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A Base de Lares Felizes e Fortes 4 – Ter o Fruto do Espírito Santo

Este é o quarto artigo da série: “A Base de Lares Felizes e Fortes“. Se você não leu o artigo anterior, CLIQUE AQUI para ler.

E finalmente, para termos famílias fortes e felizes, precisamos ter o fruto do Espírito Santo. Eu mencionei no início e acredito com todo o meu coração, todo mundo deseja um lar feliz.

Você vai a Singapura, os chineses lá desejam um lar feliz. Você vai à República Checa, onde está minha filha com o marido como missionários; os checos anseiam por lares felizes. Vai à Alemanha, desejam lares felizes.

Mas o que é um lar feliz? Eu acho que um lar feliz é um lar onde existe amor. Não acha? Eu acho que é onde existe alegria. Sou muito grato a Deus por ter uma esposa feliz e alegre.

Posso chegar em casa deprimido, meio zangado, e ela está feliz, graças a Deus, e ela me faz feliz. Desejamos lares onde existe amor, alegria, paz, longanimidade, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Onde posso sair de manhã sem me preocupar com o que minha mulher vai fazer enquanto estou fora de casa. E onde posso pegar um avião ontem à noite, vir para cá e ficar fora vários dias, e minha mulher não se preocupa com o que vou fazer enquanto estou longe?

Porque ela pratica o domínio próprio e eu também pratico.

Agora, se eu pudesse garantir que você voltasse para o seu lar e encontrasse lá o amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, você não seria o homem mais feliz do mundo?

E sabe onde peguei essas características? Vocês sabem! Em Gálatas:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22, 23)

Acredito que Karl e Paul Faulkner, aqueles dois irmãos que entrevistei, tinham razão. Perguntei o que poderia fazer como pregador para fortalecer os lares na minha congregação. Eles responderam “Pregue o exemplo de Jesus Cristo”.

Hoje, irmão, digo que se desejamos famílias fortes e felizes, precisamos da mentalidade de Jesus, do caráter de Deus e do fruto do Espírito Santo. Que Deus nos conceda lares cada vez mais felizes e fortes.

Todos os artigos desta série você encontra nos links abaixo:
1. A Base de Lares Felizes e Fortes – Introdução
2. A Base de Lares Felizes e Fortes 2
3. A Base de Lares Felizes e Fortes 3
4. A Base de Lares Felizes e Fortes 4 é este artigo que você leu…

Para este artigo, agradeço especialmente ao irmão Nélio Ferreira por disponibilizar o vídeo com esta mensagem.

Perdão de Pecados

Todo ser humano procura segurança, paz e tranquilidade. É natural procurarmos vidas fáceis e, até na busca frenética desta ilusão, nos deixamos levar por mentiras e enganações. Quem de nós não gostaria de ter a mesma afirmação do salmista ao dizer:

“Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” – Salmos 4:8

Este mesmo salmo questiona o homem perguntando “até quando?” No verso 2, o salmista questiona a busca por vaidade e mentira pelos homens, pedindo que reconheçam a glória do Senhor. No verso 3, destaca-se a confiança de que o Senhor distingue o piedoso e ouve as súplicas. No verso 4, há um conselho para irar-se, mas não pecar, e buscar tranquilidade no coração. O verso 5 incentiva a oferecer sacrifícios de justiça e confiar no Senhor.

ONDE COMEÇA O PERDÃO?

Se você, como eu, quer se deitar e logo pegar no sono sem nenhuma dificuldade seja por causa do cansaço da vida, dos remorsos e arrependimentos, das preocupações e ansiedades, tudo tem que começar com uma alma leve e limpa de todo pecado.

No Velho Testamento eram oferecidos sacrifícios pessoais como expiação do pecado, anualmente o sumo sacerdote intercedia pelo povo com o sangue de animais, arrependimento e confissão eram necessários e até os pobres podiam fazer um sacrifício reduzido para justificarem seus próprios pecados.

