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AS MARCAS DO AMOR DE CRISTO

INTRODUÇÃO

Ano de 1989. Havia alguns meses que eu tinha descido às águas após confessar Jesus como Senhor. Naquele época eu morava num barraco de madeira no que era chamado de favela nos anos 80. Minha pequena casa de três cômodos onde eu morava com meus pais e 3 irmãos ficava à margem de um córrego. O córrego também servia como recepiente do esgoto da comunidade. A casa estava precária, torta, bem próxima do córrego, com risco de cair lá durante uma chuva mais forte.

Certa manhã de sábado recebemos a visita de Edson, Antonio e Fábio, irmãos que congregavam comigo na igreja de Jesus no centro da cidade de Guarulhos, ainda hoje a maior das 3 congregações guarulhenses.

Esses irmãos ficaram penalizados com nossa situação. Foram ao depósito de material de construção, compraram caibros, telhas, cimentos, etc e durante aquele sábado inteiro trabalharam duro, deram uma boa ajeitada em nossa moradia, que deixou de ser torta e mais longe do córrego.

Enquanto escrevo essas lembranças, lágrimas insistem em cair dos meus olhos. Sim, havia algums meses, tinha sido marcado pelo amor de Cristo, através de irmãos que me mostraram o caminho da salvação. Agora era marcado pelo amor prático daqueles irmãos na minha vida.

Mais de 3 décadas se passaram e ainda hoje fico emocionado quando lembro dessa história. Hoje Edson congrega conosco na igreja nos Pimentas, há muitos anos não tento contato com Antonio e Fábio, mas, definitivamente, essses irmãos deixaram marcas profundas na minha vida. Marcados por Jesus, eles deixaram naquele sábado profundas marcas de Cristo, não somente em mim, mas em todos os meus familiares.

“Eu lhes dou um novo mandamento: que vocês amem uns aos outros. Assim como eu os amei, que também vocês amem uns aos outros. Nisto todos conhecerão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor uns aos outros.” – João 13:34-35

“Ora, a esperança não nos deixa decepcionados, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi dado.” – Romanos 5:5

“O amor é paciente e bondoso. O amor não arde em ciúmes, não se envaidece, não é orgulhoso, não se conduz de forma inconveniente, não busca os seus interesses, não se irrita, não  se ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” – 1 Coríntios 13:4-7

I – O AMOR DEVE SER A MARCA DO CRISTÃO

Edson, Fábio e Antonio – aquela atitude de amor marcou-me e, hoje, mais de 30 anos depois, essas marcas continuam em mim.

Virou chavão entre nós a frase “o amor é a marca do cristão”. De fato, fomos marcados por Cristo, por seu amor na cruz, que nos resgatou, perdoou, abriu as portas dos céus para nós, temos uma viva esperança de vivermos com Deus, todos os dias Ele está presente conosco, somos perdoados diariamente pelo sangue de Cristo.

Mas, temos deixado, como fizeram aqueles irmãos, as marcas de Cristo uns nos outros? Marcados pelo amor de Cristo, temos também marcado as pessoas que conosco convivem com essa mesma marca do amor divino? Gostaria de discorrer sobre algumas marcas que podemos deixar na vida das pessoas que nos rodeiam.

Marca da generosidade e compaixão pelo que sofre ou pelo necessitado.

“Um leproso se aproximou de Jesus e lhe pediu, de joelhos: — Se o senhor quiser, pode me purificar. E Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou nele e disse: — Quero, sim. Fique limpo!” – Marcos 1:40-41

“Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.” – Marcos 6:34

Uma pessoa marcada pelo amor de Cristo se compadece pelo sofrimento dos outros e, por isso, deixa as marcas da compaixão na vida dessa pessoa.

Recordo-me de uma irmã guarulhense, Miriam Rodrigues, falecida há alguns anos. Essa irmã marcou-me profundamente, pois, em grande parte, tudo o que eu sou em termos profissionais devo a ela. Essa irmã acreditou em mim, quando nem eu acreditava e, aos sábados, no seu apartamento, dava aulas de história para um grupo de jovens, nos preparando para o vestibular. Depois, aprovado no vestibular, mas sem condições financeiras para pagar a faculdade, durante um bom tempo essa irmã custeou 50% da mensalidade, buscou uma bolsa de estudos (10% no primeiro ano, 25% no segundo ano, 30% no terceiro ano e 50% no quarto). 

Dia 05 de março, aniversário dessa irmã, faço questão de homenagea-la nas redes socias. Fui até criticado pelo ato, mas, como esquecer alguém que me marcou com o amor de Cristo de tal maneria? Estas marcas perduram até hoje e são inspiração para que eu também tenha generosidade com pessoas que de mim se aproximam. Miriam, David Meadows, Adalto, Fábio, foram irmãos que marcaram com sua generosidade nessa fase difícil de minha vida, ajudando a concluir o curso de Direito, que abriu-me portas em mina vida profissional.

Outro que foi muito generoso comigo foi meu irmão e amigo Vanderlei Calixto, da igreja em Vila Maria. Num momento difícil de minha vida, saia de Vila Maria e, toda quinta-feira de manhã, reservava um tempo para mais me ouvir do que falar. Marca que ficou e me inspira a fazer o mesmo quando alguém de mim precisa. As marcas da compaixão e generosidade de Deus por nós, as marcas das pessoas em nós devem nos fazer distriuir essas marcas em outro.

Marca do cuidado e respeito pela vulnerabilidade do outro

Ora, nós que somos fortes na fé temos de suportar as debilidades dos fracos e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.” – Romanos 15:1-2

“Portanto, acolham uns aos outros, como também Cristo acolheu vocês para a glória de Deus.” – Romanos 15:7

Você já se sentiu cuidado por um irmão em Cristo? Aquele que se preocupou com o momento que você estava vivendo? Ou mesmo com um momento de vulnerabilidade?

Gilnor, irmão que serve comigo como evangelista nos Pimentas, deixou-me uma marca, indo falar comigo em casa numa crise grande que eu vivi. Quantas vezes eu chorei minhas tristezas para Gilnor e sua esposa, Fátima ou mesmo na casa de Jilson e sua esposa, Ducinéia.

Outra irmã, Sônia Barboza, quantas horas ao telefone, essa irmã ouvindo meus lamentos e tristezas, quando passei pela maior crise na vida.

Como é bom quando Donizete liga para mim apenas para perguntar se eu estou bem. Na morte do meu pai fez questão de ir da Praia Grande até Guarulhos, junto com sua esposa Raquel, apenas para me consolar.

Como não lembrar dessas marcas do amor de Cristo deixadas por esses irmãos.

