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O QUE É MATURIDADE ESPIRITUAL?

O QUE É MATURIDADE ESPIRITUAL?

A pergunta tem resposta complexa.|
Li um comentário que tentou responder: 

“Geralmente é ligada a alguma religião ou ser superior e diz respeito a capacidade de compreensão de um indivíduo sob esse mesmo assunto. Uma pessoa com maturidade espiritual entende os planos divinos e compreende-os de forma ampla.”

Parte da resposta está aí: começa com entender os planos de Deus de forma ampla.

A maturidade espiritual é um processo, vem com o tempo. Começa quando nos aproximamos de Deus e da Palavra e passamos a compreender os propósitos divinos em nossa vida através dos passos da fé: crer, arrepender-se dos pecados cometidos, confessar Jesus como Senhor, ser batizado e acrescentado à família de Deus. 

Esse é o momento em que Deus começa a boa obra em nós e só terminará no dia de Cristo Jesus (Filipenses 1:6), a morte ou a vinda de Jesus. Logo, alguém diria, basta passar o tempo e o processo chegará lá.

Maturidade espiritual deveria, mas nem sempre acompanha a maturidade de nossos corpos, no decorrer da idade. Foi o que aconteceu com os cristãos para quem foi dirigida a carta aos Hebreus:

Leia Hebreus 5:11-14. Os destinatários da carta, muitos deles já tinham cerca de 40 anos de cristãos. Mas não cresceram proporcionalmente, pois precisam de leite, não alimento sólido da Palavra de Deus. Hoje em dia fico pasmo quando precisamos repetir para irmãos sobre o que aconteceu com eles no momento do batismo, a importância de congregar, ler a Bíblia e orar. São exercícios básicos que alguém com alguns anos na estrada cristã não deveria mais ter dificuldade. Portanto, um cristão maduro sabe no que crê, conhece os ensinamentos básicos da fé e está pronto para transmitir a outros a razão da sua fé (1 Pedro 3:15).

Quero destacar o versículo 14 da carta citada: “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal”.

Um cristão maduro não é aquele que apenas tem muitos versículos bíblicos na cabeça, mas aquele que sabe como aplicar no dia a dia, começando pela sua vida esse aprendizado. Claro que é importante conhecer bem a Palavra de Deus (não existe crescimento sem isso), porém, o conhecimento deve vir acompanhado da capacidade de aplicar a Palavra na sua vida e ainda ajudar os mais jovens na fé a fazer o mesmo. Um cristão maduro não é apenas teórico, mas alguém como Jesus, prático, começando em si e ajudando a outros.

Finalmente, maturidade é ter a palavra de Deus internalizada a ponto de fazer mudanças na vida, alterando até mesmo certos aspectos negativos de nossa personalidade. É o que Paulo ensina aos imaturos cristãos da igreja em Corinto:

“Eu, porém, irmãos, não pude falar a vocês como a pessoas espirituais, e sim como a pessoas carnais, como a crianças em Cristo.” – Coríntios 3:1

“Porque, se há ciúmes e brigas entre vocês, será que isso não mostra que são carnais e andam segundo os padrões humanos?” – 1 Coríntios 3:3

Maturidade é quando vamos sendo amansados e domesticados pela Palavra de Deus na força do Espírito Santo que está em nós e dessa forma vamos mortificando a parte decaída chamada natureza humana, que foi crucificado com Cristo no novo nascimento, perdendo seu poder fatal, mas que precisa ser dominada pelo Espírito Santo de Deus.

O que é, portanto, maturidade espiritual, então? Eu diria que é o conhecimento da verdade de Deus, isto é, a Palavra, aliado à capacidade de compreender a maneira prática de aplicá-la, mesmo que para isso tenhamos que “esmurrar o nosso corpo, reduzindo-o à escravidão de Cristo” (1 Coríntios 9:27), até o ponto em que somos modificados por essa verdade em nós internalizada que vai matando os resquícios do velho homem e a vontade de Deus vai se tornando a nossa vontade (Romanos 12:2), boa, perfeita e agradável.