Nos sacrifícios do Velho Testamento era necessário um sacrifício de um cordeiro novo, de um ano, puro e perfeito. Sinalizava para o Cordeiro de Deus, Jesus que daria sua vida pelo pecado da humanidade. Por isso Jesus foi morto, sepultado e ressuscitou (1 Co 15:1-4 – isto é o evangelho) e nós devemos obedecer o evangelho e também morrer, ser sepultados e ressuscitar (Rm 6:3-11) para que, no batismo, tenhamos perdão total dos pecados (Atos 2:36-42).

Resumimos o perdão dos pecados neste processo: Ouvir e ter fé no evangelho, arrepender dos pecados, confessar Jesus como Senhor e confessar (reconhecer) os seus pecados, ser batizado e perseverar.

Uma vez salvo no batismo, é necessário desenvolver a salvação com temor e tremor, fazendo tudo sem murmuração e preservando a palavra da vida (Fp 2:12-16). Porque enquanto vivos, corremos o risco de perder a salvação.

PERDÃO DOS PECADOS DEPOIS DO BATISMO

O batismo é chamado de nova vida. Você tem a segunda chance que sempre quis, agora, precisa desenvolver a sua salvação. Precisa aprender tudo de novo: falar, andar, se alimentar, etc. Tudo de acordo com a vontade de Deus. Você tem que dar um basta na vida libertina que é prática o pecado.

“Vocês já gastaram bastante tempo fazendo o que os pagãos gostam de fazer. Naquele tempo vocês viviam em sensualidade, paixões, embriaguez, orgias, bebedeiras, e também na detestável adoração a ídolos.” (1 Pedro 4:3 – VFL)

Você tem que buscar aquela autenticidade da santidade porque Deus nos chama para ser santos como Ele é Santo! Não significa que você não vai mais pecar, significa que você vai lutar contra o pecado, lutar para amadurecer e, quando pecar, você vai seguir o processo de perdão.

Qual a diferença entre nós e as pessoas que não obedeceram o evangelho? A diferença é Jesus que justifica a todos os que Nele confiam e mostraram sua confiança pela fé e obediência começando no batismo. A diferença é que quem está no mundo, fazendo as vontades das pessoas e dos próprios desejos conta sempre “mais um” pecado. Quem está em Cristo, também peca, e conta “menos um” pecado porque tem purificação em Cristo constantemente. Quem está em Cristo não deve e não precisa acumular pecados.

CONFESSE OS SEUS PECADOS E OREM

Uma atitude para quem está em Cristo é se arrepender sempre e saber que não está sozinho, isto é, procure pessoas justas e conte com as orações deles. Talvez você não queira dizer qual o seu pecado, mas precisa confessar para alguém e, porque o pecado nos constrange, precisamos de ajuda em oração e Deus, ouve a oração dos justos.

“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5:14-16)

ANDE NA LUZ

Andar na luz é necessário para que os nossos pecados sejam perdoados. Andar na luz não é um conceito abstrato e esotérico, mas muito prático. Pense: onde Deus está? Claro que ele está no que compreendemos como céu, mas pense um pouco mais e encontre o Senhor.

Jesus disse onde Ele estaria

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:18-20)

Onde Jesus está, Deus está! Então, andar na luz, é andar com aqueles que se reunem em nome de Jesus. O apóstolo João foi muito mais claro e direto dizendo isso.

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7)

Então, mais uma atitude prática para ser perdoado dos pecados: andar na luz, isto é, manter comunhão com aqueles que ouviram e tiveram fé no evangelho, se arrependeram dos pecados e confessaram Jesus como Senhor, obedeceram o evangelho pelo batismo e estão sendo fiéis.

PERDOE PARA SER PERDOADO

O terceiro passo abordado neste artigo é perdoar. Sim, este foi um dos primeiros mandamentos de Jesus. Se você orar pedindo perdão, mas você mesmo não estiver disposto a perdoar, como é que Deus vai tratar você? Na oração que Jesus ensinou, este foi o único ponto em que ele, depois do amém, parou para explicar.

“…e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mateus 6:12-15)

Nem suas ofertas serão aceitas se você não contemplar o perdão. Se tem alguma oferta, ela se torna nula por falta de perdão.

