alguns deles não sendo exímios no uso da apresentação da mensagem (2 Coríntios 10:10), o resultado era maravilhoso.

“Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” (Marcos 1:22)
“Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor.” (Atos 13:12)

E hoje? Como está a apresentação da mensagem dominical? Além de já se passarem mais de dois mil anos, com o avanço da tecnologia que nos traz informações de um meio nunca visto na história da humanidade, como está a qualidade da mensagem e do mensageiro dominical?

SÓ INFORMAÇÃO

A Palavra de Deus é maravilhosa e poderosa, ponto! Os pregadores do começo da igreja pregavam de tal maneira que as pessoas conseguiam ver Jesus crucificado. Muitos deles tinham sido testemunhas oculares daqueles fatos, a maioria não, mas a maravilha e o poder da mensagem era o mesmo. A apresentação não deixava a desejar.

Hoje nós temos o Velho e o Novo Testamento e tudo está entregue em nossas mãos. Devemos ler e meditar na Palavra de Deus e, assim, acumulamos toda informação que precisamos.

Quando chega o momento da mensagem dominical, não é hora de dar só informação, a informação deve existir, claro, afinal tem muitas pessoas que não conhecem a Bíblia, mas ela deve vir de uma forma tão completa e ao mesmo tempo resumida, que faça a gente lembrar ou dê curiosidade para quem não sabe. O que as pessoas precisam realmente, não é mais informação, elas precisam do objetivo da Palavra, transformação para as suas vidas.

A TRANSFORMAÇÃO

Todo o culto é a mensagem, apesar de estarmos falando sobre a pregação aquI NESTE ARTIGO. Porém, desde que começamos a cantar, estamos transmitindo uma mensagem. A ceia e a oferta são mensagens maravilhosas e poderosas. Então temos um ‘ponto alto’ do culto: A mensagem dominical. Não é o ‘ponto alto’, mas é de relevante importância e, como vimos acima, não deve ser somente informação, mas deve trazer TRANSFORMAÇÃO.

Pense na mensagem do último domingo, ela trouxe alguma transformação ou somente informação? Contar a história é necessário e tem muito efeito nas pessoas, então, o jeito que se conta a história deve ser transformadora, mesmo sem deturpar ou inventar uma nova história. Vivemos e procuramos histórias, mas, acima disso, procuramos a moral da história, a transformação que a informação deve trazer.

A mensagem da oferta deve nos transformar em pessoas mais generosas. A mensagem da ceia deve nos transformar em pessoas mais santas. A mensagem da pregação, deve transformar a nossa semana. A mensagem dos cânticos e hinos espirituais devem transformar nossa relação com Deus através de vidas cheias do Espírito Santo.

Pode ser que você não lembre todas as mensagens que já ouviu na vida, assim como você não lembra de todas as refeições que sua mãe ou esposa fizeram, mas o conjunto delas tanto das refeições quanto das mensagens, a curto, médio ou longo prazos, traz a transformação para as nossas vidas.

Pregadores que trazem mensagens informativas estão falhando em não trazer transformação que deixe eles mesmos primeiro maravilhados com o poder de Deus.

PARA PENSAR

A minha intenção neste artigo é fazer a gente pensar. Precisamos ser mais exigentes porque a Palavra de Deus merece honra. Não que sejamos adoradores de um livro, como alguém um dia já disse, mas somos adoradores do Verbo vivo de Deus, Jesus, que é a palavra encarnada de Deus (João 1:1-5). Jesus, como o Verbo de Deus, veio trazer transformação.

A palavra pregada em todas as nossas atitudes dominicais, por exemplo, deve ser proclamada para nos transformar. A pregação dominical tem transformado você?

O PREGADOR DE DEUS E SEUS OUVINTES

“Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: ‘Paz, paz’; quando não há paz.” – Jeremias 8:11

“Ah! Se eu pudesse consolar-me na minha tristeza! O meu coração desfalece dentro de mim.” – Jeremias 8:18

“Tenho o coração partido por causa da ferida da filha do meu povo. Estou de luto; o espanto se apoderou de mim. Será que não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, então, não se realizou cura da filha do meu povo?” – Jeremias 8:21-22

Continuo minha viagem nas Escrituras, agora lendo e meditando no livro do profeta Jeremias. No capítulo 8, lido esta semana, o profeta chora e seu coração está partido em razão da rebeldia do povo. Ele fala, fala, insiste em comunicar a Palavra de Deus à nação, mas o povo de Israel é rebelde e por isso será castigado pelo Senhor com o exílio babilônico.

