fbpx

Bênçãos disfarçadas de dificuldades

Por que nosso sofrimento nunca é desperdiçado?

Você já viveu a triste situação de ser traído por alguém? De ser alvo de cobranças indevidas, receber palavras duras, ofensas ou comentários maldosos?

Se sim, qual a sua reação nesse caso?

Recentemente, vivi certo desapontamento. Passei por uma situação desconfortável e desfavorável que muito me magoou. Minha primeira reação foi ficar chateado, e então comecei a catalogar mentalmente uma lista de queixas – me lembrando de todas as outras vezes em que fui magoado por pessoas que confiava e cultivava amizade.

Poderia ter continuado a escalar a montanha das murmuração, mas me deparei com uma frase do escritor A. W. Tozer, e comecei a pensar de forma diferente sobre a situação. A frase dizia:

Quando entendo que tudo o que está acontecendo comigo é para me tornar semelhante a Jesus, isso resolve grande parte da minha ansiedade.

Tudo o que está acontecendo comigo é para me tornar mais semelhante a Cristo. Nada é deixado de lado. Alegria e dor. Paz e turbulência. Plenitude e vazio. Sofrimento e facilidade. Pessoas que me amam e cuidam de mim. E pessoas que me machucam ou me ignoram. Saúde e doença.

Deus governa cada detalhe

Considerar que Deus está usando tudo para me tornar mais semelhante a Cristo me deixa menos ansioso. Devo considerar esse fato, em minha vida.

Os problemas não são castigos de Deus (Romanos 8:1). Deus está cuidando de mim (Romanos 8:32). Ele usa todas as circunstâncias para o meu bem eterno, inclusive os problemas (Romanos 8:28). Tudo em minha vida pode me direcionar a Cristo. Na verdade, deveria!

Refletir sobre esse fato diminuiu meu desapontamento. Mas me levou a pensar: por que Deus permite que nos frustremos?

Era uma pergunta simples, mas as respostas revelaram mais sobre meu coração do que o das outras pessoas. As ações de meu amigo foram um caminho para Deus revelar uma camada de imaturidade em minha vida que, de outra forma, estaria oculto. Ao ver a imaturidade em minha resposta, fui capaz de buscar a Deus e ter a oportunidade de aprender.

Sempre que me sinto aborrecido, frustrado ou zangado, talvez Deus esteja me convidando a examinar meu próprio coração em vez de focar minha atenção no lado de fora. Talvez minha irritação seja um convite do Senhor para ir mais fundo com Ele. Deus pode estar fazendo algo muito mais importante e mais duradoura em mim do que o que está acontecendo para mim.

E porque Deus governa tudo que passa pelo meu caminho, nenhuma experiência é perdida. Tudo pode ser usado para me levar a Cristo porque, em última análise, Ele faz todas as coisas para o bem. As circunstâncias difíceis podem motivar à uma dependência de Cristo. Ensinar a orar com mais fervor. Considerar as oportunidades. Desenvolver o espírito de gratidão. Enxergar o pecado e confessá-lo. Tudo pode ser um degrau para a santidade.

Abençoado no final das contas

Ser magoado por um amigo é bem diferente de ser traído por um cônjuge ou de sofrer de uma doença debilitante, mas o convite de Deus é o mesmo. Sejam as grandes provações ou nas pequenas provas, Deus usa cada uma delas, embora muitas vezes seja por meio das lágrimas, para me aproximar mais Dele. E à medida que me aproximo e sou abraçado pelo meu Senhor, torno-me mais parecido com seu Filho.

O autor da paráfrase bíblica, a Mensagem, Eugene Peterson, no comentário das Bem Aventuranças, escreve: (Mateus 5:3, 4): “Você é abençoado quando está no fim da linha. Com menos de você, há mais de Deus. Você é abençoado quando sente que perdeu o que é mais querido para você. Só então você pode ser abraçado por Aquele que é mais querido para você.”

Abençoado no fim da linha. Abençoado quando você perde o que é mais querido. 

 Aos olhos do mundo, isso parece loucura. É o oposto da definição mundial de “bem-aventurado”. Para o mundo, ser abençoado é ter tudo o que você deseja e muito mais. É realizar seus sonhos. É não estar no fim da linha e não perder tudo o que é caro a você.

Mas na economia de Deus, ser abençoado assume um novo significado. Somos abençoados quando não temos recursos humanos. Quando não temos nada próprio a que recorrer. Nenhum humano em quem confiar. Quando nada parece estar indo bem. É quando Deus e seu governo crescem em nossa vida. Há menos de nós. E mais de Deus. Quando perdemos o que é mais caro para nós na terra, valorizamos ainda mais a comunhão com nosso Pai celestial. Seu abraço é mais querido, mais precioso, mais espetacular do que qualquer coisa que poderíamos ter perdido.

Todas as coisas estão ao dispor de Deus

Salmos 119:90, 91 diz:

A tua fidelidade estende-se de geração em geração; fundaste a terra, e ela permanece.

Conforme os teus juízos, assim tudo se mantém até hoje; porque ao teu dispor estão todas as coisas.

Ao dispor do Senhor estão todas as coisas. Todas as coisas podem e serão usadas por Deus para cumprir seus bons propósitos para a alegria e glória eternas de seu povo.

Tudo o que enfrentamos pode ser usado para nos tornar mais santos. Nossos aborrecimentos podem revelar nosso pecado. As pessoas que nos magoam nos dão oportunidades de perdoar. Nossas doenças físicas nos ensinam a depender de Deus. Nossos filhos rebeldes nos treinam para orar sem cessar. Tudo o que é difícil e parece errado em nossas vidas é um convite divino para nos voltarmos para Deus.

Para viver plenamente essa perspectiva, precisamos estar presentes a cada momento. Buscar ativamente e perguntar a Deus o que ele está tentando nos mostrar. Ter consciência de que Deus está sempre agindo em nossa vida e confiar que cada circunstância pode nos aproximar dele.

Pois tudo o que nos acontece pode nos tornar mais semelhantes a Cristo.

(baseado do artigo: God Uses Everything de Vaneetha Rendall Risner)

 

Como alcançar estabilidade em um ano de incertezas?

Mais más notícias podem vir?

Talvez o ano de 2020 ficará na nossa memória como um dos anos mais difíceis desse século. É até desconfortável lembrar a quantidade de infectados e mais de um milhão de mortos, da crescente hostilidade política e turbulência, com atrito constante entre as pessoas; a desconfiança inflamada, com incerteza e instabilidade econômica e com igrejas lutando para saber como responder a tudo isso.

Como alcançar estabilidade em um ano de incertezas?

Quatro linhas, nas Escrituras, são incrivelmente relevantes e preciosas diante do cenário em que estamos. Essa passagem fica em Salmos 112: 7-8. O salmista escreve sobre o homem que teme ao Senhor:

Não temerá más notícias; seu coração está firme, confiante no Senhor. O seu coração está seguro e nada temerá. No final, verá a derrota dos seus adversários. (NVI)

Uma boa sugestão é que você pare e demore um pouco na leitura desses versículos. Lei atentamente, considerando essa Palavra no seu coração. Certamente o escritor enfrentou notícias piores e provações mais ferozes do que muitos de nós, mesmo em um ano como este. De onde veio sua coragem e firmeza? Como um homem vê as ondas (de dificuldades) quebrando e se agitando, ouve os ventos violentos do pior por vir, sente os tremores crescentes e ainda permanece estável, firme, imóvel?

Ao virarmos a página de 2020, sem saber quais más notícias ainda estão por vir nos próximos meses, como Deus pode tornar nossa fé mais forte, nossa alegria mais duradoura, nossa luz ainda mais brilhante? O que podemos aprender sobre estabilidade espiritual no Salmos 112 ?

O Bem advindo da Estabilidade

A palavra hebraica para seguro– “O seu coração está seguro e nada temerá”(NVI); ou firme “… está bem firmado… ” (RA) – é na verdade um verbo passivo que significa sustentar, apoiar, manter. A mesma palavra aparece repetidamente nos Salmos:

Pois o braço forte dos ímpios será quebrado, mas o Senhor sustém os justos. (Salmos 37:17 NVI)

Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer. (Salmos 51:12 NVI)

Certamente Deus é o meu auxílio; é o Senhor que me sustém. (Salmos 54:4 NVI)

Sustenta-me, segundo a tua promessa, e eu viverei; não permitas que se frustrem as minhas esperanças. (Salmos 119:116 NVI)

Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém. (Salmos 3:5 NVI)

A constância no Senhor é a sustentação. Não é mera coragem, paciência ou sobriedade, mas dependência de quem o sustenta – o Rei todo-sábio, todo-poderoso e todo-amoroso acima de tudo. A estabilidade vem de saber quem segura nossa vida, de nos apegarmos a tudo o que Ele nos prometeu em Cristo, de confiar nEle para nos sustentar dia e noite, seja o que for que venha.

Se quisermos um coração firme em um mundo instável, entre pessoas instáveis, durante dias instáveis, precisamos de um apoio. E precisamos saber que somos apoiados e seremos apoiados. Aqui no Salmos 112 , Deus nos dá pelo menos três caminhos seguros e profundos nessa sustentação divina e inabalável.

