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Se Alguém Não Tem o Espírito

Se Alguém Não Tem o Espírito

Quando você pensa em Manaus, o que vem à sua mente? Uma selva e rios imensos? Eu também pensava assim, até conhecer Manaus. A cidade tem dois milhões e meio de habitantes e é marcada por sua imponência, com muitos prédios e diversos bairros, alguns bem distantes. Entre suas atrações turísticas estão o Teatro Amazonas, o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, o Mercado Municipal, o Museu da Amazônia, o Bosque da Ciência e o Parque Municipal, onde se encontram animais típicos da região amazônica. Porém, um dos destaques é o Encontro dos Rios Negro e Solimões, dois cursos d’água que não se misturam, intrigando os visitantes.

Essa não-miscigenação é explicada pela diferença de temperatura e velocidade entre os rios. O Rio Negro tem temperatura média de 28 graus, enquanto o Solimões é mais frio, com média de 22 graus. Além disso, o Rio Negro flui a uma velocidade média de 2 km/h, enquanto o Solimões é muito mais rápido, com uma média de 6 km/h. Essas diferenças fazem com que os rios sigam caminhos distintos.

Esse fenômeno natural é comparado à água e óleo, embora ambos os rios sejam água, não se misturam. A peculiaridade desse encontro de águas é um exemplo fascinante da complexidade da natureza e proporciona aos visitantes uma experiência única e memorável em Manaus. De certa forma, nós também somos assim, corpo e Espírito, são opostos e guerreiam entre si.

Carnais e Espirituais

Nós, de fato, somos muito diferentes do Espírito Santo, isso é evidente. Somos criaturas carnais, com uma inclinação natural para o contato físico, seja tocando pessoas ou objetos. Tão carnais que somos, nos tornamos acumuladores. No entanto, também somos espirituais e ignoramos ou desconhecemos a vida espiritual.

Você é muito mais espiritual do que entende, afinal, quanto tempo você vai viver no corpo? Talvez 120 anos no máximo. Pessoas que passam dos 100 anos viram até notícia e, perguntados qual o segredo, atribuem à alimentação, exercício, estilo de vida, etc. A verdade é que a longevidade começa em casa no relacionamento com os pais (Efésios 6:1-4).

Depois da morte do corpo, você será eternamente espiritual. Assim como Deus, você também é composto de 3 partes: corpo, alma e espírito. Corpo e alma têm um fim, o espírito é eterno, independente para onde ele vá. E vamos comparecer no tribunal de Cristo para responder tudo o que fizemos através do corpo, templo do Espírito Santo (2 Co 5:10; 1 Co 6:19).

Entre o Bem e o Mal

Se o corpo é templo do Espírito, o que devemos fazer através dele? Querer fazer o bem e a vontade de Deus está em nossas mentes. Todos nós queremos voltar a ser quem fomos criados lá no começo e melhorar quem somos ou nos tornamos.

Há um conflito entre o desejo de fazer o bem e a presença do mal dentro de nós. O apóstolo Paulo expressa sua frustração por se sentir prisioneiro do pecado, mesmo desejando seguir a lei de Deus. Ele reconhece sua incapacidade de se livrar dessa condição, mas encontra esperança e libertação em Jesus Cristo, agradecendo a Deus por essa provisão (Rm 7:21-25).

Agora, pegue este ser humano bem intencionado e o coloque em Cristo e Cristo lhe dá o Espírito Santo, eis a solução!

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. (Rm 8:1, 2)

O Espírito de Cristo

Não basta ser imortal através do espírito de vida. Se comparecermos diante de Deus somente com isso, é como se comparecêssemos pelados diante de um julgamento decisório de morte e vida. Você precisa de um espírito de renovo, o Espírito Santo que não pode ser tocado pelo pecado. Somente Jesus pode dar o Espírito Santo.

Quando você nasceu, você recebeu corpo, alma e espírito. É naquele momento do encontro entre o espermatozóide e o óvulo que você recebeu o espírito de vida na terra e para a eternidade. Jesus nos chama para um novo nascimento e é naquele momento somente que Ele te dá o Espírito Santo para a eternidade.