É saber o que é certo, fazer porque é o certo, pela motivação certa. Uma pessoa imatura pode conhecer o que deve fazer, mas é dominada pela sua parte decaída. E não faz. E quando faz, muitas vezes faz pela motivação errada, carnal. Um exemplo disso é a maneira como os coríntios lidavam com os dons espirituais, para autopromoção e orgulho próprio (1 Coríntios 8:1).

Uma pessoa espiritual sabe o que é certo, tem poder espiritual para dominar-se e fazer porque é certo ou renunciar às suas vontades e aquilo vai lhe dominando de tal forma, pelo Espírito Santo, que fazer o que é certo torna-se, por si só, uma grande alegria. E faz pela motivação certa, obedecer a Deus e honrá-lo com sua conduta. Por isso mantém a constância, ao contrário do imaturo, inconstante em tudo o que faz (Tiago 1:8)

Estou Apenas Sobrevivendo a Vida Cristã?

Que na vida teríamos aflições, nós já estávamos avisados por Jesus em João 16:33. Mas me parece que muitas vezes esquecemos a parte B do versículo que diz: tende bom ânimo! Eu venci o mundo!

O tempo todo, onde quer que seja, gente como a gente, filhos de Deus, estão passando por alguma dificuldade (1 Pedro 5:9), sejam lutas espirituais, provações, tentações, aflições… Nós não somos os únicos e nem menos amados por Deus. Ainda que as vezes soe clichê: faz parte da vida!

O problema está quando ao olhar para essas situações, ao invés de nos vermos como vencedores por meio dAquele que nos amou e como soldados (ativos; na ação), nos resumimos a meros sobreviventes (sem direção; apenas fugindo) da cristã vida. O sobrevivente, nesse contexto, é aquele que já não luta mais, não se esforça por um alvo maior: está conformado em apenas levar com a barriga e buscar escapes que o façam ”sofrer” o menos possível, e isso, muitas vezes, quer dizer negar a fé (cruz).

Tiago sabia o que era passar por situações difíceis, e inspirado pelo Espírito Santo nos escreveu: ”Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé PRODUZ perseverança”. A palavra chave nesse versículo é PRODUZ. O que suas aflições tem PRODUZIDO? Em quem elas o estão transformando? Num sobrevivente ou em um soldado apaixonado e obediente (2 Timóteo 2:3-4)?

Ele continua: ”…E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma”. (Tiago 1:4)

Nós vencemos uma situação difícil, não quando ela passa, mas quando aprendemos lições que não nos permitem repetir os mesmos erros. Nós vencemos uma situação difícil, não quando ela passa, mas quando algo em nossa natureza pecaminosa morre para dar lugar a um virtude cristã que a aflição PRODUZIU. Maturidade e integridade são o nosso ALVO durante e após cada provação de fé.

Para deixarmos de sermos meros sobreviventes e assumirmos nossos postos de SOLDADOS, precisamos:

  • Confessar as fraquezas a Deus; pedir que Sua força seja superior!
  • Durante qualquer situação difícil, pedir direcionamento a Deus: ”Senhor, que área da minha vida Você deseja trabalhar através dessa situação?”; E através da perseverança e comunhão diária com Ele, desenvolver isso.

O importante é: Não se conforme até obtê-lo! As lutas são inúteis se não nos transformam á semelhança dAquele que nos chamou!

Os autores bíblicos entenderam muito bem essa ideia…

”Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo”. (Efésios 6:10-13)

”Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas”. (1 Timóteo 6:12)

”Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus”. (2 Timóteo 2:3)

”Agora sei que o Senhor dará vitória ao seu ungido; dos seus santos céus lhe responde com o poder salvador da sua mão direita. Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor, o nosso Deus. Eles vacilam e caem, mas nós nos erguemos e estamos firmes”. (Salmos 20:6-8)

Que possamos ter o mesmo pensamento e postura, em toda e qualquer situação, e em especial: nos dias cinzas!

Deus nos abençoe.