Marcas de deixadas pelo cônjuge

Uma esposa ou marido pode facilitar a vida do cônjuge para que ele não falhe. Quantas vezes Silvia calou-se para que a discussão não tomasse proporções enormes. Lembro com carinho daquela comidinha feita por Silvia, mesmo ela não apreciando, simplesmente porque ela sabe que eu gosto. Aquele cuidado com minha saúde. Já são quase 15 anos de casados e, sabe, quantas marcas do amor de Cristo minha esposa Silvia tem deixado em minha vida, estou repleto das marcas do cuidado, do amor, da valorização da minha esposa.

Marcas do evangelismo

Fiz-me fraco para com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, a fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, para ser também participante dele.” – 1 Coríntios 9:22-23

Representar bem Jesus aqui na terra é uma marca profunda que podemos deixar na vida das pessoas ao nosso redor. O amor das pessoas pelo evangelho depende muito da maneira como Jesus é mostrado através de seus representantes. Há uma vídeo gravado no canal da igreja de Cristo nos Pimetnas, Gentileza para ser pescador de gente. Pescar pessoas exige paciência, não desmarcar, não jogar certa verdades no rosto da pessoa, saber receber um não, não desistir jamais daquele que, relutante, está aproximando-se do evangelho. “Tudo faço por amor ao evangelho”.

Lembro das marcas deixadas por Manoel Teixeira, grandes marcas de cuidado, enquanto pacientemente me ensinava o evangelho naquelas tardes de sábado em 1988.

Quando marquei meu estudo bíblico, desisti em seguida e faltei na primeira aula. Não fosse o saudoso David Meadows, que me marcou, ao mandar uma carta para mim naquela semana: “Senti sua falta, espero que não tenha sido por algum problema. Aguardo você no próximo sábado”. Dá-me caláfrios ao pensar o que seria de mim sem aquela carta amorosa.

A maior marca que podemos marcar na vida de alguém é, primeiro, viver Jesus e apresentar Jesus para essa pessoa. Enquanto a pessoa tiver interesse, não desistir. E quando ela desistir, não se ressentir, mas saber que deixou sua marca para que outro discípulo continue o trabalho de Deus. Tudo o que fizermos tem efeito limitado, a marca do evangelho terá reflexos eternos na vida daquele a quem compartilhamos Jesus.

Marcas da afirmação/validação

Amem uns aos outros com amor fraternal. Quanto à honra, deem sempre preferência aos outros.” – Romanos 12:10

Jorge, aquele irmão argentino, deixou-me marcas profundas, com suas palavras de validação, tantas vezes acreditou em mim. Donizete é outro, que vê em mim qualidades que eu mesmo não vejo, foi o grande incentivador dos vídeos que disponibilizo no canal da igreja. O responsável por esse Portal, João Cruz, foi o primeiro a acreditar que eu poderia escrever um livro. Anos antes, Nilton, confiou-me o boletim Amo Jesus. Randal fez o mesmo ao convidar-me a escrever na revista Edificação. Cresci muito por causa da validação de minha esposa Silvia. Rodrigo e Camila foi um casal que validou-me com aqueles mimos quando nem era o dia do meu aniversário.

Eu pergunto a você, que está lendo este longo artigo. Tem deixado as marcas do amor de Cristo através da validção por onde você passa? Na escola, na faculdade, no trabalho, na vizinhança, em casa, com os irmãos em Cristo, precisamos que as pessoas sejam marcadas por nosso amor.

“As pessoas precisam sair da minha presença melhores do que quando entraram”, frase atribuída à madre Tereza de Calcutá. Temos feito isso?.

Marcas do serviço cristão

Espero no Senhor Jesus enviar-lhes Timóteo o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também ao receber notícias de vocês. Porque não tenho ninguém com esse mesmo sentimento e que se preocupe tão sinceramente por vocês. Todos os outros buscam os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo. Quanto a Timóteo, vocês conhecem o seu caráter provado, pois serviu ao evangelho, junto comigo, como um filho trabalha ao lado do pai.” – Filipenses 2:19-22

Tantas pessoas me marcaram na vida cristã. A A vida dedicada a Deus do Sr. David Meadows e a perseverança e fidelidade do Nilton.

Os professores da Escola Dominical nem imaginam o quanto podem marcar as crianças com o amor de Cristo, as tias do berçário, da EBD das crianças. Não estão apenas cuidando para que os pais possam participar com mais liberdade do culto, mas, podem deixar marcar profundas do amor de Cristo.

II – MARCA DA GRATIDÃO

Podemos marcar as pessoas com o amor de Cristo, eu tenho tantas pessoas que deixaram marcas em mim. Mas, se eu não tiver a marca a gratidão, serei marcado, mas não perceberei. 

Dias 06/01 (aniversário de minha mãe, Dejanira), 05/03 (de Miriam Rodrigues) 28/03 (Davi Meadows) e 27/08 (meu pai José), são dias em que homenageio essas pessoas que marcaram profundamente a minha vida com o amor. Fui até criticado por lembrar de  pessoas que já partiram, mas a gratidão que tenho por elas impede-me de esquece-las. Mesmo tendo partido, seu amor por mim ainda fala alto.

CONCLUSÃO

Estamos deixando o amor, a marca de Jesus nas pessoas? Pensemos nisso.

Podemos ter a doutrina corrreta, o ensino certo, ensinarmos sobre o que pecado, mas, a marca que perdurará é nosso amor prático na vida das pessoas.

E mais: somos gratos o suficiente para percebermos as marcas do amo de Cristo que as pessoas têm deixado em nós?

“Em tudo, deem graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” – 1 Tessalonicenses 5:18

“Paz” – Mt 11.28,29

Leia atenta e confiadamente:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”

Mateus 11:28,29

 

                                        Existem nesse trecho muitas verdades, mas a certeza do conforto divino, a lição simples, é a mais clara nesse texto; após séculos de espera, angústia e sofrimento, os judeus ainda mantinham vivida a esperança no Cristo de Deus, no entanto, quando Ele veio, não foi reconhecido entre os de seu povo, nem entre os de Jerusalém nem entre os de Samaria, muito menos entre os da Galileia (Jo 1.11; Mt 11.1-6, 16.1-4).

                                        Cumprindo-se o tempo determinado por Deus para vinda do messias, este se apresentou ao mundo de uma maneira inimaginável, quase irreconhecível, grandiosa e assustadora, Jesus veio entre os pequeninos, entre os odiados e entre os pecadores, entre os humildes, os inúteis e loucos, não porquê estes o merecem como refrigério divino, mas porquê reconheciam nele a oportunidade de redenção, confiavam que Ele poderia sarar suar feridas e só nEle encontravam conforto inigualável (Mt 9.11-13; Jo 6.26-29, 34,35, 66-69).

