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“O que esperamos?” – Ef 3.20

          O mundo tem várias expectativas, muitas delas são o motivo da felicidade ou depressão das pessoas; como humanos, é necessário que visualizemos claramente, tanto o agora (onde estamos/quem somos), quanto o futuro (onde queremos estar/quem queremos ser). Olha o que Paulo sugere:

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nósa ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” – Efésios 3:20,21

          Até aqui, Paulo em seu discurso da superabundante Graça de Deus aos homens, lembra seus leitores das coisas passadas, dos aspectos dificultadores e estressores da relação entre Deus e os homens, onde Deus, em duas infinita misericórdia, indicou, pavimentou, iluminou uma estrada eterna para os que quiserem se aproximar dEle (Ef 1.3-8, 2.1-5).
A partir daqui, Paulo destaca a importância do abandono do velho homens, de seus preconceitos e egoísmos, que todos, sujeitando-nos a autoridade de Deus, vivamos em prol da vida e saúde de nossos irmãos em Cristo, assim como assumamos um compromisso de combate a mentira, assim como contra seu pai (Ef 3.10-21, 4.1-6, 5.1-2, 6.10)
Assim, a vida do cristão deve ter uma fluidez e constância, de abandono do velho e apropriação do novo em Cristo, visto que esta Graça impossível está acessível, devemos buscá-la de todo coração, com toda força e entendimento, a fim de que o sacrifício de Deus e o nome de Jesus sejam glorificados em nossas vidas como seguidores e servos de Cristo (Rm 6.1-4; 2Co 12.9)
Visto que temos certeza do prêmio reservado para nós, andamos confiadamente naquele que nos perdoa e salva da condenação eterna, não mais segundo esse mundo mas, seguindo uma lógica diferente, de gratidão, fé e amor a Deus que pode e concede todas as coisas em Cristo Jesus, nosso Senhor (Hb 12.1).

 

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” – Romanos 6:1-4

 

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“Não temas” – Jo. 14.27

         Pedro parece estar em uma sequência incrível, primeiro ele confessa Jesus como o Cristo de Deus (Mt 16.13-16), e logo em seguida foi repreendido por sua imaturidade para compreender o plano de Deus (Mt 16.21-23), agora, talvez crendo ter compreendido qual a vontade de Deus, Pedro se coloca a disposição de até morrer por Jesus (Mt 26.33,34).
O discurso de João 14-17 acontece no interstício do versículo 35 e 36 da narrativa de Mateus sobre a vinda do messias, no capítulo 26. Jesus a beira da prisão encoraja seus discípulos a lembrarem dEle, de seus ensinos e promessas. Judas já havia saído para vender Jesus aos mestres da lei. Então Jesus propõe aos discípulos que recebam dele a paz, uma paz diferente da que existe no mundo, diferente do que o mundo pode oferecer, e como que falando aleatoriamente de várias coisas Jesus pede que não tenham medo, mas estejam alegres; e então um dos maiores discursos sobre perseverança, amor ao próximo e a Deus, que culmina com uma oração por todos os crentes, os atuais e isso futuros, e a prisão (Jo 14-18.13).
Observe que Pedro novamente, esquecendo-se do Cristo, obedece as leis da gravidade e reage proporcionalmente a situação, a temperatura do momento aqueceu o coração desse discípulo que lançou mão da espada para testemunhar sua fidelidade a Jesus (Jo 18.10,11).

“Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” – João 18.10,11

              A “paz” do mundo é, como já diz o poeta “um período entre guerras”, que paz preenche o coração de um povo que teme a guerra?! Judeus palestinos, estadunidenses e muçulmanos, turcos e sírios, a guerra corre no sangue dessas pessoas, a adrenalina não deixa as veias destas pessoas… E as suas? Você anda sobre ovos pra evitar problemas? Ou está sempre atento para agradar todo mundo? Nesse caso talvez fosse mais fácil “vender a capa e comprar uma espada” (Lc 22.36).
Todas as palavras de Jesus precisam ser lidas e compreendidas, vividas, a luz do amor; é mais fácil entender o ensino sobre o amor, e quanto mais soubermos sobre o amor de Deus por nós, é bem provável que mais facilmente aproveitaremos a paz de falar e existir nesse mundo sendo perseguidos apenas por crer em Deus e não, nunca, jamais, por amar a Deus (1Pe 3.13-15; 1Jo 4.7-21)
O nosso desafio é exatamente esse: abandonar nossa natureza vingadora,  sanguinária, gananciosa e destrutiva, e viver no amor de Deus, é de fato um desafio, mas este, promete um prêmio adequado (Rm 12.1,2; Cl 3.12-17).