1. Deixe o medo gerar destemor

Primeiro, o homem sustentado por Deus teme a Deus. “Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos! (…) Não temerá más notícias; seu coração está firme, confiante no Senhor.” (Salmos 112:1 ,7). O homem que teme ao Senhor não teme o homem. Temer a Deus o tornou repentina e inabalavelmente seguro.

“Se queremos um coração firme em um mundo instável, entre pessoas instáveis, durante os dias instáveis, precisamos nos apoiar no Senhor.”

Quanto de nossa instabilidade, no último ano, veio do medo mal colocado ou desequilibrado? Para ser claro, enfrentamos medos reais – um vírus com risco a nossa vida, bloqueios prolongados, empresas fechadas, empregos perdidos, confusão política,  debates beligerantes – tudo adicionado ao que cada um de nós já carrega de fardo. Mas um temor maior, de longe, se eleva acima de qualquer outro: o terrível e maravilhoso poder e justiça de nosso justo Senhor e Juiz. Se tememos como um vírus pode nos prejudicar, devemos temer ainda mais aquele “que pode destruir a alma e o corpo no inferno” ( Mateus 10:28 ).

Mas esse temor dos temores é um fenômeno estranho e maravilhoso, pois quem teme o mais temeroso encontra um refúgio, um santuário, um amigo. “A amizade do Senhor é para aqueles que o temem” ( Salmos 25:14 ). Porque aquele que eles temem os sustenta, o temor do Senhor se torna o lugar mais seguro em todo o mundo, o único lugar verdadeiramente seguro. Seu medo os torna extraordinariamente sábios ( Salmos 111: 10 ). Quaisquer que sejam as terríveis provações que eles sofrem, eles as sofrem nos braços fortes de sua compaixão ( Salmos 103: 13 ). Eles não carecem de nada ( Salmos 34: 9 ). E assim, seu santo temor gera o fruto surpreendente do destemor.

2. Deixe a obediência fortalecer a coragem

O medo que expulsa o medo também inspira uma obediência resiliente.

Não temerá más notícias; seu coração está firme, confiante no Senhor. (Salmos 112:7 NVI)

Aquele que é fiel é gracioso diante de um mundo cruel e indelicados; misericordioso quando os outros são frios e implacáveis;​ justo quando os outros se entregam e se rebelam ( Salmos 112: 4 ). Ele dá quando os outros guardam para si próprio e faz tudo o que faz com integridade e justiça ( Salmos 112: 5 ). Ele instrui, abençoa e ama de maneiras que os pecadores não podem explicar porque não conhecem a Deus ( 1 Tessalonicenses 4: 5 ). Ele obedece a Deus porque tem prazer em obedecê-lo. “Regozijo-me em seguir os teus testemunhos como o que se regozija com grandes riquezas.” (Salmos 119:14 NVI). Para ele, as regras de Deus são mais finas que o ouro e mais doces que o mel ( Salmos 19:10 ).

E a obediência se torna um forno para sua coragem, refinando sua ousadia e dissolvendo seu medo. É uma ironia forjada na realidade, que aqueles que se arriscam na obediência a Deus estão mais seguros e satisfeitos do que aqueles que tentam servir a si mesmos e salvar a si mesmos ( Mateus 10:39 ). E é uma tragédia que muitos prefiram os perigos da auto-suficiência à absoluta segurança da obediência a Deus.

3. Deixe a esperança iluminar o vale

O homem sustentado por Deus sabe a quem mais temer, a quem obedecer quando sua mente resiste e protesta, e conhece aquele por quem sua alma anseia e espera. Os medos de seu presente esmaecem e se dissipam ao lado da luz de seu futuro.

Não temerá más notícias; seu coração está firme, confiante no Senhor. O seu coração está seguro e nada temerá. No final, verá a derrota dos seus adversários. (Salmos 112:7-8 NVI)

“Nossa luz nascerá não apenas após a escuridão, mas na escuridão, até que a própria escuridão expire.”

Sua adversidade terá um fim, seu triunfo virá. Mesmo quando é assaltado por provações e tristezas, e aqueles que desprezam a Deus parecem estar prosperando. O fiel sabe que os tesouros e conforto terreno terão vida curta – mas os celestiais são eternos. A certeza da vitória torna essa aflição leve e momentânea chocantemente suportável ( 2 Coríntios 4:17 ). O homem de Deus recebe as más notícias com confiança e até alegria porque conhece as Boas Novas, que um dia dissipará todo terror que hoje possa existir.

Os vírus se espalharão e serão vencidos, as eleições vão e vêm, as nações vão se erguer e cair, mas aqueles que confiam no Senhor – que o temem, obedecem e esperam por seu retorno – renovarão suas forças. Enquanto outros estão sobrecarregados com preocupações mundanas, “eles subirão com asas como águias.” Quando outros estão exaustos por seus medos e problemas, “eles correrão e não se cansarão”. Quando outros desistem e vão embora, “eles andam e não desmaiam” ( Isaías 40:31 ).

Nossa luz nascerá não apenas após as trevas, mas nas trevas ( Salmo 112: 4 ), até que as próprias trevas desapareçam. A alegria não vem apenas com a manhã, mas nos sustenta durante as noites de tristeza – até que as próprias más notícias se tornem uma memória fraca e inofensiva.

* artigo baseado em um posto do autor Marshall Segal

O que ainda não mudou em sua vida pelo fato de você não ter orado?

A falta de oração, é claro, vem de vários fatores. Há aqueles que quase nunca oram, indiretamente considerando a oração como uma formalidade, um cartão de saudação a Deus quando têm tempo. Outros só oram quando têm alguma necessidade desesperada e imediata, tratando a oração como uma linha de resposta a crises (e negligenciando a oração de outra forma). Outros podem orar regularmente mas, suas orações, lentamente se transformam em frases feitas e sem profundidade, impessoais, fora da vida real. Mesmo os mais devotados, às vezes, oscilam entre a prece preciosa, quando realmente precisamos dela, e esquecer de orar quando a vida parece estar indo bem.

Mas você já orou por isso?

A oração, entretanto, não é o último recurso, mas a primeira linha de defesa, porque Deus não é o último recurso, mas aquele a quem devemos olhar primeiro. A oração é poderosa porque Deus é o agente de mudança mais poderoso que há.

A primeira estrofe do hino cristão, O grande amigo, de autoria de Joseph Seriven, diz:

Ele [Jesus] manda que levemos tudo a Deus em oração!
Oh! Que paz perdemos sempre, oh! Que dor no coração
Só porque nós não levamos tudo a Deus em oração!

Jesus teve de lidar com a ameaça da falta de oração em seus discípulos, e podemos aprender muito de Cristo, em meio a nossas próprias provações e fardos.

Situação desesperada

Em Marcos 9 , um homem veio, carregando seu filho autodestrutivo e oprimido por demônios, procurando desesperadamente por Jesus – por cura. “Mestre, trouxe meu filho até você”, diz o pai, “porque ele tem um espírito que o deixa mudo. E sempre que o agarra, ele o joga no chão, e ele espuma, range os dentes e fica rígido” (Marcos 9: 17-18).

O pais de crianças pequenas podem pelo menos imaginar o quão desesperador e angustiante deve ter sido essa situação. Existe alguma coisa que este pai não faria para ver seu filho curado novamente?

“O que ainda não mudou em sua vida pelo fato de você ainda não ter orado por isso?”

Quando Jesus entra em cena, seus discípulos estão tentando expulsar o demônio. Mas eles não foram capazes (Marcos 9:18), embora tivessem recebido autoridade sobre os espíritos imundos (Marcos 6: 7). E enquanto lutavam em favor do menino indefeso, os líderes religiosos vindo para discutir com eles (Marcos 9:14), certamente tornava a situação ainda mais estressante e aflitiva.

Nada além de oração

Jesus pergunta ao pai do menino: “Há quanto tempo isso está acontecendo com ele?” “Desde a infância” (Marcos 9:21). Não apenas por várias semanas ou meses, mas ao longo de anos, talvez décadas. “E muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o destruir. Mas se você pode fazer alguma coisa , tenha compaixão de nós e nos ajude ” (Marcos 9:22). Jesus, é claro, pode fazer qualquer coisa, literalmente qualquer coisa. “Se pode? “, disse Jesus. “Tudo é possível àquele que crê. “, ele responde (Marcos 9:23).

“Eu acredito”, o pai respondeu, “ajuda-me a vencer a minha incredulidade” (Marcos 9:24). Assim, Jesus cura o menino: “Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele”. (Marcos 9:25). O mesmo espírito que evitou e dominou os discípulos se rende imediatamente (e violentamente) (Marcos 9:26), e apenas ao som de sua voz.

Quando Jesus fica a sós com sos eus discípulos, que estão se sentindo confusos e derrotados por seus fracassos, eles perguntam: “Por que não poderíamos expulsá-lo?” (Marcos 9:28). Uma pergunta penetrante e sincera. “Este tipo”, diz Jesus, “só sai pela oração e pelo jejum”. (Marcos 9:29).