                                        Enquanto visitava as cidades da Galileia, Jesus não curou todas as pessoas, apenas aqueles que foram até Ele, assim como nem todas as pessoas que curou entendiam quem Ele era ou qual a sua missão, acreditavam que Ele estava se preparando para ser rebelar contra Roma (Mc 9.14-27; Jo 20.30,31; At 1.3-6).

                                        O Reino de Deus veio à nós por meio desse Jesus incompreendido, o rejeitado de Belém, que veio do Egito, o profeta galileu, que morreu sim, mas ressuscitou e vive para sempre; esse Reino está de portas abertas, todas as horas do dia, enquanto houver Sol sobre a Terra, para que todos tenham a chance de ouvir o chamado para participar dessa vida, próximos de Deus, onde encontramos paz verdadeira, alegria eterna e amor real (At 2.36-39; Hb 3.12-15; 2 Pe 3.9).

Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?
Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” – Atos 2:37,38

                                        Talvez olhemos para a vida do cristão e seja difícil reconhecer esses atributos, mas existe certa confiança no Pai, uma confiança que não ser abala por 1900 anos de espera, ou por tantas doutrinas erradas que atormentam nossa vida, mas que fez e faz, dia a dia, homens e mulheres morrerem louvando a Deus pela oportunidade de testemunharem da graciosa paz que existe no amor de Deus (1Ts 4.13-18; Ap 1.4-8).

“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”
– 1 Tessalonicenses 4:18 –

Discussões Políticas na Igreja (Parte 2)

Nesta série de artigos você tem um pensamento sobre nosso comportamento em face ao nosso cenário político. Se você chegou neste artigo, sugerimos que você leia o artigo anterior para poder acompanhar o raciocínio. CLIQUE AQUI E CONFIRA O 1º ARTIGO.

Não Entre em Discussões

Ninguém nunca ganha uma discussão. Se você já entrou numa discussão você sabe quais são as regras. Cada um defende o seu ponto de vista com todos os recursos possíveis e inimagináveis; os que estão dispostos a discutir, estão prontos para apelar para qualquer recurso. É como aquele pseudo-esporte chamado ‘vale tudo’ ou UFC (talvez você discorde de mim nisso também). Uma discussão é assim, não tem regras, ‘vale tudo’. Muitas vezes os argumentos são emocionais e não necessariamente racionais. A verdade pouco importa quando eu fico nervoso. O que você pode esperar de uma atitude emocional proveniente de uma discussão? Discussões emocionais dão vazão aos crimes passionais onde assassina-se, em primeiro lugar, a razão, depois a verdade e como último recurso a pessoa a quem deveríamos amar incondicionalmente. Mesmo que seja um assassinato emocional ou espiritual.

Uma discussão sobre política pode ser um homicídio espiritual também, mas não deixa de ser um suicídio ao mesmo tempo. Quem ganha, fecha o coração do outro com o último argumento. Alguns recursos de uma ‘discussão vale-tudo’ são irritações, gritos, ironias, deboches, gargalhadas, mentiras, etc. Uma pessoa que grita, debocha ou dá gargalhadas numa discussão, mesmo que esteja com a razão e com a verdade, acaba perdendo a razão e colocando a verdade em descrédito.

Numa discussão há apenas dois lados: ataque e defesa. Se já entraram numa discussão, nenhum lado está certo. Ou você está no ataque ou está na defesa. O resultado imediato numa discussão é a criação de uma defesa ao ataque, muitas vezes uma defesa intransponível, mesmo se atacada com a verdade. A verdade fica encoberta pelo comportamento errado de se entrar numa discussão.

Numa discussão os dois lados saem perdendo. Ninguém sai ganhando. Nosso ego e orgulho terão uma história vantajosa para contar mas o reino terá uma ou duas almas a menos. Onde está, numa discussão, a mansidão, o temor e a boa consciência, segundo o ensinamento dado por Pedro para quem quer proclamar as virtudes de Deus?

Ao contrário de entrar em discussões, precisamos criar um relacionamento. Relacionamento é uma ponte construída pelo tempo que garante a entrada de Deus através de você no coração das pessoas.

“Meu candidato é Jesus, meu partido é a igreja, minha ideologia é o evangelho, meu mundo não é aqui.”

Mesmo na nossa vida social e civil no comportamento em relação à política, o apóstolo Pedro ensina que a igreja não é uma anarquia ou um partido político contra o governo. Então seja rei, presidente, governador, prefeito, vereador, policiais ou mesmo diretores, professores nas escolas; devemos nos sujeitar a toda instituição humana, por respeito a Jesus. Isto é comportamento exemplar!

Falando em comportamento exemplar, Jesus é nosso exemplo. Veja como Ele agiu pregando o evangelho, sim, o evangelho e não uma reação ou ideologia política passageira:

“[…] Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disso em oculto. Por que me interrogas, pergunta aos que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse.” (Jo 18:19-21)

Jesus não entrava numa discussão, antes Ele preferia ir embora, se retirar (Mc 8:11-13). Mesmo que para Jesus fosse uma questão de fé, já eles, os fariseus, transformaram a fé em política e a pregação da verdade ameaçava o cargo político deles e isto os fez querer matar Jesus (Jo 11:48). Quem se envolve com política ou com políticos pode ser tentado a matar Jesus. Lembra de Judas? Com isto não estou dizendo que política é pecado, mas é a tentação. Gostaria até que tivéssemos mais pessoas comprovadamente honestas na política, mas…

O apóstolo Paulo teve o mesmo comportamento que Jesus (Atos 24:12). Nós também devemos ter este comportamento. O mesmo apóstolo Paulo escreveu para Tito sobre este assunto:

“Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis. Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada” (Tito 3:9-11)

Notei que discussão não funciona nem com o meu filho ainda quando era criança. Se dou espaço para uma discussão, logo ele vai tornar-se desrespeitoso ou até debochado. Se nos envolvemos numa discussão com nossos filhos estamos ensinando um mal comportamento para eles. Logo eles não vão mais dar ouvidos a nós depois a Deus. Terão argumentos que, mesmo não sendo a verdade, se convencerão de que estão certos.

A Bíblia nos ensina a sabedoria, vamos tomar uma decisão de procedimento sábio no relacionamento. Então, ao invés de discutir, veja o que diz a sabedoria de Deus: “Se o homem sábio discute com o insensato, quer este se encolerize, quer se ria, não haverá fim” (Pv 29:9). Só num momento de insensatez o sábio entraria numa discussão que não tem fim. Sabedoria é não entrar numa discussão.

