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“O mau de cada dia” – Mateus 6.34

“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” – Mateus 6:34

         Ainda que exista um apelo por uma “bondade” e constante encorajamento à busca por alguma felicidade, me parece haver uma sugestão diferente na Bíblia, não discordo que devemos procurar fazer coisas boas, mas o “hoje” é um tempo maldito, apressar de vivermos sob a graça, o que nos faz os mais afortunados de todos os tempos, livres do julgo da lei, ainda vivemos em um mundo influenciado pelo mal, o primeiro do inferno, não querendo ficar sozinho (Ef 2.1-3, 5.15-17).
É importante que o cristão tenha essa visão quase pessimista da atualidade, crendo na eterna justiça divina, essa perspectiva nos ajuda a lidar com o apodrecimento natural de todas as coisas, do ouro às geleiras, da carne ao palmito, a moral e os valores dessa vida, tudo está fadado a deterioração, inclusive nossos corpos, por isso as coisas do Reino, a justiça, a misericórdia e a fé, são tão urgentes (1Jo 5.19).
Em contrapartida ao sacrifício de Jesus na cruz, que oferta Graça a todos em todos os tempos, somos convidados todos os dias a superar a maldade do mundo com a bondade do espírito, com toda paciência, longanimidade, fidelidade e mansidão, alheios ao resultado mas dedicados a cada oportunidade, temperados esta existência com o sal da palavra de Deus, e “postergados” a volta de Cristo (Mt 5.13; Rm 5.20; Gl 5.22-25; 2Pe 3.9).
Não é fácil, da perspectiva humana, mas cremos que em Jesus somos mais que vendedores e nada nesse mundo, de modo algum pode ser tão bom quanto a presença dEle (Rm 8).

 

“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

–  Romanos 8:38,39  –

 

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“O que eu desejo” – Tg 1.13

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” – Tiago 1:13

 

     Minha boca não saliva por uma forma de salada, e não sou fã do cheiro de cuscuz queimado. Segundo Tiago, se eu cair em tentação a culpa não é de outrem, como se minha salvação estivesse nas mãos de outras pessoas, mas apenas minha, visto que prestei mais atenção às coisas que me atraiam, ignorei o amor divino e incorri ao precipício dos desejos; a culpa da minha queda também não é do pernil ou do bom cuscuz, Deus os fez para mim, como todas as coisas, o problema está quando eu desvio os meus olhos da Graça e passo a sofrer, e ardentemente desejar, mais as coisas da carne, que às do espírito, trocando a comunhão do culto pelo churrasco na vizinhança , por exemplo (Hb 10.19-27; Tg 1.14, 4.1-10; 1Jo 2.15-17).

“Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” – Tiago 1:14

 

     É fácil colocar a culpa em Deus, atribuir-lhe alguma culpa, ou toda ela, e supor que temos o poder para alcançar a paz, a prosperidade e a eternidade com nossas próprias forças; não há problema, e na verdade é desejável que o crente busque essas coisas, mas é necessário reconhecer que só as obtemos diante do trono da Graça de Deus, mediante o sangue de Cristo na Cruz, após o batismo (Rm 2.7, 6; Tg 1.17).
Nesse sentido, o contexto teológico do livro de Tiago: “perseverança na tribulação”, ou “alegria na tribulação”, é aceitável e desejável, pois dentro da lógica de Cristo, o tempo que se chama hoje são continuas oportunidades de graça, arrependimento, boas obras, obediência e perseverança, o cristão sabe que nesse mundo terá aflições, seja porque ele próprio é cristão, seja porque o mundo está em um estado de deterioração moral e ética sistêmica e crônica, mesmo assim, temos a constante alegria e firme felicidade de, na vida do por vir, encontrar todos os santos de todos os tempos e juntos nos apresentarmos diante de Deus (Tg 1.2; Jo 16.33; Hb 10.32-39).

     Assim, sempre que nos encontramos em pecado ou diante de uma situação complicada agora nossos olhos devemos acreditar que aquele que suportou a maior humilhação e venceu o maior inimigo está de braços abertos para nos encorajar, animar e melhor de tudo, purificar e orientar, basta que O busquemos, crendo que Ele nos ouve (Hb 11.6; Tg 1.5-8).

