fbpx

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

“Então Jesus foi com eles. Quando Jesus já estava perto da casa, o centurião enviou-lhe alguns amigos, dizendo: — Senhor, não se incomode, porque não sou digno de recebê-lo em minha casa. Por isso, não me julguei digno de ir falar pessoalmente com o senhor; porém diga uma palavra, e o meu servo será curado.” – Lucas 7:6-7

“E, quando os que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o servo curado.” – Lucas 7:10

Hoje falarei ainda um pouco sobre o centurião. No artigo da semana passada eu destaquei o quanto o amor desse homem por seu servo e pela comunidade judaica tinha atraído sobre ele o respeito e a consideração dos líderes judaicos.

No texto de hoje vemos o quanto esse homem era humilde. No pensamento judaico do primeiro século, uma pessoa entrar na casa de outra era um ato de grande valorização. Essa é a razão, por exemplo, de Zaqueu não ter convidado Jesus para entrar em sua casa, foi o próprio Jesus quem se convidou (Lucas 19:1-10). Hoje o pensamento é inverso, nós esperamos ser convidados e isso para nós representa valorização e respeito.

Imagino alguém dizendo para o centurião romano: “O Mestre está vindo em nossa direção”. O centurião deve ter ficado aflito, pois já não tivera coragem de ir falar pessoalmente com Jesus e agora este vinha ao seu encontro. Por isso mandou os seus servos dizerem o quanto se sentia indigno que o Senhor entrasse em sua casa.

Essa é a maneira correta de nos apresentarmos diante de Deus, de nos aproximarmos dele. Somos indignos, pecadores, quanto mais nos conhecemos e conhecemos a santidade de Deus, mais devemos nos sentir indignos da presença e do favor do Senhor. É ser “pobre de espírito” (Mateus 5:3) e “chorar pelos nossos próprios pecados” (Mateus 5:4). Uma pessoa assim torna-se feliz porque é gente assim que é trabalhável nas mãos de Deus.

Muito diferente da atitude futura do fariseu que convidou Jesus para ir em sua casa:

“E, voltando-se para a mulher, Jesus disse a Simão: — Você está vendo esta mulher? Quando entrei aqui em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; esta, porém, molhou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me recebeu com um beijo na face; ela, porém, desde que entrei, não deixou de me beijar os pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas esta, com perfume, ungiu os meus pés.” – Lucas 7:44-46

O fariseu não deu o mínimo tratamento que se esperava que desse a um hóspede que aceita entrar na casa. Já o centurião sentiu-se indigno de receber Jesus em casa. Além de sentir-se indigno, o centurião tinha tanta fé em Jesus que sabia que apenas uma palavra do Mestre seria suficiente para curar o seu servo. Foi uma fé que deixou o próprio Senhor Jesus admirado.

O resultado foi a cura do seu servo. É o que ocorrerá conosco de maneira completa se nos aproximarmos de Deus desta maneira: com humildade, entendendo que somos indignos do seu amor, mas confiantes de que o Senhor é poderoso para fazer infinitamente mais do que pensamos e pedimos, conforme o seu poder que age em nós (Efésios 3:20).

De longe, sem pronunciar uma palavra sequer, Jesus curou o servo do centurião, possivelmente apenas através do seu pensamento. É este Jesus que seguimos hoje, poderoso, que vive para interceder e cuidar de nós (Hebreus 7:25).

“O que eu desejo” – Tg 1.13

“Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” – Tiago 1:13

 

     Minha boca não saliva por uma forma de salada, e não sou fã do cheiro de cuscuz queimado. Segundo Tiago, se eu cair em tentação a culpa não é de outrem, como se minha salvação estivesse nas mãos de outras pessoas, mas apenas minha, visto que prestei mais atenção às coisas que me atraiam, ignorei o amor divino e incorri ao precipício dos desejos; a culpa da minha queda também não é do pernil ou do bom cuscuz, Deus os fez para mim, como todas as coisas, o problema está quando eu desvio os meus olhos da Graça e passo a sofrer, e ardentemente desejar, mais as coisas da carne, que às do espírito, trocando a comunhão do culto pelo churrasco na vizinhança , por exemplo (Hb 10.19-27; Tg 1.14, 4.1-10; 1Jo 2.15-17).

“Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” – Tiago 1:14

 

     É fácil colocar a culpa em Deus, atribuir-lhe alguma culpa, ou toda ela, e supor que temos o poder para alcançar a paz, a prosperidade e a eternidade com nossas próprias forças; não há problema, e na verdade é desejável que o crente busque essas coisas, mas é necessário reconhecer que só as obtemos diante do trono da Graça de Deus, mediante o sangue de Cristo na Cruz, após o batismo (Rm 2.7, 6; Tg 1.17).
Nesse sentido, o contexto teológico do livro de Tiago: “perseverança na tribulação”, ou “alegria na tribulação”, é aceitável e desejável, pois dentro da lógica de Cristo, o tempo que se chama hoje são continuas oportunidades de graça, arrependimento, boas obras, obediência e perseverança, o cristão sabe que nesse mundo terá aflições, seja porque ele próprio é cristão, seja porque o mundo está em um estado de deterioração moral e ética sistêmica e crônica, mesmo assim, temos a constante alegria e firme felicidade de, na vida do por vir, encontrar todos os santos de todos os tempos e juntos nos apresentarmos diante de Deus (Tg 1.2; Jo 16.33; Hb 10.32-39).

     Assim, sempre que nos encontramos em pecado ou diante de uma situação complicada agora nossos olhos devemos acreditar que aquele que suportou a maior humilhação e venceu o maior inimigo está de braços abertos para nos encorajar, animar e melhor de tudo, purificar e orientar, basta que O busquemos, crendo que Ele nos ouve (Hb 11.6; Tg 1.5-8).

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança (…) Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” – Tiago 1:2,3

 

_______________________________

“O que esperamos?” – Ef 3.20

          O mundo tem várias expectativas, muitas delas são o motivo da felicidade ou depressão das pessoas; como humanos, é necessário que visualizemos claramente, tanto o agora (onde estamos/quem somos), quanto o futuro (onde queremos estar/quem queremos ser). Olha o que Paulo sugere:

“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nósa ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” – Efésios 3:20,21

          Até aqui, Paulo em seu discurso da superabundante Graça de Deus aos homens, lembra seus leitores das coisas passadas, dos aspectos dificultadores e estressores da relação entre Deus e os homens, onde Deus, em duas infinita misericórdia, indicou, pavimentou, iluminou uma estrada eterna para os que quiserem se aproximar dEle (Ef 1.3-8, 2.1-5).
A partir daqui, Paulo destaca a importância do abandono do velho homens, de seus preconceitos e egoísmos, que todos, sujeitando-nos a autoridade de Deus, vivamos em prol da vida e saúde de nossos irmãos em Cristo, assim como assumamos um compromisso de combate a mentira, assim como contra seu pai (Ef 3.10-21, 4.1-6, 5.1-2, 6.10)
Assim, a vida do cristão deve ter uma fluidez e constância, de abandono do velho e apropriação do novo em Cristo, visto que esta Graça impossível está acessível, devemos buscá-la de todo coração, com toda força e entendimento, a fim de que o sacrifício de Deus e o nome de Jesus sejam glorificados em nossas vidas como seguidores e servos de Cristo (Rm 6.1-4; 2Co 12.9)
Visto que temos certeza do prêmio reservado para nós, andamos confiadamente naquele que nos perdoa e salva da condenação eterna, não mais segundo esse mundo mas, seguindo uma lógica diferente, de gratidão, fé e amor a Deus que pode e concede todas as coisas em Cristo Jesus, nosso Senhor (Hb 12.1).

 

Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” – Romanos 6:1-4

 

__________________________________________________

“Eu te louvo” – Isaías 25.1

“Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros”

Isaías 25:1

                    Em dias de dificuldade o que você faz? Agiliza o máximo de coisas? Isaias diante da falência espiritual da nação, glorifica a Deus, ele reconhece que a salvação vem de Deus, o mesmo justo que corrige os seus filhos; Isaias ensina que Ele cuida de nós mesmo quando pecamos (Is 43.1 – 44.5).
Essa é a maior maravilha de Deus, que Ele sendo santo, poderoso e soberano, se voltou para nossa necessidade de resgate, e cuida de nossas necessidades (Sl 8; Mt 6.33, 11.25-30; Jo 1.1-14, 3.16-21).

“Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. […] que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” – Salmos 8:1,4,5

                  Esse é um ensino recorrente, o crente olha para o alto e agradece, mesmo pelas mazelas que sofre, pois reconhece que é graça continuar vivo em um mundo tão apodrecido; por outro lado não se entristece por qualquer prejuízo material, por entender que Deus é a fonte da riqueza e a sua companhia a coisa mais importante em todo tempo (Rm. 8.28; Tg 1.2-12).
É uma mensagem difícil, a pergunta “por que o justo sofre?” é feita pelos séculos a fio, talvez a resposta mais simples seja “para a glória de Deus”, imagino que essa resposta seja inquietante, e não pretendo esgotar esse assunto milenar, mas diante da desgraça total, Isaías se virou para Deus e disse “eu sei que tu cuidas de mim, por isso eu te louvo” (Jr 20; Lm 3.22-26; Fp 1.20-30; 1Pe 3.12-17)

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.
Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca.
Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio”
– Lamentações 3:22-26 –

 

——-

“Plágio” – Romanos 8.28

“Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue”

Hebreus 12.4

                                                   Tomo esta sentença sem autoria como minha e sugiro que você faça o mesmo, ao olhar no espelho e lembrar das perseguições e aflições sofridas pelos primeiros cristãos, que foram feitos de tochas humanas, ração para animais selvagens, mortos nas arenas e nas ruas, nas estradas e dentro de suas próprias casas (Tg 1.19-25).