Talvez eles não tivessem orado, ou talvez eles tivessem orado pouco, ou mesmo orado de modo formal, vazio, sem coração; seja como for,  Jesus diz que a oração – eles pedirem a Deus – é o que estava faltando. Ele poderia ter dito: Este tipo não pode ser expulso por ninguém além de mim, mas ao invés  Ele disse: “Este tipo não pode ser expulso por nada além da oração [e do jejum] .” E por mais surpresos que possamos estar que os discípulos não pensaram em orar (ou orar mais), quantas vezes Jesus pode dizer o mesmo para nós?

O que os impediu de orar? O que te impede de orar?

Então, por que os discípulos não oraram? Por que eles não pediram ajuda a Deus, para intervir, para fazer o que estava além da capacidade dos próprios discípulos? Não sabemos ao certo, mas a cena nos dá um número surpreendente de possíveos razões, muitas das quais podem parecer surpreendentemente relevantes para nossas próprias vidas de oração.

DISTRAÍDO PELO RUÍDO

“Quantas vezes desistimos de orar porque os dias, meses ou anos se passaram?”

Primeiro, uma grande multidão se reuniu para assistir (e interferir com) o trabalho (Marcos 9:14). Eles não estavam travando uma guerra espiritual na privacidade de um lar. Aquela agustiante cena se tornou um palco, e quanto mais os discípulos falhavam e quanto mais o menino sofria, mais gente vinha para assistir. Quantos de nós, diante de tantos olhos curiosos e desconfiados, seríamos corajosos o suficiente para parar, olhar para o céu e orar? Ou, quantas vezes o ruido das multidões ao nosso redor (constantemente competindo por nossa atenção), nos impede de ouvir Jesus dizer: “Peça e será dado a você; Procura e acharás; batei e ser-vos-á aberto ”(Mateus 7: 7)? Distrações, que vêm de muitos tipos e maneiras, muitas vezes nos impedem de orar.

DUVIDO DO HOMEM

Nem todos vieram simplesmente para assistir. Especialistas religiosos se juntaram à multidão, discutindo com os discípulos e dizendo que isso não poderia ser feito (Marcos 9:14, 16). O inimigo espiritual era óbvio, mas eles tinham inimigos humanos também – duvidosos, acusadores, zombadores. Eles não estavam esperando, como o resto da multidão, que os discípulos curassem o menino; eles queriam, nada mais do que, o fracasso dos seguidores de Jesus (Marcos 11:18) Podemos não enfrentar a mesma oposição (embora muitos cristãos enfrentem), mas onde quer que estejamos no mundo, muitos querem que nossas orações falhem – para provar que Jesus era apenas um homem, a Bíblia apenas um livro e nossas orações apenas pensamentos positivos. Sabemos que a fidelidade a Cristo nos custará o favor e a aprovação do mundo e, portanto, o medo do homem frequentemente nos impede de orar.

DESAFIADO POR SATANÁS

Mas os escribas não eram nada comparados com o inimigo invisível. Os discípulos estavam lidando com uma opressão demoníaca real – um inimigo espiritual real, destrutivo. Um inimigo espiritual forte o suficiente para lançar o menino no fogo e na água, “para destruí-lo” (Marcos 9:22). Talvez o pior de tudo, ele deixou o menino mudo (Marcos 9:17), incapaz de gritar por socorro ou mesmo explicar o que estava acontecendo com ele. O que você faria enquanto observava aquela cena? Mesmo que não estejamos experimentando esse tipo de oposição demoníaca manifesta, lutamos, todos os dias, “contra as forças espirituais do mal” (Efésios 6:12). Oramos em meio a uma onda de hostilidade. Quantas vezes o inimigo nos impede de orar, fazendo tudo o que pode para não nos ajuelharmos em dependência a Cristo?

PELA INEFICÁCIA

Embora os discípulos tentassem, realmente tentassem, curar o menino, nada mudou. Não sabemos o que eles tentaram, mas sabemos que eles tentaram (Marcos 9:18) e que tentaram tudo o que sabiam fazer (Marcos 9:28). E o menino ainda se contorcia, espumava e gemia no chão – como fazia por tanto tempo. Uma sensação de futilidade certamente começou a se instalar. Eles já haviam curado muitos antes, mas esse espírito não se rendia. Talvez ninguém possa curar esse menino. Quantas vezes desistimos de orar porque o resultado parece decidido, porque muitos dias, meses ou anos se passaram? O desânimo devido a orações não respondidas muitas vezes nos impede de orar.

Jesus realmente orou

Muitas barreiras nos impedem de orar, mas nada impedia Jesus de pedir a seu Pai, porque Jesus sabia que nada era mais vital e poderoso do que a oração, e porque ninguém era mais vital e poderoso do que seu Pai.

“Algumas coisas não mudarão a menos que nos humilhemos, nos ajoelhemos e imploremos a nosso Pai que está nos céus”.

Quando Jesus disse: “Esse tipo não pode ser expulso por nada além da oração”, ele sabia disso por experiência pessoal e persistente. Ele foi tentado de todas as maneiras como nós, mas sem jamais ceder à falta de oração. Sabemos o quão dependente ele era de Deus – levantando-se de manhã cedo (Marcos 1:35), ficando sozinho com seu Pai (Marcos 6:46) e abrindo o coração (Marcos 14:35). E sabemos que ele fazia isso regularmente (Lucas 5:16). Ele não se distraiu com as multidões nem se perdeu com o medo do homem. Ele não foi intimidado pela guerra demoníaca nem desanimado pelo tempo de Deus. Ele conhecia o poder da oração que sustenta a alma, derrota o demônio e move montanhas – e queria que nós também soubéssemos.

Alguns problemas não vão ser superados sem oração. Algumas feridas não cicatrizam sem oração. Algumas provações não terminam sem oração. Alguns pecados não morrem sem oração. Alguns relacionamentos não se curam sem oração. Algumas coisas não mudarão, coisas que desejamos desesperadamente mudar, a menos que nos humilhemos de forma consistente e persistente, nos ajoelhemos e imploremos a nosso Pai celestial. O Deus onisciente, amoroso e onipotente escolheu fazer muito no mundo por meio de nossas orações, porque a oração faz parte de seu precioso relacionamento com seus filhos e o exalta como o Deus que escuta e responde.

Então, o que ainda não mudou em sua vida porque você ainda não orou?

Agora que você já leu esse artigo, é o momento de parar e orar!

* Adaptado do artigo de Marshall Segal, But Have You Prayed?

DEUS RESPONDE MELHOR DO QUE TEMOS CAPACIDADE DE PERGUNTAR

A história de um rei piedoso, perseguido pelo seu próprio filho e encurralado em um canto mortal, nos ensina uma verdade libertadora sobre a oração.

Essa é uma das grande histórias trágicas nas Escrituras. Absalão, filho de Davi, se aproveitou do amor de seu pai e conspirou contra ele. A rebelião era chegada e Davi não tinha outra opção a não ser fugir de Jerusalém na esperança de viver para lutar outro dia.

Então Davi disse aos conselheiros que estavam com ele em Jerusalém: “Vamos fugir; caso contrário não escaparemos de Absalão. Se não partirmos imediatamente ele nos alcançará, causará a nossa ruína e matará o povo à espada”. 2 Samuel 15:14 NVI

À medida que Davi se retira, caminhando e chorando, com a cabeça coberta de vergonha e descalço, tudo parece ficar pior. Ele fica sabendo que seu conselheiro mais estimado, Aitofel tinha se juntado a Absalão (2 Samuel 15:12). Os conselhos de Aitofel eram considerados por Davi como vindos da parte de Deus.

Naquela época, tanto Davi como Absalão consideravam os conselhos de Aitofel como se fossem a palavra do próprio Deus. 2 Samuel 16:23 NVI

No entanto, mesmo diante de um momento tão desesperador, quando Davi poderia ter desmoronado ou se afundado em murmuração, raiva ou auto-piedade, ele se volta para Deus em oração:

Quando informaram a Davi que Aitofel era um dos conspiradores que apoiavam Absalão, Davi orou: “Ó Senhor, transforma em loucura os conselhos de Aitofel”. 2 Samuel 15:31 NVI

Argumento improvável

É verdade que a oração parece totalmente improvável, senão impossível, humanamente falando. Aitofel havia sido sábio em todos os seus conselhos. Pedir que os conselhos de Aitofel se transformem em tolice seria tão difícil de se realizar quanto pedir que o sol parasse. No entanto, esses são exatamente os momentos pelos quais Deus nos deu oração. Ele abre seus ouvidos para seu povo. Não para invocar mais confortos para uma existência já confortável, mas precisamente para os momentos em que a vida e a morte estão em jogo.

“A oração també é para virar a maré, para mudar o curso aparente da história.”

A oração não é um exercício de indicar com antecedência o que já parece ser o curso natural da ação. A oração não é para fazer uma suposição educada, em voz alta, para Deus, sobre o que parece já estar acontecendo. E certamente não é para aconselhar a Deus sobre como as coisas devem ser, como se Ele precisasse de um conselheiro.

“Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? ”  “Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? ” Romanos 11:34,35 NVI

A oração também é para momentos de desespero e momentos terríveis, quando estamos encurralados – quando, humanamente falando, o resultado desejado, e o que parece ser nossa última chance, é dolorosamente improvável de acontecer, e precisamos de Deus. Precisamos que ele intervenha.