Confira a 3º parte deste artigo

Alegria Verdadeira

“Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.” João 16:22
“As multidões atendiam, unânimes às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava… E houve grande alegria naquela cidade” Atos 8:6, 8
“Quando saíram da água o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho; cheio de júbilo” Atos 8:39

Três palavras são destacadas nos textos acima: alegrará, alegria e júbilo, palavras que são sinônimos para uma mesma realidade. E qual a razão delas?

No primeiro texto Jesus está próximo de sua morte, o que causará tristeza nele e nos seus discípulos. Mas ele os incentiva dizendo que aquela tristeza era momentânea e logo seus corações seriam cheios de uma alegria que não se acabaria. De fato, três dias depois Jesus vence a morte, ressuscita e aparece aos 11 apóstolos. Lucas nos informa que, mesmo ainda não acreditando no que estava acontecendo, seus corações já estavam inundados de alegria (Lucas 24:41)

No segundo texto, depois de verem os sinais feitos por Filipe, bem como ouvirem o evangelho, os samaritanos aceitam a mensagem e são batizados. E, ao saberem que seu Senhor, Jesus Cristo, havia morrido na cruz por elas, ressuscitado três dias depois, reinava ao lado de Deus Pai e um dia as buscaria, o resultado foi, como Lucas diz, a cidade ficou tomada da alegria que somente Deus pode proporcionar.

Já no último texto, o mesmo Filipe é enviado a pregar ao eunuco etíope. Este, quando conhece a boa notícia da pessoa de Jesus, aceita a mensagem, é batizado e segue seu caminho rumo a sua terra cheio de júbilo, ou seja, de grande alegria.

É assim, irmãos, que sente aquele que entende o tesouro que tem na pessoa de Jesus Cristo: perdão dos pecados, presença do Espírito em sua vida, faz parte da igreja, o reino de Deus aqui na terra, ou seja, tem uma nova família e ainda vive uma viva esperança de passar a eternidade ao lado do bondoso e poderoso Pai celestial. Esta é o motivo de viver alegre a despeito dos problemas da vida.

O evangelho, a boa notícia, deve causar alegria naqueles que a recebem e entendem. Talvez alguns de nós não vive ainda esta alegria exatamente por não perceberem o grande tesouro que receberam quando tornaram Jesus seu Salvador e Senhor. Assim, mesmo ricos espiritualmente falando, sendo abençoados ricamente por seu Pai celestial, vivem como pobres, uma vez que estão enfeitiçados com a “felicidade” proporcionada por este mundo.

Para quem entende o tesouro que tem em Cristo, que achou o tesouro escondido e a pérola preciosa, como consequência desta alegria (Mateus 13:44-46), o natural é querer reparti-la com quem ainda não a possui. Assim, evangelizar se torna uma atitude natural de gratidão a Deus e uma maneira prática de compartilhar seu amor com outros.

Irmãos, que a alegria indestrutível que só o Senhor pode dar, encha o meu e o seu coração de tal maneira, que possamos irradiá-la às pessoas que nos rodeiam pelo grande tesouro que temos, Jesus Cristo. Aleluia!

Está Tudo Bem… Até Que…

O cachorro é conhecido como o melhor amigo do homem. Por que? Porque ele é fiel, porque ele ama o seu dono, de um modo geral, incondicionalmente.
Acabamos de sair do culto. Muito edificante! O Enoc? Foi impactante! No CRE, como foi bom encontrar com os irmãos e ficar juntos por quase uma semana. Não vemos a hora de chegar o próximo domingo, o ano que vem ou quando nos encontrarmos eventualmente em algum lugar neutro para nutrirmos o mesmo nível de comunhão que só teremos lá no céu… o encontro está marcado!
Como vai ser bom chegar lá e poder rever todo mundo que já conhecemos nesta vida e de quem sempre ouvimos falar através da Palavra de Deus… não vemos a hora de sermos glorificados para estar com Cristo. Tudo está tão bem na irmandade até que… até que alguém pise no meu pé e nem sequer peça desculpas, até que algum destes irmãos que tanto amo não me cumprimente e seja um pouco ríspido comigo, até que discorde de opiniões, até que não concordem com o que eu disse no meu perfil do Facebook, até que não lembrem do meu aniversário, até que me acusem injustamente de alguma coisa que eu não tenha feito, até que me julguem e me condenem usando uma passagem bíblica para me atacar… aí, certamente vou esquecer de todo amor fraternal, vou ficar magoado e criar raízes que vão se espalhar pelos ouvidos e corações da irmandade, eu não vou conseguir perdoar facilmente, então não vou considerar mais aquela pessoa nem sequer como um irmão. Tudo estava tão bem… até que…

“A começar em mim, quebra corações, pra que sejamos todos um… como Tu és em nós…”

O amor é muito bonito e funciona muito bem quando fica na teoria. O irmão é o parceiro de fé eterno até que, não importa o motivo, erre de alguma forma.
Por um lado precisamos nos tornar mais resistente às críticas, pois como é que vamos agir se nos perseguirem e nos injuriarem pelo nome de Cristo? Como vamos reagir se nos desafiarem a negar o nome de Cristo para termos paz e sossego na vida? Como vamos reagir quando virmos nossos bens sendo confiscados por sermos seguidores de Cristo? Como vamos reagir ao ver nossos pais, irmãos ou filhos sendo castigados ou mortos injustamente somente por quererem lutar contra o pecado e serem mais parecidos com Cristo? Como vamos reagir se pelo nome de Cristo tivermos nossas mãos e pés pregados? Se não somos fiéis no pouco amor que nos foi confiado, resistiremos se por acaso for provada a nossa fé?
Tem uma passagem do livro de Romanos que você precisa ler para entender melhor o que está sendo falado aqui. Sugiro, então, que você pare a leitura deste artigo, considere como uma pausa, e vá ler a sua Bíblia. Esta é a passagem para você ler Romanos 12:9-21.
Está Pronto?
Estamos realmente prontos para o desafio de amar ao próximo, principalmente os da família da fé, incondicionalmente? Estamos realmente dispostos a dar nossas vidas uns pelos outros apesar das opiniões contrárias, apesar das acusações falsas? Apesar das agressões gratuitas, apesar da falta de amor e perdão? Acima de tudo, estamos dispostos a agir como Cristo e lavar os pés uns dos outros?
Mais uma vez se faz necessário a leitura da Bíblia. Necessário porque eu estou realmente tentando escrever algo que não seja minha opinião. Leia a seguinte passagem: 1 João 3:16-19.
Você bem deve saber que Deus não aceita a sua oferta se você tem algum problema não resolvido com um irmão (Mt 5:24). Não adianta ofertar o seu corpo para ser queimado, se não tiver amor… Amor na prática, amor de propósito, amor sem motivo, amor de graça, amor que existe mesmo quando não concorda com opiniões, amor acima de tudo, amor que perdoa multidões de pecados, amor que ensina e convida os de fora, amor que lava as sujeiras e o fedor dos pés alheios, amor por amor e de verdade. Amor que me muda e não procura mudar somente o outro. Amor sem esperar nada de volta. Amor que ama o pecador principalmente quando ele é um irmão, amor divino em nós. Que sejamos verdadeiros discípulos conhecidos pelo amor. Amor com o qual Jesus nos amou e porque Ele nos amou primeiro.
Então, quando nem tudo está bem, ainda permanecem a fé, a esperança e o amor. O maior destes três é o amor. Que nada possa nos separar do amor de Deus com o qual vamos amar ao próximo, principalmente aos mais próximos. Que nosso amor seja além da morte que nos separe.
Que nós sejamos conhecidos pelo amor incondicional maior do que consideram que o cachorro tem pelos seus donos.