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo” (Mateus 5:23-26)

CONCLUSÃO

Em resumo, a busca pelo perdão dos pecados é uma jornada contínua que abrange elementos como arrependimento, fé, batismo, comunhão e perdão mútuo. Inspirados pela confiança do salmista em encontrar repouso seguro em Deus, os crentes são desafiados a abraçar o evangelho, reconhecendo o sacrifício de Jesus como o cumprimento perfeito dos rituais do Velho Testamento. O compromisso pós-batismo inclui a manutenção da comunhão, o desenvolvimento de uma vida em conformidade com a santidade e a prática constante do perdão, refletindo a reciprocidade fundamental desse processo na busca pela reconciliação com Deus e com o próximo.

Assim, ao trilharmos esse caminho, não apenas experimentamos a remissão dos pecados, mas também nos deparamos com a promessa de uma transformação contínua e uma vida restaurada pela graça e misericórdia divinas.

Se você ainda não obedeceu ao evangelho por meio do batismo, faça-o para obter perdão total de seus pecados e voltar a ser como uma criança diante de Deus, ou seja, puro. Se já foi batizado, confesse seus pecados a alguém que seja justo diante de Deus e confiável diante das pessoas. Ore e peça ajuda em oração a essa pessoa. O segundo passo é andar na luz, mantendo comunhão no culto com aqueles que confessam sua dependência no evangelho e lembram disso através da Ceia do Senhor. Finalmente, conforme abordado neste artigo, perdoe para ser perdoado.

“Não temas” – Jo. 14.27

         Pedro parece estar em uma sequência incrível, primeiro ele confessa Jesus como o Cristo de Deus (Mt 16.13-16), e logo em seguida foi repreendido por sua imaturidade para compreender o plano de Deus (Mt 16.21-23), agora, talvez crendo ter compreendido qual a vontade de Deus, Pedro se coloca a disposição de até morrer por Jesus (Mt 26.33,34).
O discurso de João 14-17 acontece no interstício do versículo 35 e 36 da narrativa de Mateus sobre a vinda do messias, no capítulo 26. Jesus a beira da prisão encoraja seus discípulos a lembrarem dEle, de seus ensinos e promessas. Judas já havia saído para vender Jesus aos mestres da lei. Então Jesus propõe aos discípulos que recebam dele a paz, uma paz diferente da que existe no mundo, diferente do que o mundo pode oferecer, e como que falando aleatoriamente de várias coisas Jesus pede que não tenham medo, mas estejam alegres; e então um dos maiores discursos sobre perseverança, amor ao próximo e a Deus, que culmina com uma oração por todos os crentes, os atuais e isso futuros, e a prisão (Jo 14-18.13).
Observe que Pedro novamente, esquecendo-se do Cristo, obedece as leis da gravidade e reage proporcionalmente a situação, a temperatura do momento aqueceu o coração desse discípulo que lançou mão da espada para testemunhar sua fidelidade a Jesus (Jo 18.10,11).

“Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” – João 18.10,11

              A “paz” do mundo é, como já diz o poeta “um período entre guerras”, que paz preenche o coração de um povo que teme a guerra?! Judeus palestinos, estadunidenses e muçulmanos, turcos e sírios, a guerra corre no sangue dessas pessoas, a adrenalina não deixa as veias destas pessoas… E as suas? Você anda sobre ovos pra evitar problemas? Ou está sempre atento para agradar todo mundo? Nesse caso talvez fosse mais fácil “vender a capa e comprar uma espada” (Lc 22.36).
Todas as palavras de Jesus precisam ser lidas e compreendidas, vividas, a luz do amor; é mais fácil entender o ensino sobre o amor, e quanto mais soubermos sobre o amor de Deus por nós, é bem provável que mais facilmente aproveitaremos a paz de falar e existir nesse mundo sendo perseguidos apenas por crer em Deus e não, nunca, jamais, por amar a Deus (1Pe 3.13-15; 1Jo 4.7-21)
O nosso desafio é exatamente esse: abandonar nossa natureza vingadora,  sanguinária, gananciosa e destrutiva, e viver no amor de Deus, é de fato um desafio, mas este, promete um prêmio adequado (Rm 12.1,2; Cl 3.12-17).

