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E A PEDRA ERA CRISTO

E a pedra era Cristo

A desobediência de Moisés e Arão é alerta para nós

“Eis que estarei ali diante de você sobre a rocha em Horebe. Bata na rocha, e dela sairá água; e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.” – Êxodo 17:6

“O Senhor disse a Moisés: Pegue o seu bordão e ajunte o povo, você e Arão, o seu irmão. E, diante do povo, falem à rocha, e ela dará a sua água. Assim vocês tirarão água da rocha e darão de beber à congregação e aos animais.” – Números 20:7-8

“Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e a congregação e os seus animais beberam.” – Números 20:11

“Mas o Senhor disse a Moisés e a Arão: — Porque não creram em mim, para me santificarem diante dos filhos de Israel, vocês não farão entrar este povo na terra que lhe dei.” –Números 20:12

“Todos eles comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual. Porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.” – 1 Coríntios 10:3-4

Uma das premissas importantes para entendermos a Palavra de Deus é utilizarmos a própria Palavra para explicar textos às vezes difíceis de entender, algo reconhecido pelo próprio apóstolo Pedro referindo-se aos escritos de Paulo (2 Pedro 3:16).

Um acontecimento no Velho Testamento sempre me deixou perplexo: como um homem como Moisés, tão fiel a Deus e assim reconhecido por Ele (Números 12:7) não entrou na Terra Prometida apenas por uma falha, isto é, ao invés de falar com a pedra (chamada de rocha por Paulo), nela bateu?

Interiormente pensei e às vezes mesmo falei: “acho que Deus foi muito severo com Moisés, com todo o respeito ao Todo-Poderoso”.

Até que, casualmente, lendo um dia desses a primeira carta de Paulo aos coríntios, encontrei um texto já muito lido por mim no passado, comentando o ocorrido no deserto e a sentença de Paulo: “E a pedra era Cristo”. Pronto. Bingo! Entendi.

Há várias menções no Velho Testamento que é entendida como a presença de Jesus antes da encarnação: na criação do ser humano através da palavra plural “façamos” (Gênesis 1:26), a mesma pluralidade ocorre quando Deus refere-se à queda do casal ante o pecado (Gênesis 3:22), os três “homens” que visitaram Abraão (Gênesis 19), o ser divino que aparece ao profeta Daniel (Daniel 10) e, parece, o mesmo ser divino que comanda a destruição de Jerusalém (Ezequiel 9:3-4).

Porém, no caso da rocha do Velho Testamento, o texto do Novo Testamento é claro: a pedra era Jesus. Logo, na primeira ordem em Êxodo Moisés bateu na rocha por ordem de Deus. No entanto, em Números, a ordem era falar e Moisés bateu movido por raiva da rebeldia dos israelitas. Por essa atitude desobediente, Moisés não entrou na Terra Prometida, mesmo implorando ao Senhor posteriormente (Deuteronômio 3:23-29).

O castigo de Moisés e Arão no Velho Testamento servem como advertência contra toda rebeldia a Jesus no Novo. Vejamos o que diz o apóstolo Pedro:

“Pois isso está na Escritura: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será envergonhado.’ Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa. Mas, para os descrentes, ‘A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular.’ E: ‘Pedra de tropeço e rocha de ofensa.’ São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram destinados.’” 1 Pedro 2:6-8

Jesus é a pedra angular e preciosa. Sobre Ele está edificada a igreja (Mateus 16:18). As pessoas que ouvem e obedecem a Jesus são aquelas cuja fé é firmada sobre a rocha (Mateus 7:24-25). E para ser firmada mesmo, devemos cavar de forma profunda e alicerçar nossa fé em Jesus.

“Esse é semelhante a um homem que, ao construir uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha. Quando veio a enchente, as águas bateram contra aquela casa e não a puderam abalar, por ter sido bem-construída.” – Lucas 6:48

Qual a implicação de Jesus ser a pedra mencionada na Bíblia? O apóstolo João nos explica:

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” – João 3:36

No último dia muitos chegarão diante de Deus pensando que sua religiosidade, que suas boas obras ou qualquer outro subterfúgio humano será suficiente para ser salvo e entrar nas regiões celestiais. Vão chorar e ranger os dentes de tristeza, pois, como disse Pedro, “abaixo da terra não existe outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).