Em muitas situações estamos totalmente perdidos e sem esperança se não fosse a Providência de Deus alterando o curso natural do desastre. Mas se ele é Deus, se está ouvindo e se age, temos uma chance de lutar. Mesmo causa e efeito não vencem. Deus quer. Então, David ora.

Deus faz o impensável

Assim que Davi orou, Husai, o arquita, um amigo leal, o encontra (2 Samuel 15:32). Davi orou para que o conselho de Aitofel não tivesse sucesso, mas agora Davi também age com fé. Ele envia Husai para se infiltrar entre os que serviam a Absalão, para agir como um espião e talvez até “frustar o conselho de Aitofel” (2 Samuel 15:34).

“A oração também é para momentos de desespero e momentos terríveis, quando estamos sem saída.”

Husai segue o plano e é recebido na conspiração de Absalão, como aconteceu com Aitofel. Uma das primeiras coisas que Aitofel pretendia fazer era perseguir David e alcançá-lo enquanto ele recuava. Aitofel fala: “Persiga David esta noite. . . enquanto ele está cansado e desanimado ”(2 Samuel 17: 1–2). Normalmente, este é um conselho sábio. “E o conselho parecia correto aos olhos de Absalão e de todos os anciãos de Israel” (2 Samuel 17: 4). O grande sábio falou, e isso parecia dado como encerrado. Significaria o fim para Davi – não fosse por Husai, que então fala.

“Desta vez, o conselho que Aitofel deu não é bom” (2 Samuel 17: 7). Ele então descreve Davi não como um homem fraco e desanimado, mas como poderoso, feroz e experiente em guerra. E Deus faz o impensável: leva o coração de Absalão e de todos os homens de Israel a dizer: “O conselho de Husai, o arquita, é melhor do que o conselho de Aitofel”. O quê? Esta é uma reviravolta impressionante nos acontecimentos. Uma impossibilidade, sem precedentes. Só o próprio Deus pode transformar os corações assim.

Em 2 Samuel 17:14 temos a explicação: “pois o Senhor tinha decidido frustrar o eficiente conselho de Aitofel a fim de trazer ruína sobre Absalão”.

Ninguém poderia ter previsto isso acontecer. Mesmo Davi não previu isso no momento de sua oração. A palavra ilusória de Husai venceu; os planos conspiratórios começaram a fracasssar e logo viria o fim de Absalão e a salvação para Davi.

Ele responde melhor do que nós perguntamos

Então, Deus respondeu à oração de Davi. Como isso de deu? Lembre-se de como o rei orou: “Ó Senhor, por favor, transforme em loucura o conselho de Aitofel” (2 Samuel 15:31). Deus não respondeu a essa oração. Na verdade, 2 Samuel 17:14 confirma que Aitofel deu “bons conselhos”. No entanto, não encontramos nenhum lamento de Davi de que Deus não respondeu sua oração. Nenhuma reclamação de que o Senhor escondeu seu rosto, ou que seus ouvidos estavam tapados, ou que ele não podia ver. Sem luto ou frustração.

Davi fez uma oração aparentemente impossível, deu um modesto passo de fé e confiou em Deus para operar a salvação por ele. Davi gostava de orar e louvar a um Deus que tem o hábito de responder melhor do que pedimos.

Nenhum roteirista poderia adivinhar

Em seu comentário sobre 2 Samuel , Dale Ralph Davis observa,

Assim que [Davi] ora, Yahweh começa a responder à sua oração – e isso de uma forma que nenhum roteirista poderia imaginar. Nossas orações tratam do quê; As respostas de Deus lidam com o quê, como e quando. E como o como pode nos surpreender!

Nosso Deus tem prazer em nos libertar de ser o autor de nossas próprias histórias de salvação. Quando oramos, não é nosso trabalho prever como Deus pode trazer o resgate e expor os detalhes.

A maioria de nós, pais, ficaria um pouco aborrecido, senão muito, se nossos filhos não apenas pedissem as coisas, mas também insistissem em definir exatamente como devemos fazer para atender aos pedidos. É uma alegria para o pai surpreender os filhos com os meios, senão com os fins.

Felizmente, mesmo quando tentamos aconselhá-lo, nosso Pai Celestial é paciente. Ele suporta nossa imaturidade. Ele também quer nos livrar do sentimento de que precisamos dar-Lhe instruções. Podemos confiar que Suas formas de responder às nossas orações, de acordo com a Sua boa vontade, são mais deslumbrantes do que podemos sonhar. Ele consegue responder melhor do que pedimos.

Não precisamente, mas substancialmente

Nós podemos ver Deus responder muito melhor do que pedimos. Junto com o coração do Pai (Lucas 11: 11-12) e o Espírito Santo (Romanos 8: 26-27), temos um grande incentivo para orar e continuar orando. Não é para se desanimar diante das nossas fraquezas, nossa ignorância e nossa incapacidade de aconselhá-lo, mas sim um bom motivo para continuar pedindo àquele que sabe dar melhor do que sabemos pedir.

Ele sabe. “o Pai sabe” (Lucas 12:30). Nós não. “Não sabemos o que orar como devemos” (Romanos 8:26). Seus julgamentos são insondáveis; seus caminhos, inescrutáveis ​​(Romanos 11:33) – o que é mais uma razão para perguntar a Ele.

Já respondido

Quando Paulo escreve que “Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos” ( Efésios 3:20), ele não é um otimista exagerado. Ele não está nos pedindo que esperemos romanticamente que “o melhor ainda está por vir” sem provas sólidas no passado e no presente. Paulo fundamentou suas palavras na Verdade do Evangelho. Estávamos mortos em pecados, e Deus nos deu vida junto com Cristo. Estávamos separados e alienados, sem esperança, e Deus nos aproximou pelo sangue de Cristo.

No Evangelho, nosso Deus já respondeu melhor do que poderíamos ter pedido. Cristo veio, morreu, ressuscitou – e embora muitas vezes não saibamos exatamente como orar, sabemos que nosso Pai tem prazer de ouvir nossos pedidos e superá-los.

Os Benefícios da Leitura da Bíblia

Um Estudo Científico

Estudo do Centro de Engajamento da Bíblia (CBE) chamado: “Compreendendo o Desafio de Engajamento da Bíblia – Evidência Científica para o Poder das 4 Leituras.

Recentemente assisti a um vídeo sobre os impactos da leitura bíblica na vida de uma pessoa. Em especial, esse vídeo trazia uma surpreendente estatística, positiva, do hábito de ler a Palavra quatro vezes por semana.

Primeiramente vi o vídeo em inglês e depois assisti, de novo, já legendado, mas nenhuma informação sobre quem estava falando, autores da pesquisa que o vídeo fazia referência ou fontes, eram encontrados (clique aqui para assistir).

Pois bem, encontrei!

O vídeo em questão trata-se de uma entrevista, disponível como parte de um curso bíblico, na plataforma Messengercourses.

No curso Bible Matters (questões bíblicas), John Bevere entrevista Scott Lindsey sobre como estudar a Bíblia.

Scott Lindsey faz referência a uma pesquisa científica que, acredito, seria muito interessante você ter conhecimento.

Os dados do estudo do CBE vieram de pesquisas, na Internet, de mais de 40 mil americanos, de crianças de 8 anos até anciãos de mais de 80 anos. As pesquisas incluíram amostras aleatórias e amostras não aleatórias de seguidores de Cristo (pessoas que se declaravam cristãs). A pesquisa buscava saber o grau de envolvimento das pessoas com as Escrituras Sagradas, no que diz respeito a leitura.

Quais as bênçãos recebidas por ler a Bíblia 4 vezes por semana? Qual o poder das 4 leituras?

Antes de responder a essa pergunta, vejamos alguns fatos:

  • 9 entre 10 americanos possuem uma Bíblia.
  • 6 entre 10 dizem que leram a Bíblia em pelo menos uma ocasião.
  • Menos de 40% leem a Bíblia pelo menos uma vez por semana.

O estudo procurou descobrir se havia uma correlação entre se envolver com as Escrituras a cada semana e menores probabilidades de se envolver em comportamentos como: jogos de azar (apostas), pornografia, embriaguez e sexo fora do casamento.

A descoberta foi além. É até fascinante. Descobriram algo que veio a ser o principal ponto da pesquisa.

A leitura da Bíblia, realizada uma ou duas vezes por semana (somente), podendo ser até mesmo aquela realizada no culto, quando o pregador diz: “abra a sua Bília e leia comigo”; Esse tipo de leitura tem efeito quase insignificante. A leitura da Bíblia três vezes por semana trouxe um leve reflexo na vida do leitor. Mas a verdadeira descoberta se mostrou quando o discípulo lê a Bíblia quatro vezes (ou mais) por semana.

O estudo da CBE descobriu que as pessoas que se envolvem com a leitura das Escrituras (lendo ou ouvindo), 4 ou mais vezes por semana, têm muito menos probabilidade de se envolver nos comportamentos mundanos e pecaminosos. Quanto menos provável?