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
– Romanos 12:1,2 –

 

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“Eu te louvo” – Isaías 25.1

“Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros”

Isaías 25:1

                    Em dias de dificuldade o que você faz? Agiliza o máximo de coisas? Isaias diante da falência espiritual da nação, glorifica a Deus, ele reconhece que a salvação vem de Deus, o mesmo justo que corrige os seus filhos; Isaias ensina que Ele cuida de nós mesmo quando pecamos (Is 43.1 – 44.5).
Essa é a maior maravilha de Deus, que Ele sendo santo, poderoso e soberano, se voltou para nossa necessidade de resgate, e cuida de nossas necessidades (Sl 8; Mt 6.33, 11.25-30; Jo 1.1-14, 3.16-21).

“Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. […] que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” – Salmos 8:1,4,5

                  Esse é um ensino recorrente, o crente olha para o alto e agradece, mesmo pelas mazelas que sofre, pois reconhece que é graça continuar vivo em um mundo tão apodrecido; por outro lado não se entristece por qualquer prejuízo material, por entender que Deus é a fonte da riqueza e a sua companhia a coisa mais importante em todo tempo (Rm. 8.28; Tg 1.2-12).
É uma mensagem difícil, a pergunta “por que o justo sofre?” é feita pelos séculos a fio, talvez a resposta mais simples seja “para a glória de Deus”, imagino que essa resposta seja inquietante, e não pretendo esgotar esse assunto milenar, mas diante da desgraça total, Isaías se virou para Deus e disse “eu sei que tu cuidas de mim, por isso eu te louvo” (Jr 20; Lm 3.22-26; Fp 1.20-30; 1Pe 3.12-17)

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.
Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio”
– Lamentações 3:22-26 –

 

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“Benção aos malditos” – Lc 6.27,38

“Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam […] dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”

Lucas 6:27, 38

 

                   Em 49 versículos, Lucas sintetizou o que Mateus quase não pôde fazer em três extensos capítulos; muito provavelmente por prioridades, o tema do amor de Deus e sua justiça ocupam grande espaço no relato do médico; ao passo que Mateus desenvolve a autoridade de Jesus sobre a lei como um rei, Lucas parece mais interessado em provar sua divindade.

                   Novamente, a justiça de Deus é contrastante com nosso ideais, e a proposta divina para o crente parece pesada de mais para que a pratiquemos diligentemente; talvez hoje seja ainda mais difícil entender e viver esse princípio. A nossa capacidade de fazê-lo depende diretamente da nossa compreensão da Graça, que nos foi ofertada: Deus, quando ainda éramos seus inimigos, preparou um plano para nossa salvação, e Jesus, antes mesmo de reconhecemos nossas necessidades de perdão, pagou o preço justo pela nossa libertação (Mt 11.25-30; Rm 5.19-21).

                   Em mais curtas palavras que Lucas, e tantos outros antes de mim, os quais testemunham a mesma mensagem, e que ao longo dos tempos homens carnais tentam distorcer e monetizar: “ame o teu próximo como a ti mesmo, e faça a ele tudo o que você gostaria que fizessem com você”, ATITUDE, não espere que eles venham e paguem a dívida, assuma a dívida. Jesus está dizendo, desfaçam-se de todo pudor, orgulho e preconceito, assumam o papel que eu lhe dei, aceitem a graça que lhes oferto e esperem em Deus toda justiça (Mt 7.12, 22.33; Fp 2.1-7)

                   Esse mundo é injusto, e nós temos a missão de mostrar a justiça de Deus que, na pessoa de Jesus, não de importou com a vergonha da cruz, a corruptibilidade da carne ou com a teimosia e orgulho daqueles que se escondem sob pretexto de imperfeição, mas cumpriu todas as profecias e proferiu sobre toda a Terra a benção eterna da vida, não da condenação, benção da vida em abundância e sem fim (Jo 10.9-11).

“Tempo da Graça” – Lm 3.22,23

                              Pense aí, você acabou de perder tudo o que tem, sua casa foi queimada, seu país invadido e escravizado, seu sagrado foi profanado, muitos de seus parentes foram mortos e/ou violentados, no lugar que você ama só tem miséria, corpos pelas ruas e um altíssima coluna de fumaça sinalizando que não, ali não é mais terra de um povo, uma cultura. Em resumo, e de maneira geral, esse é o contexto desse livro, poético e profético, que fala da tristeza de um homem que por 40 anos foi ignorado e teve a sua mensagem, mensagem de Deus, seguidamente rejeitada (Jr 52).

