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NÃO SEJAMOS COMO O HOMEM TOLO

NÃO SEJAMOS COMO O HOMEM TOLO

“Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que construiu uma casa sobre a terra, sem alicerces, e, quando as águas bateram contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.” – Lucas 6:49

Esses dias alguém me perguntou: “Por que algumas pessoas não valorizam a comunhão no corpo de Cristo e suas vidas, mesmo depois de serem batizadas, continuam as mesmas, isto é, sem mudança de vida?”

Minha resposta: “Há pessoas que até foram imersas, mas apenas ‘tomaram um banho’, mas não houve conversão verdadeira, uma vez que as motivações foram erradas.

A morte de Jesus na cruz por nós, para nos livrar de nossos pecados, sem que houvesse qualquer outra solução, deve ser a grande motivação para nos tornarmos seus discípulos. Quando fizemos isso, construímos nossa casa sobre a rocha. E a rocha é Jesus,

Porém, a rocha ser Jesus significa que iremos, após imersos nas águas, utilizar o poder do Espírito Santo para praticar tudo aquilo que o Senhor nos ensina.

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” – Mateus 28:19-20

No artigo da semana passada abordei a pessoa cuja vida é firmada sobre a rocha. O texto de hoje fala do homem chamado de insensato e tolo, no texto paralelo de Mateus (7:26), aquele que ouve as palavras de Jesus, mas não as põe em prática.

Após o batismo, são muitos os ventos, as águas e tempestades que bateram com força em nossa casa espiritual. Porém, a casa, representada pela pessoa motivada por amor a Jesus e que, por isso, procura na Palavra dele a maneira de lidar com as tempestades, somente esta permanecerá em pé.

São tantos os ensinos que o Mestre nos dá: lutar contra o pecado, numa guerra séria (Marcos 9:43-48), não amar mais os valores deste mundo sem Deus (1 João 2:15), fazer questão de congregar com os irmãos, ajudando-nos uns aos outros a permanecermos firmes (Atos 2:46-47, 20:7 e Hebreus 10:25).

Outro mandamento importante é confessar Jesus às pessoas (Mateus 10:32-33). Isto acontece quando vivemos dentro dos padrões de Deus, mesmo contrariando os que nos rodeiam e, em especial, quando pregamos a Palavra de Deus, uma das armas de Deus para nos manter firmes no dia mau (Efésios 6:13):

“Tenham os pés calçados com a preparação do evangelho da paz.” – Efésios 6:15

Assim, se a pessoa, depois de batizada, não lê, estuda, reflete e medita na Palavra de Deus com regularidade, fica ignorante quanto a maneira de Deus para lidar com os ventos e tempestades da vida. Assim, procura conselho entre pessoas não convertidas, nas ciências humanas como a psicologia e a sociologia, sem submetê-las à Palavra de Deus, essa pessoa torna-se presa fácil do diabo e qualquer vento, até mesmo vento de doutrinas erradas a atingem e derrubam sua casa espiritual.

“Para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro.” – Efésios 4:14

E mais, a responsabilidade é da pessoa e de quem a ensina conforme as Escrituras nos dizem. Não podemos suavizar ou tornar mais rigorosa a mensagem de Jesus, devemos pregar somente aquilo que o Senhor nos ensina. Se a pessoa não aceita, não é motivo para mudarmos os relativizarmos seu valor.

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” – 1 Coríntios 3:11

Quando dizemos no momento de descermos às águas que seríamos fiéis a Jesus até a morte, isto pode significar décadas e décadas seguindo a Ele e enfrentando as tempestades da vida. Se a motivação é qualquer coisa que não seja Jesus é nosso desejo de obedecê-lo, tenhamos a certeza, nossa casa espiritual está sem alicerce, pois qualquer outro que não sejam Jesus e Sua Palavra, não terá força para nos manter em pé até a vinda do Senhor.

“Portanto, vigiem o tempo todo, orando, para que vocês possam escapar de todas essas coisas que têm de acontecer e para que possam estar em pé na presença do Filho do Homem.” – Lucas 21:36

Não sejamos, portanto, como o homem tolo retratado no texto de hoje. Seu fim é a perdição. Sejamos sábios, mantenhamos nossos olhos em Jesus, encantados com a pessoa dele e desejosos de aplicar o jeito dele em todas as áreas de nossas vidas, especialmente nos ventos, águas e tempestades que bateram com força sobre nós. 