                                             Paulo escreve “vocês são vencedores EM CRISTO e NADA pode separar vocês de Deus” como em profecia e preparação para esses anos de ferrenha oposição enfrentada abertamente pela igreja entre os anos 65 e 300 D.C, os cristãos deviam ser capazes de lembrar que o preço pago por Jesus na Cruz, tanto o sofrimento físico quanto o espiritual e psicológico de suportar os pecados de toda humanidade, para nos resgatar e oportunizar vida, esse preço é muito maior, e poderoso, que qualquer outro que possamos passar aqui na terra, de modo que nEle, Jesus, O Cristo de Deus aos homens, o eterno Emanuel, “Deus conosco”, temos a certeza de alívio e sustento na hora da tribulação. Paulo não está dizendo “você não vai sofrer”, mas “você têm condições de superar isso porque Ele já te livrou da maior condenação” (Rm 5.15-21, 8.18,31-37).

                                          Ansiedade e depressão, falência e fome, doença e privação, bullying e tortura, são condições de nossa humanidade, demostram que anda somos capazes de sentir, somos fracos e finitos, sendo importante reconhecer que todos podemos um dia nos encontrarmos em algumas dessas situações, e mesmo nesses momentos Deus está ao nosso lado dizendo: “confia em mim” porquê “os que confiam no Senhor, são como os montes de Sião, que não se abalam mas permanecem”, e por sua fidelidade ao plano/vontade de Deus podem receber a recompensa eterna prometida aqueles que persistiram em fazer o bem (Mt 6.33; Is 40.28-31; Rm 2.7, 6.23; 2Tm 4.8).

                                                    Assim, o texto de Romanos 8.28, parece exigir do crente um esforço constante, paciente, manso e consciente, para que espere o tempo de Deus, que libere toda raiva e busque cumprir o seu papel, individual, no eterno propósito Dele: salvar todo aquele que crer (Jo 3.16; Rm 1.16; Ef 4; Gl 6.7-10).

 

Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor
 – Romanos 8:38,39 – 

 

 

“Somos gratos pelo teu amor, que está disponível e consola aqueles que Dele se aproximam, também pedimos por aqueles que ainda não se achegaram e por aqueles que tem passado dificuldades em sua jornada contigo, usa-nos para o bem deles, amém

“Tempo da Graça” – Lm 3.22,23

                              Pense aí, você acabou de perder tudo o que tem, sua casa foi queimada, seu país invadido e escravizado, seu sagrado foi profanado, muitos de seus parentes foram mortos e/ou violentados, no lugar que você ama só tem miséria, corpos pelas ruas e um altíssima coluna de fumaça sinalizando que não, ali não é mais terra de um povo, uma cultura. Em resumo, e de maneira geral, esse é o contexto desse livro, poético e profético, que fala da tristeza de um homem que por 40 anos foi ignorado e teve a sua mensagem, mensagem de Deus, seguidamente rejeitada (Jr 52).

                              No entanto, não se desespere, esse é um livro de esperança e confiança, Jeremias não queria registrar as mazelas de Jerusalém ou de Judá, mas proclamar paz e restauração, que o povo se voltasse para Deus, visto que Ele é fiel e justo, sempre amoroso, querendo que seu povo viva e desfrute das maiores e melhores graças (2Pe 3.9).

 

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”

Lamentações 3:22,23

 

                              Apesar de não ser o foco, ou não deveria ser, do cristão, a nossa vida terrena não pode ser “sofrida” ou “miserável”, pois já temos motivo suficiente para nos alegrarmos em todas as situações (Rm 8.31-39; Hb 12.1)

                              Primeiro, Deus cumpriu sua promessa de nos abençoar por meio da genealogia de Abraão e genealogia de Davi, Jesus, “Deus conosco” é a garantia de amor e justiça eternas; e isso não apenas em letras ou palavras, mas em ação e verdade, é missão da igreja cuidar da igreja e da vizinhança (mesmo que sejam homossexuais, umbandistas, muçulmanos ou ateus), o que deve nos fazer pensar “eu estou sendo a igreja certa?” (Gn 22.18; Mt 1, 22.37-40; Ef 1.9-11)

                          Segundo, temos ainda uma esperança eterna e superior a qualquer problema terreno, assim como o atleta suporta dores e aflições para se manter na corrida, é “parte do processo” que soframos um pouco pela Glória futura; esse sofrimento é também angústia, ansiedade, abnegação, raiva, e tantos outros sentimentos humanos que experimentamos ao longo do nossa jornada de transformação de nossa mente.

