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LÁBIOS QUE CELEBRAM A DEUS – O EVANGELHO DE LUCAS

LÁBIOS QUE CELEBRAM A DEUS

“Então Maria disse: ‘A minha alma engrandece ao Senhor,

e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador.'” – Lucas 1:46-47

“Zacarias, o pai de João, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo: ‘Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo.'” – Lucas 1:67-68

“E você, menino, será chamado profeta do Altíssimo, porque precederá o Senhor, preparando-lhe os caminhos.” – Lucas 1:76

Esses dois hinos ou cantos, chamados de “Magnificat” e “Benedictus”, em razão da primeira palavra na tradução católica chamada Vulgata, são expressões da alegria de Maria e Zacarias em razão da ação poderosa de Deus no meio do seu povo.

Maria alegra-se no Senhor e a Ele engrandece em razão de notar como Deus utiliza o humilde para fazer grandes coisas junto ao seu povo.

O canto de Maria lembra bastante o canto de outra mulher, Ana, mãe de Samuel, que séculos antes, seria utilizada por Deus para dar à luz a Samuel, profeta, juiz e sacerdote. Vejamos um pequeno trecho do cântico de Ana:

“Então Ana orou assim: O meu coração exulta no Senhor. A minha força está exaltada no Senhor. A minha boca se ri dos meus inimigos, porque me alegro na tua salvação.” – 1 Samuel 2:1

Já Zacarias alegra-se porque aquilo que Ele chegou a duvidar aconteceu, ter um filho na velhice, que seria o profeta que prepararia o caminho para a chegada do Messias de Israel.

Maria e Zacarias fazem-me lembrar de um incentivo feito pelas Escrituras:

“Alguém está alegre? Cante louvores.” – Tiago 5:13

Sim, cantar louvores a Deus, derramar a alma diante do Senhor, deve ser uma atitude natural de quem reconhece os grandes feitos de Deus em sua vida e no meio do povo de Deus.

De fato, todos nós, se fizermos uma retrospectiva na vida, veremos quantas vezes o Senhor agiu de forma misericordiosa e amorosa em nosso meio, seja individual, seja coletivo e, ao parar para pensar, cantar louvores a Deus deve ser uma atitude natural. Na minha vida, quantas vezes, vi Deus agindo poderosamente, muitas vezes me levantando quando me sentia humilhado. Em especial nessas 3 décadas e meias que o sigo.

O texto de hoje ainda me lembrou um outro incentivo bíblico:

“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.” – Hebreus 13:15

Esse oferecimento de cânticos que louvam o nome do Senhor deve ser algo individual e diário dos filhos de Deus, que culminam em suas reuniões, cheios de cantos de louvor a Deus:

“Falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando com o coração ao Senhor, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” – Efésios 5:19-20

Que isto seja uma realidade em nossas vidas, não somente quando Deus nos faz grandes coisas, como fez com Zacarias e Maria. Mas, de forma corriqueira e diária, nas bênçãos do dia a dia como, por exemplo, acordar, ter uma família, um teto e o pão nosso de cada dia, expressões do amor e cuidado de nosso Amado Pai celestial.

Louvor Opcional, Adoração Obrigatória

Por causa do confinamento preventivo ao COVID-19 (novo Coronavírus) Com as transmissões ao vivo dos cultos nos lares, muitos que optaram por usar instrumentos musicais no louvor, se viram impossibilitados de continuar com estas práticas (no entanto, a prática de uso de instrumentos musicais voltou a ser inserida nas transmissões on-line posteriormente).

As famílias que optaram por reunirem-se somente no núcleo familiar geralmente não têm um instrumentista, mas todos podem cantar em adoração ao Senhor. Isto não os impediu de adorar a Deus, pois o uso é uma opção inserida pela opinião e não por mandamento. Voltamos, de certo modo, às práticas como no tempo de Jesus nas sinagogas, nos lares e no começo da igreja. Historicamente os instrumentos só foram inseridos muitos e muitos anos depois.

Clemente de Alexandria viveu entre 150 a 217 depois de Cristo, foi um escritor, teólogo, apologista cristão grego nascido em Atenas e escreveu em O Pedagogo, ele escreveu: “Que deixemos o oboé aos pastores [de rebanhos] e a flauta aos homens cegos, que rendem aos ídolos um culto supersticioso. Esses instrumentos devem ser banidos dos banquetes sóbrios e bem regrados, pois eles convêm melhor a bestas do que aos homens, a não ser aos homens ferozes e selvagens… É necessário eliminar todos os espetáculos indignos, todos os discursos que ferem o pudor e tudo o que tem aparência de intemperança vergonhosa, pois ela faz entrar a voluptuosidade na alma pelos sentidos que ela seduz.” Historicamente a igreja não usava instrumentos musicais para adorar a Deus e o Novo Testamento, nosso único guia, não ensina tal prática.

Num primeiro momento na nossa história com a COVID-19, isso mostrou que a inserção de instrumentos musicais é realmente um acréscimo que homens religiosos escolheram para agradar a si mesmos, pois não estavam seguindo orientações neo-testamentárias. No entanto, não tiveram problemas de orar, cantar, fazer a coleta, a ceia, pregar a palavra e manter comunhão com um ou dois e familiares, em nome de Jesus. No passado, conversando com um deles que desviou totalmente adotando práticas que não encontramos respaldos bíblicos sobre o assunto, ele me disse:

– Eu particularmente não tenho nada contra [instrumentos musicais]. Tenho estudado bastante sobre o assunto e a conclusão que tenho chegado é que é uma questão de opinião.

Fico pensando onde as pessoas têm estudado sobre o assunto se a fonte é a Bíblia? Onde na Bíblia temos adoração opcional ou com base em opinião? Até uso a palavra louvor no título deste artigo, porque louvor não é adoração. Posso louvar uma pessoa, mas adoração é só a Deus. Uma pessoa pode louvar com instrumentos musicais, mas não pode adorar a Deus, pois Ele nunca pediu isso no Novo Testamento. Fica no mesmo nível de fazer uma canção de amor para quem se ama. É um louvor à beleza, personalidade e até os defeitos, mas não é uma adoração para a pessoa.