Pensamentos sobre a cerimônia de casamento

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” – Gênesis 2:24

Tudo o que Deus criou é bom. E o casamento é uma criação de Deus, logo é algo muito bom. Infelizmente, como todo o restante da criação de Deus, o casamento também foi danificado pelo pecado e os resultados são vistos nos dias de hoje, sendo cada vez mais desvalorizado por nosso mundo.

Há uma magia quando um homem e uma mulher (o único tipo de casamento reconhecido por Deus) decidem entrar no plano original do Senhor de viverem juntos até a morte. Em todas as civilizações algum tipo de celebração era feita e nós, fortemente influenciados pelo judaísmo, precisamos não cair nos extremos, nem na informalidade ou formalidade excessivas.

Quando um homem e uma mulher decidem viver juntos, não é somente cada um sair de suas casas e passarem a “morar juntos”, não obstante hoje em dia legalmente a união estável ser considerada quase um casamento.

Assim, como pessoas que obedecem as leis do Estado (Romanos 13), o cristão fiel deve obedecer a maneira do Estado dar legitimidade ao casamento. Logo, ao contrário do extremismo religioso do século passado, o casamento civil é, sim, válido aos olhos de Deus.

E a cerimônia religiosa? É necessária? No judaísmo, na época de Jesus, uma grande festa, que durava dias, era realizada. É obrigatória hoje? Entendo que não. O importante é a firme decisão do casal em permanecer junto por toda a vida e dar publicidade desse objetivo através do casamento civil. Porém, utilizando o princípio de que a Palavra de Deus e a oração santificam (1 Timóteo 4:4-5), e muito do que fazemos (um aniversário, uma apresentação das crianças na igreja, entre outros) seguimos de orações, é aconselhável que o casal realize uma cerimônia, dentro de suas possibilidades financeiras, seja na casa de um dos noivos, com a presença de amigos mais íntimos e familiares, seja num salão alugado ou no prédio da igreja. O importante é que alguém dirija algumas palavras de incentivo, que orações sejam feitas e que os noivos, diante de Deus, proclamem seu desejo firme de fazer parte do plano que o Senhor tinha quando criou o casamento.

O dia de casamento é dia de celebração, não é um culto no sentido formal que conhecemos, logo, nada impede que haja músicas, comes e bebes, tudo em um senso de gratidão a Deus pela nova família que surge.

Finalmente, para nós, que fazemos parte da família de Deus, para Jesus mais importante até mesmo que nossa família carnal (Marcos 3:34-35), creio ser interessante mostrar ao mundo essa visão de Cristo sobre a família dele. Assim, não importa o lugar, porém, se possível, que a família de Deus possa participar e se alegrar junto com os noivos. Antes de pensar num local público, creio ser cristão pensar onde toda a família cristã local possa ser convidada. Não é bom pensar num lugar onde será necessário fazer distinção entre os irmãos, uma vez que, em Jesus, somos todos especiais para Deus e uns para os outros. Não adianta declarar amor aos irmãos em Cristo e nos momentos em que esse amor deve ser reafirmado mostrar-se serem apenas palavras vazias (1 João 3:18).

No mais, os noivos têm liberdade de escolher a maneira, o formato da cerimônia, as músicas e tudo o mais. Com ordem e decência.

E que o amor de Jesus seja demonstrado numa ocasião tão especial como esta.

Sei de irmãos amados que não concordam com algumas ideias aqui colocadas. No entanto, como diz o título do artigo, são pensamentos sobre a realização de um casamento. Eu já tive o privilégio de dirigir a cerimônia de alguns deles, senti-me honrado com o convite dos noivos. Por este motivo, decidi publicar esses meus pensamentos, tirados de experiências que passei com os noivos e, se, de alguma maneira, ajudar casais e celebrantes, tomando-os como conselhos, que podem ou não serem seguidos, já me darei por satisfeito.