                              Confiadamente podemos viver em meio a dificuldade a medida que olhamos para a cruz, o sangue, os espinhos, para o sepulcro, e vemos não dor, não tristeza, não morte, MAS amor, redenção, salvação e fidelidade (Hb 14.16; Tg 1.2-5).

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”
– Tiago 1:2-5 –

“É Bastante” – 2 Co 12.9

Porque nos regozijamos quando nós estamos fracos e vós, fortes; e isto é o que pedimos: o vosso aperfeiçoamento.

2 Coríntios 12.9

 

          No deserto, após se verem livres dos algozes egípcios, o povo hebreu murmurou contra Deus, primeiro por água, então por pão e, em fim, por carne; após tantos sinais e maravilhas até aquele momento, o povo ainda tinha dificuldade de ver e reconhecer o Senhor em sua posição de direito, SENHOR (Sl 106). Será que na situação deles, não faríamos o mesmo? Nós, humanos, somos obstinados, gananciosos, insaciáveis, glutões, altamente destrutivos, é difícil para nós reconhecer a plenitude da existência divina. 

          Um argumento que se popularizou nós últimos tempos, coloca Deus como uma criação do imaginário do homem, um reflexo de sua repulsiva vontade de domínio, poder e glória; essa ideia no entanto não reflete o Deus da Bíblia, apenas concentra em um ser o que os egípcios, gregos e latinos, germanos e tupiniquins identificavam em várias divindades, o corpo de Sócrates deve se revirar no túmulo ao ouvir essa queixa “moderna”.

          Nesse debate, é preciso muita humildade, mas muita mesmo, para reconhecer que mesmo na pior das das hipóteses, não temos o poder para enfrentar Ele, por outro lado, na melhor das hipóteses, brotará em nossos corações uma gratidão aconchegante pela vida, pela comida e pela dormida (Ef 2; Cl 1)

          Particularmente, prefiro acreditar que sou falho, fraco e frágil, finito, e, com uma perspectiva de gratidão, viver, não pelas minhas próprias pernas ou braços, mas pela graça de Deus, que me viu preso pelo pecado da culpa e enviou seu filho para me dar um lar, um propósito, uma esperança, uma família; não deixo de ser humano, mas todo dia há de ter uma lição que tanto perturbe quanto console minha alma, pois nEle próprio habita a certeza de tudo o que desejo (Jo 3.16-19; Gl 2.20, 6.14-16).

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para  o mundo” – Gálatas 6:14

Essa certeza é compartilhada, e você também tem um convite especial, para compartilhar da alegria, satisfação e paz de ter Alguém que pode, quer e está cuidando do bem daqueles que confiarem nEle (Mt 11.28-30).

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei
– Mateus 11:28 –

 

Senhor, abre os nossos olhos e acalma o nosso coração, para que sejamos capazes de agradecer pelo teu cuidado, e pela oportunidade de testemunhar o teu amor.

O Cristão e a Ansiedade

 “Ele, por sua vez, se afastou um pouco, e, de joelhos, orava, dizendo: — Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. Então lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o suor dele se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.”

Jesus é nosso modelo em tudo…em santidade, em amor, em justiça, em mansidão, também na maneira como lidou com seus sofrimentos, na maneira como lidou com a ansiedade.

Se hoje você descobrisse o exato dia da sua morte, como você reagiria? Seria bom ou mal ter essa informação? Imagine, por exemplo, que você soubesse que vai morrer no dia 10 de dezembro de 2035.

Creio que se eu soubesse isso hoje, até certo ponto tranquilo seria tranquilo, afinal ainda faltariam mais de 15 anos. Mas, e quando chegasse o dia 31 de dezembro de 2034? Como eu reagiria ao entrar no meu último ano de vida? Como você reagiria?

Deus nos poupou disso, mas Jesus não foi poupado. Ele sabia que sua hora estava chegando, exatamente o momento. Por isso, é nosso melhor exemplo de como lidarmos com a ansiedade. Em muitos momentos ele falou sobrre isso:

“ Agora a minha alma está angustiada,  e o que direi? “Pai, salva-me desta hora”? Não, pois foi precisamente com este propósito que eu vim para esta hora. Pai, glorifica o teu nome.” – João 12:27-28, Ele disse isso 1 semana antes da morrer.