Vamos pensar sobre opcional ou opinião na adoração a Deus: Oração é mandamento ou opcional? Podemos, por nossa opinião, não ter orações? Cânticos com o coração é mandamento neo-testamentário ou é opcional? Por causa da opinião podemos retirar os cânticos? Oferta é um mandamento bíblico ou coisa opcional? Será que os ‘pastores’ por aí concordariam fazer uma reunião com a opinião de que, por opção, deveríamos não ter a oferta? Certamente eles perderiam o objetivo de reunirem centenas ou milhares de pessoas, pois não teriam arrecadação (que é o único objetivo de muitas organizações religiosas).

A Ceia do Senhor é opcional ou é um mandamento que, por opinião de qualquer um, poderíamos não ter? Leitura e pregação da palavra é um mandamento ou tem bases em uma opinião nossa? Podemos optar por não ter leitura e pregação num domingo desses? Comunhão é mandamento ou é opcional? Faltar ao culto é uma questão de opinião? Deus não é opcional e não está nem aí com as nossas opiniões. Me corrigindo, acredito que Deus liga, sim, para as nossas opiniões, mas Ele as ouve com tristeza, pois acréscimos opcionais são feitos diminuindo o valor por tudo o que Jesus morreu. Deus é exclusivista e não inclui o que nos agrada, mas o que nós precisamos fazer para o nosso próprio bem.

Sim, em todas estas questões levantadas acima, as pessoas podem fazer suas próprias opções e o pagão faz a opção, por opinião própria, de não ter nenhuma dessas atitudes e um culto de adoração a Deus. Mas não estamos falando sobre pessoas sem Deus… Se instrumentos musicais é uma coisa necessária para adorar a Deus, primeiro: onde está o mandamento ensinado no Novo Testamento e, então não deveria ser opcional ou questão de opinião e deveria ser, obrigatoriamente, usado como todas as práticas que recebemos por mandamento que nós deveríamos fazer obrigatoriamente.

No livro sagrado Eu Acho 1:15 diz que “você pode fazer tudo o que agrada o seu coração. Deus está contigo e sua opinião é o seu mandamento. Siga o seu coração“. É claro que você não tem este livro, ou tem? Tem muita gente que segue o livro sagrado chamado, “EU ACHO“. Ou segue aquele outro livro sagrado chamado “A MINHA OPINIÃO“. Dois livros nunca escritos, mas condenados pela prática dos discípulos de Cristo. Quanto a nós, devemos nos apegar nas Palavras inspiradas pelo Espírito Santo no Novo Testamento e ter a mesma atitude do apóstolo Paulo:

“Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro.” (1Coríntios 4:6)

Quando você permite a entrada de uma adoração segundo a opinião, logo depois da sua opinião, outras opiniões pedem entrada e, se foi aberta a porta para aquela sua opinião, então deve-se abrir para outras opiniões. Será opcional, por causa das demais opiniões, ter episcopado feminino, expulsão de demônios, união homoafetiva, ministério de dança, etc. Se é opcional, não é bíblico. Se é bíblico, não é opcional (observe o contexto do artigo e use esta frase com cautela).

Analise você e suas práticas. Coloque-as diante de Deus com a Bíblia aberta e veja o que é mandamento explícito no Novo Testamento e o que é opcional, baseado em opiniões suas ou de outras pessoas. Tire tudo o que é opção de alguém ou de alguma opinião ou de alguma doutrina que não está nas práticas segundo o costume de Jesus e dos apóstolos e discípulos do Novo Testamento. Deixe sua opinião no seu coração, guarde para você. “Há muitas coisas nos corações que nos levam à perdição, mas a resposta correta, vem dos lábios do Senhor” (Parafraseando Prov. 16:1)

“O que esperamos?” – Ef 3.20

          O mundo tem várias expectativas, muitas delas são o motivo da felicidade ou depressão das pessoas; como humanos, é necessário que visualizemos claramente, tanto o agora (onde estamos/quem somos), quanto o futuro (onde queremos estar/quem queremos ser). Olha o que Paulo sugere:

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nósa ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” – Efésios 3:20,21

          Até aqui, Paulo em seu discurso da superabundante Graça de Deus aos homens, lembra seus leitores das coisas passadas, dos aspectos dificultadores e estressores da relação entre Deus e os homens, onde Deus, em duas infinita misericórdia, indicou, pavimentou, iluminou uma estrada eterna para os que quiserem se aproximar dEle (Ef 1.3-8, 2.1-5).
A partir daqui, Paulo destaca a importância do abandono do velho homens, de seus preconceitos e egoísmos, que todos, sujeitando-nos a autoridade de Deus, vivamos em prol da vida e saúde de nossos irmãos em Cristo, assim como assumamos um compromisso de combate a mentira, assim como contra seu pai (Ef 3.10-21, 4.1-6, 5.1-2, 6.10)
Assim, a vida do cristão deve ter uma fluidez e constância, de abandono do velho e apropriação do novo em Cristo, visto que esta Graça impossível está acessível, devemos buscá-la de todo coração, com toda força e entendimento, a fim de que o sacrifício de Deus e o nome de Jesus sejam glorificados em nossas vidas como seguidores e servos de Cristo (Rm 6.1-4; 2Co 12.9)
Visto que temos certeza do prêmio reservado para nós, andamos confiadamente naquele que nos perdoa e salva da condenação eterna, não mais segundo esse mundo mas, seguindo uma lógica diferente, de gratidão, fé e amor a Deus que pode e concede todas as coisas em Cristo Jesus, nosso Senhor (Hb 12.1).