Perguntas Para Fazer Antes de Dizer ''SIM''

Ele pensou… pensou… Tendo em mente muito respeito, zelo e amor
Ele criou!

Deus criou o casamento. Presente dado aos seres humanos, em Gênesis 2:24 que diz: ‘’Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher, e eles se tornarão uma só carne’’.

Como todo bom criador, ele deixou um manual a ser seguido… Obrigatoriamente. Ele, sabiamente, nos deixou conhecer a sua mente. Ele, que nunca mente. Permite-nos entender, e aprender, o Seu jeito de se relacionar.

À mulher, diz que seja submissa ao seu marido (Efésios 5:22)
Ao marido, que a ame como Cristo (VS. 25)
À mulher, que o respeite (VS. 33)
Ao marido, que a trate com carinho e honra (1 Pedro 3.7)
À mulher, que seja bela interiormente, e guarde sua sensualidade para o marido (1 Pedro 3.3-4; 1 Coríntios 7.2,4)

Ao marido e à mulher, cristãos, que ensinem seus filhos o caminho de Cristo (Efésios 6.4; Provérbios 22.6)
Ao marido e à mulher, que sejam fiéis um ao outro e à Cristo, obedecendo-lhe no mandamento de que:  ‘’Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu.’’ (Mateus 19.6)
Deus, que em tudo pensa, também nos auxilia na hora de escolher, de dizer o ‘Sim!’ comprometedor, que fará de nós, eternos amantes de quem chamamos de Amor.

  • Adverte-nos sobre não unir-se a alguém que não ame ao Senhor (2 Coríntios 6.14-16)
  • Sobre como dedicar nosso tempo enquanto solteiros às coisas de Deus (1 Coríntios 7.32)
  • Não cair no pecado da fornicação (Hebreus 13.4; Efésios 5.3)

Convido-lhes então, amigos, a pensar. Sabendo tudo que Deus orienta ser praticado dentro do casamento, é hora de racionalizar.

Se você tem alguém em mente, traga-lhe ao banco dos réus. Vamos juntos questionar, pensar… Sobre a segunda mais importante decisão que temos a tomar.

  • É à esse rapaz, a quem quero me submeter, todos os dias? É nele quem eu vejo respeito e zelo por mim, desde já?
  • É com ele(a) quem quero dividir o mesmo lar que meus filhos, e a criação/educação dos mesmos?
  • É ele(a) quem eu admiro e respeito, antes mesmo, de casar?
  • Encontro nele(a) hoje (sem idealizar sobre futuras mudanças) características do caráter de Cristo, que refletem compromisso?
  • Vejo-me ao seu lado, para o resto da vida, amando-lhe nas virtudes e até mesmo, nos defeitos e fraquezas?

Depois que o ‘Sim’ for dito no altar, não há mais como voltar atrás. Os mandamentos de Deus não se moldam às nossas más escolhas. A decisão precisa ser sábia, madura, racional.

Se estou com alguém, que não quero casar, estou pecando. Se estou com alguém, que em minha consciência, sei que não é quem quero casar, estou pecando contra minha consciência. (Romanos 14.23; Atos 24.16). Namoro não é recreativo, é coisa séria. Cristão ‘’relaciona-se’’ para casar. E casa-se para namorar.

Pensando nisso, tenhamos sabedoria. Lembremo-nos de que o compromisso do casamento é um laço eterno, criado pelo próprio Deus. E que até mesmo o namoro (que não é bíblico) deve ser respeitado, e não, banalizado. Antes de gritar seus sentimentos, veja se não é carência, paixão. Com o coração alheio não se brinca. Antes de dizer o ‘sim!’, antes de perguntar, reconheça-se como adulto, maduro, capaz de cuidar de si mesmo, para aí sim, se comprometer com o outro, à lhe cuidar.
Que Deus nos abençoe!