Gotas de sangue – alguns dizem – reação natural de um organismo pressioado com por grande, stress, medo e ansiedade – rompem-se finíssimas veias capilares.

O que é a ansiedade? Como Jesus lidou com ela? O que a Bíblia ensina a respeito? Como tenho aplicado isso em minha vida?

I – O QUE É ANSIEDADE?

Provém do termo grego anshein , que significa “estrangular, sufocar, oprimir”. Primeiros sinais físicos aparrecem na Grécia antiga.

Preocupação – pré (antes) ocupar-se antes que a situação venha.

Não era ainda considerada uma doença, embotra Hipócrates, considerado o pai da Medicina, tenha tratado de situações referentes a ela.

Reações normais diante da ansiedade: medo, apreensão, tensão, sofrimento antecipado de algo que vai acontecer ou mesmo algo estranho.

Ansiedade fisiológico – todos nós temos, faz parte de viver. Há um peso em viver, que todos nós sentimos. É passageiro.

Ansiedade patológica – série de eventos não só emocionais como sensação de morte, medo acompanhado por modificações na parte funcional do organismo, sendo gerada por algo desconhecido ou sem objetivo específico.

Em linhas gerais, ansiedade é apreensão e medo do futuro.

II – COMO JESUS LIDOU COM A ANSIEDADE

“Tendo-se levantado de madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus saiu e foi para um lugar deserto, e ali orava.” – Marcos 1:35

Em grandes momentos Jesus orava – na escolha dos apóstolos, no encontro com Moisés e Elias para conversarem sobre sua morte.

Livro de Lucas relata vários momentos nos quais Jesus saiu, solitário, e foi orar. Tempos e mais tempos com o Pai.

Jesus também buscava companhia dos seus 12 apóstolos ou mesmo de 3 deles mais chegados – Pedro, Tiago e João, como, por exemplo, na transfiguração e no Getsêmani.

III – O QUE PODEMOS APRENDER COM JESUS E NA BÍBLIA QUE NOS AJUDARÁ A LIDAR COM A ANSIEDADE

“Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, os exalte. Lancem sobre ele todas as suas ansiedades, porque ele cuida de vocês.” – 1 Pedro 5:6-7

“Assim diz o Senhor: ‘O céu é o meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés. Que casa, então, vocês poderiam construir para mim? Ou que lugar para o meu repouso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir”, diz o Senhor. Mas eis para quem olharei: para o aflito e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra.’” – Isaías 66:1-2

Algumas lições que podemos tirar destes textos que podem nos ajudar a lidar melhor com a ansiedade.

1. Deus é Poderoso

O seu Deus, Pai de Jesus e seu Pai, é o Todo-Poderoso, o Senhor dos Exércitos, aquele que luta por nós.

Céus são o seu trono – Todo o Universo, 7 céus segundo alguns dizem, Paulo chegou ao terceiro céu.

Terra  – banqueta dos seus pés – imagine o tamanho do pé desse Deus maravilhoso.

As suas mãos criaram todo o Universo, conhecido e desconhecido.

Diante disso eu mentalizo – a minha vida está nas mãos do Todo-Poderoso Deus, Ele está no controle, não eu.

Tenho uma agenda onde anoto os meus compromissos, é sinal de alguém organizado, mas também de alguém que gosta de ter tudo sob seu controle.

Nos meus medos – tenho alguns que não tenho nem coragem de contar, nem mesmo para as pessoas mais próximas – mentalizo para Deus: /’Não vai acontecer, se Deus não permitir…” ou “Se Ele permitir, de alguma maneira irá contribuir para o meu bem… No tempo oportuno serei exaltado, seja aqui na terra, seja na eternidade, ao lado de Deus”.

2. Ele se interessa com tudo o que acontece conosco

“Lancem sobre ele todas as suas ansiedades, porque ele cuida de vocês”, vs. 6-b

“Mas eis para quem olharei: para o aflito e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra.” – vs. 2-b

As tuas preocupações diárias interessam ao teu Pai celestial…

As tuas lágrimas, as tuas dores, os teus medos… interessam ao nosso Pai celestial.

3. Lancemos sobre Ele toda a nossa ansiedade

São muitas pesadas para carregarmos. O futuro é incerto, pesado, nem sempre parece ser bom.

O único de aguenta tamanho peso é o seu Deus, seu Pai, seu Criador, que sabe bem como você funciona.

