“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” – Mateus 6:34
Ainda que exista um apelo por uma “bondade” e constante encorajamento à busca por alguma felicidade, me parece haver uma sugestão diferente na Bíblia, não discordo que devemos procurar fazer coisas boas, mas o “hoje” é um tempo maldito, apressar de vivermos sob a graça, o que nos faz os mais afortunados de todos os tempos, livres do julgo da lei, ainda vivemos em um mundo influenciado pelo mal, o primeiro do inferno, não querendo ficar sozinho (Ef 2.1-3, 5.15-17).
É importante que o cristão tenha essa visão quase pessimista da atualidade, crendo na eterna justiça divina, essa perspectiva nos ajuda a lidar com o apodrecimento natural de todas as coisas, do ouro às geleiras, da carne ao palmito, a moral e os valores dessa vida, tudo está fadado a deterioração, inclusive nossos corpos, por isso as coisas do Reino, a justiça, a misericórdia e a fé, são tão urgentes (1Jo 5.19).
Em contrapartida ao sacrifício de Jesus na cruz, que oferta Graça a todos em todos os tempos, somos convidados todos os dias a superar a maldade do mundo com a bondade do espírito, com toda paciência, longanimidade, fidelidade e mansidão, alheios ao resultado mas dedicados a cada oportunidade, temperados esta existência com o sal da palavra de Deus, e “postergados” a volta de Cristo (Mt 5.13; Rm 5.20; Gl 5.22-25; 2Pe 3.9).
Não é fácil, da perspectiva humana, mas cremos que em Jesus somos mais que vendedores e nada nesse mundo, de modo algum pode ser tão bom quanto a presença dEle (Rm 8).
“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”
– Romanos 8:38,39 –
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