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança (…) Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” – Tiago 1:2,3

 

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“Intimamente” – Sl 139.23,24

 

          Um grande evento ocorre sempre que nos aproximamos de um resultado mais apurado sobre algo, nesse sentido, a ressonância magnética é um exame caro que traz ótimo resultados, pois permite visualizar muitos detalhes que antes eram impossíveis, de fato, sempre que existe suspeita de certas doenças, somos convidados a fazer exames de imagem para comprovar algo que outros exames laboratoriais indicam. Às vezes no entanto, apenas a clínica do profissional de saúde é possível, sendo necessário tomar grandes decisões com base no que se vê e conhece sobre aquela situação, esse é o diferencial de esquipes de resgate e atenção pré-hospitalar, que se especializaram em salvar vidas sem saber o real estado específico, a agilidade e os conhecimentos prévios (constantemente atualizados), fazem dessas equipes fator diferencial entre a vida e a morte de muitas pessoas.
É magnífico perceber que Deus conhece cada um de nós, ou melhor, é assombroso. O salmista vai dizer que para Deus não existe sombra ou profundidade, não há como se esconder ou ocultar qualquer coisa Dele, de modo que somos conhecidos e amados desde antes de termos forma de gente no ventre materno, até o nosso último dia, Ele quer estar conosco. No entanto o pecado nos contamina, e abandonamos os caminhos de justiça de Deus, vivemos pelo lucro, pelo prazer somos convencidos atrás de vento de vaidade, e ainda que muitos reconheçam a futilidade disso, poucos são os que se voltam para Ele e O buscam com sinceridade (Rm 5, 6)

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” – Salmos 139:23,24

          Davi podia estar lendo a Torá e refletindo, ele não rasgou a mesma, nem a obrigou a se conformar aos seus interesses, antes, pediu que Deus o ajudasse a se livrar de qualquer mal caminho ou intenção, e o conduzisse pelas retas veredas da justiça, certamente esse não é um negócio fácil, pois têm muito haver com nossa própria ideia de “quem é esse que se interessa tanto por nós?” “Que amor é esse que Ele diz que tem por mim?” “Quais as vantagens desse modo de viver?” (At 2.36-41).
Certamente Ele é aquele que pode cuidar de todas as nossas preocupações, aliviar todas as nossas dores e saciar todas as nossas necessidades, e mesmo o rejeitando ou nos sentindo profundamente perdidos, Ele ainda se mantém disposto a nos dar uma outra vida, perspectiva e esperança, tudo depende de nós reconhecermos nossa fragilidade e buscarmos com afinco este caloroso e abundante amor (Is 53.4,5; Mt 11.28-30; Jo 10.11,14,15; 1Jo 3.1-3)

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele” 
 – 1 João 3:1 – 

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“O que esperamos?” – Ef 3.20

          O mundo tem várias expectativas, muitas delas são o motivo da felicidade ou depressão das pessoas; como humanos, é necessário que visualizemos claramente, tanto o agora (onde estamos/quem somos), quanto o futuro (onde queremos estar/quem queremos ser). Olha o que Paulo sugere:

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nósa ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” – Efésios 3:20,21

          Até aqui, Paulo em seu discurso da superabundante Graça de Deus aos homens, lembra seus leitores das coisas passadas, dos aspectos dificultadores e estressores da relação entre Deus e os homens, onde Deus, em duas infinita misericórdia, indicou, pavimentou, iluminou uma estrada eterna para os que quiserem se aproximar dEle (Ef 1.3-8, 2.1-5).
A partir daqui, Paulo destaca a importância do abandono do velho homens, de seus preconceitos e egoísmos, que todos, sujeitando-nos a autoridade de Deus, vivamos em prol da vida e saúde de nossos irmãos em Cristo, assim como assumamos um compromisso de combate a mentira, assim como contra seu pai (Ef 3.10-21, 4.1-6, 5.1-2, 6.10)
Assim, a vida do cristão deve ter uma fluidez e constância, de abandono do velho e apropriação do novo em Cristo, visto que esta Graça impossível está acessível, devemos buscá-la de todo coração, com toda força e entendimento, a fim de que o sacrifício de Deus e o nome de Jesus sejam glorificados em nossas vidas como seguidores e servos de Cristo (Rm 6.1-4; 2Co 12.9)
Visto que temos certeza do prêmio reservado para nós, andamos confiadamente naquele que nos perdoa e salva da condenação eterna, não mais segundo esse mundo mas, seguindo uma lógica diferente, de gratidão, fé e amor a Deus que pode e concede todas as coisas em Cristo Jesus, nosso Senhor (Hb 12.1).

 

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” – Romanos 6:1-4

 

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“Dependência” – João 1.4,5

“A vida estava nele e a vida era a luz dos homens” – João 1:4

     Quando olhamos para a lua cheia, em um dia de verão, geralmente ela está brilhante, gigante, perfeita, mas, ao contrário do que se fala, a lua não brilha, ela apenas reflete o brilho do sol, sem o qual ela desaparece, é o que chamamos eclipse lunar.