Sem Tédio

Meus irmãos e eu temos histórias hilárias de infância que as nossas crianças amam. Gostamos de lembrar de como eram as férias, o lazer, a simplicidade das brincadeiras e de como usávamos a criatividade para nos divertir até durante o castigo. Nem precisamos fazer um grande esforço mental, pois há pouco menos de 40 anos não tínhamos lista de exigências para os pais cumprirem nas férias; sabíamos que os adultos até podiam brincar feito crianças, mas não tinham “obrigação” disso; não conhecíamos a palavra tédio, por isso nunca diríamos “estou entediado (a)!” – frase tão comum entre os pequenos hoje.
Sem entrar no saudosismo melancólico dos velhos tempos, aproveito as férias de julho para questionar – e por que não?!
Tenho acumulado pérolas engraçadas e, ao mesmo tempo, sentido pesar quando frequento ambientes públicos com as meninas. É hilário ver pais e mães ensinando os filhos (já grandes) a subirem num balanço, a usar o parquinho do prédio onde moram! Mas, vem um pesar quando vejo a infância perdendo de usufruir o que é próprio da fase.
Tentativas e erros não devem mais fazer parte do repertório infantil? Virou coisa do passado?
Adultos interferem o tempo todo na interação e nas brincadeiras infantis na tentativa de diminuir o esforço das crianças?
E, quanto a parar o tempo, pausar o derretimento do sorvete, lutar contra a lei da gravidade, pregar cola no meio do escorrego só pra tirar a self perfeita? Claro que tem criança que se diverte com fotos e poses, mas a grande maioria não se agrada de parar a brincadeira para isso.
Como posso esperar o desenvolver da motivação intrínseca (de dentro de si mesmo) quando fico expectadora e plateia de tudo o que as crianças fazem, tornando-as até dependentes dos aplausos para tudo o que realizam?
É estruturante que elas aprendam a desenhar para o próprio apreciar, experimentem dançar, limpar, brincar, se fantasiar, pelo simples motivo de se sentirem leves, felizes ou engraçadas, fazer essas coisas pela exclusiva satisfação interior, sem que tenha alguém fotografando, aclamando ou aplaudindo.
Andando pela cidade percebi o malabarismo que as instituições religiosas fazem para “ganhar” mais participantes nas EBF’s: pula-pula, piscina de bolas, banda de ‘louvor’, piruetas, brindes e lanches… vale qualquer esforço! E, se sobrar tempo, fala-se de coisas espirituais…
Será que passam a mensagem de que as coisas espirituais são entediantes!?
Não precisam se escandalizar comigo! Eu defendo que as crianças precisam ter um espaço de acolhimento na igreja, de ensino bíblico dirigido, utilizando de linguagem própria e ferramentas lúdicas. Acredito que os que se dispõem ao serviço devem amar os pequeninos e se qualificar para ajudá-los a vivenciar experiências positivas no ato de se congregar.
Devemos também cuidar para que no ato de acolher, não coloquemos a criança como figura central das atividades congregacionais.
A igreja não é o “entretenimento” das crianças e a família não é o parquinho.
Os adultos (pais, tios, avós, professores, parentes) não precisam dirigir as atividades o tempo todo para serem figuras presentes.
É salutar que os pequenos entendam que adultos perdem a concentração, se cansam, necessitam de um momento de silêncio e descanso. As crianças precisam do respeito ao silêncio também para prepará-las para uma atitude devocional e meditação na Palavra – esse exercício deve começar o quanto antes. O tempo sozinho com Deus é a base do relacionamento com Ele, pois é preciso silenciar para escutar a Sua voz. É preciso aprender a quietude pra meditar nos preceitos do Senhor e isso não é entediante, não é monótono!
“O período ‘silencioso’ com Deus a cada dia representa o centro da vida do cristão, sem o qual todas as demais atividades ficam fora de foco.” (Faulkner & Brecheen, 2000, p.119)
Nós, pais e mães, somos abençoados quando educamos nossos filhos na instrução e conselho do Senhor (Efésios 6.4). As crianças tem, antes de tudo, uma jornada a caminho da eternidade e nós não podemos perder de vista o trabalho de cultivar as experiências que plantarão nelas o desejo de servir a Deus e aos outros. Desse modo, os incríveis momentos que desfrutamos na presença dos pequeninos devem ser de doação, de afeto, carinho, amor, sempre os ensinando a se colocarem no lugar certo – ao lado – e não no centro.
Referência: Falkner, Dr. Paul, Brecheen, Dr. Carl. O que toda família precisa. Ed. Vida Cristã, 2000.

