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10 coisas que você deve considerar antes de beber álcool – Parte 2

Continuando o artigo, consideremos os seis últimos pontos das 10 coisas a considerar antes de beber álcool:

  1. Temos a identidade de um discípulo

Como então nós viveremos? A advertência de Paulo para considerar nossos irmãos deve ser sempre um fator em nossas mentes quando se trata de beber. Mas ainda mais, devemos estar conscientes da identidade ganha pelo sangue de Cristo. Somos santificados por Cristo, e somos chamados a caminhar em conformidade.

Para alguns, é mais fácil manter a santidade evitando o álcool por completo. Outros são capazes de usar discernimento na quantidade e local em que o álcool é consumido. De qualquer maneira, o princípio orientador deve ser sempre a nossa devoção ao Espírito de Deus – não ao espírito da época. Nossa cultura torna o álcool necessário para todo envolvimento social. Ele glorifica a embriaguez e a perda de inibição. Não sabe nada de moderação ou autocontrole.

  1. É da natureza humana abusar das coisas.

Tenho parentes próximos que lutam até hoje contra o abuso do álcool. Possuo tios, avôs e vários amigos alcóolicos. Para eles e para muitos, a capacidade de beber álcool e não se embriagar é uma linha tênue muitas vezes cruzada. Após os primeiros goles, perde-se rápido a capacidade de distinguir os limites.
Alguém disse certa vez que:

“O álcool em si não é o diabo. Mas mesmo que ele não tenha poder, é da natureza humana abusar dele … ir longe demais, e torná-lo algo que não era para ser. Então você não tem que ter medo dele – mas você tem que lidar com isso com cuidado. ”

Tenho lidado com cuidado. Cuidado de meus irmãos, cuidado de minha família, cuidado de minha identidade e cuidado de Cristo. Não permito que o álcool defina quem eu sou. Quero sempre permanecer no controle de minhas ações. Não quero propagar um estilo de vida enganoso, que o mundo ostenta como glamoroso e feliz. O álcool não vai controlar minha diversão, minhas palavras ou minhas ações, porque cada uma dessas coisas pertencem, em submissão, a Cristo.

A embriaguez não é uma piada. É uma afronta à identidade que carregamos como discípulos. E por causa de quem somos, temos a responsabilidade de administrar nossa liberdade cristã de acordo com nossa identidade em Cristo – não nosso direito a que “tudo me é permitido”.

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine. ” (1 Coríntios 6:12)

É um sacrifício para alguns? Sim. Mas ao escolher Cristo, escolhemos fazer de nossas vidas altares à Sua bondade, e nossos corpos templos ao Seu Espírito. É um pequeno preço a pagar pela plenitude da eternidade. É um pequeno preço a pagar à luz da Graça do Evangelho.

  1. Há limites claros nas Escrituras para o álcool.

Paulo também exorta os crentes a não se embriagarem “com vinho, no qual há dissolução” (Efésios 5:18) e aos diáconos a não serem “inclinados a muito vinho” (1 Timóteo 3:8). Alguns alegam, com base nessa última declaração, que não podemos consumir “muito vinho” fermentado, mas um pouco, sim. Porém, à luz de outras declarações de Paulo (ver 1 Coríntios 3:16, 17; 6:19, 20; 1 Timóteo 3:2, 3, 11), podemos inferir que a mera diminuição no consumo de vinho fermentado não é o ideal divino, mas apenas um paliativo que deve culminar na completa abstinência.

  1. A cultura determina certos pontos de vista sobre o álcool.

Estudos psicológicos norte-americanos, nas décadas de 60 e 70, demonstraram que a influência do meio está longe de ser secundária na determinação do comportamento individual. Sabedores disso, a indústria de bebidas tem se aproveitado deste fato e se utilizado aos propósitos da propaganda do álcool. Desse ponto de vista, as estratégias de propaganda são bem-sucedidas não apenas por associarem de forma direta o consumo de seus produtos com uma série de imagens agradáveis, tornando a mensagem alegre, bonita, erótica ou engraçada, mas recorrendo a memórias afetivas; trazendo ícones de prazer e satisfação do imaginário popular (beleza, saúde, força e sexo). Assim, o indivíduo exposto tenderá a associar o consumo do álcool com prazer sempre que se colocar em uma situação ou ambiente que recorde as cenas “vivenciadas” na propaganda. Há efeitos visíveis da propaganda sobre o consumo do álcool[1], coisa que não acontecia nos tempos bíblicos.

  1. Se um cristão bebe álcool, precisa ser moderado com a consciência daqueles ao seu redor.

“É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. “ (Romanos 14:21)

Paulo, em Romanos 14:1-23, nos mostra o respeito entre os irmãos. Nos mostra o perigo de agirmos de uma maneira que prejudique um irmão. Não devemos julgar os irmãos, nem devemos fazer com que um deles tropece. Mesmo em casos de coisas lícitas, devemos evitar ferir a consciência do irmão. Se insistirmos em usar todas as nossas liberdades, o nosso bem pode ser desprezado.

A ênfase no reino de Deus não é a liberdade de comer ou beber alguma coisa, e sim a de participar da justiça e alegria no Espírito Santo. Quando servimos a Deus, agradamos ao Senhor e aos homens. Desta maneira, promovemos a paz e a edificação. Se insistirmos em usar as nossas liberdades, sem considerar a consciência do irmão, estaríamos destruindo a obra de Deus. É melhor abrir mão de algum privilégio do que fazer um irmão tropeçar.

[1] http://www.scielo.br/pdf/rbp/v30n4/213.pdf