Não é de estranhar a busca de Jesus, enquanto homem, pela presença do Todo-Poderoso, do seu Pai.

Ele tinha um planeta inteiro para salvar. Bem diferente das nossas responsabilidades, por maior que sejam.

IV – COMO TENHO LIDADO COM MINHAS ANSIEDADES

1. Tempo diário de leitura Bíblica

Estou lendo o Velho Testamento – estava acompanhahdo as aventuras de Davi fugindo do rei Saul – como fui inspirado.

“Davi permaneceu no deserto, nos lugares seguros, e ficou na região montanhosa no deserto de Zife. Saul buscava-o todos os dias, porém Deus não o entregou nas suas mãos.”

Um texto como este animou-me a saber que os meus maiores medos somente acontecerão se Deus, aquele que tem cuidado de mim, que me ama, permitir.

2. Tempo diário de oração com Deus

Pequenos momentos, nas refeições, com a familia, com os irmãos em Cristo, mesmo enquanto trabalho, pequenos tempos com Deus. É colocor em prática o “Orai sem cessar” ensinado por Paulo em 1 Tessalonicenses 5:17.

3. Tempos pelo menos semanais de conversa “qualificada” com Deus.

30 a 40 minutos, 3 vezes por semana, falando com Ele, lançando a ansiedade, conversando com Ele, ouvindo o Senhor, intercendo pelos outros.

Saio de casa às 6 horas da manhã para andar de 3 a 4 vezes por semana: não é só atividade física.

Saio cheios dos meus medos reais ou imaginários, com dúvidas, com angústia, com preocupações – volto outra pessoa depois de 30 a 40 minutos na companhia de Deus.

Sugiro a leitura do artigo “Entra no teu quarto” publicado no portal da igreja nacional (igrejadecristo.net) e em forma de vídeo no canal da igreja nos Pimentas.

4. Tempos com vários irmãos durante a semana

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros, para que vocês sejam curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” – Tiago 5:16

Precisamos de irmãos que nos ouçam. Precisamos ouvir os irmãos e vermos que todo estamos nas mesmas lutas.

5. Alguns exercícios também são importantes.

Lendo dois livros: “Ansiedade”, do Augusto Cury, Síndrome do Pensamento acelerado e “Um coração igual ao de Jesus” de Max Lucado

Exercício de coar os pensamentos, com base na Palavra de Deus, se eles merecem mesmo essa atenção toda minha. Precisamos coar todos os nossos temores, medos e pensamentos negativos utilizando a Palavra de Deus como parâmetro.

Seu sou tratado mal, posso ficar pensando: “Por que fulano fez assim comigo?”

Ou posso assumir outra posição: “Para que vou dar tanta importância àquilo que fulano falou ou fez?”

Outro exercícios, escrever num papel todas as minhas preocupações e fazer uma análise bíblica e série se realmente devo ficar ansioso com isso.

Exemplo: numa lista com 10 preocupações, 5 não são reais, 5 reais e destas 5, somente 2 eu tenho controle, portanto as outras 3 vou aprender a colocar sob o controle de Deus. Depois, tomar decisões e concentrar meus esforços naquelas ansiedades e preocupações nas quais tenho controle.

Por outro lado, vamos relaxar um pouco diante de nossas anseidades, pois, se até Jesus teve, você e eu não seremos poupados dela. É um aprendizado, aprender a confiar em Deus, lançando sobre Ele toda a nossa ansiedade:

“Digo isto, não porque esteja necessitado, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer”  situação. – Filipenses 4:11

6. Procurar ajuda especializada em casos extremos

Sim, em casos extremos, quando está prejudicando a saúde, é importante buscarmos ajuda de um psicólogo ou mesmo psiquiatra. Sugiro alguém que tenha valores cristãos. Eu mesmo fui atendido por um deles por cerca de 3 anos e ajudou-me muito naquele momento.

CONCLUSÃO

Há cura para a ansiedade? Não. Faz parte do fato de estarmos vivos.

Mas, como conviver melhor com ela?

“Assim diz o Senhor: “O céu é o meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés. Que casa, então, vocês poderiam construir para mim? Ou que lugar para o meu repouso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir”, diz o Senhor. “Mas eis para quem olharei: para o aflito e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra.” – Isaías 66:1-2

O teu Deus, teu Pai, é poderoso, Criador do Universo e está interessado nas tuas ansiedades. Mentalizemos isso todos os dias, internalizemos esta realidade e tomemos decisões práticas baseadas na Palavra de Deus e nas sugestões feitas neste artigo. Que o Senhor nos ajude a descansar nos braços fortes e poderosos de nosso Pai celestial.