O Poder da Amizade

O melhor instrumento manual para cortar é a faca, porém depois de um tempo usando-a, ela fica desafiada, isto é, perde o seu poder de corte. Para resolver este problema é simples, basta lavar a faca e ela está pronta para cortar novamente (afiada), não é? Bem, na verdade não, lavar não adianta, além de lavar, precisa também secar com um papel toalha. Aí sim, estará pronta para o uso, como nova, não é mesmo? Ainda não, precisamos passar um óleo na faca para que ela esteja pronta. Então você pode usá-la para comprovar que tudo isso acima não resolve. Precisa submeter a faca a um atrito, tirar pedaço dela, tirar faíscas. Nada melhor que o ferro com ferro para afiar a faca.

Também nos sentimos desafiados pela vida. Quando chegamos aqui, tudo era novidade, tudo era muito bom de experimentar. Logo que começamos a crescer, tínhamos vários planos para as nossas vidas. Tínhamos sonhos de ser médicos, motoristas, professores, etc. Quanta utopia e sonhos desmoronados pela realidade, pela concorrência, pela falta de lealdade, falta de amor ao próximo, pela injustiça social e o pecado. Ficamos desafiados! Precisamos urgentemente nos afiar novamente.

O que fazemos para nos sentir prontos para sonhar e realizar novamente? O que fazemos para ter esperança? Simples! Nós freqüentamos grupos ou igrejas que nos prometem uma vida nova, ouvimos palestras, aulas, pregações, cantamos, batemos palmas, lemos a Bíblia, oramos… Agora sim, nos sentimos prontos, não é? Não, não nos sentimos melhor por isso. Quando realmente não tem mais o que fazer, nos aconselhamos com profissionais e então nos sentimos melhor, não é? Não! Você já tem experiência… muitas atitudes que tomamos são apenas paliativas. Até nos sentimos bem por um tempo, depois volta tudo de novo ou pior. A única coisa que resolve é o bom relacionamento, um relacionamento altruísta, de amor verdadeiro ao próximo. Só vamos ter algum fio de corte novo em nossas vidas, quando nos assemelharmos ao próximo. De fato teremos que enfrentar conflitos e atritos, mas é assim que se afia o ferro:

“Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo. O que trata da figueira comerá do seu fruto; e o que cuida do seu senhor será honrado. Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim, o coração do homem, ao homem” Pv 27:17-19.

Preserve um amigo na sua vida, mantenha relacionamento verdadeiro com os irmãos e você será o maior beneficiado quando também beneficiar alguém. O agricultor planta com fé em Deus, não sabe se vai chover ou fazer sol, não sabe se vai chover demais ou fazer sol demais, ele tem fé no seu trabalho, tem que ter fé em Deus. O seu trabalho gera atrito e cansaço no seu corpo. Quando chega o tempo da colheita, o agricultor é o primeiro beneficiado. O provérbio acima também nos ensinou: “O que trata da figueira comerá do seu fruto; e o que cuida do seu senhor será honrado”. Se você tiver um amigo, talvez ele lhe traga atritos, mas também traz recompensas nos frutos da amizade. Se você for amigo e nunca for beneficiado com isto, é porque não está olhando para a direção correta. Ser amigo já é uma recompensa. Se a pessoa ganhou com sua amizade, aí está o fruto da amizade altruísta.

Só conseguimos resolver nossos problemas e conflitos com amizade e irmandade saudável. Antigamente o melhor reflexo do rosto era a água, assim a pessoas sabia como era a sua imagem e o que precisava de reparos. Quando olhamos para os outros com problemas semelhantes aos nossos e como conseguiram resolver. Isto nos anima a também resolver os nossos problemas:

“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo” (1 Pe 5:8, 9).

A única coisa que vai assegurar nossa participação efetiva como membros do corpo de Cristo é o compromisso com o próximo. Temos que ter alguém que depende de nós e nós dependendo uns dos outros. Vemos pessoas que passam anos na igreja e ainda assim parecem desafiadas. Por qualquer motivo faltam ao culto, por qualquer motivo entram em depressão. Não conseguem enfrentar um problema sequer e fraquejam na fé. Pessoas que não passam nem mais meia hora mantendo comunhão com os irmãos, apenas vêem bater o cartão de ponto como obrigação. Não entendem que o culto não é uma obrigação e sim uma bênção.

Quando não temos sequer um irmão para chamar de amigo na igreja, estamos sem nenhum poder para cortar o pecado das nossas vidas. Jesus disse:

“Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18:19, 20).

Porém, contrariando este ensinamento de Jesus, oramos sozinhos. Orar junto com outros irmãos é muito importante. Além de nos ajudar, nos ensina a orar melhor. Sozinhos podemos pedir o que quisermos, mas nunca saberemos se os pedidos estão sendo infantis ou se estamos crescendo de acordo com a vontade de Deus. A Bíblia também ensina que devemos fazer com os nossos pecados:

“Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5:13-16).

Qual foi a última vez que você afiou a sua vida através da confissão? Qual foi a última vez que você procurou um irmão justo? Procurar os justos na igreja é um exercício de crescimento espiritual também.

Agora, apenas quando você se interessar por pessoas é que você vai realmente crescer. Quando você for uma pessoa justa e amiga verdadeira é então que você vai ser uma pessoa afiada. Para você ser uma pessoa justa, precisa se dedicar a oração. Para ser uma pessoa espiritualmente afiada, precisa dar amizade verdadeira. Relacionamentos verdadeiros é que vai manter você salvo. Afinal, amor a Deus só é verdadeiro e demonstrado através do próximo:

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1 Jo 4:19, 20).