“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2:38)

Quem não tem o Espírito Santo pela obediência ao evangelho, então está já condenado. Não há condenação somente para aqueles que estão em Cristo Jesus porque para eles o Espírito de vida liberta do poder e escravidão do pecado.

É necessário viver segundo o Espírito de Deus, indicando que aqueles que estão na carne não podem agradar a Deus. A presença do Espírito de Deus em alguém significa que essa pessoa não está mais na carne, mas no Espírito e, mesmo ainda sendo um pecador, tem renovação constante. Isso implica em ter uma vida espiritual e em ser guiado pela justiça, com o Espírito Santo vivificando o corpo mortal.

“Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita.” (Rm 8:8-11)

Conclusão

Você tem o Espírito Santo de Cristo? Você já o recebeu? Quando? O que você precisou fazer para receber o Espírito Santo? Se você fez algo que a Bíblia não ensinou, mas seguiu uma doutrina de uma denominação, é bom questionar se realmente você tem o Espírito Santo. Revise este texto, mas não deixe de, principalmente, abrir a sua Bíblia e ler o que ela diz, é a Palavra de Deus.

Se alguém não tem o Espírito, vive na carne somente e a carne morre e você, que não tem o Espírito de Cristo, morrerá e será o fim! Se Jesus não tivesse o Espírito Santo, não teria ressuscitado. A ressurreição de Jesus é a prova de que um dia Ele voltará e julgará o mundo com justiça (At 17:31, 32).

Assim como os Rios Negro e Solimões não se misturam, o corpo não se mistura com o Espírito, apesar de estarem no mesmo lugar, porque o corpo passa e o Espírito é eterno. Acorde para o Espírito antes que seja chamado para dormir eternamente.

É Carnaval

O que é o carnaval? Precisa usar a Bíblia para saber? Não, nem encontramos esta palavra lá, mas no dicionário encontramos e ele nos ensina que carnaval significa: Período de festas profanas de origem medieval, compreendido entre o dia de Reis e a quarta-feira de Cinzas.[mfn]1. Período de festas profanas de origem medieval, compreendido entre o dia de Reis e a quarta-feira de Cinzas. “carnaval”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/carnaval [consultado em 22-02-2020].[/mfn].

Precisa explicar? Então lá vem o dicionário novamente o qual descreve que ‘profanar‘ significa: Tratar com desprezo as coisas sagradas ou fazer delas uso profano[mfn]”profanas”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/profanas [consultado em 22-02-2020].[/mfn]. Ah, já ouviu dizer que o seu corpo deveria ser templo do Espírito Santo pelo qual Deus habitaria na sua vida? Então, o corpo é sagrado, criado à imagem e semelhança de Deus.

Quando eu era criança, minha mãe trabalhava numa lanchonete e, como tinha que trabalhar nesta data por causa do movimento, ela nos levava. Ficávamos de noite olhando pela janela. Lembro que era lúdico, mas eu que era puro. Não sabia o que estava acontecendo lá e, Curitiba, é um dos túmulos do samba, então era mais um desfile mesmo. Isso na rua, porque é melhor nem saber o que acontecia nos lugares fechados. Não há nada de inocente no carnaval. Crianças são violadas, assassinatos, orgias, xingamentos da imagem e semelhança de Deus, violência, assaltos, traições, etc…

 

Oficialmente, eu fui uma vez no carnaval. Era um adolescente ainda e estava no quartel em Brasília. Esta com os colegas e uma moça queria que eu ficasse agarrando ela pela cintura e a irmã dela ficava me dando tapas pra largar dela. Assim não vi muita graça, então decidi ir embora para a caserna, sim, eu morava no quartel. Agora vejo o que poderia ter acontecido e, como muitas outras vezes, vi Deus me protegendo. Daquela vez eu não era tão inocente assim. Mas cheguei bem ao casamento, se é que me entende. Naquela situação, cheguei até as arquibancadas porque vimos umas moças seminuas indo para aquela direção. Eu não estava sozinho e, aí entra a influência da companhia. Com quem você anda para achar que isso não é pecado? Quem você tem ouvido? Certamente não é o Espírito Santo.

