fbpx

A RESPONSABILIDADE DO MENSAGEIRO DE DEUS

“Filho do homem, profetize contra os profetas de Israel. A esses que profetizam o que lhes vem do coração, diga que ouçam a palavra do Senhor.” – Ezequiel 13:2

“Vocês não foram consertar as brechas, nem fizeram muralhas para a casa de Israel, para que ela permaneça firme na batalha do Dia do Senhor. As visões que eles tiveram são falsas e as adivinhações são mentirosas. Dizem: ‘O Senhor disse’, quando o Senhor não os enviou. E ainda esperam que a palavra se cumpra!” – Ezequiel 13:5-6

“Porque andam enganando, sim, enganando o meu povo, dizendo: ‘Paz’, quando não há paz. E, quando se constrói uma parede sem argamassa, os profetas a cobrem com cal.” – Ezequiel 13:10

“Portanto, assim diz o Senhor Deus: “Eis que eu sou contra as fitinhas mágicas que vocês usam para enredar as pessoas como se fossem pássaros. Eu as arrancarei dos seus braços, e deixarei livres aqueles que vocês enredaram como se fossem pássaros.” – Ezequiel 13:20

No texto de hoje, através do fiel profeta Ezequiel, Deus repreende os falsos profetas.

Muitas pessoas resumem a função do profeta como alguém que prevê o futuro. Sim, algumas vezes isso acontece. Porém, um profeta na Bíblia é muito mais que isso, é aquele que recebe uma mensagem e a transmite. 

No caso dos profetas de Deus, na Bíblia, Deus lhes enviava uma mensagem e exigia que passassem aos destinatários exatamente da maneira como o Senhor tinha passado, nem mais nem menos, sem alterações da mensagem.

No primeiro texto Deus condena os profetas que ensinavam aquilo que estava em seus corações e não a mensagem que o Senhor tinha ordenado.

Sim, o coração humano é muito enganoso (Jeremias 17:9) e Jesus diz ser fonte de muita maldade (Mateus 15:19). Desta maneira, o mensageiro fiel a Deus não irá expor aquilo que está no seu coração, mas somente o que é mandado e delimitado pelo Senhor. E, claro, encherá seu coração da boa Palavra de Deus.

Como pregador da mensagem de Deus, reconheço que há, sim, a tentação de, ou suavizarmos a mensagem divina, para ganharmos ouvintes ou torná-la pesada, quando queremos chicotear aqueles que julgamos estarem em mau caminho. Nem uma coisa nem outra, devemos ensinar somente a Palavra de Deus, que cumprirá sua função de ensinar, repreender, corrigir e educar na justiça de Deus (Isaías 55:11 e 2 Timóteo 3:16-17).

Cuidado quando formos afirmar “O Senhor disse”, quando estamos querendo que nossas posições ou ideias prevaleçam. Ouço muito no mundo religioso a expressão “Deus me disse” ou “Deus mandou lhe falar” e muitas dessas mensagens não passam de doutrinas humanas.

O papel do que ensina a Palavra de Deus é consertar as brechas, isto é, mostrar onde cada ouvinte está em seu relacionamento com Deus ou falta dele. Às vezes precisamos reforçar as maravilhosas promessas de Deus, mas também não podemos deixar de ensinar o juízo de Deus para os rebeldes. Toda a Palavra do Senhor deve ser proclamada.

Falar somente das promessas de Deus, sem informar da necessidade da obediência é como cobrir a parede de cal sem colocar a argamassa. Aliás, esse texto lembrou-me de Jesus chamando os líderes religiosos de sua época de “sepulcros caiados” (Mateus 23:27), belos exteriormente, mas cheios de podridão e imundícia interiormente.

Finalmente, as fitinhas mágicas utilizadas pelas falsas profetizas, lembraram-me das figurinhas bonitas postadas nas redes sociais as “caixinhas de promessas” ou mesmo o abrir a Bíblia aleatoriamente sem um estudo sério e profundo da Palavra de Deus com o desejo sincero de buscar qual a vontade de Deus na vida com o desejo genuíno de obedecer. Mesmo aqueles ensinos que exigirá esmurrarmos o nosso corpo e o reduzirmos à escravidão de Jesus (1 Coríntios 9:27).

Que jamais sigamos os falsos profetas, mesmo aqueles com palavras bonitas, que mais parecem palestrantes de autoajuda. Que falam somente aquilo que os ouvintes querem ouvir. 

E não sejamos falsos profetas, mas, todos os dias, estudemos, meditemos e busquemos a verdade de Deus na única fonte autorizada pelo Senhor, a Bíblia, a Palavra de Deus. 

E uma vez compreendida, passemos para nossos ouvintes tal qual recebemos.