Nota: mensagem pregada nas igrejas de Cristo em Guarulhos (Centro e Pimentas) nos dias 19 e 26 de julho de 2020.

Os que Com Lágrimas Semeiam, Com Júbilo Ceifarão

“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” – Salmo 126:5-6

INTRODUÇÃO

Todos nós temos sonhos, temos planos, temos projetos…
Quais são os seus sonhos? Aquilo que às vezes, acordado, você contempla e, de repente, cai em si e percebe que nada daquilo de fato aconteceu…

Melhor pergunta: o que você tem feito para que seus sonhos se tornem realidade?

Ontem utilizei este mesmo texto para falar do casamento, que Deus quer que seja bom, mas não depende somente dele, mas daquilo que estamos semeando para colher os doces frutos de um relacionamento.

Demora, exige paciência, exige perseverança, muita confiança em Deus.

PENSANDO NO SALMO 126

Este salmo refere-se a um momento importante na vida do povo de Israel – a volta do cativeiro.
12 tribos foram para o cativeiro – Síria e Babilônia.
10 tribos do norte se acomodaram com aquela situação, aceitaram a cultura das outras nações e nunca mais retornaram – no máximo, retornaram como os samaritanos.
2 tribos do sul – muitos também aceitaram, mas um pequeno remanescente, mostrado no livro de Daniel, continuou esperando em Deus, que um dia voltariam do exílio e os versículos 1-2 retrata esse momento feliz:

“Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo.”

Todo o salmo fala desse momento – aquilo que é bom, não adianta, não cairá de mão beijada, exigirá semeadura e semeadura com lágrimas.

No deserto do Neguebe, citado no vs. 4, durante 3 meses do ano, as correntes vindas do Norte fértil, cruzam as areias do deserto de forma subterrânea! Os Beduínos, habitantes do deserto, nessa época plantam e cavam em lugares que só a experiência deles revela, com as próprias mãos o solo árido!
Em alguns minutos localizam a água que vai regar o que plantaram!

Dali a alguns meses celebrariam mais uma colheita, mesmo feita num deserto como aquele.

II – OS QUE COM LÁGRIMAS SEMEIAM COM JÚBILO CEIFARÃO

Esta frase não é um mandamento, mas é um princípio de vida, para todas as áreas da nossa vida – espiritual, profissional, emocional, estudantil…

Um pensamento errado – pessoas felizes são aquelas que foram poupadas de dor, de fracasso, de frustração, de tristeza – estamos criando uma geração de pessoas fracas, por causa desse pensamento.

Como o lavrador do salmo aprendeu a cultivar num terreno árido, uma pessoa para ser bem-sucedida precisa aprender a continuar semeando, mesmo quando parece que não haverá retorno.

O que significa semear em lágrimas?

Significa trabalhar por algo que vale a pena, mesmo que precise pagar um alto preço no meio do sofrimento.

Ninguém semeia de manhã e colhe a tarde. Precisa paciência, perseverança, saber esperar e principalmente pagar o preço do sucesso.

O dicionário é o único lugar onde sucesso vem antes de trabalho, alguém já disse.

UMA SEMEADURA BASEADA NA FÉ EM DEUS, NÃO NAS PRÓPRIAS FORÇAS

Ao contrário do que parece, o semear do salmo é baseada muito mais em Deus que no esforço humano.

No deserto, o trabalho do semeador era apenas semear, todo o restante, o tempo bom, as chuvas – as variações climáticas, as pragas, até mesmo o ataque de inimigos – tudo dependia da ação e proteção, do agir do Senhor.

QUEM SAI ANDANDO E CHORANDO ENQUANTO SEMEIA…

Quem não para, persevera, não desiste, mesmo chorando, voltará trazendo os seus feixes.

São as lutas que existem na vida.
Quer construir um bom casamento? Haverá lutas.
Quer ter uma boa profissão, bem remunerado? Estude, trabalhe, se esforce, vá atrás.
A vida cristã é repleta de momentos de choros, que serão um desafio para permanecer:
É aquele pecado que nos assedia…
É aquela tentação que tenta nos derrubar…
É aquela tribulação, que tenta nos tirar o foco…
São as pessoas sem Deus que tentam nos influenciar…
São as pessoas com Deus que às vezes nos decepcionam…

Se PERMANECERMOS (um verbo muito citado no evangelho de João) e mesmo chorando, andando, caminhando, olhando para Jesus, rumo à Jerusalém celestial, vamos voltar com nossos feixes.

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;” (II Corintios 4:17).

E tudo o que precisamos é apenas insistir em permanecer olhando para o exemplo de vida de Jesus, com paciência, e tomando a decisão de viver conforme ele nos manda, obedecendo aos seus mandamentos.

“Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.” (Tiago 5:7-8)

Mesmo que passemos por sofrimentos:

“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Rm. 8:18)

CONCLUSÃO

“Com júbilo ceifarão” “voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”

Sim, semeando com lágrimas, traremos…
Aquele emprego estável depois de muito tempo chorando nos estudos…
Aquele bom casamento depois de muito tempo chorando os pedidos de perdão, perdoando, amando o cônjuge, sendo tolerante com as fraquezas do cônjuge…
Aqueles filhos com famílias estáveis, depois de chorarmos as correções que teremos que dar, a paciência que precisaremos ter,

E, especialmente, depois de anos chorando para semear a obediência a Jesus, a dependência do Espírito Santo e a luta contra o pecado, vamos colher, com alegria…

“Vinde benditos do meu Pai”.

Nota 1: Mensagem pregada na Igreja de Cristo no Bairro dos Pimentas, Guarulhos/SP., em 09 de junho de 2019.

Nota 2: fontes de pesquisa: http://blogeditorabetania.com.br/tag/os-que-com-lagrimas-semeiam/, http://atos244fm.com.br/2016/10/19/os-que-com-lagrimas-semeiam-com-jubilo-ceifarao/ e https://sidonemeditandonapalavra.blogspot.com/2012/08/os-que-semeiam-em-lagrimas-segarao-com.html

Por Que Comigo?

Às vezes você tem aquela sensação de que você sempre parece fazer as coisas tudo certo, sem prejudicar ninguém, tudo dentro do mais correto possível, mas parece que sempre as coisas dão errado pra você? Parece que quanto mais age bem, mais errado parece ser o resultado, não é mesmo? Mesmo se esforçando em ser um bom servo de Deus, mesmo não esperando nenhuma retribuição em troca por causa disso (como deve ser mesmo, na realidade, pois somos servos), às vezes bate aquele sentimento de “mas por que isso tá acontecendo comigo?”. Temos na Bíblia um ótimo exemplo de como vencermos essa sensação, e esse personagem bíblico é um dos meus maiores inspiradores: José.

Não sei se você conhece bem a história de José, mas vou citar alguns trechos pra que possamos refletir: ele era o filho mais novo de Jacó, o qual teve seu nome mudado por Deus para Israel (Gênesis 32:28); portanto José era o filho mais novo de Israel, o pai das 12 tribos. Os irmãos de José, por ciúmes, planejaram matá-lo, mas foram convencidos por Rúben, um dos 11 irmãos de José, a jogarem-no num poço e depois o venderam aos ismaelitas que, por sua vez, o venderam a Potifar, oficial de Faraó (Gênesis 37). Dessa maneira José vai parar no Egito.

Potifar, percebendo que José era abençoado por Deus em tudo que fazia, o coloca como administrador de toda sua casa. Certa vez a mulher de Potifar quis seduzir José, obrigando-o a fugir dela correndo, porém Potifar não acreditou nele e o mandou para a prisão onde, ainda se mantendo fiel a Deus, conquista a confiança do carcereiro e passa a tomar conta de toda a carceragem (Gênesis 39).

Depois de um episódio envolvendo o padeiro e o copeiro de faraó, que também acabaram presos onde José estava, José consegue interpretar os sonhos do copeiro de faraó que, após libertado da prisão e depois de passados dois anos, lembra-se de José por causa de um sonho no qual faraó precisava de alguém para interpretar, e esse alguém é José. Após conquistar a confiança de faraó, José é colocado como governador de todo o Egito, ocupando posição logo abaixo do próprio faraó (Gênesis 40-41), perdoa seus irmãos pelo que lhe fizeram, traz toda sua família para morar no Egito e morre aos 110 anos (Gênesis 42-50).

Conseguiram ver como foi a vida desse homem de Deus? Seus irmãos não gostavam dele, foi vendido como escravo, foi preso por mais de 2 anos injustamente, viveu a maior parte de sua vida afastado da família… e sem nunca ter prejudicado ninguém. Quer maior exemplo de alguém que continuava sendo fiel a Deus mesmo quando tudo parecia dar errado em sua vida?

José aprendeu que ser fiel a Deus não depende das circunstâncias da vida, mas sim que ser fiel é o nosso papel como filhos de Deus. O que nosso Pai vai determinar para nossas vidas faz parte do plano Dele pra cada um de nós, e temos que confiar que Ele vai conduzir-nos sempre para aquilo que é melhor para nós, mesmo que não enxerguemos isso no momento. O apóstolo Paulo nos lembra disso em Romanos 8:28 – “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. Vamos confiar Naquele que não nos abandona.