A rebeldia da nação é enorme a ponto do próprio Deus falar para o profeta não mais interceder pelo seu povo:

“Quanto a você, Jeremias, não interceda por este povo, nem levante por ele clamor ou oração, nem insista comigo, porque eu não ouvirei a sua voz.” – Jeremias 7:16

Jeremias está vivendo a realidade de todo servo fiel de Deus, que tem um coração de pastor, que deseja ver o seu povo vivendo em obediência a Deus, pois na obediência ao Senhor está a verdadeira felicidade.

O texto hoje lembrou-me de Moisés, intercedendo pelo povo de Israel que caira na idolatria, ao fazer o bezerro de ouro. Moisés foi tão intrépido e ousado que pediu a própria morte para livrar o povo da ira de Deus.

“Moisés voltou ao Senhor e disse: — Ah! O povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, peço-te que me risques do livro que escreveste.” – Êxodo 32:31-32

O apóstolo Paulo foi outro que, diante da desobediência dos judeus ao evangelho de Cristo, desejou ser maldito de Deus se isto resultasse na salvação deles.

“Sinto grande tristeza e tenho incessante dor no coração.
Porque eu mesmo desejaria ser amaldiçoado, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas segundo a carne.” – Romanos 9:2-3

Finalmente, lembro das dezenas e dezenas de pessoas com quem já estudei a Palavra de Deus. Com paciência, esperando o tempo da pessoa, em oração, tentando ser o mais acessível possível.

Como foi maravilhoso às vezes em que eu ouvi: “Valdir, entendi a Palavra de Deus, estou perdido, preciso de um Salvador e, por isso, quero ser batizado o mais rápido possível”.

Que alegria! Meu coração exulta com essas palavras. Há, sim, festa no céu, mas também há festa em meu coração de humilde evangelizador. Para saber minha alegria sugiro o vídeo que está no canal da igreja de Cristo nos Pimentas e também neste Portal: “Festa no céu e também no coração do evangelizador”.

Por outro lado, lembro das vezes em que a pessoa foi desmarcando os encontros para o estudo bíblico, “esquecendo” a data, até o momento em que pediu para dar um tempo. Muitas delas já conhecendo todo o propósito de Deus para suas vidas. Claro que podem voltar, Deus pode utilizar outras pessoas na busca dessa pessoa (o evangelizar uma pessoa é uma verdadeira “linha de produção” na firma de pescar pessoas que Deus tem). 

Porém, a minha tristeza é que se a pessoa morrer antes de se decidir por Jesus ou Ele voltar antes, estará perdida por toda a eternidade, pois cometeu o único pecado imperdoável, rejeitar o evangelho de Jesus Cristo. Convido-o a assistir no mesmo canal o vídeo “Alegrias e tristezas do evangelizador“.

“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Quem nele crê não é condenado;mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” – João 3:17-18

Jeremias chora em razão da rebeldia do seu povo. Que busca a cura superficial, o remédio que não cura, na falsa religião. O mesmo fizeram Moisés e Paulo. Que Deus transforme nosso coração de tal maneira que dediquemos nossa vida na proclamação do evangelho e que choremos pelos nossos pecados e pelos pecados dos outros, especialmente as pessoas não arrependidas.

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” – Mateus 5:4

Desde que Jesus subiu para o céu as portas dos céus estão abertas, esperando o arrependimento do maior número possível de pessoas (2 Pedro 3:9). 

Você, que está lendo estas reflexões, já entrou por essa porta? E você que já entrou, está gastando o melhor do seu tempo, dinheiro, energia e disposição na busca dos que ainda não entraram?

O pregador de Deus tem um coração de pastor, constantemente intercedendo e em busca daquele que muitas vezes sem saber, estão perdidos.

O Mel e o Veneno – Água Doce ou Amarga

O deserto é um local inóspito para a sobrevivência. O deserto do Saara, por exemplo, tem uma oscilação de temperatura de 50º a -10º. Nada tem mais valor naquele local do que um copo de água.