     Desde que o homem comeu o fruto da árvore proibida do Jardim é como se tivéssemos travados em um loop¹ eterno, em que nos escondemos e não conseguimos encontrar Deus, como nos temos do gênese.

    A humanidade, desde Adão, tem dificuldades de entender a vontade de Deus, isso faz parte do que significavam as palavras “certamente morrereis”, em parte, naquele momento, Adão destravou o sistema de decomposição da carne, e com esta mesma atitude encerrou seu vínculo com Deus, morrendo espiritualmente, devido a sua incapacidade de viver plenamente, se tornou escravo dos próprios desejos, trabalhamos, estudamos e lutamos ao longo de quase 8 mil anos, para satisfazer prazeres tão efêmeros que no século XIV começou a circular o ditado:

“Carpe Diem”(~aproveite o dia),

Como podemos aproveitar a vida se não estivermos livres, vamos nos destruir em escravidão (Gn 3; Tg 1.13-15; 1Jo 2.15-17).

     Não, Deus não ficou parado, punitivamente estático no jardim do Éden; podemos inclusive acreditar que o pecado original foi a chave para a consciência, conscientes da própria existência os homens tomaram decisões, e aqui estamos (Rm 5; 1Co 15).

     João na introdução gloriosa e poética de seu relato sobre a vida de Jesus nazareno, descreve-O como o Cristo de Deus aos homens, poderoso para curar e cheio de compaixão pela humanidade, ao ponto de pagar o preço pela nossa liberdade, para vivermos, como originalmente, agindo pelos instintos da fé e não pelos instintos da carne (Rm 6.1-4, 17-23, 8.5, 15-17).

     Esse convite de João declara a vitória eterna de Deus sobre o mal, assim como demonstra o poder, disponibilidade e interesse de Deus em nos ter próximos a Ele, ao pagar do próprio bolso, com o próprio sangue, a alforria de nossa vida, Ele ainda nos dá um propósito e esperança, refletir a luz dEle, aqui na terra, a todos os homens, TODOS, sem acepção ou descriminação, enquanto aguardamos pelo último dia (Jo 3.16; Rm 1.16,17).

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”
Romanos 1:16

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  1. Loop é um termo utilizado em informática para um conjunto de instruções que um programa de computador percorre e repete um significativo número de vezes até que sejam alcançadas as condições desejadas.

“Verniz” – Cl 3.12

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” – Colossenses 3:12

          Algo curioso sobre o revestimento é que após coberto, é muito difícil que o material volte a ser como era antes, o verniz, por exemplo, pode proteger, embelezar e aumentar a durabilidade de um produto, em alguns casos pode até transformar um objeto simples em algo mais arrojado e vistoso. A transformação nesse caso depende do quão bem feito é o serviço, por exemplo, aplicação do produto adequado ao tipo de madeira e quantidade de aplicações, pode resultar em maiores efeitos ou não, ser apenas perda de tempo, gastando material sem alcançar o objetivo real.
Quando acorda de manhã, desbotado pela fome e angustiado pelos compromissos do dia, o cristão se vê desafiado a cobrir cada traço de humanidade com as boas novas do evangelho: da paz, da misericórdia e da esperança; a “metanoia” sugerida por Paulo não é algo simples, de um girar de chaves, mas um compromisso acolhido e vencido diariamente (Rm 5.1-6, 12.1,2).
Talvez o maior desafio seja tirar a roupa velha da história, ou do orgulho, ou dos preconceitos, ou da ignorância, que nos fez ser quem somos hoje, e nos protegeu de muitos ataques e nos fez ser quem somos; após tantos invernos, é difícil acreditar em coisas tão infantis quanto amor, mas esse é desafio, esse é o propósito do qual não podemos desistir no meio do caminho, a fim de valorizar o preço pago por aquele que nos deu essa oportunidade (Cl 1.21-23, 3.1-5).

“agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis” – (Colossenses 1:22)

          Esse processo resulta na comunhão, que mais que um club de classe ou hobby, é formado por pessoas simples interessadas na nova vida ensinada e prometida por Jesus, que se auxiliam, suportam e apoiam a fim de serem reflexo terreno da Glória futura, espelho da graça de Deus a todo os homens (Fp 2.14-18).