O próprio Jesus disse ser o único caminho para Deus (João 14:6). Desta forma chegar ante o trono do Todo-Poderoso desacompanhado do advogado Jesus (1 João 2:1), sem ter crido nele como único caminho para a salvação, sem tê-lo confessado como Senhor, sem ter lavado os seus pecados uma vez arrependido nas águas do batismo e sem ter permanecido fiel na igreja de Jesus será uma afronta para Deus. Como foi afronta Moisés e Arão terem desobedecido ao bater na rocha, que era Jesus. Sobre os rebeldes a Jesus permanecerá a irá de Deus.

Moisés não entrou na Terra Prometida, mas estará no céu beneficiado exatamente pela morte redentora de Jesus. Os rebeldes e infiéis no dia do Juízo estarão afastados por toda a eternidade de Deus na realidade bíblica chamada inferno (2 Tessalonicenses 1:7-9). Eis a razão do único pecado imperdoável é não reconhecer Jesus como a salvação de Deus para a humanidade, rebeldia esta que incorreram os líderes religiosos e foram por Jesus advertidos (Mateus 12:30-32).

Finalmente, Jesus ser a rocha de nossa salvação implica em que nós, mesmo após recebê-lo como Senhor precisamos, todos os dias, continuarmos a conhecer a vontade dele escrita na Bíblia. E somente aplicando a Palavra dele na vida no dia a dia, tendo Jesus como nossa exclusiva motivação de fé, nos permitirá chegar firmes nas regiões celestiais e sermos encontrados em pé diante do Filho de Deus (Lucas 21:36).

A pedra era Cristo. Eis a razão de Moisés e Arão não terem entrado na Terra Prometida, pois foram rebeldes e a feriram quando a ordem era falar com ela. Hoje a rocha de nossa fé continua sendo Jesus. Que não sejamos rebeldes, mas obedientes, todos os dias buscando conhecer a vontade de Deus com o firme desejo de obedecer.

Às vezes ouço: “fulano é boa pessoa, só falta converter-se a Jesus e obedecê-lo”. Falta tudo. Mesmo que a sabedoria humana não concorde, segundo a Bíblia, será o suficiente para uma pessoa passar a eternidade no inferno.

VOCÊ FAZ PARTE DO REMANESCENTE DE DEUS?

VOCÊ FAZ PARTE DO REMANESCENTE DE DEUS?

“Mas deixarei um resto, porque alguns de vocês escaparão da espada entre as nações, quando forem espalhados por outras terras.” – Ezequiel 6:8

O juízo de Deus contra Israel continua a ser proferido através do profeta Ezequiel.

No meio de tanta desolação e castigo, com promessa de destruição, há a promessa de que um resto sobreviverá, o remanescente, algo recorrente na Bíblia.

Das 12 tribos originais de Israel, restaram duas, Judá e Benjamim. E dessas duas tribos que foram para o exílio, um remanescente voltará, pois dele nascerá o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.

Como bem tinha dito o profeta Jeremias, o motivo de toda a nação não ter sido destruída, foram as misericórdias de Deus, que mesmo com a rebeldia do povo, eram renovadas a cada manhã (Lamentações 3:22).

No Novo Testamento a promessa é a mesma, a porta da salvação é estreita e somente um pequeno número entrará. Em detrimento, a porta que leva à perdição é grande, e por ali passará a maioria.

“Entrem pela porta estreita! Porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela. Estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que o encontram.” – Mateus 7:13-14

No Novo Testamento, ao contrário do que diz a religião falsa, de que todos os caminhos levam a Deus, há somente um caminho e seu nome é Jesus (João 14:6 e Atos 4:12).

E mesmo entre os que dizem ser de Jesus ainda há uma seleção, só irão aqueles que obedecem às palavras do Mestre, pois nem todo o que chama Jesus de Senhor de fato pertence a Ele (Mateus 7:21-24).

Cuidado com o grupo que você participa e diz ser de Jesus. A identificação do grupo que pertence ao Senhor, a igreja dele, é obedecer aos ensinos dele, encontrados nas páginas do Novo Testamento.