Imagine você que, depois de andar uma semana pelo deserto, o que você esperaria ao encontrar? Uma saída ou um Oásis, não é? Um baú cheio de ouro e pedras preciosas não iriam te satisfazer. Certamente você estaria precisando de sombra e água fresca e doce. Água que matasse a sede e não matasse você. Mel e não um veneno.

O deserto é a vida e o Oásis é a igreja. O culto deveria ser como sombra e água fresca e doce como o mel. Imagine novamente que você chega no Oásis e ao tomar um bom gole de água você sente que ela é amarga ou salgada… Que decepção! É exatamente isso que encontramos em muitos cultos que deveria ser feito ao Senhor. Já que é para o Senhor, não deveria ser o melhor? E o melhor para Deus será que não é também agradável para nós? Eu tenho fé que sim!

Todo o culto deve ser agradável a Deus e, penso eu, que quando é agradável a Deus, nos eleva ao nível Dele. Antes de cada culto deveríamos pensar que iríamos ter uma audiência com uma autoridade. Como nos vestiríamos, como nos comportaríamos, o que iríamos falar? Se fôssemos apresentar cânticos às nossas autoridades, como seria a apresentação, quem de nós seria o regente? Se fossemos ter um orador para elogiar a sua gestão, quem escolheríamos e o que ele deveria dizer? Certamente seríamos obrigados a seguir o regimento interno da casa da autoridade. E na casa de Deus, como nos comportamos e o que apresentamos?

Talvez você esteja achando estranha esta comparação, mas ela não é minha não, é do profeta Malaquias:

“Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? — diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 1:8)

O pregador deve se preocupar em pregar a Palavra de Deus insistentemente. Deveria pensar que ao pregar, vai elevar as pessoas aos céus, onde Deus está. Deveríamos pensar que quem rege os cânticos é também um pregador, ele tem a maior parte do tempo no culto a Deus para transmitir a mensagem de Deus. Assim como não escolhemos qualquer um para trazer a mensagem de Deus à tona, não deveríamos escolher qualquer um para reger os cânticos.

O mensageiro de Deus deve oferecer água viva, mel e não veneno aos sedentos que vêm do deserto da vida e também abastecê-los para que voltem ao deserto e levem água viva eles mesmos àqueles que não tiveram o privilégio de participarem do Oásis (o culto) na presença de Deus. O culto é um vislumbre da terra que mana leite e mel. Então, os mensageiros da palavra (regente e pregador) devem se esforçar para já mostrar o mel e não o veneno que mata a alma.

“Alguém comparou as Escrituras com uma flor: Da mesma flor as abelhas tiram o néctar que produz mel e as aranhas tiram o que produz veneno. A diferença está na maneira em que a aproximamos: a abelha tira o néctar para fazer mel ao passo que a aranha tira o necessário para fazer veneno. Estudamos a Bíblia com a mente aberta para saborear o mel da palavra em nosso coração“[mfn]Trecho do livro a ser lançado: “Aventuras do Estudo da Bíblia” autor Glen Owen – Resgate Editora[/mfn].

O próximo culto a Deus se aproxima no próximo primeiro dia da semana. Deus é o nosso governador e será para Ele que vamos apresentar o culto. O que vamos levar para a mesa do Senhor? O pé deve pisar com cuidado na presença Dele, os lábios devem falar palavras convenientes na presença Dele, os regentes devem ser consagrados ao Senhor e os cânticos escolhidos em devoção de espírito com antecedência. Devemos apresentar o melhor para o Senhor e o agradável a Ele nos elevará aos céus. O pregador deve ser afiado nas palavras usando a espada do Espírito para falar a Palavra de tal maneira que, mesmo sendo palavras duras e verdadeiras, sejam saboreadas como mel e não como veneno.

“A voz que ouvi, vinda do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra. Fui, pois, ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele, então, me falou: Toma-o e devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce como mel. Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.” (Apocalipse 10:8-10)

 

Repreensão, Correção e Exortação

O homem estava tendo trabalho para tirar a neve de cima da sua casa. O vizinho viu a dificuldade e quando ele quebrou um dos vidros da janela. Então gritou do outro lado da rua: “Aqueça a casa por dentro que a neve derrete!”.

Se quisermos tirar todo o gelo do pecado que endurece nosso coração, precisamos aquecê-lo por dentro. O culto tem a função de quebrar o gelo do pecado e tirá-lo de cima de nós.