“Fazei tudo sem murmurações nem contendas,
para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo,
preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.
Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e, com todos vós, me congratulo.
Assim, vós também, pela mesma razão, alegrai-vos e congratulai-vos comigo”
 – Filipenses 2:14-18 – 

 

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“Não temas” – Jo. 14.27

         Pedro parece estar em uma sequência incrível, primeiro ele confessa Jesus como o Cristo de Deus (Mt 16.13-16), e logo em seguida foi repreendido por sua imaturidade para compreender o plano de Deus (Mt 16.21-23), agora, talvez crendo ter compreendido qual a vontade de Deus, Pedro se coloca a disposição de até morrer por Jesus (Mt 26.33,34).
O discurso de João 14-17 acontece no interstício do versículo 35 e 36 da narrativa de Mateus sobre a vinda do messias, no capítulo 26. Jesus a beira da prisão encoraja seus discípulos a lembrarem dEle, de seus ensinos e promessas. Judas já havia saído para vender Jesus aos mestres da lei. Então Jesus propõe aos discípulos que recebam dele a paz, uma paz diferente da que existe no mundo, diferente do que o mundo pode oferecer, e como que falando aleatoriamente de várias coisas Jesus pede que não tenham medo, mas estejam alegres; e então um dos maiores discursos sobre perseverança, amor ao próximo e a Deus, que culmina com uma oração por todos os crentes, os atuais e isso futuros, e a prisão (Jo 14-18.13).
Observe que Pedro novamente, esquecendo-se do Cristo, obedece as leis da gravidade e reage proporcionalmente a situação, a temperatura do momento aqueceu o coração desse discípulo que lançou mão da espada para testemunhar sua fidelidade a Jesus (Jo 18.10,11).

“Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” – João 18.10,11

              A “paz” do mundo é, como já diz o poeta “um período entre guerras”, que paz preenche o coração de um povo que teme a guerra?! Judeus palestinos, estadunidenses e muçulmanos, turcos e sírios, a guerra corre no sangue dessas pessoas, a adrenalina não deixa as veias destas pessoas… E as suas? Você anda sobre ovos pra evitar problemas? Ou está sempre atento para agradar todo mundo? Nesse caso talvez fosse mais fácil “vender a capa e comprar uma espada” (Lc 22.36).
Todas as palavras de Jesus precisam ser lidas e compreendidas, vividas, a luz do amor; é mais fácil entender o ensino sobre o amor, e quanto mais soubermos sobre o amor de Deus por nós, é bem provável que mais facilmente aproveitaremos a paz de falar e existir nesse mundo sendo perseguidos apenas por crer em Deus e não, nunca, jamais, por amar a Deus (1Pe 3.13-15; 1Jo 4.7-21)
O nosso desafio é exatamente esse: abandonar nossa natureza vingadora,  sanguinária, gananciosa e destrutiva, e viver no amor de Deus, é de fato um desafio, mas este, promete um prêmio adequado (Rm 12.1,2; Cl 3.12-17).

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
– Romanos 12:1,2 –

 

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“Eu te louvo” – Isaías 25.1

“Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros”

Isaías 25:1

                    Em dias de dificuldade o que você faz? Agiliza o máximo de coisas? Isaias diante da falência espiritual da nação, glorifica a Deus, ele reconhece que a salvação vem de Deus, o mesmo justo que corrige os seus filhos; Isaias ensina que Ele cuida de nós mesmo quando pecamos (Is 43.1 – 44.5).
Essa é a maior maravilha de Deus, que Ele sendo santo, poderoso e soberano, se voltou para nossa necessidade de resgate, e cuida de nossas necessidades (Sl 8; Mt 6.33, 11.25-30; Jo 1.1-14, 3.16-21).

“Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. […] que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” – Salmos 8:1,4,5

                  Esse é um ensino recorrente, o crente olha para o alto e agradece, mesmo pelas mazelas que sofre, pois reconhece que é graça continuar vivo em um mundo tão apodrecido; por outro lado não se entristece por qualquer prejuízo material, por entender que Deus é a fonte da riqueza e a sua companhia a coisa mais importante em todo tempo (Rm. 8.28; Tg 1.2-12).
É uma mensagem difícil, a pergunta “por que o justo sofre?” é feita pelos séculos a fio, talvez a resposta mais simples seja “para a glória de Deus”, imagino que essa resposta seja inquietante, e não pretendo esgotar esse assunto milenar, mas diante da desgraça total, Isaías se virou para Deus e disse “eu sei que tu cuidas de mim, por isso eu te louvo” (Jr 20; Lm 3.22-26; Fp 1.20-30; 1Pe 3.12-17)

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.
Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio”
– Lamentações 3:22-26 –

 

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“Benção aos malditos” – Lc 6.27,38

“Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam […] dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”

Lucas 6:27, 38

 

                   Em 49 versículos, Lucas sintetizou o que Mateus quase não pôde fazer em três extensos capítulos; muito provavelmente por prioridades, o tema do amor de Deus e sua justiça ocupam grande espaço no relato do médico; ao passo que Mateus desenvolve a autoridade de Jesus sobre a lei como um rei, Lucas parece mais interessado em provar sua divindade.