 

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” – Romanos 6:1-4

 

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A Qualidade do Culto

A Bíblia fala sobre a qualidade de adoração a Deus? Acredito que sim. Esta passagens pode te fazer pensar:

“O filho honra seu pai, e o servo o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem? “, pergunta o Senhor dos Exércitos a vocês, sacerdotes. “São vocês que desprezam o meu nome! ” “Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome? ’”Trazendo comida impura ao meu altar! “E mesmo assim ainda perguntam: ‘De que maneira te desonramos? ’ “Ao dizerem que a mesa do Senhor é desprezível. “Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum. Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “E agora, sacerdotes, tentem apaziguar a Deus para que tenha compaixão de nós! Será que com esse tipo de oferta ele os atenderá? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo. Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês”, diz o Senhor dos Exércitos, “e não aceitarei as suas ofertas.” (Malaquias 1:6-10)

A Bíblia ensina alguns atos de adoração a Deus que devemos praticar no culto: comunhão, cantar, orar, ofertar, cear e pregar a palavra. Todas estas atitudes de adoração, assim como a fé, a esperança, o amor e tantas outras virtudes, são tiradas das palavras de Deus registradas na Bíblia. Sendo assim, o culto é muito bom porque é bíblico. A igreja é perfeita por ser o corpo de Cristo, mas nós, os membros, somos imperfeitos, porém, juntos somos aperfeiçoados e justificados a cada domingo quando estamos mantendo comunhão uns com os outros, pois estamos andando na luz onde Deus está e o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:5-7).

Agora, tendo estabelecido que o culto de adoração a Deus é bom porque é bíblico, como podemos ter um culto de qualidade? Precisamos de um culto melhor por vários motivos: em primeiro lugar porque precisamos ofertar ao Senhor o melhor que temos e não o resto. Em segundo lugar por causa de cada indivíduo, isto é, cada um de nós somos membros do corpo e quando recebemos o melhor, nos tornamos mais perfeitos como corpo de Cristo. Terceiro, porque um culto sólido na Palavra de Deus é a melhor ferramenta de crescimento e manutenção da igreja. O culto não é um acaso ou acidente histórico, é a forma divina de nos aproximar Dele.

Podemos cantar melhor?

Sim, acredito que podemos cantar melhor. Cantar é cerca de 70% do culto de louvor, então é de extrema importância dar o melhor para Deus, pois quando cantamos nós é que nos elevamos à Ele. Cantar em louvor ou adoração a Deus não muda quem Deus é, pois Deus não se alimenta da nossa adoração. Cantar melhor muda quem nós somos e onde nós estamos. Lógico que não estamos falando em levar as pessoas ao êxtase inconsciente, mas à verdadeira adoração, louvando ao Senhor propositadamente em verdade e em espírito.

“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.” (Romanos 12:1)

“Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.” (Hebreus 13:15)

Devemos investir tanto na adoração a Deus através de cânticos quanto investimos na formação de pregadores e evangelistas. Porém se investimos como esmola em pregadores e evangelistas, então estamos comprometendo a própria vida da igreja e a vida da igreja é o corpo de Cristo aqui na terra. A igreja representa salvação, uma Congregação que fecha as portas fecha também as portas do céu para aqueles que precisam ser salvos. Uma forma de fechar a porta é fazer a obra do Senhor relaxadamente. Quem vai querer fazer parte de uma igreja que não dá o melhor para quem está lá. Lembrando novamente que o louvor e adoração muda e edifica cada pessoa que está lá.

Como podemos cantar melhor? Como disse acima, precisa de investimento e este é um investimento a médio e longo prazos, mas tem que começar hoje. Quanto mais tempo demorarmos em investir, mais vamos demorar para colher os resultados.

Uma ação prática é escolher entre os membros, aquele que já tem dom para reger cânticos. Devemos escolher o melhor entre nós e vamos investir financeiramente neste ministério. A igreja precisa ser dirigida por dons e não por quem quer.

Em segundo lugar um louvor através de salmos, hinos e cânticos espirituais também evangeliza porque leva pessoas sem Deus para mais perto de Deus. Cantar é um convite para fazer parte do corpo de Cristo. Cantar bem todos juntos requer, antes de mais nada, um bom regente. Cantar é uma forma de proferir a palavra de Cristo de uma forma agradável e inteligível, cantar bem é evangelismo. Pense junto comigo, adaptando para a adoração em forma de cântico, o que Paulo fala. Substitua ‘profetizar’ por cantar:

“Mas se entrar algum descrente ou não instruído quando todos estiverem profetizando (cantando), ele por todos será convencido de que é pecador e por todos será julgado, e os segredos do seu coração serão expostos. Assim, ele se prostrará, rosto em terra, e adorará a Deus, exclamando: “Deus realmente está entre vocês! ” (1 Coríntios 14:24,25)

Então, se cada pessoa canta do jeito que quer, quem precisa ouvir a Palavra de Deus através dos nossos cânticos vai notar que não somos unidos, que não nos preparamos, que não conhecemos o que estamos fazendo e que precisamos de ajuda. Hinos e cânticos espirituais ensinam e aconselham uns aos outros com toda a sabedoria (Colossenses 3:16).

Podemos orar melhor?

Oração é uma das mais básicas atitudes de relacionamento com Deus. De uma certa forma todo ser humano ‘sabe’ orar, isto é, se conectar com Deus. Deus é que é misericordioso e aceita a sinceridade até daqueles que o buscam.

Claro que a gente pode melhorar a oração. Uma maneira é orar mais. Quanto mais oramos, mais aprendemos na prática. Basicamente devemos orar com fé e em nome de Jesus. Sobre este assunto, poderia discorrer e apresentar vários argumentos bíblicos e referências, mas não é este o objetivo.

Podemos Ter Uma Oferta Melhor?

Assim como sabemos, oferta deve ser com alegria. Pergunto: você está alegre em ofertar? Você sente que a mensagem para a oferta é uma mensagem de alegria?

Novamente o objetivo deste artigo não é falar sobre cada detalhe dos pontos apresentados tal como ofertar melhor. Você deve fazer seu próprio estudo sobre o assunto e não esperar que tudo seja falado no culto.

Para ministrar a oferta, precisamos de pessoas que sejam bons exemplos na oferta e que saibam conduzir o pensamento em alegria para incentivar os ofertantes. Deve ser alguém de conhecimento sobre o assunto e que pregue para o futuro, pois a instrução básica é trazer a oferta preparada de casa conforme a sua prosperidade. As pessoas precisam se convencer de que Deus ama a quem oferta com alegria.