Para não ocorrer que no último dia, pensemos que estamos junto com os salvos de Jesus e percebemos que acreditamos e seguimos uma mentira. Como aconteceu com a maioria do povo de Judá, que deixou de ouvir profetas como Jeremias e Ezequiel, mas aceitou a mensagem da maioria dos profetas, todos falsos. Quase sempre a maioria não está com a verdade pois, ao contrário do dito popular “a voz do povo não é a voz de Deus”.

A responsabilidade hoje da salvação é de cada pessoa ler, pesquisar e buscar a verdade nas Escrituras Sagradas, especialmente nas palavras do Senhor Jesus.

“Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo. Porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que falei, essa o julgará no último dia.” – João 12:47-48

Que eu e você, que está lendo estas reflexões, façamos parte, no último dia, no Dia do Juízo Final, do remanescente, do toco, do pequeno resto, que pertence a Deus.

FRUTOS DA OBEDIÊNCIA E DA DESOBEDIÊNCIA

“O rei da Babilônia mandou matar os filhos de Zedequias à vista deste; também mandou matar todas as autoridades de Judá, em Ribla. Mandou furar os olhos de Zedequias, amarrou-o com correntes de bronze, levou-o à Babilônia e o conservou no cárcere até o dia da sua morte.” – Jeremias 52:10-11

“No trigésimo sétimo ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e cinco do décimo segundo mês, Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano em que começou a reinar, libertou Joaquim, rei de Judá, e o fez sair do cárcere. Falou com ele de modo bondoso e lhe deu um lugar de mais honra do que a dos reis que estavam com ele na Babilônia.” – Jeremias 52:31-32

Esta foi a reflexão que escrevi quando encerrei a leitura do livro de Jeremias (atualmente estou no final do livro de Oséias). 

É o final do livro do profeta Jeremias, profeta fiel a Deus, que fez questão de declarar somente a Palavra de Deus, no meio de profetas falsos, que diziam aquilo que os reis desejavam ouvir. Mesmo tendo sofrido perseguições por ser obediente a Deus.

O livro termina relatando o final da vida de dois reis, ambos haviam sido desobedientes a Deus, Zedequias e Joaquim.

Joaquim era rei de direito, descendente de Davi. Porém, no seu reinado foi desobediente. Mas, advertido por Jeremias, aceitou o exílio, ficou preso. 37 anos depois foi liberto e terminou seus dias de maneira honrosa, sendo protegido pelo sucessor de Nabucodonosor.

Já com Zedequias aconteceu o contrário. Ele não era rei de direito, foi posto por Nabucodonosor como rei dos que ficaram em Judá após o primeiro ataque babilônico à Jerusalém. Porém, rebelou-se contra o rei babilônico, foi advertido por Jeremias de que por trás estava a ação de Deus, continuou rebelde, perseguiu Jeremias. Teve um fim trágico, seus filhos mortos na sua frente, seus olhos vazados e ficou prisioneiro até o final da sua vida.

O livro de Jeremias termina querendo mostrar: vale a pena confiar em Deus e esta confiança reflete-se quando confiamos na palavra dele e a obedecemos humildemente, mesmo quando não a entendemos totalmente. No final, obedientes ao Senhor, tudo terminará bem para nós. Zedequias falava bem de Deus, até pedia que o profeta orasse por ele, mas não tinha nenhuma intenção de obedecer ao que Deus ordenava que Jeremias lhe falasse.

Tudo acabará bem para os obedientes ao Senhor. É o que diz Tiago, séculos depois:

“Eis que consideramos felizes os que foram perseverantes. Vocês ouviram a respeito da paciência de Jó e sabem como o Senhor fez com que tudo acabasse bem; porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.” – Tiago 5:11

Tudo terminou bem para Jeremias, para Joaquim, para Jó no texto acima. Tudo acabará bem para mim e para você. Mas existe uma condição: permanecermos em obediência à Palavra de Deus. Por isso a leio e me oriento todos os dias através dela.

No final de tudo, como ensina Salomão no livro de Eclesiastes, colheremos o devido fruto, da obediência ou da desobediência.