Uma igreja verdadeira está baseada no relacionamento que temos com os irmãos: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34, 35).

Uma última dica oportuna: para desafiar a sua vida, tem que ser alguém compatível com você, isto é, somente homens entendem a luta pertinentes aos homens e mulheres entendem as lutas pertinentes às mulheres. Não é prudente um homem ter uma confidente que não seja sua esposa e na maioria das vezes nem a esposa é competente para ajudar. Não é prudente uma mulher ter um homem como confidente que não seja seu marido e, da mesma forma, não é um confidente que possa ajudar muito. Mulheres devem procurar confidentes idôneas assim como homens devem procurar homens que os entendem e os podem ajudar.

Que Deus te abençoe com amigos “afiadores” nos desafios da vida…

10 coisas que você deve considerar antes de beber álcool – Parte 2

Continuando o artigo, consideremos os seis últimos pontos das 10 coisas a considerar antes de beber álcool:

  1. Temos a identidade de um discípulo

Como então nós viveremos? A advertência de Paulo para considerar nossos irmãos deve ser sempre um fator em nossas mentes quando se trata de beber. Mas ainda mais, devemos estar conscientes da identidade ganha pelo sangue de Cristo. Somos santificados por Cristo, e somos chamados a caminhar em conformidade.

Para alguns, é mais fácil manter a santidade evitando o álcool por completo. Outros são capazes de usar discernimento na quantidade e local em que o álcool é consumido. De qualquer maneira, o princípio orientador deve ser sempre a nossa devoção ao Espírito de Deus – não ao espírito da época. Nossa cultura torna o álcool necessário para todo envolvimento social. Ele glorifica a embriaguez e a perda de inibição. Não sabe nada de moderação ou autocontrole.

  1. É da natureza humana abusar das coisas.

Tenho parentes próximos que lutam até hoje contra o abuso do álcool. Possuo tios, avôs e vários amigos alcóolicos. Para eles e para muitos, a capacidade de beber álcool e não se embriagar é uma linha tênue muitas vezes cruzada. Após os primeiros goles, perde-se rápido a capacidade de distinguir os limites.
Alguém disse certa vez que:

“O álcool em si não é o diabo. Mas mesmo que ele não tenha poder, é da natureza humana abusar dele … ir longe demais, e torná-lo algo que não era para ser. Então você não tem que ter medo dele – mas você tem que lidar com isso com cuidado. ”

Tenho lidado com cuidado. Cuidado de meus irmãos, cuidado de minha família, cuidado de minha identidade e cuidado de Cristo. Não permito que o álcool defina quem eu sou. Quero sempre permanecer no controle de minhas ações. Não quero propagar um estilo de vida enganoso, que o mundo ostenta como glamoroso e feliz. O álcool não vai controlar minha diversão, minhas palavras ou minhas ações, porque cada uma dessas coisas pertencem, em submissão, a Cristo.

A embriaguez não é uma piada. É uma afronta à identidade que carregamos como discípulos. E por causa de quem somos, temos a responsabilidade de administrar nossa liberdade cristã de acordo com nossa identidade em Cristo – não nosso direito a que “tudo me é permitido”.

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine. ” (1 Coríntios 6:12)

É um sacrifício para alguns? Sim. Mas ao escolher Cristo, escolhemos fazer de nossas vidas altares à Sua bondade, e nossos corpos templos ao Seu Espírito. É um pequeno preço a pagar pela plenitude da eternidade. É um pequeno preço a pagar à luz da Graça do Evangelho.

  1. Há limites claros nas Escrituras para o álcool.

Paulo também exorta os crentes a não se embriagarem “com vinho, no qual há dissolução” (Efésios 5:18) e aos diáconos a não serem “inclinados a muito vinho” (1 Timóteo 3:8). Alguns alegam, com base nessa última declaração, que não podemos consumir “muito vinho” fermentado, mas um pouco, sim. Porém, à luz de outras declarações de Paulo (ver 1 Coríntios 3:16, 17; 6:19, 20; 1 Timóteo 3:2, 3, 11), podemos inferir que a mera diminuição no consumo de vinho fermentado não é o ideal divino, mas apenas um paliativo que deve culminar na completa abstinência.

  1. A cultura determina certos pontos de vista sobre o álcool.

Estudos psicológicos norte-americanos, nas décadas de 60 e 70, demonstraram que a influência do meio está longe de ser secundária na determinação do comportamento individual. Sabedores disso, a indústria de bebidas tem se aproveitado deste fato e se utilizado aos propósitos da propaganda do álcool. Desse ponto de vista, as estratégias de propaganda são bem-sucedidas não apenas por associarem de forma direta o consumo de seus produtos com uma série de imagens agradáveis, tornando a mensagem alegre, bonita, erótica ou engraçada, mas recorrendo a memórias afetivas; trazendo ícones de prazer e satisfação do imaginário popular (beleza, saúde, força e sexo). Assim, o indivíduo exposto tenderá a associar o consumo do álcool com prazer sempre que se colocar em uma situação ou ambiente que recorde as cenas “vivenciadas” na propaganda. Há efeitos visíveis da propaganda sobre o consumo do álcool[1], coisa que não acontecia nos tempos bíblicos.

  1. Se um cristão bebe álcool, precisa ser moderado com a consciência daqueles ao seu redor.

“É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. “ (Romanos 14:21)

Paulo, em Romanos 14:1-23, nos mostra o respeito entre os irmãos. Nos mostra o perigo de agirmos de uma maneira que prejudique um irmão. Não devemos julgar os irmãos, nem devemos fazer com que um deles tropece. Mesmo em casos de coisas lícitas, devemos evitar ferir a consciência do irmão. Se insistirmos em usar todas as nossas liberdades, o nosso bem pode ser desprezado.

A ênfase no reino de Deus não é a liberdade de comer ou beber alguma coisa, e sim a de participar da justiça e alegria no Espírito Santo. Quando servimos a Deus, agradamos ao Senhor e aos homens. Desta maneira, promovemos a paz e a edificação. Se insistirmos em usar as nossas liberdades, sem considerar a consciência do irmão, estaríamos destruindo a obra de Deus. É melhor abrir mão de algum privilégio do que fazer um irmão tropeçar.