Para a oferta dominical, devemos ter mensagens bíblicas e novas a cada domingo. Nada de repetitividade. Geralmente se usam as mesmas passagens todos os domingos. Rotina não causa alegria, pelo contrário, mostra que os que estão ministrando a oferta não fez sua oferta começando em casa, isto é, não se preparou para dar o seu melhor. Ofertas sacrificiais e generosas abençoam os que ofertam e esta é uma promessa conhecida de Deus (2 Co 9:6-9).

O exemplo de oferta que devemos ter como padrão é o próprio Deus.

Preciso lembrar que o objetivo não é arrecadar mais, principalmente se a igreja não está fazendo o que deve ser feito e nem sequer tem planos para evangelizar mais e melhor e também fazer melhor o básico que precisa ser feito.

Podemos Ter Uma Ceia Melhor?

Uma Ceia melhor significa uma consciência coletiva mais alerta. Isto se faz através de uma boa mensagem, uma mensagem bíblica. Novamente os ministrastes deste ato tão importante devem estar preparados da melhor forma possível. A ceia, como todo o culto, é bíblica e boa. Nós é que devemos melhorar e fazer tudo para Deus como oferta sacrificial. Devemos oferecer o melhor. Na ceia lembramos que Deus nos ofereceu o melhor. Você pode ler este artigo sobre a importância da ceia CLIQUE AQUI.

Podemos Ter Uma Mensagem Melhor?

As pessoas vão para a igreja procurando por Deus e elas querem ouví-lo. Me diga uma coisa: você tem ouvido a Deus? É na igreja que temos encontrado com Ele? Eu acredito QUE SIM, mas os pregadores não estão ofertando o melhor. Púlpito não é lugar de amador. Temos muitos conceitos errados sobre o púlpito e sacerdócio. Lógico que não devemos ter uma hierarquia ou separar os sacerdotes dos leigos, pois, todos somos sacerdotes santos.

Eu tenho certeza que três são os mais importantes momentos para abrir corações e mentes: os cânticos, a ceia e a pregação. Quem sobe ao púlpito para pregar deve ser como aquele pintor que, em 25 minutos faz a sua melhor e mais cara pintura. Temos que ter homens preparados a ponto de pregar melhor que o cinema e cativar os ouvintes da mensagem por duas horas ou mais (não estou sugerindo que tenhamos pregações de 2 horas ou mais). A qualidade da mensagem deve ser aquele tipo de mensagem que não deixa dúvidas de que Deus está falando. Precisamos de homens consagrados e preparados. Já não temos mais a inspiração do Espírito Santo aos moldes do Velho e começo do Novo Testamento, mas devemos ter a inspiração do conhecimento dado pelo Espírito Santo REGISTRADO NA Bíblia. Devemos ser mais parecidos com Apolo:

“Enquanto isso, um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, chegou a Éfeso. Ele era homem culto e tinha grande conhecimento das Escrituras.… Fora instruído no caminho do Senhor e com grande fervor falava e ensinava com exatidão acerca de Jesus, embora conhecesse apenas o batismo de João. Logo começou a falar corajosamente na sinagoga” (Atos 18:24, 25,26)

A pregação, assim como alguns outros ministérios da igreja, é a ponta do iceberg do crescimento e manutenção da igreja. Com pequenas variações, a igreja deveria ter apenas uma ponta do iceberg. Ter vários homens em rodízio na pregação, não é produtivo para a igreja. Como diz um irmão: “Rodízio só é bom na churrascaria”. Claro que esta é apenas uma sugestão que funciona, mas a igreja local tem que decidir fazer isso. Se decidir fazer rodízio, que Deus abençoe os resultados.

Novamente, este é apenas um artigo sobre a qualidade do culto apesar de ter muitas coisas para se falar sobre o assunto.

Podemos Ter Uma Comunhão Melhor?

Visitando várias Congregações tenho visto inúmeras regras desnecessárias referentes à comunhão. A Bíblia nos ensina que quando estamos juntos, estamos andando na luz. Então tudo é comunhão. Sejam nossas conversas antes, durante e depois dos atos de adoração. Avisos são parte da comunhão, não precisamos criar uma regra para avisos antes ou depois da oração. Culto não deve ter oração final e solene fechando o momento e fazendo separação entre o serviço do sacerdócio e a vida secular. De qualquer forma, podemos fazer isso também, mas não devemos ficar criando regras sagradas. Nós somos sagrados, pois somos o templo do Espírito Santo.

Comunhão e amor devem ser estimulados. Se a igreja tem um calendário de atividades, não é porque um é clube tentando preencher a vida das pessoas com coisas, mas porque tem objetivos de estimular os membros em amor e boas obras para a própria sobrevivência do corpo de Cristo.

Conclusão

Culto, em tudo o que fazemos, não é lugar e momento de experiência. Claro que devemos envolver irmãos novos na fé, mas não devemos pôr sobre seus ombros um peso que nem sequer compreendem. Devemos dar ênfase no treinamento de novos irmãos em outras atividades da igreja.

Precisamos melhorar os cânticos, as ofertas, a Ceia do Senhor, a mensagem e a comunhão. Precisamos nos conscientizar não para dar um show, mas pela oferta do melhor para Deus.

7 Formas de Ter Um Culto Incrível

Eu realmente acredito que quando uma pessoa fala que o culto não foi bom ela está falando mais dela mesma do que do culto em si. Afinal, nós somos o corpo de Cristo e o que nós, individualmente, fizermos é o que faz o culto bom ou ruim. Este é um texto um pouco longo, mas quando é que você vai ter uma oportunidade como esta de meditar no assunto? Se não tem ânimo para ler, talvez esse seja um motivo do porque o culto não esteja sendo tão bom para você…

Biblicamente falando, não existe culto ruim, porque tudo o que fizermos deve ser tirado da Bíblia e não de ideias humanas. Claro que estamos falando de um culto bíblico e não de louvores por aí que se adicionam tantas coisas para agradar aos homens e não a Deus. É em vão, como disse Jesus (Mc 7:1-15).