Veja os impactos:

  • Sentimento de solidão cai 30%
  • Problemas com a raiva caem 32%
  • Amarguras em relacionamentos (casamentos, filhos, amigos, etc..) caem 40%
  • 57% menos chance de problemas com álcool
  • A ação de compartilhar a fé aumenta 200%
  • Aumento no discipulado 230%
  • Sentimento de estagnação espiritual caiu 60%
  • 61% menos chance de se envolver com pornografia
  • 68% menos chance de sexo fora do casamento
  • 74% menos chance de se envolver com jogos de azar

“O ‘poder das 4 leituras bíblicas por semana‘ é evidente quando consideramos que, para alguns desses comportamentos (embriaguez e sexo fora do casamento) examinados, não há diferença estatística entre os cristãos, que leem ou ouvem a Bíblia duas a três vezes por semana, e aqueles que não leem as Escrituras. ”

Por que esse é o caso? Encher a mente, mais dias, com a Palavra de Deus e permitir que Ele fale com você e guie sua vida é primordial. Enfrentamos muitas tentações todos os dias. De fato, se você olhar para a questão da pornografia, estima-se que metade dos homens, na igreja, esteja envolvida em pornografia. As taxas de divórcio são cotadas como as mesmas entre os cristãos e os não-cristãos.

Deus quer falar conosco através da Sua Palavra todos os dias.

Como a sua vida seria se você se comprometesse a ler a Bíblia pelo menos quatro vezes por dia?

Se ainda não o faz, aceite o desafio de experimentar o “poder das 4 leituras“! Se você o fizer, ficará surpreso com o que Deus fará em seu coração, casamento, relacionamento com seus filhos, trabalho e decisões financeiras. Aceite o desafio hoje, você não vai se arrepender !!!

Clique aqui para ter acesso ao documento da pesquisa (em inglês)

Clique aqui para ter um plano de Leitura Bíblica anual da SBB (Bíblia completa)

Aplicativo da Bíblia (YouVersion) para dispositivo móvel (Clique aqui)

Jesus Não Nasceu em Um Estábulo

Esse título me chamou a atenção, nesta última semana. Diz respeito a um artigo do Rev. Ian Paul. A teoria foi publicada num blogue e depois noticiada pelo The Guardian:

” Desculpem estragar os vossos preparativos de Natal ainda antes de se apagarem as luzes natalinas. Mas, Jesus não nasceu num estábulo e, curiosamente, o Novo Testamento nem sequer o sugere”, escreve.

É relevante dizer que essa teoria não é nova e chegou a ser defendida ainda no século XVI. A primeira vez, que se tem notícias, dessa interpretação, foi feita em 1584, por um estudioso espanhol de nome, Francisco Sánchez de las Brozas, que defendeu exatamente a mesma teoria e foi perseguido pela Inquisição.

O Sr. Ian Paul defende a teoria de que há um erro de tradução na Bíblia. A sua publicação no blogue é uma reposição do que já tinha escrito em 2013.

Então, de onde vem a ideia?

Basicamente o autor expõe três aspectos: elaboração tradicional; questões de gramática e significado; e ignorância da cultura israelita do primeiro século.

A primeira questão diz respeito a elaboração tradicional, e surgiu da leitura da história através de uma compreensão “messiânica de Isaías 1.3:

“O boi reconhece o seu dono, e o jumento conhece a manjedoura do seu proprietário, mas Israel nada sabe, o meu povo nada compreende”. <NVI>

A menção de uma “manjedoura” na história da natividade de Lucas, sugerindo animais, levou os ilustradores medievais a descrever o boi e o jumento reconhecendo o bebê Jesus, então o ambiente natural era um estábulo – afinal, não é onde os animais são mantidos? Não necessariamente! – responde o autor.
A segunda questão, e talvez o cerne da reflexão, é a questão gramatical. O significado da palavra grega kataluma (kataluma) em Lucas 2.7. Versões mais antigas traduzem como ‘pousada’:

“e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria [kataluma]. “<NVI>

alguma razão para se fazer isso; a palavra é usada no Antigo Testamento grego (a Septuaginta, LXX) para traduzir um termo para um lugar público de hospitalidade (por exemplo, em Êx 4.24 e 1 Samuel 9.22). E a etimologia da palavra é bastante geral. Vem de kataluo que significa desatar ou desamarrar; isto é, desmontar os cavalos e desamarrar a mochila. Mas existe evidência, no uso desse termo, em outro lugar. É o termo para a sala ‘superior’ privada onde Jesus e os discípulos comeram a ‘última ceia’ (Marcos 14.14 e Lucas 22.11; Mateus não menciona a sala). Esta é claramente uma sala de recepção em uma casa particular. E quando Lucas menciona uma ‘hospedaria’, na parábola do homem que caiu entre os ladrões (Lucas 10.34), ele usa o termo mais geral pandocheion, significando um lugar em que todos (viajantes) são recebidos, um caravanserai.
A diferença fica clara nas definições abaixo:

Kataluma (Gr.) – “o quarto sobressalente ou superior em uma casa particular ou em uma vila […] onde os viajantes recebiam hospitalidade e onde nenhum pagamento era esperado” (ISBE 2004). Um alojamento privado que é distinto daquele em uma hospedaria pública, isto é caravanserai, ou khan.

Pandocheion , pandokeion , pandokian (Gr.) – (i) Em 5ºC. d.C. Grécia uma pousada usada para o abrigo de estranhos (pandokian = ‘todos recebendo’). O pandokeion tinha um refeitório e um dormitório comum, sem salas separadas, destinadas a viajantes individuais (Firebaugh, 1928).

A terceira questão, segundo Ian Paul, diz respeito à nossa compreensão do contexto histórico e social. Em primeiro lugar, seria impensável que José, retornando ao seu lugar de origem ancestral, não fosse recebido pelos membros da família, mesmo que não fossem parentes próximos. Kenneth Bailey, um autor famoso por seus estudos sobre a cultura israelita do primeiro século, comenta:

“Mesmo se ele nunca esteve lá antes, ele podia aparecer de repente na casa de um primo distante, recitar sua genealogia, e estaria entre amigos. José tinha apenas que dizer: “Eu sou José, filho de Jacó, filho de Matã, filho de Eleazar, filho de Eliud”, e a resposta imediata poderia ter sido: “Bem vindo. O que podemos fazer por você? ”Se José tivesse algum membro da família (mesmo que distante) residindo na aldeia, ele teria a honra de procurá-los. Além disso, se ele não tivesse família ou amigos na aldeia, como membro da famosa casa de Davi, em nome de Davi, ele ainda seria recebido em quase qualquer lar da aldeia.”


Além disso, o projeto real dos lares israelitas (até os dias de hoje) dá sentido a toda a história. Como Bailey explora em seu livro Jesus Through Middle-Eastern Eyes, a maioria das famílias morava em uma casa de um só cômodo, com um compartimento inferior, para os animais serem trazidos à noite, e um quarto na parte de trás ou na cobertura, para os visitantes. A área habitada normalmente pela família teria cavidades no chão, cheias de feno, na área de estar, onde os animais se alimentariam.

Este tipo de sala de estar com animais em casa à noite é evidente em alguns lugares nos evangelhos. Em Mateus 5.15, Jesus comenta:

“E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. <NVI>

“ilumina a todos que estão na casa” – Isso não faz sentido a menos que todos vivam no mesmo quarto!
E no relato de Lucas de Jesus curando uma mulher no sábado (Lucas 13.15), Jesus comenta:

Hipócrita, cada um de vós não desprende da manjedoura (mesma palavra de Lucas 2.7), no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a leva a beber? (ARA)

Curiosamente, nenhum dos críticos de Jesus responde: “Não, eu não toco animais no sábado” porque todos eles teriam que levar seus animais para fora da casa. Na verdade, uma variante manuscrita tardia diz “conduza-a para fora da casa e dê-lhe água”.

O que, então, significa para o temo kataluma dizer que “não havia lugar para eles”? Isso significa que muitos, como José e Maria, viajaram para Belém, e o quarto da família já estava cheio, provavelmente com outros parentes que chegaram mais cedo. Então José e Maria devem ter ficado com a própria família, na sala principal da casa, e lá Maria deu à luz.

O lugar mais natural para se colocar o bebê seria nas cavidades cheias de feno na extremidade inferior da casa onde os animais são alimentavam. A ideia de que eles estavam em um estábulo, longe dos outros, sozinhos e marginalizados, é gramaticalmente e culturalmente implausível. De fato, é difícil ficar sozinho em tais contextos. Bailey divertidamente cita um dos primeiros pesquisadores:

“Qualquer um que tenha se alojado com camponeses israelitas sabe que, apesar de sua hospitalidade, a falta de privacidade é indescritivelmente dolorosa. Não se pode ter um quarto para si mesmo e nunca se está sozinho de dia ou de noite. Eu mesmo, muitas vezes, fugi para o campo aberto simplesmente para poder pensar.”

Ian Paul ainda escreve:

“Na história do Natal, Jesus não está triste e solitário, a alguma distância do estábulo, precisando da nossa simpatia. Ele está no meio da família e todas as relações de visita, bem no meio dela e exigindo nossa atenção.  Isso deve mudar fundamentalmente a nossa abordagem para encenar e pregar sobre a natividade.”