O culto é composto basicamente de seis atitudes: cantar, orar, partir o pão, participar da coleta, pregação e comunhão. Todos os que chegam para adorar, devem sair edificados do culto a ponto de expressarem testemunhos e encorajamento entusiastas a outros durante a semana. O culto nunca acaba, ainda não entendi por que insistem em fazer a “oração final” se domingo é apenas o primeiro dia da semana?

Para que possamos ter um culto impressionante para quem quer que dele participe, devemos seguir o que a Bíblia ensina. O importante é agradar a Deus para que consigamos, de fato, ser edificados. Para tanto, precisamos saber que somos sacerdócio Santo, povo de propriedade exclusiva de Deus, com um real objetivo de testemunhar sobre Aquele que nos tirou das trevas e nos transportou para a Luz (1 Pedro 2:9). No culto de louvor e edificação, precisamos eleger entre nós os melhores sacerdotes, isto é, os melhores regentes, os melhores pregadores, os melhores homens de oração, os melhores servos de Deus. São estes que devem promover, como bons sacerdotes, o culto a Deus. Outros que querem servir a Deus, primeiro precisam aprender que o culto é para servir e não para ser visto. Depois, para desenvolver novos servos da igreja, precisamos, antes de mais nada, colocá-los para aprender a servir e depois de treinados, ensinar as pessoas durante a semana nos encontros bíblicos. Culto não é lugar de inexperientes e de experiências. Promover o culto a Deus deve ser com o melhor que temos e não com o duvidoso.

O apóstolo Paulo ensina muitas coisas práticas sobre a mensagem e os mensageiros nas epístolas de Timóteo e Tito. Aprendemos que quem prega deve ter um equilíbrio ao compartilhar a palavra de Deus. Ele ensina:

“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.” – 2 Timóteo‬ ‭4:2‬ ‭NVI‬‬

Uma só mensagem não vai mudar as pessoas, então tenhamos paciência. Uma mensagem vazia (subjetiva)  sobre a vida não dá o sentido que a vida precisa ter e que as pessoas esperam receber na mensagem. Então, quem prega, deve pregar com a sã doutrina.

As pessoas precisam ouvir na mensagem repreensão, correção e Exortação. Não sei o que você pensa quando ouve a palavra exortação. O significado dessa palavra é ânimo. Uma mensagem negativa ou acusativa é mais fácil que apresentar uma mensagem que seja equilibrada contendo repreensão, correção e exortação. Uma mensagem fácil de ouvir dá muito trabalho para preparar. Uma mensagem cujo estilo é baseada na palavra de Deus, atinge as pessoas e suas necessidades, membros do corpo de Cristo e até visitantes.

Se sua mensagem tem 3 pontos principais, que o primeiro ponto seja para repreensão, o segundo para correção e o terceiro para exortação. Esta, sim, é uma mensagem bíblica! Este conceito, como você pode ler e reler na passagem escrita pelo apóstolo Paulo, é bíblico.

Aqueles que pregam devem ter em mente, além da repreensão e correção também a exortação, isto é, o ânimo. Alguém que deve repreender e corrigir, deve animar (exortar) as pessoas para colocar em prática a repreensão e a correção ouvidas. Uma pessoa que não tem ânimo, não vê motivos para obedecer.

“Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a vocês mesmos.” – ‭‭Filipenses‬ ‭2:1-3‬ ‭NVI‬‬

Geralmente já chegamos com muitos problemas no domingo. Precisamos ânimo para começar a semana e continuar progredindo e compartilhando a fé. Precisamos de ânimo na luta contra o pecado. Alguém, por acaso, vai procurando sair sentindo-se acusado, pressionando e sobrecarregado? Não foi o que Jesus nos prometeu quando nos chamou para sermos discípulos.

Você deve saber que diabo significa acusador, não é? Mas temos um justificador e Ele é maior que qualquer acusação, isso deve transparecer na pregação. Jesus nos anima a continuar, Jesus nos exorta a procurar o perdão, a nos arrepender, nos exorta com o seu amor do jeito imperfeito que somos e nos justifica. Ele tem misericórdia em nossas fraquezas. O pregador representa Jesus como um porta voz, por isso deve ter compaixão e sua mensagem deve exortar (animar) os que estão cansados e sobrecarregados.