Sempre fomos uma família que gosta de receber gente em casa. Lembro de, literalmente, parar um ônibus na frente da nossa casa cheio de mulheres vindas de vários lugares para se hospedarem em nossa casa. Agora que moramos em apartamento tivemos que ser mais racionais, mas, mesmo assim, recebemos muitas pessoas ainda. Sempre que recebemos as pessoas é muito bom, porque naquele dia vai ter comida boa. Muitas vezes antes da visita chegar minha esposa faz uma enquete querendo saber o que a pessoa gosta de comer. Se come cebola ou não, se tem alguma restrição, etc. Se tratamos assim alguém que se hospeda em nossa casa, como devemos tratar a Deus quando nós o convidamos para estar em nosso meio e morar em nossos corações pra sempre? Devemos procurar agradar a Deus e não aos homens. Quando agradamos a Deus, acontece a verdadeira edificação.

Mas, sim, existem maneiras de tornar um culto mais edificante. Um culto onde as crianças e os jovens saiam edificados dizendo: Foi muito legal! Quando um culto agrada este público tão sensível, certamente foi um culto edificante. Não estou ignorando o que já disse, antes de todos, procuremos agradar a Deus.

Vamos falar sobre 7 formas de fazer um culto mais edificante:

  1. Cânticos

Os cânticos são cerca de 60 a 70% do culto, não é? Então, devemos escolher os melhores regentes. Por anos as congregações têm dirigentes de cânticos, mas dificilmente uma congregação desenvolve regentes. Qual a diferença? Fácil! Os dirigentes têm boa vontade e isso é muito bom, mas o dirigente nem sempre é bom e fácil de seguir. O regente se empenhou tanto, treinou, estudou que é fácil de seguir a direção dele durante os cânticos. O regente inspira a gente com a condução dele. É como se a gente pegasse carona com ele e não importa a velocidade que ele vá, a gente o acompanha facilmente, inclusive nas curvas. A gente não sente como o carona que fica freando de medo por causa do motorista imprudente. Espero que seja útil esta ilustração.

Então, uma forma de termos um culto 60 a 70% melhor é investir tanto quanto a gente investe em evangelismo, no pregador ou no prédio. Se a igreja não está investindo nada em lugar nenhum, ah, então não vai ter um culto edificante mesmo!

O regente não tem que ser profissional, tem que ser uma pessoa que está disposta a dar o melhor para Deus e por que não dar, então, algo profissional para Deus? Temos que ter regentes tão bons que sejam referência. Para pensar…

“Digo a verdade a vocês: A não ser que excedam os professores da lei e os fariseus em fazer o que Deus quer, jamais entrarão no reino do céu” (Mt 5:20).

  1. Orações

Em geral oramos muito pouco. Não tenho uma estatística para isso, mas a gente sabe que a maioria dos irmãos não lê a Bíblia regularmente e não conversa com Deus. As orações devem ser uma atitude que antecede o culto. Não precisamos fazer de cada culto um culto de oração, mas isso também não quer dizer que devemos ter o mínimo de orações.

Uma boa oração toca a gente. Qualquer pessoa. Até as crianças conhecem a força e sentem necessidade de ser ouvida por Deus. Lembro de uma criança que pediu para a mãe escrever seu pedido de oração na folha que circulava na igreja para ser lembrada no final do culto. Ela pedia perdão pelo papai e que ele voltasse para casa. Um pedido tocante…

Uma boa oração tem contexto, isto é, tem começo, meio e fim e se adequa ao ato que estamos fazendo no momento. Antes de qualquer ato no culto, faça uma introdução. Chame as pessoas para orar e diga pelo que vai orar. Olhe nos olhos das pessoas. Acredite que Deus está ouvindo e que certamente vai responder. Peça com fé. Lembre, resumidamente, o que Deus já respondeu e que todos puderam ver a resposta. Isto serve para ‘ativar’ a nossa fé na oração. Incentive aos irmãos distribuindo os pedidos entre eles no final do culto.

Enfim, façamos coisas diferentes e vamos ter resultados diferentes. Mas sempre lembremos de fazer coisas que não contradigam a Palavra de Deus.

  1. Um Cristo Vivo em Nossas Memórias

Se você pegar a Bíblia de um irmão e deixar a lombada da Bíblia numa mesa e deixar ela cair, em que passagem vai abrir? Essa é fácil! Certamente vai cair aberta em 1 Co 11:23 em diante. Brincadeiras à parte, mas quem não ouviu duas ou três vezes num mês a mesma leitura para a ceia? Existem tantas passagens e vemos que, mesmo tendo uma escala, o irmão não preparou a mensagem para a ceia.

Pensando nisso o Raniere Vieira escreveu um livro com 54 mensagens diferentes para a ceia. Se não sabe o que fazer com o talento que te foi confiado (a direção da ceia) coloque nas mãos de quem sabe (compre o livro e estude).

A mensagem da ceia não deve ser um sermão, mas um devocional objetivo. Que a mensagem da ceia seja nova e edificante. Antes de tudo, que seja bíblica. Vamos nos preparar em casa para edificar os irmãos. Traga um Cristo castigado, morto crucificado, sepultado, mas não esqueça de trazer um Cristo vivo para a mensagem da ceia e que seja edificante!

  1. Oferecendo o Melhor

Um breve comentário… perguntei para vários missionários do passado qual foi o maior erro que eles cometeram e alguns deles disseram: “nós não ensinamos a ofertar…”

Comentário de um irmão: “o tempo passou e os irmãos compraram chácara, reformaram a casa, trocaram de carro e o prédio da igreja precisa ficar mendigando.”

O irmão Garner Allen Dutton deixou uma frase escrita: “Sendo essa a base do julgamento [a oferta], entremos nesse tema “esta graça também”, com todo o nosso coração, nossa alma e nossa força. Aquele dia, nossa única tristeza será de não termos dado tudo”.

Planeje sua oferta lembrando de Ananias e Safira (Atos 5:1-10). Não oferte o que é resto e espere o melhor do culto e de Deus. Oferte o que se comprometeu lá no batismo. O culto é tão bom quanto a sua oferta… A maioria das pessoas não têm nem sequer interesse em saber quanto foi a oferta dominical, mas se ofertasse um pouco mais, certamente iriam querer saber.