No seu livro, Bailey cita William Thomson, um missionário presbiteriano no Líbano, na Síria e na Palestina, que escreveu em 1857:

“Tenho a impressão de que o nascimento ocorreu em uma casa comum de algum camponês comum, e que o bebê foi colocado em uma das manjedouras, como as que ainda são encontradas nas habitações dos agricultores da região.”

K. E. Bailey observa que Alfred Plummer, em seu comentário do ICC, publicado originalmente no final do século XIX, concordou com isso. Então, por que a interpretação tradicional e errada persistiu por tanto tempo?

Ian Paul acredita em duas causas principais. Em primeiro lugar, acha muito difícil ler a história em seus próprios termos culturais e constantemente impor a nossa própria suposição sobre a vida. Onde você guarda animais? Bem, se você mora no campo, será longe da família, é claro! Então é aí que Jesus deve ter estado (seriam um pensamento atual). Em segundo lugar, é fácil subestimar quão poderosa é a tradição da leitura das Escrituras. Dick France explora esta questão ao lado de outros aspectos da pregação sobre as narrativas da infância em um capítulo do livro “Proclaim the Word of Life” . Ele relata sua própria experiência do efeito disso:

“advogar esse entendimento é tirar da mente não apenas muitos cânticos familiares (‘num estábulo humilde’; ‘um estábulo com uma porta aberta’), mas também um tema favorito dos pregadores do Natal: o ostracismo do Filho de Deus da sociedade humana, Jesus o refugiado. Isso é coisa subversiva. Quando comecei a advogar pela interpretação de Bailey, ela foi escolhida por um jornal de domingo e depois relatada em vários programas de rádio como um exemplo típico de destruição teológica, a par com o então notório desmascaramento da atualidade da ressurreição pelo bispo de Durham.”

Questionando se vale a pena desafiar as suposições das pessoas, Ian Paul responde afirmativamente que sim. Ele acredita que as pessoas precisam ouvir a história real das Escrituras, ao invés da tradição de uma brincadeira de criança. França continua:

“O problema com o estábulo é que ele distancia Jesus do resto de nós. Põe até mesmo seu nascimento em um cenário único, em alguns aspectos tão distante da vida como se tivesse nascido no palácio de César. Essa é a mensagem da encarnação: que Jesus é um de nós. Ele veio a ser o que somos, e se encaixa bem com a teologia de que seu nascimento de fato ocorreu em uma casa israelita normal, cheia de gente, calorosa e acolhedora, assim como muitos outros garotos judeus de sua época.”

O que você diz a respeito? Esse é um bom tema para uma conversa sobre o verdadeiro sentido do Natal – o nascimento de Jesus Cristo!
Continue lendo “Jesus Não Nasceu em Um Estábulo”

Pinóquio ou Gepeto? Reflexão sobre como combater a mentira

Somos Pinóquios ou Gepetos?

Mentimos ou falamos a verdade? Somos religiosos ou verdadeiros discípulos de Cristo?

Na fábula infantil de Pinóquio vemos um boneco tendo de aprender a lidar com a verdade e a mentira. Nesta história, peculiarmente, o nariz do Pinóquio cresce todas as vezes que ele conta uma mentira. Na vida real, são os problemas que crescem com a mentira.
Fábulas a parte, todos os dias somos confrontados com o fato de que precisamos lutar contra a mentira e decidir se vamos falar a verdade, ou não.

Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador. Colossenses 3:9,10

A honestidade é um atributo admirado também no mundo corporativo. Segundo uma pesquisa realizada pela Pew Research, nos Estados Unidos em 2014, a honestidade é o principal atributo de um bom líder. Já se admite que a honestidade pode facilitar um relacionamento e até uma negociação.

O Dr. Brad Blanton é um psicoterapeuta, escritor e fundador da Radical Honesty Enterprises. Seu livro de maior sucesso é: Honestidade Radical, Como Transformar Sua Vida Dizendo A Verdade (Radical Honesty: How To Transform Your Life By Telling The Truth). Traduzido para várias línguas (mas ainda não disponível em português), o Dr. Brad Blanton, propõe mais do que uma luta contra a mentira, e sim, uma transformação de vida pela honestidade.
Veja os artigos abaixo para entender mais sobre esse plano:

O ensino, de falar sempre a verdade, é algo central na mensagem do Evangelho. Até porque, a Verdade é um atributo da natureza de Deus (João 14:6). Deus é a Verdade.

Falar a verdade, não mentir e ser honesto são comportamentos esperados por aqueles que seguem a Cristo e o tem como seu Senhor. Dado que o Diabo é o pai da mentira (João 8:44b), o discípulo de Cristo luta contra tudo que vem do inimigo de Deus.

Mas para isso, devemos nos perguntar: quanto temos mentido?

Mentiras do tipo: “Não vi o telefone tocar”; “não vi sua ligação ou sua mensagem”; “se alguém perguntar por mim, diga que não estou”, ou fingir que sabe sobre um assunto quando na verdade não tem ideia do que se trata; fingir que está dando atenção para alguém durante uma conversa, mas só o ‘corpo’ está presente, dizer para o pedinte: “não tenho dinheiro”, quando tem… São só alguns exemplos de mentiras que vemos (ou praticamos) no dia a dia. E, em Deus, não deve existir uma pequena ou grande mentira, ou uma “mentirinha branca”.

Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno. Mateus 5:37
Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala e deixa de agir? Acaso promete e deixa de cumprir? Números 23:19
O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade. Provérbios 12:22

Podemos até crer na mentira, falar mentiras e praticar mentiras, porém, como já diz o velho ditado popular, ela tem “pernas curtas”.

Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo. Efésios 4:25

A Bíblia nos lembra da gravidade que é a mentira e da trágica consequência dela, por meio da história de Ananias e Safira (Atos 5:1-11). Esse episódio foi de fato estarrecedor para a Igreja (Atos 5:11) mas também o deve ser para nós hoje.
O escritor, Carlito Paes, em seu livro devocional: Código JMR – viver sem julgar, mentir e reclamar, disse:

Lutar contra a mentira e falar sempre a verdade é uma batalha que precisa ser vivida todos os dias. Para que você celebre diariamente essa vitória, é preciso romper qualquer relação que venha tendo com o pecado. Romper com o pecado é não pensar nele; é não alimentar sua mente com desejos da carne. Mantenha sua mente e seu coração perto de Deus diariamente. Decida viver um dia de cada vez, celebrando a sua vitória sobre o pecado. Quando você peca intencionalmente, entristece o coração do Senhor. Mas, quando faz o que O agrada, cumpre Sua vontade e obedece a Seus mandamentos.

A mentira tem nos acompanhado no dia a dia?

Pequenas ‘mentiras brancas’ são frequentemente contadas para preservar a paz, como se dizer a verdade, de alguma forma, destruísse a paz. No entanto, a Bíblia apresenta a verdade e a paz como se existissem juntas: “Ame a verdade e a paz” (Zacarias 8:19). Contadores de ‘mentiras brancas’ acreditam que estão falando mentiras de “amor”; no entanto, a Bíblia nos diz para falar “a verdade em amor” (Efésios 4:15).
Às vezes, dizer a verdade não é fácil; na verdade, pode ser completamente desagradável. Mas somos chamados a ser verdadeiros. Ser verdadeiro é precioso para Deus (Provérbios 12:22); demonstra o temor do Senhor. Além disso, dizer a verdade não é uma sugestão, é uma ordem (Salmos 15: 2; Zacarias 8:16; Efésios 4:25). Ser honesto honra o Senhor, que é o “Deus da verdade” (Salmo 31: 5)

Não minta. Fale sempre a verdade em amor!

10 coisas que você deve considerar antes de beber álcool – Parte 2

Continuando o artigo, consideremos os seis últimos pontos das 10 coisas a considerar antes de beber álcool:

  1. Temos a identidade de um discípulo

Como então nós viveremos? A advertência de Paulo para considerar nossos irmãos deve ser sempre um fator em nossas mentes quando se trata de beber. Mas ainda mais, devemos estar conscientes da identidade ganha pelo sangue de Cristo. Somos santificados por Cristo, e somos chamados a caminhar em conformidade.

Para alguns, é mais fácil manter a santidade evitando o álcool por completo. Outros são capazes de usar discernimento na quantidade e local em que o álcool é consumido. De qualquer maneira, o princípio orientador deve ser sempre a nossa devoção ao Espírito de Deus – não ao espírito da época. Nossa cultura torna o álcool necessário para todo envolvimento social. Ele glorifica a embriaguez e a perda de inibição. Não sabe nada de moderação ou autocontrole.

  1. É da natureza humana abusar das coisas.