 

Aquela minha experiência a última. Me senti mal por alguns dias e sozinho longe dos amigos e família… envergonhado e arrependido. Agora vejo que não fiz nada, não porque eu não quisesse, mas porque Deus me protegeu.

 

Nas últimas edições eu lembro muito bem o que virou notícia sobre o carnaval. Eles profanam as coisas sagradas. O nome de Deus, a pessoa de Jesus, a paciência divina, o abuso do que não nos pertence (o corpo). Onde nós temos lido que não tem nada de pecado no carnaval? Certamente não foi Deus que inspirou estas palavras e ideias. É uma festa popular, sim, mas deveríamos também ficar ruborizados pelas imagens produzidas tanto nas passarelas quanto nos salões. A voz do povo não é a voz de Deus. Agora, enfeitar as crianças para estas datas pagãs e ensiná-las desde a infância a partilhar da mesa dos ídolos, é o extremo do comportamento. Então se justificaria, também, usar a Quarta de Cinzas para pedir perdão. Ah! Espero que você saiba que a justificação está em Cristo e só nos domingos no culto… antes que seja mal interpretado… Isso também não te dá liberdade para pegar deliberadamente…
Vou compartilhar os nossos passos para este carnaval, Lei lá abaixo no versículo 21:

 

9 Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. 10 Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam. 11 Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. 12 Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua intervenção. 13 Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema, 14 seja aos governantes, como por ele enviados para punir os que praticam o mal e honrar os que praticam o bem. 15 Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos. 16 Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus…

21 Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos. 22 “Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca”. 23 Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. 24 Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados. 25 Pois vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo de suas almas.” (1 Pedro 2:9-16; 21-25)

A leitura da Palavra basta…

Andando Juntos

O filho acompanhava o pai na longa caminhada de três dias. Era mais uma daquelas caminhadas que o pai fazia com o seu filho que lembrava a história que o pai contava quando foi chamado para mudar de país e nem sabia exatamente para onde estava indo.

Posso até imaginar que durante a caminhada o filho tentava puxar conversa com o pai que decididamente tinha que chegar até o seu destino, cerca de 80 Km de onde moravam, e mostrava isso em passos firmes e largos. Naqueles dias o pai não estava querendo conversar muito e se esquivava tanto quanto podia da pergunta sobre o que estavam indo fazer. Provavelmente era melhor conversar com os empregados do seu pai que os acompanhavam. É certo que o pai estava agindo diferente naqueles dias, mas por respeito, o filho, decidiu não importuná-lo mais.

Chegando ao seu destino o pai dá ordens aos seus servos para esperarem enquanto ele e seu filho cumpririam a sua obrigação e logo voltariam para casa.

Fazer alguns sacrifícios na vida é necessário. Algumas vezes os sacrifícios são imprescindíveis. Precisamos aprender através dos sacrifícios, privações e provações, pois não conseguimos e não faz sentido acreditar que o sofrimento é só para causar dano e dor mesmo. Sim, eu acredito que o sofrimento tem objetivo.

A provação é uma das melhores coisas que pode acontecer na vida de uma pessoa. A provação é motivo de felicidade, não de pesar. Porém, ao mesmo tempo ela nos fecha os olhos e não conseguimos enxergar a felicidade e o objetivo do sofrimento.

Um bom professor aplica uma prova somente quando ele já ensinou o necessário para os seus alunos. Uma prova não serve para testar apenas o aluno, mas a própria didática e confiança do professor. Pelo menos metade do resultado é a avaliação do professor. Quanto maior o índice verdadeiro de aprovação, melhor é o professor.