De tudo o que se ouviu, a conclusão é esta: tema a Deus e guarde os seus mandamentos, porque isto é o dever de cada pessoa. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” – Eclesiastes 12:13-14

A escolha é nossa. E é diária.

OBEDIÊNCIA SELETIVA É DESOBEDIÊNCIA

“E disseram ao profeta Jeremias: — Apresentamos a você a nossa humilde súplica, para que você ore ao Senhor, seu Deus, por nós e por este remanescente. Porque, de muitos que éramos, só restamos uns poucos, como você pode ver com os seus próprios olhos. Ore, pedindo que o Senhor, seu Deus, nos mostre o caminho que devemos seguir e o que devemos fazer.” – Jeremias 42:2-3

“Seja ela boa ou má, obedeceremos à voz do Senhor, nosso Deus, a quem pedimos que você ore por nós, para que tudo corra bem conosco, ao obedecermos à voz do Senhor, nosso Deus. Depois de dez dias, a palavra do Senhor veio a Jeremias.” – Jeremias 42:6-7

“Não tenham medo do rei da Babilônia, de quem agora vocês estão com medo. Não tenham medo dele, diz o Senhor, porque eu estou com vocês, para os salvar e livrar das mãos dele.” – Jeremias 42:11

“Mas, se vocês disserem: ‘Não ficaremos nesta terra’; se desobedecerem à voz do Senhor, seu Deus, e disserem: “Não! Preferimos ir à terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos som de trombeta, nem passaremos fome, e ali vamos morar” – Jeremias 42:13-14

No capítulo desta semana, o remanescente do reino de Judá, que não foi levado ao exílio babilônico, pede que o profeta Jeremias ore por eles e pergunte a Deus qual deve ser a maneira de viverem durante os 70 anos em que a maioria do povo estará no exílio.

No início da leitura, pareceram sinceros em sua disposição para obedecer a Deus: “Seja ela boa ou má, obedeceremos à voz do Senhor , nosso Deus”.

Porém, 10 dias depois, Deus responde a Jeremias e a ordem é: “Vocês não devem ir ao Egito, mas permanecer em Judá e submeterem-se ao rei Nabucodonosor, da Babilônia, e desta forma tudo correrá bem, pois Deus está no controle de tudo”.

Lendo o capítulo seguinte, já vi que o povo não irá obedecer, uma vez que não concordavam com a ordem de Deus.

Do capítulo de hoje quero tirar duas lições:

Como na época de Jeremias, muitos hoje escolhem o que vão obedecer. Precisam concordar, precisa fazer sentido para eles. Já ouvi de pessoas com quem estudei a Palavra de Deus: “A Bíblia diz assim, mas eu prefiro fazer dessa forma…” ou “A Bíblia diz assim, mas não concordo…” ou “Dessa forma é melhor…”

Pois é! Toda a Escritura é inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16). Desta forma ou temos um coração obediente para obedecer ou seremos rebeldes ao Senhor. Pois quando escolhemos o que vamos obedecer, se atende nossas expectativas, somos nós os senhores, mesmo chamando Deus de nosso Senhor. As atitudes negarão nossas palavras.

A segunda lição é o que representa o Egito na Bíblia. O Egito representou para o povo de Deus escravidão sob a força do mal, do pecado. Por isso havia a ordem para que não voltassem ao Egito. Aliás, o próprio rei de Israel deveria não comprar sequer cavalos do Egito. A queda espiritual começou com Salomão que, não somente comprou cavalos do Egito como se casou com a filha do Faraó (1 Reis 11).

Modernamente, voltar ao Egito significa voltar aos valores do mundo sem Deus, aquilo que deixamos quando nos convertemos a Jesus Cristo. É triste, mas vemos às vezes no povo de Deus, na igreja, irmãos com saudade da vida que tinham antes de serem comprados com o sangue de Jesus e flertando com o mundo sem Deus e seus valores.

“Gente infiel! Vocês não sabem que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus.” – Tiago 4:4

“Não amem o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo — os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida — não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como os seus desejos; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” – 1 João 2:15-17

Que o texto desta semana nos ensine a desejarmos, de coração, obedecermos a toda a vontade de Deus e que os valores do mundo sem Deus, cada vez mais, deixem de ser os nossos valores.