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Cristãos Operantes e Produtivos

Era uma menininha de pouco mais de 6 anos, esperta, falante e de olhos expressivos. Certo dia, foi levada pelos tios a um evento. Ela sempre andava acompanhada da irmã, somente 2 anos mais velha. As duas compartilhavam da mesma “fartura” – “faRtava” comida na mesa para satisfazê-las, ainda em fase de crescimento. A menininha curiosa, decidiu escapar um pouquinho por ali e, atenta, acabou babando por um bolo de chocolate que brilhava na cantina daquele lugar; seus olhos pidões não passaram desapercebidos para a moça que vendia lá. Generosamente, ela presenteou a menina com um pedaço daquele suculento bolo de chocolate – num lampejo de consciência, a menina lembrou-se da irmã mais velha e no quanto ela iria gostar do bolo. Mas, a fome, a vontade de comer e a ânsia de satisfação tomaram conta e a menina lambeu até o prato, sozinha, sem dividir com ninguém. Depois da satisfação, com o gostinho do chocolate ainda na boca, caiu em si, sentiu culpa por não ter incluído a irmã na doçura… mas já havia comido tudo. Até criou coragem e foi pedir outro pedaço para a moça generosa: falou a verdade, disse que era para sua irmã, mas a moça desculpou-se, alegando não poder dar outro pedaço.

Que frustração! O bolo, que deveria adocicar a boca dela, agora amargava pela culpa por não ter compartilhado. E ela já não enxergava outra chance de reparar isso. Somente 30 anos depois, a história do bolo de chocolate foi contada para a irmã “excluída”. Claro, foi motivo de risadas, porque a irmã nunca sentira falta de um bolo de chocolate que nem sabia ter existido! E a vida já lhe dera muitas oportunidades de outros bolos e guloseimas. Até pode parecer bobagem, mas a irmã que comeu o bolo, precisou de ajuda para se perdoar por esse “ato de egoísmo”, que aos seus olhos teria sido muito sério.

Contei sobre uma criancinha. Quem de nós ousa julgar a atitude dela? A infância é a fase egocêntrica e, naturalmente uma criança pensa primeiro em suas próprias necessidades e satisfações. Não deveria haver culpa a respeito disso.

Sabemos então que essa fase deve passar, o egocentrismo deve dar lugar à empatia, generosidade e pensamento coletivo. Ou, deveria acontecer conosco de maneira tão natural, se a carne não fosse assim tão fraca. “Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo.” (1Jo 2:16 )

O egoísmo que ainda reside em nós afeta todas as áreas de nossa vida; nele está a raiz das discórdias, rebeldia, maledicência, avareza, corrupção, e muitas outros pecados. E não adianta para o cristão alegar que vive bem com todos, que a família está unida, faz o bem aos pobres e é desapegado das riquezas, se ele não estiver compartilhando com os outros o maior e mais generoso presente que recebeu gratuitamente, comprado por alto preço de sangue inocente: AS BOAS NOVAS DA SALVAÇÃO EM CRISTO JESUS.

Se você já foi alcançado pela graça redentora do Pai celestial, é porque gerações e gerações de cristãos, ao longo dos anos, decidiu obedecer o mandamento do “Ide”, se desprendeu de si mesmo, seja do medo da morte, vergonha, timidez, preconceito, conforto, terra natal ou cultura… e essa mensagem redentora pôde alcançar o seu coração e transformar a sua vida.

“Apesar de termos sido maltratados e insultados em Filipos, como vocês sabem, com a ajuda de nosso Deus tivemos coragem de anunciar-lhes o evangelho de Deus, em meio a muita luta.” (1Ts 2:2)

Se, por algum motivo o cristão não se acha na obrigação de “dividir o bolo de chocolate”, é porque ainda não cresceu. O Senhor nos chama para proclamar, compartilhar, anunciar a oportunidade de redenção por toda a terra. Ele nos justifica e também nos capacita para o serviço:

2Pe 1:2-8  Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor.  (3)  Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.  (4)  Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça.  (5)  Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento;  (6)  ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade;  (7)  à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor.  (8)  Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em suas vidas, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos.

O chamado do Senhor é para que possamos crescer em sabedoria e conhecimento do Seu Filho Jesus, para que sejamos OPERANTES e PRODUTIVOS para o Reino, aproveitando sabiamente cada oportunidade, porque os dias são maus (Ef 5:15-16). E não há nada mais produtivo do que semear a Palavra de Jesus para os que estão no mundo.

Aquela menininha carregou a culpa por anos, e era um simples bolo de chocolate… estejamos atentos para as oportunidades de compartilhar o maior presente que recebemos: Cristo Jesus e a alegria da vida eterna!

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1Pe 2:9)