[1] http://www.scielo.br/pdf/rbp/v30n4/213.pdf

Conselho de Um Pai Para o Filho

Na minha casa não recebo muita ajuda “voluntária” por parte das minhas filhas. Por isso, tenho me esforçado para manter uma lista de tarefas e atribuições para serem cumpridas por elas. Porém, o fato de ter a lista não quer dizer que as coisas são feitas com zelo, esmero, energia, satisfação, contentamento… geralmente acontece muito ‘mi-mi-mi’ sobre quem está fazendo MAIS do que outra, ou desculpas do tipo ‘não fui eu que baguncei!’… Isso costuma ser tão desgastante, por isso mencionei que tenho me esforçado para manter a lista de tarefas, já que tem dias que considero mais fácil fazer tudo sozinha… mas insisto em atribuir obrigações porque sei que as consequências de assumir tudo sozinha são muito negativas para todos. Me esforço por manter a premissa: “Não faça pelos filhos aquilo que eles conseguem fazer por si mesmos. ”

Trabalhando durante anos com a igreja, percebo que também é difícil para o adulto assumir uma responsabilidade na coletividade e sustentar o serviço com esmero, energia, contentamento, satisfação… sem desviar o olhar para comparar o seu serviço com aqueles que, ao nosso ver, não estão fazendo muito. Me pego pensando em como me sentir motivada a limpar o prédio da igreja, ou participar de mutirão de limpeza, ou preparar o pão da ceia, ou passar anos ensinado às crianças, etc, repetidas vezes, sem sentir que estou perdendo algo, ao invés de perceber o ganho disso.

O ser humano funciona a partir de dois tipos de motivação: a motivação intrínseca (que vem de dentro de cada um), e a motivação extrínseca (baseada no que vem de fora, ou seja, ganhos materiais ou emocionais).

A motivação intrínseca é mais apurada, duradoura, constante, já que se baseia em seu próprio conjunto de regras e valores e direcionam você a atuar de maneira zelosa pelo simples fato de sentir prazer em concluir a tarefa, mesmo que ninguém a reconheça ou presencie. Já sentiu um imenso prazer em lavar o banheiro da sua casa só para poder usá-lo depois sentindo o cheirinho de limpeza? Já dedicou um sábado inteiro lavando o carro, aspirando e polindo só para admirar o brilho e sentir aquela satisfação? Já se esforçou durante horas e anos para aprender a tocar um instrumento e conseguir tocar uma música inteira com perfeição? Todas essas coisas têm haver com a motivação intrínseca.

O Rei Davi entendia perfeitamente de onde vem a maior motivação para servir e aconselhou seu filho Salomão sobre os passos a serem seguidos para conservar o coração disposto e leal.

1Cronicas 28: 9-10 – “E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-o com coração perfeito e espírito voluntário; porque o Senhor esquadrinha todos os corações, e penetra todos os desígnios e pensamentos. Se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.  Agora toma cuidado, porque o Senhor te escolheu para edificares uma casa para o santuário; esforça-te, e faze a obra.”

Quando li este conselho de um pai (Davi) para seu filho (Salomão) fiquei a imaginar o quanto esse pai estava ligado a Deus num íntimo relacionamento; o conselho soa como uma experiência sendo compartilhada. Davi orienta o filho a “conhecer a Deus e servi-lo de coração íntegro e alma voluntária”. Ele está fazendo referência a um Deus próximo, aberto, generoso, que deseja se fazer conhecido e que, de antemão já me conhece profunda e intimamente.

Este conselho me ajuda a estabelecer o foco:

1°- Conhece a Deus: Busca-O e será atendido. Neste processo o Senhor fará o trabalho de aperfeiçoamento do coração e pensamentos segundo a vontade dEle. A motivação perfeita virá através do Deus Pai amoroso que tem planos perfeitos para nós e nos preenche com a certeza do nosso valor.
2°- Serve a Deus: Agora, com o coração íntegro e alma voluntária. O relacionamento com Ele inicia naturalmente o processo de servi-Lo, não do meu jeito, mas “com o coração íntegro e alma voluntária”.

Que Pai perfeito! Ele faz todo o trabalho de motivação, capacitação, orientação e preparação. A mim basta que eu dê o primeiro passo de busca, pois Ele anseia por ser achado.

Ah, como desejo aprender e seguir corretamente este princípio! Me pego colocando o “servir”, “trabalhar”, “organizar”, antes do “CONHECER” e isto é “fazer do MEU jeito”, por isso o cansaço ou a frustração às vezes tiram meu foco.

Lembro também de Marta em Lucas 10:40, que manteve ardentemente o foco em servir Jesus.  Não que o servir seja o problema, pois é algo necessário e agradável. Porém, Marta tirou o foco da motivação correta e usou de comparação com sua irmã Maria. Jesus, diante da frustração dela, tentou com amor ensiná-la que “a melhor parte” é conhecê-Lo profundamente.

Se me comparar com os “outros” provavelmente irei me colocar na posição errada da vanglória, orgulho, preguiça ou desmotivação. Se me comparar com o sacrifício de Jesus na cruz, então serei constrangida a trabalhar de maneira zelosa, voluntária, sedenta, pois o Filho de Deus é o maior e o perfeito exemplo de servo.

Quero seguir os conselhos de Davi para o seu filho, quero manter o coração voltado para o Senhor e a obra dEle. Quero manter o foco em Jesus e no Seu sacrifício por mim.

Oh, Senhor, trabalha em mim para que eu amadureça praticando a prioridade, que é te conhecer, pois entendi que é o Senhor quem me preenche para “ser forte e fazer a obra” (1Cr 28:10)

QUERO CONHECER JESUS, AQUELE A QUEM EU SIRVO.

10 coisas que você deve considerar antes de beber álcool – Parte 1

Em roda de amigos e mesmo entre os irmãos, sempre me deparo com uma pergunta recorrente: – Porque você não bebe bebida alcoólica?

Sobre esse assunto, nos deparamos com grupos de opiniões opostas. Há aqueles que abominam a bebida alcoólica e há outros que a veem como algo aceitável. Beber álcool provavelmente junta-se à lista dos “Top five”; dos 5 temas mais polêmicos dentro da Igreja, em algum lugar entre o papel da mulher, uso ou não de instrumentos musicais, divórcio e novo casamento.

Mas essa questão é mais simples do que se imagina. Enquanto Paulo nos fala sobre nossa responsabilidade de não “fazer tropeçar” em Romanos 14, a abordagem cristã do álcool vai mais fundo do que nossa influência sobre os outros. Trata-se de uma questão de identidade cristã. Isso se resume ao evangelho da graça.