Por Um Fio

Você dorme bem à noite? Você costuma sonhar quando dorme? Com o que você sonha? Se não se dorme bem, se sonha pouco. Eu lembro de um sonho recorrente que eu tinha. Eu sonhava que estava voando, mas para descer eu precisava acordar. Depois eu descobri que alguns homens na história da humanidade conseguiram realizar o sonho de voar. Eles sonhavam acordados. Os nossos melhores sonhos devem acontecer quando estamos acordados. Se você comprou um terreno e vai nele sonhando construir, é um sonho acordado e pode se tornar real. Outros sonhos podem ser mais altos. Lá no 17º andar ou mesmo na cobertura de um prédio. Podemos sonhar e precisamos sonhar para poder realizar.

De vez em quando eu olho para as pessoas e tudo o que elas constroem em suas vidas para se protegerem. Constroem-se uma personalidades, deixa a barba crescer, usa-se maquiagem, roupas que escondem quem realmente você é. Eu costumo exercitar meu cérebro olhando para essas pessoas e fico imaginando elas crianças, jovens. Como você era quando você era criança? O que você sonhava quando você era criança? Você conseguiu realizar os seus sonhos?

Como muita gente gostaria de voltar a ser criança para poder aproveitar a vida como ela era ou para tentar mudar a vida no presente. Se você nasceu nas décadas de 1960 ou 1970, somos daquela geração que não tínhamos tudo, mas tínhamos tudo o que esta geração não tem hoje. As crianças e jovens de hoje devem sonhar para ter o que tivemos e nem tudo o que eles têm é benéfico para a infância e juventude. Tínhamos liberdade, amigos na vida real, exercícios voluntários, obesidade só era vista através da televisão, quem tinha, em reportagens sobre outros países. Foi lá, quando você era criança, que o seu caráter foi formado. Diz-se que uma pessoa forma o seu caráter até os 7 anos de idade. Depois descobrimos que o caráter pode mudar, pois somos chamados para ser crianças sem precisar voltar ao ventre materno, nascendo da água e do Espírito.

Até animais quando ‘crianças’ (filhotes) são adoráveis. Diz uma teoria que para colocar tantos animais na arca e para que eles não brigassem, não precisassem de tanta comida e nem fizessem tanta sujeira, que eles foram chamados e reunidos por Deus quando eram filhotes. Filhotes não precisam se alimentar tanto, dormem a ponto de hibernação quando chove e não fazem tanta sujeira. Assim eles caberiam todos em paz, mesmo o leão, tigre, crocodilo ficariam em paz perto da ovelha, da galinha e de tantos animais. Imagine limpar a sujeira de um elefante adulto, já sabe quantos kilos um elefante consome de alimentos por dia?

Eva

VOCÊ É O CALCANHAR DE AQUILES DELE
Quando se fala de Eva a primeira referência que nos vem é uma maçã que não deveria ter sido mordida e as dores de parto! Uma coisa conectada á outra por culpa dela.

É interessante lembrar que Eva sabia que o fruto da árvore do bem e do mal era proibido, contudo é muito bom lembrarmos que Adão também sabia. Aliás, Adão parecia estar bem próximo dela. Será que ele ouviu toda a conversa? A Bíblia não diz que Eva saiu andando procurando Adão para lhe dar o fruto para comer.

Eu fico imaginando Eva acordando naquele dia. Um dia glorioso como eram todos os dias no paraíso. Um dia de cabelos perfeitos! Pernas maravilhosas, sem dor nas costas…apenas outro dia espetacular no paraíso ao lado do seu homem fabuloso, moldado por Deus: Adão!