                   Novamente, a justiça de Deus é contrastante com nosso ideais, e a proposta divina para o crente parece pesada de mais para que a pratiquemos diligentemente; talvez hoje seja ainda mais difícil entender e viver esse princípio. A nossa capacidade de fazê-lo depende diretamente da nossa compreensão da Graça, que nos foi ofertada: Deus, quando ainda éramos seus inimigos, preparou um plano para nossa salvação, e Jesus, antes mesmo de reconhecemos nossas necessidades de perdão, pagou o preço justo pela nossa libertação (Mt 11.25-30; Rm 5.19-21).

                   Em mais curtas palavras que Lucas, e tantos outros antes de mim, os quais testemunham a mesma mensagem, e que ao longo dos tempos homens carnais tentam distorcer e monetizar: “ame o teu próximo como a ti mesmo, e faça a ele tudo o que você gostaria que fizessem com você”, ATITUDE, não espere que eles venham e paguem a dívida, assuma a dívida. Jesus está dizendo, desfaçam-se de todo pudor, orgulho e preconceito, assumam o papel que eu lhe dei, aceitem a graça que lhes oferto e esperem em Deus toda justiça (Mt 7.12, 22.33; Fp 2.1-7)

                   Esse mundo é injusto, e nós temos a missão de mostrar a justiça de Deus que, na pessoa de Jesus, não de importou com a vergonha da cruz, a corruptibilidade da carne ou com a teimosia e orgulho daqueles que se escondem sob pretexto de imperfeição, mas cumpriu todas as profecias e proferiu sobre toda a Terra a benção eterna da vida, não da condenação, benção da vida em abundância e sem fim (Jo 10.9-11).

“Plágio” – Romanos 8.28

“Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue”

Hebreus 12.4

                                                   Tomo esta sentença sem autoria como minha e sugiro que você faça o mesmo, ao olhar no espelho e lembrar das perseguições e aflições sofridas pelos primeiros cristãos, que foram feitos de tochas humanas, ração para animais selvagens, mortos nas arenas e nas ruas, nas estradas e dentro de suas próprias casas (Tg 1.19-25).

                                             Paulo escreve “vocês são vencedores EM CRISTO e NADA pode separar vocês de Deus” como em profecia e preparação para esses anos de ferrenha oposição enfrentada abertamente pela igreja entre os anos 65 e 300 D.C, os cristãos deviam ser capazes de lembrar que o preço pago por Jesus na Cruz, tanto o sofrimento físico quanto o espiritual e psicológico de suportar os pecados de toda humanidade, para nos resgatar e oportunizar vida, esse preço é muito maior, e poderoso, que qualquer outro que possamos passar aqui na terra, de modo que nEle, Jesus, O Cristo de Deus aos homens, o eterno Emanuel, “Deus conosco”, temos a certeza de alívio e sustento na hora da tribulação. Paulo não está dizendo “você não vai sofrer”, mas “você têm condições de superar isso porque Ele já te livrou da maior condenação” (Rm 5.15-21, 8.18,31-37).

                                          Ansiedade e depressão, falência e fome, doença e privação, bullying e tortura, são condições de nossa humanidade, demostram que anda somos capazes de sentir, somos fracos e finitos, sendo importante reconhecer que todos podemos um dia nos encontrarmos em algumas dessas situações, e mesmo nesses momentos Deus está ao nosso lado dizendo: “confia em mim” porquê “os que confiam no Senhor, são como os montes de Sião, que não se abalam mas permanecem”, e por sua fidelidade ao plano/vontade de Deus podem receber a recompensa eterna prometida aqueles que persistiram em fazer o bem (Mt 6.33; Is 40.28-31; Rm 2.7, 6.23; 2Tm 4.8).

                                                    Assim, o texto de Romanos 8.28, parece exigir do crente um esforço constante, paciente, manso e consciente, para que espere o tempo de Deus, que libere toda raiva e busque cumprir o seu papel, individual, no eterno propósito Dele: salvar todo aquele que crer (Jo 3.16; Rm 1.16; Ef 4; Gl 6.7-10).

 

Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor
 – Romanos 8:38,39 – 

 

 

“Somos gratos pelo teu amor, que está disponível e consola aqueles que Dele se aproximam, também pedimos por aqueles que ainda não se achegaram e por aqueles que tem passado dificuldades em sua jornada contigo, usa-nos para o bem deles, amém