                              No entanto, não se desespere, esse é um livro de esperança e confiança, Jeremias não queria registrar as mazelas de Jerusalém ou de Judá, mas proclamar paz e restauração, que o povo se voltasse para Deus, visto que Ele é fiel e justo, sempre amoroso, querendo que seu povo viva e desfrute das maiores e melhores graças (2Pe 3.9).

 

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”

Lamentações 3:22,23

 

                              Apesar de não ser o foco, ou não deveria ser, do cristão, a nossa vida terrena não pode ser “sofrida” ou “miserável”, pois já temos motivo suficiente para nos alegrarmos em todas as situações (Rm 8.31-39; Hb 12.1)

                              Primeiro, Deus cumpriu sua promessa de nos abençoar por meio da genealogia de Abraão e genealogia de Davi, Jesus, “Deus conosco” é a garantia de amor e justiça eternas; e isso não apenas em letras ou palavras, mas em ação e verdade, é missão da igreja cuidar da igreja e da vizinhança (mesmo que sejam homossexuais, umbandistas, muçulmanos ou ateus), o que deve nos fazer pensar “eu estou sendo a igreja certa?” (Gn 22.18; Mt 1, 22.37-40; Ef 1.9-11)

                          Segundo, temos ainda uma esperança eterna e superior a qualquer problema terreno, assim como o atleta suporta dores e aflições para se manter na corrida, é “parte do processo” que soframos um pouco pela Glória futura; esse sofrimento é também angústia, ansiedade, abnegação, raiva, e tantos outros sentimentos humanos que experimentamos ao longo do nossa jornada de transformação de nossa mente.

                              Confiadamente podemos viver em meio a dificuldade a medida que olhamos para a cruz, o sangue, os espinhos, para o sepulcro, e vemos não dor, não tristeza, não morte, MAS amor, redenção, salvação e fidelidade (Hb 14.16; Tg 1.2-5).

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”
– Tiago 1:2-5 –

“Identidade” – Hb 13.8

Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre

          Hebreus é uma das cartas do Novo testamento mas enigmáticas, o leitor não se surpreende com a sequência de frases aparentemente soltas que o autor “solta” no texto”, hoje gostaria de conversar sobre um desses “textos soltos”, é sempre válido dedicar alguns minutos do nosso dia para refletir nessas frases, que no fim se mostram tão potentes, fazendo algumas perguntas “O Que Significa?” “Qual a importância disso?”, havendo paciência, todos os textos são plenamente compreensíveis..

          O texto de Hebreus é tão singular quanto o de Romanos, sobre a superioridade de Jesus, e portanto da nova aliança, em relação a velha aliança, essa superioridade se dá por diversos fatores abordados ao longo do livro, de modo que quando chegamos no capítulo 13 o leitor já está mentalmente condicionado a compreender a magnitude e amplitude do exemplo de Jesus, ficando implícito certo comportamento (Ef 3.4,5, 17-19).

          O Jesus de ontem se sacrificou, veio à Terra, anunciando a vontade de Deus, foi perseguido e morto, mas só ao terceiro dia ressuscitou, vencendo a morte, que antes governava sobre os filhos da ira. (Rm 6.8,9)

          O Jesus de hoje aguarda que todos sejam salvos, o amor de Deus por nós é constante e constantemente espera pela nossa resposta, seja ela positiva ou negativa, é preciso conviver com o resultado imediato desta decisão (Rm 2.7, 2 Pe 3.9).

          O Jesus de sempre é galardoador dos que o buscam, sempre disponível, sempre verdadeiro, sempre paciente, sempre amoroso, entre tantos sempres que poderíamos biblicamente citar, o “Senhor de toda Justiça” é o aspecto mais mal interpretado e esquecido dEle. É preciso reconhecer que o evangelho não pede perdão, mas exige que aqueles que o seguem, sigam o exemplo de Jesus, O Cristo de Deus para a humanidade, que foi até às últimas consequências para provar ao mundo que Deus nos ama (Tg 1.2-4).

 

E nós?

 

          O que se espera do Cristão não é nada mais que seguir seu mestre, o princípio da eternidade do Cristo pode e precisa ser compreendida assim, sempre dispostos a perdoar e a cuidar da vida de outras pessoas, sejam elas cristãs, ou não, pessoas que gostamos ou não, lembre-se sempre do que Jesus fez por você e faça exatamente o mesmo.

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; […] Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas

– Efésios 2.1-10 –

 

Que Deus abra os nossos olhos para entendermos quem somos e para quê fomos chamados, e assim, sejamos capazes de abençoar outras vidas, especialmente a de nossos irmãos em Cristo.

 

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