Daí ela pensou, enquanto esperava a água do café esquentar: “- Bem, vou movimentar as coisas aqui! Vou arrumar um modo de fazer Deus chutar os nossos traseiros para fora desse paraíso!”

Fala sério! Eu não acredito que foi assim!

Sabe por quê? Porque eu e você já conversamos com a serpente muitas vezes e já seguimos a sugestão dela em inúmeras ocasiões sempre chegando a um final bem parecido com o de Eva: dor para gerar vida novamente . Eu não me lembro de ter marcado entrevista com o mal mas me lembro de algumas conversas com ele e para meu espanto, eu gostei muito da conversa! Acho muita infantilidade nossa achar que podemos conversar com satanás e sairmos ganhando. Que a conversa vai ser produtiva e boa ou que, essa conversa, vai ser necessariamente desagradável. Tentação tem este nome porque é algo atraente. Ninguém se sente tentado em comer sorvete de quiabo (eca!) porque é, no mínimo,uma ideia muito esquisita. Mas as coisas que julgamos que possam ser boas, mesmo quando não são, essas são tentação!

Adão e Eva estavam passeando muito perto da tentação, mas foi Eva quem parou para conversar. A serpente abordou Eva. Por que será? Há, pelo menos, duas ideias sobre isso:

1- Eva estava mais “ligada” na árvore.
2- A serpente sabia que Eva era o ponto fraco de Adão.

Adão não discutiu com Eva, não questionou a oferta, não hesitou. São seis versículos narrando a “conversa” entre Eva e a serpente e então vem três palavras “e ele comeu”. Os motivos de Adão não ter discutido com Eva não são claros mas a influência poderosa de Eva sobre o marido é indiscutível.

Com certeza, Eva se arrependeu por ter dado ouvidos à serpente. Mas, as consequências de sua falta de cuidado em selecionar aquilo que ouvia, ficaram.

ENSINANDO AS MAIS NOVAS:

Minhas queridas mulheres mais jovens. Você e Eva têm muito mais em comum do que pensa:
1- Seu jardim (seu casamento) tem serpente tagarela. Não converse com ela!
2- Você é MUITO influente sobre as escolhas do seu marido (isso não quer dizer que ele faz o que você quer, mas que você influencia nas decisões dele muito mais do que você suspeita).
3- Se você é uma mulher cristã não fique curiosa em conhecer o MAL (visitando sites, ouvindo músicas, conversando torpezas (ou ouvindo), vendo filmes declaradamente imorais) . Repare no fato de que a serpente falou com Eva que ela conheceria o bem e o mal. Interessante é que Eva não percebeu que o BEM ela já conhecia. Então só restava o mal.

Pare de Ser Criança

Quando eu era criança a palavra que a minha mãe mais repetia era “não”. Foi pela repetição que eu aprendi. Claro que chegou um tempo em que eu pensava que este era o meu nome de tanto ela me falar “não”. A gente aprende muito pela repetição ou sofre as consequências.

O autor de Hebreus fala sobre um assunto repetido, mas os hebreus não tinham prestado atenção nas outras tantas vezes que foram ensinados no passado, por isso tinham se tornado ‘tardios em ouvir’. De fato eles já estavam na igreja há alguns anos e já deviam ser considerados mestres, mas como não tinham absorvido o ensinamento repetido várias vezes, eles estavam sendo alimentados ainda com leite, isto é, eram crianças em Cristo. Os Coríntios também tinham passado por isso e ainda não eram espirituais, apesar de estarem na igreja tempo suficiente também. A prova de que eles eram carnais era o comportamento deles e o relacionamento deles com os outros irmãos:

“porque ainda não são espirituais. Vocês têm inveja uns dos outros e discutem uns com os outros. E isto prova que não são espirituais, pois as suas ações são como as das pessoas do mundo” (1 Co 3:3)