  1. Somos um reino de sacerdotes

Em Êxodo 19:5-6, Deus encontrou-se com Moisés no Monte Sinai. Lá, Deus emitiu uma série de mandamento para a nação de Israel. Esses mandamentos foram concebidos para conduzir a nação à santidade, para um estado em que eles poderiam ter livre comunhão com o Senhor. Deus disse a Moisés:

“Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa’. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas”. (Êxodo 19:5-6)

Séculos mais tarde, Pedro escreveu à igreja:

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.” (1 Pedro 2:9-10) [grifo meu]

Assim como Israel foi separada como “santa ao Senhor”, cada pessoa que tem a Cristo como Senhor tem a responsabilidade de viver uma vida consagrada. Já não adoramos em um tabernáculo ou templo; O sacrifício final foi feito quando Cristo morreu na cruz. Mas nós somos o real sacerdócio de Deus: Pessoas separadas para Sua própria possessão, comunhão com Ele em pureza e liberdade.

  1. Embora estejamos sob a Nova Aliança, podemos aprender com o passado.

Em Levítico 9 encontramos uma representação da cerimônia de consagração dos sacerdotes levitas. O processo levava uma semana inteira, vários sacrifícios e culminava com o fogo consumidor de Deus no altar do tabernáculo. Depois de sua consagração, Deus deu instruções específicas a Arão e seus companheiros sacerdotes:

“Depois o Senhor disse a Arão: “Você e seus filhos não devem beber vinho nem outra bebida fermentada antes de entrar na Tenda do Encontro, senão vocês morrerão. É um decreto perpétuo para as suas gerações. Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro, e ensinar aos israelitas todos os decretos que o Senhor lhes deu por meio de Moisés”. (Levítico 10:8-11)

Embora vivamos sob a Nova Aliança, podemos extrair muito dos princípios do Velho. Como membros de um sacerdócio espiritual, devemos nos perguntar por que foi dito para Aarão se abster de “bebida forte” antes de entrar no santuário de Deus. A resposta é simples: bebida forte afeta nossa capacidade de discernir entre “o santo e o comum, o imundo e o limpo”. O evangelho da graça nos torna santos aos olhos de Deus – mas com esse status justificado vem a responsabilidade de “não sair” dessa santidade. O excesso de álcool altera nossas capacidades mentais e espirituais, limitando nossa capacidade de escolher a santidade – nossa responsabilidade mais importante como representantes de Cristo na Terra.

Mas enquanto esta passagem descreve as implicações da bebida forte, não proíbe o álcool completamente. Em nenhuma parte da Bíblia é esse o caso. Na verdade, quase todos os casos em que o álcool é mencionado em um contexto negativo, o escritor se refere ao álcool em excesso.

  1. O álcool não é proibido na Bíblia, mas beber em excesso é.

“O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas; não é sábio deixar-se dominar por eles.” (Provérbios 20:1)
“De quem são os ais? De quem as tristezas? E as brigas, de quem são? E os ferimentos desnecessários? De quem são os olhos vermelhos? Dos que se demoram bebendo vinho, dos que andam à procura de bebida misturada.” (Provérbios 23:29-30)
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.” (1 Coríntios 6:9-10)

O escritor bíblico, George Knight, escreveu sobre este conceito em seu comentário sobre o livro de Levítico:

“Em nenhum lugar do Antigo Testamento é proibido beber álcool … Um ponto que devemos lembrar hoje, porém, é que, nos tempos bíblicos, o vinho foi bebido diluído, umas quatro partes de água para uma parte de vinho … Por outro lado, a embriaguez é absolutamente proibida para um membro do povo da aliança de Deus. A embriaguez é um insulto ao caráter santo da vida humana. O homem ou mulher bêbado chegou ao ponto em que não pode mais fazer julgamentos dependentes da fé e do amor. “ (Levítico, p. 60-61)

Para George Knight, assim como entrar no tabernáculo sob a influência do álcool foi “uma forma de blasfêmia”, de igual modo a embriaguez na vida de um cristão blasfema o templo do próprio Deus. Por quê?

  1. Somos templos do Espírito de Deus.

O vinho não é mau, nem é proibido. Mas a embriaguez – e tudo o que está associado a ela – é consistentemente condenada por toda a Escritura tanto no Antigo como no Novo Testamento. Por quê?
Porque a embriaguez inibe nossa capacidade de ter comunhão com Deus.

Não é possível adorar a Deus, trazer Glória a Ele, ou refletir Sua bondade quando somos mental e espiritualmente alterados pelo consumo excessivo de álcool. Aproximar-se de Deus em embriaguez é blasfemo a Seu Espírito Santo – o Espírito que carregamos dentro de nossos corpos como vasos de Sua glória.

Tendemos a tomar nosso status de portadores do Espírito de Deus de maneira muito leve. No entanto, todas as outras entidades que ‘abrigavam’ o Espírito de Deus – o tabernáculo, a Arca da Aliança e o templo de Salomão – eram meticulosamente trabalhadas a partir dos melhores materiais, consagrados no esplendor cerimonial e separados para uso sagrado. Em Êxodo 37, a Arca da Aliança é trabalhada de madeira de acácia e ouro puro. O propiciatório – ou “lugar de expiação” – foi trabalhado com dois querubins com vista de cada lado:

“E os querubins estendiam as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, tendo as faces voltadas um para o outro; para o propiciatório estavam voltadas as faces dos querubins.” (Êxodo 37:9)

Expiação significa “pagamento para apagar a culpa incorrida por uma ofensa”, ou “satisfação”. As asas dos querubins “protegiam”, figurativamente, a santidade do ato de expiação. Cada sacrifício feito no tabernáculo e no Templo apontava para a misericórdia de Deus, que aceitou tão pouco (como um copo de farinha, por exemplo) para expiar os pecados do homem (Levítico 5: 11-13). Hoje, nossos corpos representam o resultado da expiação de Cristo, e nossas palavras, ações e escolhas protegem sua santidade.

  1. Devemos ser imitadores de Deus.

Assim, quando nossas palavras, ações e escolhas são alteradas pelos efeitos do álcool, não podemos proteger a glória de Deus dentro de nós, na medida em que ela merece.

Em sua carta à igreja em Éfeso, Paulo fez uma distinção entre estar “embriagado com vinho” e “cheio do Espírito”. Estes dois comportamentos estão em desacordo uns com os outros; eles não podem ser alcançados simultaneamente. Esta passagem – e sua advertência associada – é enquadrada dentro de um mandamento central: Ser imitadores de Deus. Como tal, devemos:

“Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensato, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor. “ (Efésios 5:15-19)

O evangelho nos dá o incrível privilégio de nos unir ao propósito redentor de Deus. Nós somos os templos vivos de Deus nesta terra por causa do que Jesus realizou. Um templo de Deus deve ser preenchido com o Espírito de Deus – e nada mais.

Pensem sobre isso e aguardem pela 2ª parte. Estará no ar dia 28 de Maio às 8 da manhã.