Neste artigo estou focando na exortação, mas nunca devemos esquecer a repreensão e a correção, se deixarmos de lado estes assuntos, vamos ter uma mensagem desequilibrada.

A pregação anima as pessoas ou, segundo tenho testemunhado, faz com que saiam desanimadas e considerem não voltar mais (já vi muitas saindo da igreja desanimadas com a mensagem). Não as chamemos de fracos na fé, pelo contrário, melhoremos como mensageiros da palavra de Deus. Aqueçamos os corações com a exortação que vem da palavra de Deus para quebrar gelo do pecado que oprime e deprime.

Aprendendo Pregar Com o Cinema

Se você é como eu, deve gostar de bons filmes. O problema é encontrá-los. Por outro lado, existe a questão do tempo, isto é, perder o tempo assistindo filmes e tirando pouco proveito. Todo filme que assisto eu procuro pelo menos uma frase ou ilustração que possa usar em algum momento. Muitas vezes a gente descobre que perdeu tempo só no fim do filme.

Filmes não passam de histórias contadas de maneiras diferentes. Tem gente que gosta de ler a mesma história que os filmes contam em forma de livro. Outras pessoas dão preferência para um resumo contado por alguém do que ler ou assistir a história. Finalmente uma boa forma de aproveitar enquanto assisto um filme é aprender a contar histórias como eles, roteiristas e diretores, contam. Os filmes e as boas histórias são contadas da seguinte forma:

Introdução

Todo filme tem uma introdução. Se ela não for bem feita ou se você não gostar da introdução, todo o filme está comprometido. Agora note bem todos os filmes que você assistir, eles têm uma introdução para prender a atenção e que leva ao interesse de ficar preso por, pelo menos, uma hora e meia. Todo esse tempo sentado para assistir a um filme depende da introdução.

Se você já assistiu o Resgate do Soldado Ryan você pode lembrar que ele tem uma introdução que te prende. A história começa com um prólogo em que um veterano leva sua família ao cemitério americano na Normandia, e um flashback se junta ao capitão John Miller (Tom Hanks) e GIs em um navio fazendo a aproximação no dia 6 de junho de 1944 à praia de Omaha (o dia D). para enfrentar o devastador incêndio da artilharia alemã. Esse massacre em massa de soldados americanos é representado em uma sequência inesquecível de 24 minutos. Os homens de Miller avançam lentamente para finalmente conquistar uma edificação de concreto de onde os soldados alemães atiravam. A praia está repleta de corpos e um dos corpos com o nome “Ryan” estampado em sua mochila… Pronto, você já quer saber o resto da história…

Argumentos

Depois de uma introdução daquelas, você começa a ter mais informações sobre o objetivo do filme: salvar um soldado. O chefe do Estado-Maior do Exército, general George C. Marshall ((Este general é uma pessoa real)) (Harve Presnell), sabendo que três irmãos Ryan da mesma família foram mortos em uma única semana, pede que o irmão sobrevivente, soldado James Ryan (Matt Damon), seja localizado e trazido de volta para os Estados Unidos. O Capitão Miller recebe a tarefa e ele escolhe um tradutor, Upham (Jeremy Davis), hábil em linguagem, mas não em combate, para se juntar ao seu esquadrão. O capitão Miller tem um sargento de confiança, é o Sargento Horvath (Tom Sizemore), seguidos pelos soldados Mellish (Adam Goldberg), Médico Wade (Giovanni Ribisi), cínico Reiben (Edward Burns) do Brooklyn, o ítalo-americano Caparzo (Vin Diesel), e o religioso sulista Jackson (Barry Pepper), um ás atirador de elite que invoca o Senhor enquanto aponta seu rifle de alta precisão.

Tendo experimentado anteriormente a ação na Itália e no norte da África, o esquadrão se espalha por áreas ainda cheias de nazistas. Depois que eles perdem um homem em uma escaramuça em uma vila bombardeada, alguns no grupo começam a questionar a lógica de perder mais vidas para salvar um único soldado.

Cada cena apresentada, cada novo fato vai te afundando cada vez mais na poltrona e você quer que eles saiam todos vivos do enredo, mas o fim vai ser surpreendente…

Então, da mesma forma que o cinema conta histórias desta maneira e cria cola cada vez mais adesiva enquanto desenrola o enredo, as nossas mensagens devem ser envolventes.