Tenho parentes próximos que lutam até hoje contra o abuso do álcool. Possuo tios, avôs e vários amigos alcóolicos. Para eles e para muitos, a capacidade de beber álcool e não se embriagar é uma linha tênue muitas vezes cruzada. Após os primeiros goles, perde-se rápido a capacidade de distinguir os limites.
Alguém disse certa vez que:

“O álcool em si não é o diabo. Mas mesmo que ele não tenha poder, é da natureza humana abusar dele … ir longe demais, e torná-lo algo que não era para ser. Então você não tem que ter medo dele – mas você tem que lidar com isso com cuidado. ”

Tenho lidado com cuidado. Cuidado de meus irmãos, cuidado de minha família, cuidado de minha identidade e cuidado de Cristo. Não permito que o álcool defina quem eu sou. Quero sempre permanecer no controle de minhas ações. Não quero propagar um estilo de vida enganoso, que o mundo ostenta como glamoroso e feliz. O álcool não vai controlar minha diversão, minhas palavras ou minhas ações, porque cada uma dessas coisas pertencem, em submissão, a Cristo.

A embriaguez não é uma piada. É uma afronta à identidade que carregamos como discípulos. E por causa de quem somos, temos a responsabilidade de administrar nossa liberdade cristã de acordo com nossa identidade em Cristo – não nosso direito a que “tudo me é permitido”.

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine. ” (1 Coríntios 6:12)

É um sacrifício para alguns? Sim. Mas ao escolher Cristo, escolhemos fazer de nossas vidas altares à Sua bondade, e nossos corpos templos ao Seu Espírito. É um pequeno preço a pagar pela plenitude da eternidade. É um pequeno preço a pagar à luz da Graça do Evangelho.

  1. Há limites claros nas Escrituras para o álcool.

Paulo também exorta os crentes a não se embriagarem “com vinho, no qual há dissolução” (Efésios 5:18) e aos diáconos a não serem “inclinados a muito vinho” (1 Timóteo 3:8). Alguns alegam, com base nessa última declaração, que não podemos consumir “muito vinho” fermentado, mas um pouco, sim. Porém, à luz de outras declarações de Paulo (ver 1 Coríntios 3:16, 17; 6:19, 20; 1 Timóteo 3:2, 3, 11), podemos inferir que a mera diminuição no consumo de vinho fermentado não é o ideal divino, mas apenas um paliativo que deve culminar na completa abstinência.

  1. A cultura determina certos pontos de vista sobre o álcool.

Estudos psicológicos norte-americanos, nas décadas de 60 e 70, demonstraram que a influência do meio está longe de ser secundária na determinação do comportamento individual. Sabedores disso, a indústria de bebidas tem se aproveitado deste fato e se utilizado aos propósitos da propaganda do álcool. Desse ponto de vista, as estratégias de propaganda são bem-sucedidas não apenas por associarem de forma direta o consumo de seus produtos com uma série de imagens agradáveis, tornando a mensagem alegre, bonita, erótica ou engraçada, mas recorrendo a memórias afetivas; trazendo ícones de prazer e satisfação do imaginário popular (beleza, saúde, força e sexo). Assim, o indivíduo exposto tenderá a associar o consumo do álcool com prazer sempre que se colocar em uma situação ou ambiente que recorde as cenas “vivenciadas” na propaganda. Há efeitos visíveis da propaganda sobre o consumo do álcool[1], coisa que não acontecia nos tempos bíblicos.

  1. Se um cristão bebe álcool, precisa ser moderado com a consciência daqueles ao seu redor.

“É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. “ (Romanos 14:21)

Paulo, em Romanos 14:1-23, nos mostra o respeito entre os irmãos. Nos mostra o perigo de agirmos de uma maneira que prejudique um irmão. Não devemos julgar os irmãos, nem devemos fazer com que um deles tropece. Mesmo em casos de coisas lícitas, devemos evitar ferir a consciência do irmão. Se insistirmos em usar todas as nossas liberdades, o nosso bem pode ser desprezado.

A ênfase no reino de Deus não é a liberdade de comer ou beber alguma coisa, e sim a de participar da justiça e alegria no Espírito Santo. Quando servimos a Deus, agradamos ao Senhor e aos homens. Desta maneira, promovemos a paz e a edificação. Se insistirmos em usar as nossas liberdades, sem considerar a consciência do irmão, estaríamos destruindo a obra de Deus. É melhor abrir mão de algum privilégio do que fazer um irmão tropeçar.

[1] http://www.scielo.br/pdf/rbp/v30n4/213.pdf

Há Diferença Entre: Pastor, Bispo e Presbítero?

A pergunta que deu título a esse artigo já foi feita para mim várias vezes.

Há diferença entre: pastor, bispo e presbítero?

Esse foi o tema de uma breve aula na congregação onde sirvo atualmente. Depois das explanações, vários irmãos sugeriram que publicasse um artigo sobre isso, para que eles pudessem compartilhar com outros que venham a ter o mesmo questionamento.

Pois bem…!
Na Bíblia, vemos que quando uma congregação amadurecia, desenvolviam-se homens que satisfaziam às qualificações exigidas por Deus para prover supervisão a essas congregações.

Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado. (Atos 14:23)

Se lermos o livro de Atos, vemos um excelente trabalho de Paulo no tocante ao estabelecimento de igreja. A estratégia adotada por Paulo, e dirigida pelo Espírito Santo, era de que após o estabelecimento da congregação, Paulo cuidava de fortalecer os irmãos, capacitá-los e estabelecer presbíteros; ou seja, uma liderança bíblica para continuar guiando os irmãos na Palavra do Senhor.

Atos 14:23 é uma passagem que ilustra bem isso. Paulo e Barnabé estão de volta às igrejas por eles estabelecidas, constituindo presbíteros.

É bom evidenciar que esses homens escolhidos para prover supervisão a essas congregações eram selecionados para um serviço. Não era um título ou um cargo. Não havia hierarquia.

Ele [Cristo] é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. (Colossenses 1:18)

Cristo é o cabeça e todos nós somos membros.

Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. (Romanos 12:3-5)

A Palavra nos ensina, usando até uma figura de linguagem, que assim como entendemos que no nosso corpo não há um membro mais especial ou mais importante do que outro, na igreja (o corpo de Cristo) não há ninguém mais especial do que o outro.
A Bíblia usa a palavra presbítero, pastor e bispo para descrever os mesmos homens.

Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada: (1 Pedro 5:1)
Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. (1 Pedro 5:2)

Notem que Pedro, se dirige inicialmente aos presbíteros em 1 Pedro 5:1. A ordem aos presbíteros é a de que eles pastoreiem o rebanho de Deus. A passagem nos mostra que os presbíteros deviam também exercer o serviço de pastoreio na igreja.

A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí. (Tito 1:5)

Paulo comissiona Tito para que ele, além de organizar o trabalho na igreja em Creta, estabelecesse presbíteros em cada cidade.
Continuando a instrução, Paulo descreve as qualificações para o presbítero:

É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher, e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão. (Tito 1:6)

Na mesma instrução, Paulo acrescenta:

Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. (Tito 1:7)

Na passagem bíblica de 1 Pe 5:1, 2, vimos que os serviços de presbítero e pastor cabem a mesma pessoa. Aqui, em Tito 1:6, 7, estamos vendo que os serviços de presbítero e bispo também.
No final da que seria a terceira viagem missionária, Paulo está de partida para Jerusalém. Depois de passar fortalecendo as igrejas, de recolher os donativos para os irmãos pobres da Judéia, agora ele busca se despedir dos presbíteros de Éfeso pois teme que ao chegar em Jerusalém seja preso ou até morto.

De Mileto, Paulo mandou chamar os presbíteros da igreja de Éfeso. (Atos 20:17)

Nesta palavras finais, Paulo adverte:

Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. (Atos 20:28)

Notem que Paulo falava aos presbíteros de Éfeso, quando os lembra que o Espírito Santo os incumbiu de servirem como bispos e pastores da igreja de Deus.
Temos aqui o serviço de presbítero, bispo e pastor, relacionado ao mesmo grupo de homens.
No Novo Testamento, as palavras pastor, bispo e presbítero descrevem os mesmos homens.
Mas como essas palavras são no original e o que elas significam?

  • Presbíteros – πρεσβυτερος – presbuteros – ancião
  • Bispo – επισκοπος – episkopos – supervisor
  • Pastor – ποιμην – poimen – aquele que cuida
  • Presbítero (ancião em algumas versões da Bíblia) descreve alguém de idade mais avançada.

A palavra presbítero, foi transliterada do grego, isto é, foi feita uma tentativa de se escrever a pronúncia da palavra ao invés de se traduzir.
A palavra é usada na Bíblia para identificar alguns dos líderes entre os judeus.
No livro de Atos e nas epístolas, os homens que pastoreavam e supervisionavam as igrejas locais foram frequentemente chamados de presbíteros (veja Atos 11:30; 14:23; 15:2,4,6,22,23; 16:4; 20:17; 21:18; 1 Timóteo 5:17,19; Tito 1:5; Tiago 5:14; 1 Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1).
São homens de idade suficiente que tenham filhos crentes.
Necessariamente são alguns dos mais maduros entre os cristãos na congregação.
Usam seu conhecimento e experiência para servir como modelos e ensinar o povo de Deus.

  • Pastor: Frequentemente se refere aos pastores de ovelhas, pessoas responsáveis pelos rebanhos.

Tais homens protegiam, guiavam e alimentavam as ovelhas.
O Espírito Santo usou esta palavra várias vezes no Antigo Testamento num sentido figurativo, descrevendo guias espirituais.
Moisés descreveu o homem escolhido para guiar o povo como pastor (Números 27:17).