  1. A Mensagem de Deus

Domingo é o primeiro dia da semana. O dia que a semana começa. A semana é do Senhor. Domingo não é dia de experiências. Domingo é o dia de ofertar o melhor. Sabia que de 80 a 90% das pessoas se edificam na mensagem e com o pregador? Se uma pessoa está visitando e ouvir uma das melhores mensagens que já ouviu, ela volta. Caso contrário quem está lá há anos, pensa por que continua vindo? As pessoas querem gostar do pregador, querem ter uma referência. Não estamos falando de ‘postorlatria’, estamos falando de ter alguém pra chamar de “irmão abençoado”! Domingo precisamos ouvir e entender e não ficar procurando decifrar o que o irmão quis dizer. Precisamos, sim, de eloquência para o nosso coração! Mesmo que de formas diferentes…

Num concurso de declamação do Salmo 23 vários oradores experientes e profissionais foram à frente e arrancaram aplausos. Quase no fim um velhinho de bengala foi à frente (demorou pra chegar) e, com voz trôpega e embargada declamou o Salmo 23. Ninguém aplaudiu no final… muitos estavam chorando. Todos os outros oradores conheciam as técnicas e o Salmo 23 decorado, o velhinho conhecia o Senhor do Salmo 23.

Precisamos de pregadores que conheçam o Senhor e no domingo a gente possa ver o Senhor através deles.

  1. Me Alegrei Quando me disseram…

Eu fui um adolescente que cresceu na igreja. Eu não via a hora de ir para o acampamento que a gente fazia a cada 3 ou 4 meses. Eu nem dormia na véspera de tanta excitação e alegria da data chegar. No dia seguinte eu estava muito animado e como eu amava aquelas pessoas! Você tem alegria de ir à igreja? Você entende as palavras do salmista no Salmo 122:1?

Procure ir para se desintoxicar do mundo, para conversar com quem conseguir e falar de testemunhos edificantes para as pessoas, vá para  cantar de coração e com toda vontade, vá para agradecer a Deus por tudo o que aconteceu, chegue na igreja para servir as pessoas e não para ser visto ou ser servido. Se você fizer estas 5 coisas, você nunca vai achar que o culto está ruim, porque o Espírito do Senhor estará em você (Leia Ef 5:18-21).

A palavra desta 6ª atitude é comunhão! Tudo é comunhão no encontro da igreja. Da Escola Dominical aos avisos. O culto não acaba e não deve ter a última oração, mas sim, uma oração para agradecer a semana que está começando.

  1. Eu quero ser, Senhor amado…

O 7º ingrediente para fazer um culto melhor é você. Vá e esteja lá não vá e seja virtual. Se quer que a igreja cresça, frequente-a. Se desligue de tudo e se liga nos cânticos, orações, participe mesmo da ceia e coleta, da mensagem (anote) e da comunhão. Venha se transformar para transformar o culto!

Que tal decidir agora, no próximo domingo fazer o melhor culto que você já fez na sua vida? E que tal no outro domingo fazer o melhor que você já fez antes. E que tal ir para dar e não para receber? Aí nunca mais teremos um culto monótono se a gente mudar. Vivamos em novidade de vida!

Paralelo da Lei

Cântico utilizado: “A lei do Senhor” (Salmo 19:7-10)

“A Lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma.”
– A lei do Senhor transforma o meu caráter.
– Altera o meu viver.
– Me dá uma vida plena e abundante.
– Me prepara para o encontro triunfal com Jesus.
– Ela me trás a esperança da vida eterna.

“O testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.”
– O testemunho do Senhor me ensina a viver de modo digno.
– Me ensina a fazer o que é correto e louvável diante de Deus.
– Ele me mostra o caminho em que devo andar.
– Me encoraja a ser e a continuar fiel.
– Me torna sábio em minhas atitudes.

“São mais desejáveis do que ouro depurado.”
– São mais desejáveis do que qualquer tesouro.
– Do que qualquer prêmio…
– Qualquer título.
– Qualquer conquista.
– Qualquer presente.

“São mais doces do que o mel e o destilar dos favos.”
– Doce aos meus olhos.
– Agradável ao meu coração…
– Ao meu viver.
– Ao meu andar.
– Ao meu ser.

“Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração.”
– Os preceitos do Senhor são justos e bons.
– Ele me faz feliz.
– Eu fico cheio de júbilo.
– Me faz contentar.
– Regozija o meu ser.

“O mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.”
– O mandamento do Senhor me guia nos difíceis caminhos da vida.
– Me livra da escuridão do pecado.
– Ele abre os meus olhos para ver o que é reto, justo e bom.
– Santifica o meu ser.
– Me torna puro, separado e consagrado para servir a Deus.

“O temor do Senhor é límpido, e permanece para sempre.”
– O temor do Senhor é puro.
– Ele é santo…
– Não tem mancha.
– É transparente.
– É eterno.

“Os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos.”
– Nos juízos do Senhor há Justiça.
– Há verdade…
– Igualdade.
– Perdão.
– Amor.

Se há lei, é porque Deus me amou e enviou Seu Filho para cumpri-la em meu lugar, pois ninguém seria capaz senão Ele:

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mateus 5:17)

Se há lei, é porque Deus existe, e nela, Ele revelou sua vontade:

“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” (Deuteronômio 29:29)

Se há lei, é porque haverá justiça:

“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Romanos 3:19-26)

O Que é Adoração?