Conclusão

Como já disse, o fim do filme tem um começo quando eles finalmente encontram o soldado Ryan. Eles têm que enfrentar uma última batalha já quase sem munições contra um pelotão dos nazistas que vem se aproximando da cidade onde Ryan e o seu agrupamento estão.

Quando o filme acaba alguns têm vontade de chorar e outros de levantar e aplaudir a história. Porém, tudo está baseado em princípios bem simples, mas muito bem estudados, elaborados e desenrolados. Os princípios são: começo, meio e fim, ou seja: introdução, argumentação e conclusão.

Agora, a gente senta no banco da igreja e espera ver um épico todo domingo e como é que saímos? Ah, o culto não é um show… verdade! O louvor não é entretenimento… verdade! A comunhão não é uma ficção… também concordo! No entanto, o culto não deveria ser coisa de amador. Neste caso estou me referindo à pregação. Tenho visto muitas pregações até aqui. Afinal são mais de 1800 cultos e, consequentemente, pregações que tenho presenciado nestes mais de 30 anos. Muitas, mas muitas pregações que todos ouvimos, não tem cabeça nem pé, nem introdução nem conclusão. A gente não acha o fio da meada. Isso quando a gente não sai com mais críticas do que edificação. Estas desculpas de que o culto não é show, entretenimento e ficção, não passam de desculpas para não dar trabalho e mudar para melhor. A morte de Jesus, motivo maior pelo qual estamos lá reunidos, é o principal momento da humanidade e não está certo se nós minimizarmos isso com nossa pobre apresentação (Deus está na platéia). Provavelmente estamos dando no culto todo o mesmo que a maioria dá na coleta.

Precisamos, sim, buscar ser como Apolo que era homem poderoso em palavras para pregar sobre Jesus. Mesmo Apolo precisou ser instruído, imaginemos nós, então, o quanto temos a progredir.

“E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. Este era instruído no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o batismo de João. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Aqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus.” (Atos 18:24-26)

Além do mais, é necessário que o servo de Deus tenha poder nas palavras que fala, pois a Palavra de Deus é de poder e coragem. Leia o que Paulo fala para Tito acerca do padrão que todos os homens devem ter de crescimento que são os presbíteros:

“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.” (Tito 1:9)

Irmãos, precisamos estudar mais sobre homilética, oratória e exegese para que nossas pregações realmente sejam como a Palavra de Deus, isto é, poderosa para admoestar na sã doutrina, convencer os que contradizem e salvar o perdido. Prepare-se de tal modo que ao final dê vontade de chorar ou levantar e aplaudir, mesmo que ninguém vá fazer isso, prepare-se porque você estará servindo ao Senhor dos senhores que merece toda honra e glória através da sua pregação.

Qual a Diferença Entre Aula e Sermão?

Um pregador estendeu-se por uma hora durante a pregação. No final ele quis saber de alguns membros o que acharam da mensagem. Todos foram muito polidos e alguns foram curtos na resposta. Finalmente o pregador decidiu perguntar para um irmão idoso conhecido por sua sinceridade. Ele dizia o que pensava sem nada a perder. Alguns o achavam ácido, outros admiravam a conquista de poder dizer o que se pensa sem se preocupar em agradar aos homens. O pregador perguntou:
– Então, irmão, o que achou da mensagem?
– Achei que a mensagem foi como uma espada.
O pregador logo pensou numa passagem de Hebreus que diz: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4:12).
Então o pregador perguntou:
– A mensagem foi afiada como a palavra de Deus?
– Não! Respondeu o irmão – Foi longa, chata e fria…

Por que a pregação seria chata, se a fonte dela é a Palavra de Deus? Talvez por ser longa demais a mensagem possa se tornar chata e fria. Os pregadores precisam ser mais objetivos. Talvez faltem dois pilares de qualquer mensagem bíblica: oração e leitura. Outros motivos podem ser que as pessoas estão esperando da pregação uma atração tanto quanto encontram com facilidade em vídeos e publicações das redes sociais. Hoje os pregadores estão competindo diretamente com a comunicação digital. A igreja e, principalmente, esta geração, não aceitam mais pregadores medíocres. Os pregadores precisam saber qual é a diferença entre dar uma aula e fazer um sermão.