Infelizmente, nem todos os pastores são bons. Deus condenou fortemente os pastores egoístas que devoravam o rebanho de Israel (Ezequiel 34:1-10).
No Novo Testamento, homens qualificados devem pastorear o rebanho (a congregação do Senhor) (1 Timóteo 3:1-7; Atos 20:28-35; 1 Pedro 5:1-3).

  • Bispo quer dizer supervisor ou superintendente.

Em 1 Pedro 2:25, se refere ao Senhor.
Várias outras passagens usam essa palavra para descrever a responsabilidade de homens escolhidos para guiar os discípulos de Cristo no seu trabalho na igreja (veja Atos 20:28; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:2; Tito 1:7).

É interessante notar que sempre haviam mais de um por congregação (Fp 1:1); que não há nenhuma base bíblica para presbíteros de um local supervisionarem uma igreja em outro local e a sua responsabilidade e autoridade para supervisionar não iam além do rebanho local. Em suma, não havia um pastor “presidente” pastoreando sozinho várias igrejas.

Concluindo:

As várias palavras (pastor, presbítero e bispo) identificam os mesmos servos, mas cada palavra tem seu próprio significado. Essas variações de sentido ajudam para mostrar aspectos diferentes do trabalho dos homens que cuidam de uma congregação.

10 coisas que você deve considerar antes de beber álcool – Parte 1

Em roda de amigos e mesmo entre os irmãos, sempre me deparo com uma pergunta recorrente: – Porque você não bebe bebida alcoólica?

Sobre esse assunto, nos deparamos com grupos de opiniões opostas. Há aqueles que abominam a bebida alcoólica e há outros que a veem como algo aceitável. Beber álcool provavelmente junta-se à lista dos “Top five”; dos 5 temas mais polêmicos dentro da Igreja, em algum lugar entre o papel da mulher, uso ou não de instrumentos musicais, divórcio e novo casamento.

Mas essa questão é mais simples do que se imagina. Enquanto Paulo nos fala sobre nossa responsabilidade de não “fazer tropeçar” em Romanos 14, a abordagem cristã do álcool vai mais fundo do que nossa influência sobre os outros. Trata-se de uma questão de identidade cristã. Isso se resume ao evangelho da graça.

  1. Somos um reino de sacerdotes

Em Êxodo 19:5-6, Deus encontrou-se com Moisés no Monte Sinai. Lá, Deus emitiu uma série de mandamento para a nação de Israel. Esses mandamentos foram concebidos para conduzir a nação à santidade, para um estado em que eles poderiam ter livre comunhão com o Senhor. Deus disse a Moisés:

“Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa’. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas”. (Êxodo 19:5-6)

Séculos mais tarde, Pedro escreveu à igreja:

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.” (1 Pedro 2:9-10) [grifo meu]

Assim como Israel foi separada como “santa ao Senhor”, cada pessoa que tem a Cristo como Senhor tem a responsabilidade de viver uma vida consagrada. Já não adoramos em um tabernáculo ou templo; O sacrifício final foi feito quando Cristo morreu na cruz. Mas nós somos o real sacerdócio de Deus: Pessoas separadas para Sua própria possessão, comunhão com Ele em pureza e liberdade.

  1. Embora estejamos sob a Nova Aliança, podemos aprender com o passado.

Em Levítico 9 encontramos uma representação da cerimônia de consagração dos sacerdotes levitas. O processo levava uma semana inteira, vários sacrifícios e culminava com o fogo consumidor de Deus no altar do tabernáculo. Depois de sua consagração, Deus deu instruções específicas a Arão e seus companheiros sacerdotes:

“Depois o Senhor disse a Arão: “Você e seus filhos não devem beber vinho nem outra bebida fermentada antes de entrar na Tenda do Encontro, senão vocês morrerão. É um decreto perpétuo para as suas gerações. Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro, e ensinar aos israelitas todos os decretos que o Senhor lhes deu por meio de Moisés”. (Levítico 10:8-11)

Embora vivamos sob a Nova Aliança, podemos extrair muito dos princípios do Velho. Como membros de um sacerdócio espiritual, devemos nos perguntar por que foi dito para Aarão se abster de “bebida forte” antes de entrar no santuário de Deus. A resposta é simples: bebida forte afeta nossa capacidade de discernir entre “o santo e o comum, o imundo e o limpo”. O evangelho da graça nos torna santos aos olhos de Deus – mas com esse status justificado vem a responsabilidade de “não sair” dessa santidade. O excesso de álcool altera nossas capacidades mentais e espirituais, limitando nossa capacidade de escolher a santidade – nossa responsabilidade mais importante como representantes de Cristo na Terra.

Mas enquanto esta passagem descreve as implicações da bebida forte, não proíbe o álcool completamente. Em nenhuma parte da Bíblia é esse o caso. Na verdade, quase todos os casos em que o álcool é mencionado em um contexto negativo, o escritor se refere ao álcool em excesso.

  1. O álcool não é proibido na Bíblia, mas beber em excesso é.

“O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas; não é sábio deixar-se dominar por eles.” (Provérbios 20:1)
“De quem são os ais? De quem as tristezas? E as brigas, de quem são? E os ferimentos desnecessários? De quem são os olhos vermelhos? Dos que se demoram bebendo vinho, dos que andam à procura de bebida misturada.” (Provérbios 23:29-30)
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.” (1 Coríntios 6:9-10)

O escritor bíblico, George Knight, escreveu sobre este conceito em seu comentário sobre o livro de Levítico:

“Em nenhum lugar do Antigo Testamento é proibido beber álcool … Um ponto que devemos lembrar hoje, porém, é que, nos tempos bíblicos, o vinho foi bebido diluído, umas quatro partes de água para uma parte de vinho … Por outro lado, a embriaguez é absolutamente proibida para um membro do povo da aliança de Deus. A embriaguez é um insulto ao caráter santo da vida humana. O homem ou mulher bêbado chegou ao ponto em que não pode mais fazer julgamentos dependentes da fé e do amor. “ (Levítico, p. 60-61)

Para George Knight, assim como entrar no tabernáculo sob a influência do álcool foi “uma forma de blasfêmia”, de igual modo a embriaguez na vida de um cristão blasfema o templo do próprio Deus. Por quê?

  1. Somos templos do Espírito de Deus.

O vinho não é mau, nem é proibido. Mas a embriaguez – e tudo o que está associado a ela – é consistentemente condenada por toda a Escritura tanto no Antigo como no Novo Testamento. Por quê?
Porque a embriaguez inibe nossa capacidade de ter comunhão com Deus.

Não é possível adorar a Deus, trazer Glória a Ele, ou refletir Sua bondade quando somos mental e espiritualmente alterados pelo consumo excessivo de álcool. Aproximar-se de Deus em embriaguez é blasfemo a Seu Espírito Santo – o Espírito que carregamos dentro de nossos corpos como vasos de Sua glória.

Tendemos a tomar nosso status de portadores do Espírito de Deus de maneira muito leve. No entanto, todas as outras entidades que ‘abrigavam’ o Espírito de Deus – o tabernáculo, a Arca da Aliança e o templo de Salomão – eram meticulosamente trabalhadas a partir dos melhores materiais, consagrados no esplendor cerimonial e separados para uso sagrado. Em Êxodo 37, a Arca da Aliança é trabalhada de madeira de acácia e ouro puro. O propiciatório – ou “lugar de expiação” – foi trabalhado com dois querubins com vista de cada lado:

“E os querubins estendiam as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, tendo as faces voltadas um para o outro; para o propiciatório estavam voltadas as faces dos querubins.” (Êxodo 37:9)

Expiação significa “pagamento para apagar a culpa incorrida por uma ofensa”, ou “satisfação”. As asas dos querubins “protegiam”, figurativamente, a santidade do ato de expiação. Cada sacrifício feito no tabernáculo e no Templo apontava para a misericórdia de Deus, que aceitou tão pouco (como um copo de farinha, por exemplo) para expiar os pecados do homem (Levítico 5: 11-13). Hoje, nossos corpos representam o resultado da expiação de Cristo, e nossas palavras, ações e escolhas protegem sua santidade.

  1. Devemos ser imitadores de Deus.

Assim, quando nossas palavras, ações e escolhas são alteradas pelos efeitos do álcool, não podemos proteger a glória de Deus dentro de nós, na medida em que ela merece.

Em sua carta à igreja em Éfeso, Paulo fez uma distinção entre estar “embriagado com vinho” e “cheio do Espírito”. Estes dois comportamentos estão em desacordo uns com os outros; eles não podem ser alcançados simultaneamente. Esta passagem – e sua advertência associada – é enquadrada dentro de um mandamento central: Ser imitadores de Deus. Como tal, devemos:

“Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensato, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor. “ (Efésios 5:15-19)

O evangelho nos dá o incrível privilégio de nos unir ao propósito redentor de Deus. Nós somos os templos vivos de Deus nesta terra por causa do que Jesus realizou. Um templo de Deus deve ser preenchido com o Espírito de Deus – e nada mais.

Pensem sobre isso e aguardem pela 2ª parte. Estará no ar dia 28 de Maio às 8 da manhã.