Certa vez eu tive a oportunidade de participar de um evento comemorativo de aniversário da SBB (Sociedade Bíblica do Brasil). Tinha um café da manhã, apresentação de novidades como bíblias virtuais, bíblia em braile e outras. O palestrante conseguiu me impressionar com dados sobre a propagação da Bíblia pelo mundo. Incrível! Mas, o que realmente me marcou neste evento foi quando o mestre de cerimônias anunciou que teríamos um louvor cantado, e citou o nome de uma mulher. Eu confesso que logo pensei: “Lá vem mais uma daquelas cantoras querendo divulgar e vender seu CD”. Porém, como sempre acontece quando nos precipitamos em julgar, me dei mal. O mestre de cerimônias pediu a gentileza de todos para virarem-se. A mulher que ia cantar não poderia descer as escadarias do auditório, pois era tetraplégica e estava em uma cadeira de rodas.
Alguém segurava um microfone próximo a sua boca. Colocaram um CD para tocar e ela acompanhava “cantando”. Escrevi “cantando” entre aspas porque ela, na verdade, tentava cantar. Ela esforçava-se para balbuciar algumas palavras. Porém, ninguém poderia dizer que ela não estava adorando. Quase todos naquele auditório choravam. Parecia que o sentimento geral era uniforme. Todos entenderam a mensagem que Deus estava nos transmitindo naquele momento: “Deus não se importa com performance. Deus se importa com o louvor que flui do coração”.
Essa experiência mudou minha vida. Mudou completamente minha percepção sobre o que é adoração, mais do que todos os livros que já li sobre o assunto. Mas do que todas as vezes que ministrei louvores e todas as aulas e cursos que participei.
Após essa experiência eu passei a estudar mais profundamente sobre adoração e a conhecer melhor o que Deus espera dos seus adoradores. O que alegra o coração de Deus? O que o faz sorrir?
Vamos continuar “falando sobre louvor” e compartilhando conhecimentos sobre esse assunto tão rico e importante para nós.

Bendizendo ao Senhor

Há muitos homens com dons e características incríveis já vistas neste mundo, grandes pintores, grandes cantores, fizeram história no nosso mundo, grandes estudiosos e músicos demonstram sua maestria ao desenvolverem suas habilidades que nos impressionam, porém, nunca houve e nunca haverá alguém superior ao Senhor.

“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.” (Salmos 103:1,2)

Salmo 103  louva alguém de muitas qualidades e feitos impressionantes, porém não é uma pessoa qualquer.

Você já parou para meditar nessas palavras? O salmista Davi, quando escreveu essas palavras com certeza, estava muito inspirado, pois elas são muito bonitas e trazem um ensinamento muito grande para nós.

Bendizer significa dizer bem, dar glória, declarar como bendito, no versículo 1, o salmista diz para sua alma bendizer ao Senhor, é uma conversa com ele mesmo, para que sua alma, bendizesse ao Senhor e tudo que nele há.

Este versículo nos ensina que devemos bendizer a Deus com a boca sem que as palavras fluam da alma, isso seria hipocrisia. Jesus disse:

Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mateus 15:8 NVI).

Para não correr este risco, nós precisamos lembrar a nossa alma e tudo que há em nós bendizer ao Senhor e fazer com que não nos esqueçamos diariamente de tudo que Ele tem feito por nós.

Muitas vezes enchemos nossos corações de fatos ruins, problemas, circunstâncias que nos fazem esquecer da bendita graça e amor do Senhor. Porém, precisamos nos lembrar diariamente que o que o Senhor faz para nós é maior do que nossas dificuldades ou circunstâncias, é maior do que aquele problema que você está passando que parece não ter solução, é maior do que tudo.

De acordo com Tiago, devemos nos alegrar com as provações da nossa fé, pois, depois de aprovados (isto é, depois de passarmos nos testes), iremos nos fortalecer com a “perseverança”. E a perseverança, ao ter a sua obra terminada, nos deixará “perfeitos e íntegros”, em nada deficientes na vida espiritual (Tg 1.2-4).

Entretanto, se formos contar os problemas que nos afligem, poderemos somar até algumas dezenas deles. Mas, se formos enumerar as bênçãos que temos, elas são incontáveis… Experimente contar todas as bênçãos que você tem!

Para poder bendizer ao Senhor, temos que reconhecer o que Ele faz e tem feito por nós, por isso é de grande importância relembrar o  que ele fez por você.

Portanto,

–  Busque apreciar suas bênçãos e enumerá-las com gratidão. Escreva-as.
– Ore agradecendo pelas respostas de suas orações ao Senhor e descanse nele quanto às provações do presente e quanto ao futuro. (Rm 8.28, 1Co 10.13).

Contemple a grandeza do Senhor, lembre de seus benefícios, para que seu interior seja completamente agradecido e bendiga ao Senhor.

A Revelação de Deus

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, Nestes últimos dias, nos falou pelo filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentado todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, Tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que ele.” Hebreus 1:1-4

Na antiguidade, que conhecemos por Velho testamento, Deus tinha várias formas de se comunicar com o seu povo. Ele falava por meio dos profetas, mas também por meio de sonhos, anjos, visões, até por meio da natureza, como a sarça ardente, e uma mula, mas nesses últimos dias, quer dizer, na época em que eles estavam vivendo Deus falou pelo seu próprio filho.
Mas quem é esse filho? Hoje sabemos que é Jesus, naquela época, algumas pessoas poderiam ter dificuldades de entender quem era ele. Seria alguém novo que havia surgido? O autor então explica que ele sempre esteve presente, inclusive desde a fundação do mundo e também fala da importância que ele, é herdeiro de todas as coisas, por isso, tem uma ligação especial com elas.
O filho também é o Resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da sua pessoa, que dizer, ele compartilha a mesma essência do Pai, e que eles a mesma natureza. Por isso, aquele povo não deveria ter medo, Jesus não era um desconhecido para eles, se já conheciam o Pai, podiam ter certeza que o filho era como ele.
No Velho Ttestamento, também é relatado, que as pessoas eram purificadas de seus pecados através dos sacrifícios, era uma prática comum deles, e era feita pelos próprios homens. Jesus fez por si mesmo a purificação dos pecados, mesmo ele sendo tão majestoso, mesmo assim, veio ao mundo, negou-se a si mesmo, e morreu como sacrifício, para perdoar de uma vez só os nossos pecados, e nos dar livre acesso ao Pai. Ele também recebeu a recompensa por isso, seu ato foi tão louvável, se assentou à destra do Pai e seu nome foi exaltado, e seu nome está acima de todos os nomes.
Artigo de Luiz Antonio dos Santos
Araçoiaba da Serra