Já ouvi gente na igreja cansada de estudar a Bíblia e pedindo ‘alimento sólido‘ e não leite. Não querem mais estudar os evangelhos, as parábolas de Jesus, não querem mais ouvir sobre amor, fé, esperança, sobre a igreja, sobre doutrinas, etc. Querem alimento sólido, mas o que é, afinal, o tal do alimento sólido na igreja? Sabemos que o alimentar de leite é precisar “…de que alguém os ensine novamente quais são os princípios básicos da mensagem de Deus. Ao invés de alimento sólido, vocês ainda precisam de leite” (Hb 5:12). Realmente, identificamos que os princípios básicos são leite, mas, pergunto novamente, o que é alimento sólido?
O autor de Hebreus ensina também o que é o alimento sólido. Preste bem atenção o que ele diz para que você possa deixar de criancice e cresça espiritualmente. Se precisar, repita a leitura:

“Mas o alimento sólido é para os adultos. Ele é para aqueles que, pela prática, estão com os seus sentidos treinados para saber escolher entre o bem e o mal” (Hb 5:14)

Alimento sólido é a prática e o treino, isto é, o exercício da habilidade de escolher entre o bem e o mal. Então, para crescer, e fazer do leite o alimento sólido, você precisa colocar o que já aprendeu em prática. Podemos ficar décadas estudando os evangelhos e vai ser muito bom, mas vai ser melhor e vai dar os resultados que Deus planejou quando a gente colocar em prática escolhendo as coisas boas.

Vamos fazer um exercício mental para começar e, se concordar que isto é o certo, coloque em prática: sentar nos bancos da frente para aprender e adorar melhor; compartilhe o evangelho e traga alguém; trazer a melhor oferta planejada de casa; cantar de todo o coração; se esforçar para cumprimentar todas as pessoas; apoiar o pregador prestando atenção; ir para o culto servir e não ser visto ou servido; não criticar ninguém nem nada; procurar as virtudes e não os defeitos das pessoas ou coisas que fazemos no domingo. Você concorda que, quando consegue fazer isso, está mostrando maturidade?

A murmuração é uma atitude infantil. Quem está no coro dos murmuradores está mais perto da atitude do mundo do que da atitude dos céus. No filme O Resgate do Soldado Ryan, conta-se a história de 8 soldados que foram deslocados para resgatar apenas um soldado, último filho vivo de uma mãe de quatro. Três deles já mortos na guerra. No caminho o pelotão começa a questionar se é justo arriscar oito vidas, para salvar apenas uma. Capitão Miller diz que se fosse preciso isso para voltar para casa ele o faria. Um dos soldados pergunta ao capitão Miller:

– Capitão, e quanto ao senhor, não vai reclamar?
O capitão sabiamente responde:
– Não vou me queixar você, eu sou o capitão. Há uma linha de comando, as queixas vão pra cima, não pra baixo, pra cima… Você reclama comigo, eu reclamo com meu oficial superior, e assim vai, assim vai. Não me queixo com você, não me queixo na frente de vocês, como soldados, deviam saber…

É isso mesmo, os que estão crescendo (infantis em Cristo) é que se queixam, os que estão mais perto de Cristo, se queixam para Ele, e assim é que funciona. De baixo para cima. Em que lugar você está? No coro horizontal dos murmuradores ou naqueles que olham para cima (vertical) e depositam em Cristo as suas ansiedades?

Sente bem à frente no culto. Isto é verdade também na vida, pois quando vamos a um shopping, não queremos levar pouco dinheiro, mas R$ 10,00 na igreja é uma oferta generosa. Quando vamos a um show ou a um jogo, não queremos sentar lá atrás, no culto ficamos lá atrás para ficar conversando ou não sermos vistos; ficamos eufóricos quando um jogo vai para a prorrogação, mas reclamamos quando o sermão dura mais que o normal? É cansativo ler um capítulo da Bíblia, mas é fácil ler 100 paginas do último romance de sucesso? Temos dificuldade de aprender a evangelizar, e como é fácil aprender e contar a última fofoca? Chega de leite! Vamos crescer com alimento sólido que é a prática da Palavra de Deus!

Só devemos ser crianças na simplicidade, pureza, na malícia e na novidade de vida…