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
– Romanos 12:1,2 –

 

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“Eu te louvo” – Isaías 25.1

“Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros”

Isaías 25:1

                    Em dias de dificuldade o que você faz? Agiliza o máximo de coisas? Isaias diante da falência espiritual da nação, glorifica a Deus, ele reconhece que a salvação vem de Deus, o mesmo justo que corrige os seus filhos; Isaias ensina que Ele cuida de nós mesmo quando pecamos (Is 43.1 – 44.5).
Essa é a maior maravilha de Deus, que Ele sendo santo, poderoso e soberano, se voltou para nossa necessidade de resgate, e cuida de nossas necessidades (Sl 8; Mt 6.33, 11.25-30; Jo 1.1-14, 3.16-21).

“Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. […] que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” – Salmos 8:1,4,5

                  Esse é um ensino recorrente, o crente olha para o alto e agradece, mesmo pelas mazelas que sofre, pois reconhece que é graça continuar vivo em um mundo tão apodrecido; por outro lado não se entristece por qualquer prejuízo material, por entender que Deus é a fonte da riqueza e a sua companhia a coisa mais importante em todo tempo (Rm. 8.28; Tg 1.2-12).
É uma mensagem difícil, a pergunta “por que o justo sofre?” é feita pelos séculos a fio, talvez a resposta mais simples seja “para a glória de Deus”, imagino que essa resposta seja inquietante, e não pretendo esgotar esse assunto milenar, mas diante da desgraça total, Isaías se virou para Deus e disse “eu sei que tu cuidas de mim, por isso eu te louvo” (Jr 20; Lm 3.22-26; Fp 1.20-30; 1Pe 3.12-17)

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.
Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio”
– Lamentações 3:22-26 –

 

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“Tempo da Graça” – Lm 3.22,23

                              Pense aí, você acabou de perder tudo o que tem, sua casa foi queimada, seu país invadido e escravizado, seu sagrado foi profanado, muitos de seus parentes foram mortos e/ou violentados, no lugar que você ama só tem miséria, corpos pelas ruas e um altíssima coluna de fumaça sinalizando que não, ali não é mais terra de um povo, uma cultura. Em resumo, e de maneira geral, esse é o contexto desse livro, poético e profético, que fala da tristeza de um homem que por 40 anos foi ignorado e teve a sua mensagem, mensagem de Deus, seguidamente rejeitada (Jr 52).

                              No entanto, não se desespere, esse é um livro de esperança e confiança, Jeremias não queria registrar as mazelas de Jerusalém ou de Judá, mas proclamar paz e restauração, que o povo se voltasse para Deus, visto que Ele é fiel e justo, sempre amoroso, querendo que seu povo viva e desfrute das maiores e melhores graças (2Pe 3.9).

 

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”

Lamentações 3:22,23

 

                              Apesar de não ser o foco, ou não deveria ser, do cristão, a nossa vida terrena não pode ser “sofrida” ou “miserável”, pois já temos motivo suficiente para nos alegrarmos em todas as situações (Rm 8.31-39; Hb 12.1)

                              Primeiro, Deus cumpriu sua promessa de nos abençoar por meio da genealogia de Abraão e genealogia de Davi, Jesus, “Deus conosco” é a garantia de amor e justiça eternas; e isso não apenas em letras ou palavras, mas em ação e verdade, é missão da igreja cuidar da igreja e da vizinhança (mesmo que sejam homossexuais, umbandistas, muçulmanos ou ateus), o que deve nos fazer pensar “eu estou sendo a igreja certa?” (Gn 22.18; Mt 1, 22.37-40; Ef 1.9-11)

                          Segundo, temos ainda uma esperança eterna e superior a qualquer problema terreno, assim como o atleta suporta dores e aflições para se manter na corrida, é “parte do processo” que soframos um pouco pela Glória futura; esse sofrimento é também angústia, ansiedade, abnegação, raiva, e tantos outros sentimentos humanos que experimentamos ao longo do nossa jornada de transformação de nossa mente.