Deus nos prova, mas a sua intenção é a nossa aprovação. Provação vem de Deus e é bom para aumentar a nossa fé, obediência e fidelidade. Mas nunca confunda provação com tentação, mesmo que ambas tenham uma ligação entre si, tentação não acontece com base em coisas boas e ela vem juntamente com a provação. A grande diferença é a fonte de cada uma delas. Enquanto a fonte da provação é boa, pois Deus é essa fonte, fonte da tentação não é boa, pois a cobiça é a fonte da tentação. A fonte da tentação somos nós mesmos com os nossos maus desejos (Tg 1:12-15).

Quando Deus provou Abraão a sacrificar o seu filho Isaque, o teste era para confirmar a fé dada por Deus, e sua obediência. Naquela história podemos ver o relacionamento entre pai e filho. Mesmo em vista à provação.

“tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos” (Gn 22:6).

Quando Abraão foi questionado lá no monte, enquanto montava o altar com Isaque, para o sacrifício, deu prova da sua fé dizendo:

“Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos” (Gn 22:8).

Abraão foi fiel e Deus foi providente. Abraão provou sua fé pela obediência. Abraão e Isaque voltaram juntos depois de terem feito o sacrifício:

“Então, voltou Abraão aos seus servos, e, juntos, foram para Berseba, onde fixou residência” (Gn 22:19).

Note que Abraão tinha certeza que seria assim. Ele já tinha dito que ambos caminhariam juntos de volta depois de adorarem:

“Então disse aos seus servos: Esperai aqui, com o jumento, eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos juntos de vós” (Gn 22:5).

Você tem confiança no relacionamento e educação que tem dado aos seus filhos? Você tem segurança e confiança se eles forem deixados sozinhos? E quando eles crescerem, vão continuar lembrando do tempo em que andaram juntos? Eles vão lembrar do caminho do Senhor? É este o caminho que eles vêem em você?

Esta é a lição de como compartilhar a nossa fé com os nossos filhos na prática: andar juntos. Nossos filhos precisam de guias e não de seguidores; devemos andar na frente, dar as mãos, fazê-los seguir de perto. Devemos andar na frente, dar-lhes as mãos para que possam ter uma referência para fazerem decisões corretas no futuro. Que quando eles crescerem, possamos ter tido sucesso em compartilhar a nossa fé através do exemplo e obediência, pelas palavras e pelas ações.

O Velho Testamento nos dá um exemplo e ensina a andar com os nossos filhos para educá-los:

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas” (Dt 6:6-9).

Andemos mais com os nossos filhos, caso contrário, logo chegará um dia em que vamos nos perguntar quem é este estranho que age estranhamente, mora em nossa casa e não segue as nossas regras e os nossos passos?

Mudança de Hábito

Então talvez você já seja uma pessoa madura na fé… já está na igreja há tempos e seu lugar no céu parece cativo? Sei, eu sou como você… aplico este artigo para eu mesmo primeiro. Agora confesso e reconheço… estou correndo risco…
Um estudo revela que, embora médicos recomendem mudanças de hábitos para afastar os riscos de problemas cardíacos, a maioria dos pacientes continua a acreditar que só os remédios é a solução. Uma pesquisa com 3 mil cardíacos concluiu: 38% duvidam que a alimentação cure a doença. 61% acreditam que só os remédios curem. A medicação é uma faceta, é uma parte do tratamento. A cirurgia pode ser a outra, angeoplastia a outra. Mas mudar o hábito de vida, aquilo que originou a doença, é uma coisa muito importante, ensina o cardiologista Daniel Magnoni. [Jornal Nacional de 25/02/08]
A exemplo desta notícia acima, assim também é a nossa vida espiritual. Quando digo vida espiritual, não estou me referindo a uma outra personalidade, pois a vida é tanto material e espiritual. A sua vida espiritual deve ser vivida em todos os momentos, porque é a sua vida seja em casa, na escola, no trabalho, no lazer, enfim, em suas 24 horas de cada dia e, no final das contas, você é só uma alma que volta a Deus.
O Ensinamento Bíblico
A recomendação bíblica é conhecida: mudança de vida! A vontade de Deus é imperativa (‘imperativa’ significa que formula uma ordem, um pedido, um conselho, uma exortação). Leia este imperativo:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve“ (Mt 11:28-30 – o grifo é meu).