Existem alguns estilos de mensagens. Vou apresentar aqui 3 estilos. Dois deles devem ser usados para aulas bíblicas e aulas dominicais e um desses estilos é o melhor para sermões. Não existem estilos errados, existe o melhor para aulas e o melhor para pregação. Vamos analisar um pouco sobre estes estilos e quais deles se enquadram para aulas e para mensagens de púlpito. A maioria das pregações de púlpito ultimamente estão mais ligadas ao estilo de aulas do que a de sermões.

Mensagens em Tópico

Nas mensagens em tópico, o pregador ao preparar a mensagem a prepara tendo como base um título, ou seja, um tópico. Isto é bom para se tratar de assuntos que a igreja quer e precisa ouvir. É um estilo ideal para se usar em aulas. Encontra-se PROBLEMA PARA CONTEXTUALIZAR a mensagem textual desde que se usa várias passagens.

O título uma vez escolhido, tem-se a liberdade de se procurar as passagens que falam sobre o assunto escolhido. Por outro lado, para uma mensagem de púlpito, não é prudente fazer um tour pela Bíblia. Num culto você serve a Palavra de Deus para várias pessoas diferentes em idade, fase da vida, sexo, necessidades, etc. Dê preferência para tratar de assuntos usando este estilo em aulas durante a semana ou Escola Dominical.

Mensagem Textual

Na mensagem textual escolhe-se um texto. Pode ser um texto curto ou longo. O problema encontra-se muitas vezes na escolha do texto.  Algumas possibilidades de escolhas de textos e os perigos são:
Textos longo Cansam os ouvintes. ( Salmo 119 )
Textos obscuro Causam polêmicas no auditório. ( I Cor. 11:10 – o Véu)
Textos difíceis Os ouvintes não entendem. ( Ef. 1:3 – A Predestinação )
Textos duvidosos “E Deus não ouve pecadores” ( João 9:31 )

Mensagem Expositiva

Na mensagem expositiva o objetivo é explorar o que diz a Palavra de Deus. Tudo gira em torno da Palavra de Deus. É uma mensagem fácil de contextualizar. Tira-se do texto o título, a introdução, as argumentações e a conclusão. Leia o artigo “Como Preparar Mensagens Expositivas“.

Uma mensagem expositiva tem três pontos apreciados no seu conteúdo. Paulo instruiu a Timóteo que na pregação ele deveria dar ênfase a estes três pontos:

“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.” (2 Timóteo 4:2)

Uma mensagem expositiva repreende, corrige e exorta todas as pessoas na igreja. Leia um artigo publicado sobre o assunto. É uma mensagem agradável de se ouvir. Os jovens gostam de ouvir mensagem que os corrija, que os repreenda, mas que também os anime (exorte). Muitas mensagens são tão negativas que as pessoas saem desanimadas do culto. Se tornam mensagens longas, chatas e frias.

A sugestão dos estudiosos é que o estilo expositivo seja o preferencial para se preparar e se apresentar mensagens no púlpito. Os demais estilos (tópico e textual) devem ser usados para aulas.

Evidências Cristãs

EVIDENCIAS CRISTAS

Eu guardo em casa, para eventualmente ser mostrado aos que ainda não crêem, um pedaço da cruz de Cristo, as sandálias, quais não encontraram dignidade de João Batista para desatá-las, ainda atadas. Ah! Estava quase esquecendo, guardo também o cálice que Jesus tomou a última ceia. Estou esperando chegar um pedaço da coroa de espinhos que Jesus usou que comprei num site de leilões da Internet. Continuo poupando esperando outras oportunidades para adquirir mais algumas evidências cristãs. Bem, nem tudo isso seria possível se fossem objetos importantes. Não são objetos importantes, porque Jesus não era um homem importante. Quem, afinal, estava interessado em guardar objetos de um carpinteiro do interior? Passaram-se muitos anos até que o mundo olhasse pelo retrovisor e visse a Deus caminhando no mundo na pessoa de Jesus.

Espero que você não acredite que tenho todas estas relíquias citadas acima, eu teria que ser muito excêntrico, pra não dizer louco, ao afirmar ser esta uma verdade. Não tenho nenhum objeto que prove nada a não ser a Bíblia e o que ela mesma fornece como prova. A diferença da maioria das pessoas, é que alguns de nós temos certeza por folhear as suas páginas e nela encontrar todas as provas necessárias e suficientes.