                              Confiadamente podemos viver em meio a dificuldade a medida que olhamos para a cruz, o sangue, os espinhos, para o sepulcro, e vemos não dor, não tristeza, não morte, MAS amor, redenção, salvação e fidelidade (Hb 14.16; Tg 1.2-5).

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”
– Tiago 1:2-5 –

“Paz” – Mt 11.28,29

Leia atenta e confiadamente:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”

Mateus 11:28,29

 

                                        Existem nesse trecho muitas verdades, mas a certeza do conforto divino, a lição simples, é a mais clara nesse texto; após séculos de espera, angústia e sofrimento, os judeus ainda mantinham vivida a esperança no Cristo de Deus, no entanto, quando Ele veio, não foi reconhecido entre os de seu povo, nem entre os de Jerusalém nem entre os de Samaria, muito menos entre os da Galileia (Jo 1.11; Mt 11.1-6, 16.1-4).

                                        Cumprindo-se o tempo determinado por Deus para vinda do messias, este se apresentou ao mundo de uma maneira inimaginável, quase irreconhecível, grandiosa e assustadora, Jesus veio entre os pequeninos, entre os odiados e entre os pecadores, entre os humildes, os inúteis e loucos, não porquê estes o merecem como refrigério divino, mas porquê reconheciam nele a oportunidade de redenção, confiavam que Ele poderia sarar suar feridas e só nEle encontravam conforto inigualável (Mt 9.11-13; Jo 6.26-29, 34,35, 66-69).

                                        Enquanto visitava as cidades da Galileia, Jesus não curou todas as pessoas, apenas aqueles que foram até Ele, assim como nem todas as pessoas que curou entendiam quem Ele era ou qual a sua missão, acreditavam que Ele estava se preparando para ser rebelar contra Roma (Mc 9.14-27; Jo 20.30,31; At 1.3-6).

                                        O Reino de Deus veio à nós por meio desse Jesus incompreendido, o rejeitado de Belém, que veio do Egito, o profeta galileu, que morreu sim, mas ressuscitou e vive para sempre; esse Reino está de portas abertas, todas as horas do dia, enquanto houver Sol sobre a Terra, para que todos tenham a chance de ouvir o chamado para participar dessa vida, próximos de Deus, onde encontramos paz verdadeira, alegria eterna e amor real (At 2.36-39; Hb 3.12-15; 2 Pe 3.9).

Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?
Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” – Atos 2:37,38

                                        Talvez olhemos para a vida do cristão e seja difícil reconhecer esses atributos, mas existe certa confiança no Pai, uma confiança que não ser abala por 1900 anos de espera, ou por tantas doutrinas erradas que atormentam nossa vida, mas que fez e faz, dia a dia, homens e mulheres morrerem louvando a Deus pela oportunidade de testemunharem da graciosa paz que existe no amor de Deus (1Ts 4.13-18; Ap 1.4-8).

“Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”
– 1 Tessalonicenses 4:18 –

“A Indiferença Divina” – Lc 6.36

De quê depende a nossa vida!?

De dinheiro?

Comida, água, Oxigênio?

Você pensou em Deus?

 

          Se você pudesse ficar com apenas uma coisa, o que você escolheria?! É impossível viver sem oxigênio, é muito debilitante viver sem comer e beber, o dinheiro é relativo, depende do nosso contentamento. Mas, e Deus?! Que diferença faz Deus na minha vida? Se acredito que Ele existe, olhando para minha vida, “Qual a diferença que Deus faz? A vida continua, e vemos isso por conhecermos ateus, agnósticos, e crentes em outras doutrinas que não a bíblica (Mt 6.25-33)
         A resposta é: nenhuma.

Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” – Lucas 6.36

         Deus não nos oferece coisas materiais que não possamos conseguir pelos nossos próprios esforços, ainda que seja necessário agradecer a Ele por cada uma destas. Ele fez o sistema e o entregou ao homem, nós manipulamos a flora e reinamos sobre a fauna, extraímos o que queremos e conquistamos o que quisermos, e Deus olha pra isso e não interfere: em sua justiça, Deus não interfere quando o homem escolhe “a” ou “b”. Na verdade, Ele espera que não escolhamos alguma alternativa lógica, não temos que colocar Deus na nossa vida como se coloca sal na comida, ou quando o salário cai na conta, trata-se de viver “paraecom” Ele, deixando-se transformar em vaso de benção (Rm 12.1,2; 1Co 1.20-31; Gl 6.10).
Sejam misericordiosos, bondosos, justos, pacificadores, humildes, não porque são mentalmente evoluídos ou psicologicamente capazes de fazê-lo, mas porquê Deus É, nós fazemos a diferença na vida das outras pessoas quando vivemos como Deus quer, Ele não faz a diferença em nossas vidas, nem entre vidas, Ele fez a vida e espera que a usemos para glória do seu nome. Quando negamos isso, Ele não corta nosso oxigênio, ou tira nosso emprego, nem nos deixa estéreis ou perturba com doenças, Ele mantém Seus braços abertos a espera de nossa submissão (Mt 5.1-16,45,46; Jo 3.16-21; Ap 7.9-17).

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus
– Mateus 5:14-16 –

 

 

Oferta de Paz

“Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta.(Mateus 5:23-24 NVI)

Essa passagem se aplica à sua vida?

Você tem inimigos? Tem adversários? E desafetos?

Se não tem… ótimo!!! A vida tem sorrido para você!

Mas quero alertá-lo de que o “irmão” que porventura teria algo contra você pode ser tão próximo e conviver de maneira tão afetuosa que nem parece sofrer esperando uma reconciliação. Não é raro me deparar com relações enfraquecidas por ressentimentos e mágoas antigos; não é difícil ouvir cristãos se queixando sobre o cônjuge, ou os pais, ou filhos, ou pessoas bem próximas que se isentam da obrigação de pedir perdão pelos erros cometidos.

Conheci o Evangelho e fui batizada aos 21 anos e, nesses 21 anos mundanos meu currículo de pecados, mentiras, enganação, rebeldia contra meus pais já era vasto! Graças a Deus pelo sacrifício de Jesus para restabelecer a paz entre o Pai celestial e eu!

Porém, aqui na terra, foi necessário que eu verbalizasse claros pedidos de desculpas para muitos, sejam pelas faltas cometidas antes de ter entendimento na Palavra, seja por faltas da jornada presente (já em Cristo), haja vista que eu ainda estou no processo de santidade e aperfeiçoamento pelo Espírito Santo que em mim habita pela misericórdia celestial.

Sejamos obedientes a esta ordem de reconciliação do Mestre Jesus. Ele prioriza a PAZ e RECONCILIAÇÃO. Se você já foi um filho rebelde, ou um marido abusivo, ou esposa rixosa, se já abusou de álcool, se já feriu sua família com palavras ou ações, ou foi mãe negligente com seus filhos, se a convivência com você era penosa… mesmo que hoje você esteja vivendo em obediência e temor ao Senhor, é certo que há pecados que causam feridas profundas em outros.

Sendo assim, HOJE é o momento de pedir perdão, de reconhecer os erros e as mágoas que causou aos outros, mesmo que eles estejam firmes na batalha, ao seu lado. A sua expressão humilde de pedido de perdão pode ser a gota de remédio para a cura de um coração machucado; pode ser a ponte para restaurar a confiança de alguém em você; pode ser a ação que faltava para que a sua pregação seja considerada por aquele “próximo”.

O pedido de perdão verbalizado, falado, dito com as palavras é tão importante que o próprio Jesus o fez por aqueles que o crucificavam: Jesus disse:

“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. (Lucas 23:34 NVI)

Jesus também expressou a necessidade quando ensinava os discípulos a orarem:

Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. (Mateus 6:12 NVI)

Em Hebreus 12.14, somos advertidos a nos esforçarmos a viver em paz e em santidade. Esse esforço também consiste em engolir a vergonha ou orgulho e agir na direção da reconciliação, ajudando também os nossos queridos próximos a darem passos rumo ao perdão e a restauração em Cristo.

Vamos lá! O SENHOR deseja a tua reconciliação antes da tua oferta!

“Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.” (Hebreus 12:14 NVI)