Existem muitas passagens que nos ensinam sobre a vontade imperativa de Deus, estamos tomando esta passagem como um exemplo, poderíamos falar interminavelmente sobre arrependimento, perdão, humildade, conversão, freqüência aos cultos, etc. A recomendação bíblica, então, é um mandamento que ensina mudança de vida através da atitude de ir, se humilhar e aprender. Porém o comportamento revela que a atitude normalmente tomada pelos cristãos contraria todas as recomendações bíblicas. Os problemas são muitos: amor ao dinheiro, ganância, crendices, uma vida sexual contrária à vontade de Deus, inimizades, discórdias na família, brigas, gritarias, malícias, ira, divisões religiosas, partidarismo em favor de líderes religiosos (pastores) e em detrimento de outros, denominacionalismo, e coisas parecidas com estas (Gl 5:19-210. Até parece que estamos falando de pecadores fora do corpo de Cristo, mas não, estamos falando do comportamento religioso e cristão. Apesar da Bíblia ensinar mudança de hábito, aparentemente os cristãos (generalizando mesmo), mostram isto nas suas práticas diárias, que pensam apenas nas atitudes paliativas como a solução.
Atitudes Paliativas
Paliativo quer dizer que só tem eficácia momentaneamente ou mesmo eficácia incompleta. As atitudes cristãs paliativas são: ler a Bíblia diariamente, orar, confessar os pecados uns aos outros, animar-se etc. Tudo isso é muito bom, mas tudo isso é muito pouco. Estas atitudes são muito boas e louváveis, porém não resolvem o verdadeiro problema se não houver obediência ao ensino bíblico: mudança de hábito! A maioria acredita que só praticar as atitudes paliativas curam a nossa alma. Como disse aquele médico cardiologista na reportagem citada acima sobre a medicação ou até mesmo a intervenção cirúrgica, as atitudes paliativas são só uma faceta, uma parte do tratamento espiritual, mudar o hábito de vida, aquilo que gerou todos os nossos problemas, é a atitude mais importante.
Mudança de Hábito
O pecado é um hábito tanto quanto a santidade. Só quando temos mudança de hábito é que há mudança da perspectiva das nossas vidas. Depois de muito tempo de convivência lutando contra o pecado sabemos que em lugar de dar espaço para o diabo, precisamos mudar de vida, isto é que faz importante as medidas paliativas (leitura, oração, etc).
É claro que todas aquelas medidas ajudam no tratamento contra o pecado e para a cura espiritual definitiva, pois, se não lermos a Bíblia, qual seria a fonte da nossa sabedoria na hora de mudar de vida? Se não falarmos com Deus através da oração, como saberemos o que Ele quer das nossas vidas? Mas, que adianta ler a Bíblia todos os dias e dedicar-se em oração alguns minutos se quando formos desafiados pela vida agirmos exatamente como as pessoas sem Deus agiriam. Isto é um suicídio espiritual e sabemos disto.
Mudar de hábito é se vestir de Cristo despindo-se de si mesmo através da conversão necessária, natural e verdadeira. Ter outros pensamentos e deixar que a atitude acompanhe estes pensamentos:

“É claro que somos humanos, mas não lutamos por motivos humanos. As armas que usamos na nossa luta não são do mundo; são armas poderosas de Deus, capazes de destruir fortalezas. E assim destruímos idéias falsas e também todo orgulho humano que não deixa que as pessoas conheçam a Deus. Dominamos todo pensamento humano e fazemos com que ele obedeça a Cristo. E, quando vocês provarem que são obedientes, estaremos prontos para castigar qualquer desobediência“ (2 Co 103-6).

Irmãos, usemos a nossa experiência para sermos mestres, colaboradores da obra de Deus e mudar de hábito sempre.