“Fortalecerei os braços do rei da Babilônia e porei a minha espada na mão dele. Porém quebrarei os braços de Faraó, que, diante dele, gemeu como geme quem foi mortalmente ferido.
Levantarei os braços do rei da Babilônia, mas os braços de Faraó cairão. Saberão que eu sou o Senhor, quando eu puser a minha espada na mão do rei da Babilônia e ele a estender contra a terra do Egito.” – Ezequiel 30:24-25
Quase na mesma época de Ezequiel, Daniel, outro profeta utilizado por Deus durante o exílio de Israel na Babilônia irá dizer:
“É ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes.” – Daniel 2:21
Ao proferir estas palavras, Daniel estava se referindo à sucessão de reinos que dominaria o mundo por cerca de 500 anos, que antecederam o nascimento de Jesus e o estabelecimento da igreja, o reino de Deus: babilônios, persas, gregos e romanos.
Antes de subir ao céu, o próprio Jesus disse: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra”. (Mateus 28:18).
E Paulo afirma: “Que todos estejam sujeitos às autoridades superiores. Porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” – Romanos 13:1
Quando Paulo escreveu essa palavra, reinava o perverso Nero, que, inclusive, seria o responsável por ordenar a decapitação do apóstolo anos depois.
A Bíblia é repleta de exemplos assim: no texto de hoje o Senhor diz claramente que entregará sua espada nas mãos do rei da Babilônia, para que a utilize contra o Egito. E o próprio Senhor Deus quebraria os braços de Faraó, monarca egípcio.
Assim, o Senhor levanta autoridades e as utiliza, inclusive para disciplinar, mas derruba também, quando a autoridade por Ele estabelecida usurpa o seu poder, persegue o seu povo, utiliza mal da concessão de divina e, especialmente, fica arrogante e começa a achar que é a fonte do próprio poder. Vejamos o que aconteceu com Herodes Agripa I, quando aceitou uma honra que pertencia somente ao Todo-Poderoso.
“E o povo gritava: — É voz de um deus, e não de um homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor feriu Herodes, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, morreu.” – Atos 12:22-23
Herodes embriagou-se com a bajulação do povo e se deu mal. É o mesmo que acontece com as autoridades humanas hoje quando se embriagam com o poder e com o dinheiro.
Eis o motivo de, constantemente, eu clamar ao Senhor: “Senhor, derruba o perverso, o explorador, o mentiroso, o que quer utilizar o poder para seus interesses e do seu grupo político. E levanta aquele que, mesmo sendo imperfeito (não existe pessoa e muito menos governo perfeito) deseja utilizar o poder para servir, especialmente os mais carentes e necessitados.”
Em época de eleição não faço campanha para ninguém, mas oro dessa maneira, pois somente Deus conhece o segredo do coração das pessoas (Romanos 2:16).
Eu tenho certeza de que o Senhor ouve a minha e a oração de muitos cristãos nesse sentido, que não precisamos fazer quase nada, a não ser orar, nos posicionar quando necessário e, claro, em época de eleição, votar naqueles que entendemos preencher os requisitos citados. Graças a Deus vivemos num regime democrático, imperfeito, claro, mas não uma ditadura. E a democracia é a generosidade divina.
E, no mais, esperar a ação do nosso Amado Pai celestial.
Textos como o de hoje enchem o meu coração de temor, tremor, mas também de muita alegria e esperança.