Uma Vida Cheia do Espírito Santo 2

No artigo anterior falamos um pouco sobre as virtudes que todos buscam ter na vida em outras fontes, mas a fonte é o Espírito Santo. Neste artigo vamos continuar falando sobre o assunto. Espero que você já tenha lido o primeiro artigo. Se ainda não leu, clique aqui e volte para ler e de lá venha para cá continuar a leitura.
Uma Vida Cheia do Espírito Santo
Uma vida cheia do Espírito é um mandamento imperativo para todos os discípulos de Jesus. O culto é a melhor forma e dia para que possamos ter uma vida cheia do Espírito Santo. Mas isto exige atitude que começamos no culto, mas aprendemos a não restringir apenas ao culto. Todas as atitudes que veremos a seguir são práticas e que de fato nos enchem a vida do Espírito Santo. Lembre-se sempre, tanto durante a leitura deste livro quanto durante a prática desta atitudes. Uma vida cheia do Espírito contrasta com uma vida carnal. Nesta vida a promessa para ter o fruto que só encontramos no Espírito também existe, mas esta promessa não pode ser cumprida sem o Espírito. Por isso as pessoas buscam as coisas que momentaneamente as faz sentir bem, porém, a curto prazo, trazem uma grande decepção e escravidão.

“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18)

A embriagues traz uma aparente alegria e liberdade a curto prazo, mas ao mesmo tempo trará tristeza e escravidão. Os efeitos colaterais são sempre nocivos. A bebida é feita para ser atrativa e traz nela promessas que não podem ser cumpridas. O que a bebida alcoólica traz em si que a sua propaganda não revela? Que tal dores? Pesares? Discussões e brigas? E que tal as reclamações posteriores? E que tal uma internação por ferimentos graves? Pergunte isso aos jovens internados por causa de acidentes automobilísticos, ao pai de família atropelado por não estar consciente no meio da avenida, aos filhos e esposa chorando ao lado do caixão. Olhemos para as advertências da Palavra de Deus contra a bebida:

“Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Pv 23:29-31).

A bebida só traz desgraça e o Espírito o seu fruto: amor, alegria, paz, paciência, etc.
Para se embriagar é fácil, só se encher de bebida alcoólica. Mas o mandamento é: “enchei-vos do Espírito”. Vamos aprender daqui para frente como se embriagar do Espírito Santo.
Testemunhar
“falando entre vós com salmos” (Ef 5:19). A primeira atitude prática para se encher do Espírito é falar com salmos. Isto não significa decorar o Salmo 119 e recitar a todo irmão que chega para conversar com você. Falar com salmos significa fazer o que os Salmos fazem. Os Salmos narram, de uma forma poética, como Deus livra, como Ele é bom, como Ele tem misericórdia, etc. Tomemos como exemplo um dos Salmos mais conhecidos da Bíblia, o Salmo 23. Olhe para a história atrás do Salmo e pense por que e em que circunstâncias ele foi escrito. Talvez se ler olhar com atenção o Salmo 23 você já pode ter uma boa noção do seu contexto histórico. Uma forma consistente de estudo de um texto bíblico é saber quem o escreveu, por que escreveu, para quem escreveu, etc. Na sua Bíblia você já encontra a informação que quem escreveu foi Davi. Agora falta saber por que Davi escreveu este Salmo tão belo. Se você conhece um pouco da história de Davi, deve lembrar que ele foi pastor, guerreiro e que foi perseguido por Saul durante o seu reinado. Sendo um pastor, Davi sabia qual o papel em relação a uma ovelha indefesa. Agora ele estava no papel da ovelha e Deus era o seu pastor. Por isso mesmo ele escreveu:

“O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre” (Sl 23).

Finalmente, Davi escreveu isto ao povo de Israel quando ele era rei para testemunhar que Deus está no controle de cada história individual. Assim, em imitação aos Salmos, devemos testemunhar aos nossos irmãos e aos outros a bondade, cuidado, direção e promessa de Deus para conosco. Você tem a possibilidade de fazer isto nos encontros da igreja no tempo de comunhão com os irmãos.
Quer ter uma vida cheia do Espírito Santo? Testemunhe sobre a presença de Deus na sua vida.
Cantar
“entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais” (Ef 5:19). Diz um ditado popular que “quem canta, seus males espanta”. A música é uma coisa muito importante em nossas vidas. Com cânticos expressamos nossos sentimentos e desabafamos. Cantamos nossas esperanças e pedimos proteção de Deus. Através dos cânticos nossas vozes se elevam até o trono de Deus. Diz-se também que “quem canta, ora duas vezes”. Porém, veja bem o que canta e como canta. Os cânticos devem ser bíblicos e para serem bíblicos devem seguir este ensinamento dado em Efésios. Para que um cântico seja aceitável, deve ser hinos e cânticos espirituais. Hinos e cânticos espirituais excluem até mesmo ritmos que não nos elevam ao trono de Deus. Se cantar é como orar, devemos dar preferência a cânticos que sejam baseados em passagens bíblicas inspiradas pelo Espírito Santo. A igreja deve dar valor ao canto vocal e bíblico e excluir cânticos românticos e que elevem o espírito humano somente. A igreja deve ser criteriosa na escolha dos cânticos de louvor a Deus e exortação mútua, porém devemos também evitar o legalismo fazendo regras para serem seguidas a nosso bel prazer.
Orar

“dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5:20).

Sermos agradecidos é sinal de maturidade espiritual, maturidade espiritual é sinal de estar cheio do Espírito Santo. Precisamos saber e acreditar que Deus está no controle da nossa história pessoal e lembrar “que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Sabendo e lembrando disto, vamos agradecer a Deus. O discípulo de Jesus não deve acreditar em acaso e sim em propósito divino. Deus quer que, seja lá o que for que aconteça, seja para o nosso bem. Todos os acontecimentos nos chamam para realizar os propósitos de Deus. Agradeça a Deus por toda e qualquer situação que você esteja passando agora.
Um lugar ideal para sermos gratos e testemunhar esta gratidão é o culto. Naquele dia e lugar nós podemos elevar o nome do nosso Senhor Jesus Cristo e agradecer pela doença, pelas fraquezas, porque nossos planos fracassaram e também por todas as vitórias. Ser agradecido é encher-se do Espírito Santo.
No próximo e último artigo da série vamos concluir juntos como ter uma vida cheia do Espírito Santo. Então não perca o próximo artigo.