Esteja Preparado

Todos devem estar preparados para apresentar as evidências cristãs necessárias e convincentes para os que ainda estão longe da salvação. Convincente não é da sua parte e sim da parte de Deus. O seu trabalho é apresentar as evidências e o de convencer é do Espírito Santo (João 16:7-11). A palavra de Deus é quem produz fé verdadeira (Rm 10:17).

O apóstolo Pedro escreveu sua epístola para todas as pessoas e não a sacerdotes ou arqueólogos especialistas em evangelismo e evidências cristãs. Ele disse:

“antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo“ (1 Pedro 3:15, 16).

Antes de qualquer coisa e em primeiro lugar (redundante sim, para ser enfático), santifique Jesus como Senhor no altar do seu coração, deixe com que Ele tenha o primeiro lugar na sua vida. E num ato constante esteja preparado para responder por que você colocou Jesus no altar sagrado do seu coração, porque isso vai ser bem visível! Quando você anda com Jesus, sua vida cria esperança jamais vista em qualquer outro compromisso da vida, por isso Pedro ensinou: “santifique Jesus como Senhor“. Isso vai criar uma vida diferente em você e curiosidade nos outros, mesmo que já te conheçam antes.

Mas não esqueça de como responder. Se você, para defender a sua fé, ataca as pessoas, é arrogante no poder da verdade, você nunca vai convencer ninguém. As pessoas vão erguer seus escudos para os seus ataques. A maneira de falar da verdade é tão importante quanto  a verdade. A maneira, então, deve ser a mesma ensinada pelo apóstolo Pedro: “com mansidão e temor, com boa consciência“. Se você tem um cachorro ou um cavalo, você espera que eles sejam mansos. Se você tivesse um leão, você com certeza ia querer que ele fosse manso mesmo. Mas e que tal você? Deus espera que nós sejamos mansos para que não mordamos as pessoas nem com palavras. A mansidão é convincente. Acrescente à mansidão o temor a Deus e o respeito às pessoas. Agora, a mansidão e o respeito não será nada convincente se lhe faltar uma boa consciência. Você deve ser o exemplo do que fala para que, se falarem mal contra você, “fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo“.

A Evidência da Fé

Tendo as atitudes acima, vamos às evidências cristãs necessárias e convincentes. Será que não seria convincente um pedaço da cruz de Cristo, as sandálias, o cálice ou os espinhos da cruz? É, acho que seria difícil convencer alguém mesmo com tudo isso. Será que eu não iria precisar de certificados de autenticidade assinados pelos doze apóstolos? Sei lá… Será que acreditariam no meu documento de autenticidade? Provavelmente teria que suportar as dúvidas, as acusações de falsificação e os argumentos que surgiriam disto tudo. Seria um tesouro que despertaria muita atenção e então eu precisaria de um esquema de segurança incrível. Será que ter provas físicas cristãs irrefutáveis realmente ajudariam?

O autor de Hebreus tem um outro caminho bem melhor para apresentar as evidências cristãs. Ele escreveu o seguinte:

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem“ (Hb 11:1)

Ele disse que a pessoa precisa de certeza e convicção e aí estão as evidências. A evidência mais convincente é a fé. A fé deve estar naquele que santifica Cristo em primeiro lugar no seu coração. Quem vai apresentar os fatos, deve acreditar neles, ter certeza e convicção. A coisa parece complicar um pouco já que você leva os fatos até no bolso se quiser, mas estas serão as evidências. Certeza de coisas que se esperam, convicção de fatos que não se dá pra ver. A evidência da fé é importante porque:

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam“ (Hb 11:6).

Você notou como o verso 6 começa? Começa repetindo uma palavra que já foi dita no verso um. Fato, é o que nós procuramos. Fato é evidência e é exatamente isso que precisamos mostrar para as pessoas, evidências. Quais são as evidências da fé que agradam a Deus? Quais evidências nos levam a crer que Ele existe e recompensa quem o busca? São as evidências da fé. Veja, não simplesmente leia, veja as evidências nestas palavras a seguir:

“Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus“ (Hb 11:2-5).

Viu as evidências? Não viu, porque ninguém hoje consegue ver, mas sabe que elas existiram e existem. Vamos, então, enumerar as evidências apresentadas.

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