Desculpas Esfarrapadas

No ministério para servir a igreja e mesmo sem sustento para tal, tenho desafiado muitas pessoas para que acreditem, se envolvam em coisas pequenas até em projetos maiores. Nem sempre a resposta é positiva. O diagnóstico sobre o crescimento da igreja é fácil: falta gente de palavra e que oferte do seu tempo pelo menos duas horas por semana para servir ao Senhor. Se você fizer uma pequena doação do seu tempo, já que na coleta a gente é fraco mesmo (para o que não se tem uma boa desculpa), a transformação da igreja vai acontecer, pois muitos estarão envolvidos um pouco e juntos fazemos muito mais do que um só isolado.

As pessoas que mais precisam se apoiar nas desculpas são os postergadores (Levanta a mão quem não deixa para amanhã). “Se você quer que uma coisa fácil se torne difícil, deixe para amanhã”, aí, sim, você vai precisar de muitas desculpas. Quem vive de desculpas, vive num mundo de mentiras e, mentira, para ser mantida, nunca fica pequena.

“Se alguém abrisse uma confecção que vendesse roupas para desculpas esfarrapadas, ficaria rico”

O que são as desculpas esfarrapadas?

Tudo o que você inventar no lugar da verdade, é mentira. Desculpas esfarrapadas só mostram que você anda nu da verdade. George Washington foi um grande líder que agora sua face estampa uma nota de dólar americano. Como grande líder do seu tempo, ele deve ter recebido muitas desculpas esfarrapadas. Foi ele quem disse: “É melhor não dar desculpa nenhuma do que uma desculpa ruim”. Desculpas esfarrapadas são ruins. Desculpas esfarrapadas é outro nome para mentira e falta de vontade de servir e, nem sequer similar às desculpas sinceras ou ao perdão. Só denigre o caráter daquele que lança mão desse recurso pobre e corrói a alma de quem tem que receber muitas vezes sem poder expor a verdade. Por outro lado, desculpas esfarrapadas aumentam a compaixão de quem tem que as receber.

Não há meio termo, há a verdade e a mentira. Desculpas esfarrapadas é ficar em cima do muro. Viver em cima do muro é viver montado na mentira. Se algo é importante para você, você faz. Se não é, você se recusa a se comprometer ou tem que encontrar uma desculpa. Tem pessoas que se tornam bons em dar desculpas, mas nunca são boas em mais nada.

Encarando as desculpas esfarrapadas?

Desculpas esfarrapadas são mortais. Quantas avós, pais, tias, irmãos e até cachorros já morreram nas desculpas esfarrapadas. A morte é uma só e quem um dia precisou matar a avó, por exemplo, para tentar encontrar uma justificativa ao invés da coragem de enfrentar as consequências da verdade, corrói sua moral e caráter. Talvez não perca totalmente a moral e o caráter, mas perde um pouco mais. Quem usa a morte como desculpa esfarrapada na verdade está matando a verdade dentro de si mesmo. Quando a verdade morre, o que mais resta?

Quando você inventa uma desculpa, já sabem como é você mentindo. O que você vai ter que mostrar é como você é quando diz a verdade e vai ter que ser convincente, hein! Mas quantas verdades você acha que serão necessárias para encobrir uma mentira e fazer com que as pessoas tenham confiança em você?

Desculpas esfarrapadas são mentiras, isto já vimos. Agora precisamos encarar ela e vamos ver que ela se parece muito com a verdade, afinal, a mentira, para enganar a nós mesmos, precisa se parecer com a verdade. Quanto mais distantes estamos da verdade, mas a mentira (desculpas esfarrapadas) vai se parecer com a verdade. Você, para usar as desculpas, vai precisar atuar. Desculpas esfarrapadas fazem chorar, doer onde não tem nada e convencer quem ouve.

Este comportamento começa cedo na vida. Começa na vida de um aluno que, ao chegar em casa, deveria rever por uns 15 minutos tudo o que estudou em classe até ali e encontrar sentido para tudo. Ir construindo aos poucos e não tentar fazer de tudo (inclusive promessas que não pretende cumprir) para tentar entender às vésperas das provas. Aí, bem cedo, começam as necessidades de se apoiar nas muletas das desculpas.

Não importa para onde você está indo, quem pavimenta a estrada para lá é você. Você está pavimentando a sua estrada com a verdade ou com as desculpas esfarrapadas? Você também é responsável por colher tudo o que você está plantando. E para onde você está indo? Para a colheita de tudo o que você plantou.

“A rua para o fracasso é pavimentada com desculpas” – Mark Bell